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Uma Geografia. Uma Fotografia: Regresso a Sumatra

Sky_BlogDepois da visita à ilha de Tanahmasa o regresso a Sumatra – pode encontrar mais aqui – fez-se pelo ar. E se é verdade, que na maioria das vezes as travessias aéreas são meras distorções temporais, algumas delas têm o condão de nos mostrar o nosso planeta de um ângulo totalmente diferente e refrescante. Neste caso específico, uma paisagem “tipo postal” das Maldivas, onde os corais, os bancos de areia e os múltiplos azuis desenhavam formas belas e requintadas, apenas visíveis do céu. Belíssimo! Arrepiante! A natureza a mostrar uma vez mais, todo o seu esplendor! Tanahmasa foi uma história que começou com uma odisseia e terminou com uma ode triunfal da natureza…

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Viagem Aérea

Uma jornada de comboio é viagem; tudo o resto – especialmente aviões – é transporte, começando a viagem quando o avião aterra.

Paul Theroux in, Grande Bazar Ferroviário

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Em trânsito: Yangon – Lisboa. Maratona no Regresso

De Yangon saí com destino a Kuala Lumpur e uma vez que a viagem entre as duas capitais foi tranquila, aproveitei para escrever no caderno. O dia de espera nos arredores do aeroporto de KL passou rapidamente e durante a tarde reformulei ligeiramente a bagagem, vi dois episódios de uma série e recebi a visita de Fabianne, com que partilhei os meus últimos momentos da viagem. Nessa altura e relativamente à minha partida para Portugal, senti serenidade. Nem tristeza, nem alegria, apenas paz! 🙂

Na sexta-feira de manhã, a caminho do aeroporto de KL conheci uma chinesa de Xangai, com quem estive até apanhar o voo para Guangzhou. À semelhança do dia anterior, a viagem foi tranquila e continuei a atualizar o diário. Na chegada à capital da província de Guangdong e quando me preparava para fazer o transfer, recebi uma informação que me deixou positivamente estupefacto: a companhia aérea, oferecia-me literalmente hotel e transfer para o mesmo, para poder repousar umas horas! A única coisa que tinha de fazer era passar pelo controlo de emigração na saída e na entrada do aeroporto. Claro que aceitei a oferta sem pensar muito sobre o assunto! 😀 Quando cheguei ao átrio do Hao Yin Gloria Hotel, é que percebi que estava num local bastante luxuoso! Mas o melhor de tudo, foi quando abri a porta do quarto… brutal! Cama gigante e fofa, ecrã plano na parede, wi-fi veloz, roupão branco, casa de banho com chuveiro embutido no teto, banheira!!! Enfim, à lord e minha última tarde da viagem, foi uma ode ao luxo e ao ócio! Um final ÉPICO! 😉

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Quando regressei ao aeroporto, chovia torrencialmente e raios medonhos rasgavam o céu, aliás houve um momento em que vi um raio tããããããããããããããããão graaaaaaaaaaaaaaande, que mais parecia uma coluna de luz em direção à terra! Impressionante! Felizmente, com a velocidade que a tempestade se formou, também se desvaneceu. 🙂 Já no aeroporto tentei encontrar um Macdonald´s, mas como falhei esse “objetivo”, gastei o pouco dinheiro que me restava em mantimentos: bolachas, água, chá, latas de grãos doce e enquanto aguardei pelo embarque, fui escrevendo e ouvindo música.

À meia noite de Sábado, já estava dentro do avião e felizmente o mesmo partiu à hora marcada (00.20). A viagem de aproximadamente 9569 quilómetros durou treze horas e na mesma, dormi umas boas horas, comi e… continuei a escrever. 🙂 A chegada à cidade luz foi feita sob o signo do sol e do céu azul e o transfer foi tranquilo. Numa das casas-de-banho do aeroporto, “lavei-me” com uma toalhita, perfumei-me e vesti a minha t-shirt dos Mustache Brothers. Durante a manhã e até à altura do voo, continuei a escrever, a escrever… a escrever! Aliás, só parei de o fazer já no final da viagem entre Paris e Lisboa! No voo final, para além de ter escrito sem parar, vi do alto a torre Eiffel, o rio Sena a serpentear pela cidade e a magnífica costa do nosso país.

Naquele dia de 21 de Junho de 2014, escrevi: “e agora que estou quase, quase a chegar a Lisboa posso afirmar que estou contente… sinto-me feliz por regressar e vou tentar aproveitar ao máximo estes primeiros tempos no meio da minha família e dos meus amigos que me amam. Vou continuar a escrever e a viajar na minha vida! Ambas fazem parte da minha essência e não me tenciono negar mais a mim mesmo. Acredita em ti miúdo! Não hesites! Avança! Não desistas do teu sonho de viajar! A jornada é demasiado bela para parar e o vento uma força demasiado poderosa para ser travada! O mundo é um local belo! Que merecer ser visto e revisto, e eu faço parte dele e ele parte de mim! Hoje no regresso ao meu país que me criou como homem e cidadão do mundo, faço votos de casamento com o Mundo! Não me abandones! Que eu ser-te-ei fiel. E é curioso ver como o avião onde estou quase a chegar, abana como uma folha de papel com a intensidade do vento. Esse bom louco, alquimista da natureza!”                 

Na chegada a Lisboa tive que esperar uma eternidade pela mala, a ponto de pensar que a mesma se tinha extraviado. Quando finalmente chegou, coloquei-a às costas, abri o meu chapéu-de-chuva colorido – comprado no lago de Inle – saí para o exterior e tentei encontrar alguém da minha família. Depois dos meus olhos focarem o espaço em redor, vi a minha mãe, irmã, uma das minhas prima e um dos meus melhores amigos e todos estavam a sorrir. 😀 Abraçámo-nos e depois de um pequeno compasso de espera partimos para a minha cidade natal.

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Durante a viagem, falei com a minha irmã e dirigimo-nos para casa de uma das minhas avós. Quando fizemos a curva, comecei a ver muitos carros e pessoas e percebi que afinal havia uma festa suuuuuuuuuuurpresa, organizada por grande parte da minha família e dos meus amigos! 😀 Saí do carro mega FELIZ, a sorrir e comecei a abraçar e a beijar as pessoas. Durante a tarde estivemos todos juntos num mega-banquete com direito a deliciosa comida portuguesa e bebida. E aí, senti o carinho e o amor da minha família e dos meus amigos! Foi uma receção, muito especial e bonita! E a viagem, acabou em beleza! 😀

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A todos eles e a todos vós, MUITO OBRIGADO, por fazerem parte da minha vida e por me deixarem fazer parte da vossa. É um privilégio e uma honra! E eu sei que sou uma pessoa com sorte. 😀

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Em trânsito: Rumo a Myanmar e à Caixinha de Surpresas

Durante a minha última tarde em Manila, estive em compasso de espera no aeroporto. Nesse “não espaço”, atualizei a minha folha de gastos, publiquei textos no blog, falei via skype com a minha família, li informações sobre Myanmar, ao pagar a taxa de saída do país fiquei sem dinheiro para jantar, troquei doláres por pesos e comi como se não houvesse amanhã. 😛

Na viagem entre Manila e Kuala Lumpur (KL), dormi durante quase toda a viagem, exceto quando observei as luzes de Manila, as estrelas no céu limpo e reparei que a Ursa Maior,  se encontrava praticamente, em posição vertical. 🙂 Quando cheguei ao aeroporto de KL, o relógio marcava a 1.00 e depois de esperar para fazer o controlo do passaporte, recolhi a bagagem e vi quão grande o KLIA 2 é! Neste terminal, que estava com as obras praticamente finalizadas, fiquei a aguardar até fazer o check-in do monstrinho e embarcar para Yangon.

Durante o voo entre KL e Yangon, dormitei, atualizei o caderno, preenchi as papéis da emigração (burocracias), observei a neblina que envolvia o avião (ligeira turbulência) e percebi que o fuso horário para Portugal era cinco horas e meia (o mínimo de toda a viagem). Mas, principalmente, senti que queria chegar e começar a viajar no país, a descobrir os seus habitantes, paisagens e cultura! “Receios?” Apenas as questões relacionadas com os câmbios (as notas de dólares americanos, supostamente deveriam “estalar” de tão imaculadas) e de não querer colocar nenhum habitante do país em risco! (proibição de alojamentos em casas particulares). :/

Na chegada a Yangon, pouco ou nada consegui ver, apenas rios, verde e neblina. Quando sai do avião, estava um pouco nervoso, principalmente com as questões dos câmbios e na fila para o controlo do passaporte fui esperando com alguma ansiedade. Depois de ter o passaporte carimbado (a entrada foi rápida e sem perguntas), fui direto a um dos guichets de câmbio e da bolsa de segurança, saquei de 300$ USD (os que estavam em pior estado) para trocar por Kyat. No primeiro deles, tentei convencer a empregada a trocar as notas, mas como ela se revelou extremamente inflexível, dirigi-me a um segundo guichet. Aí, a empregada mostrou-se muito prestável e lá consegui trocar o dinheiro. 🙂 Uma vez que a moeda do país “não vale um caracol”, estive algum tempo a verificar os grandes maços de notas que recebi (285.000 Kyat) e terminada essa tarefa, comecei a dirigir-me para a saída. Porém, depois de um rápido momento de reflexão, decidi trocar mais 40$ USD (37.700 Kyat) e tentei levantar dinheiro com o cartão multibanco para confirmar se este funcionava (havia muito pouca informação disponível acerca deste assunto). E… funcionou! 🙂 Já com mais 300.000 Kyat no bolso e com as questões monetárias totalmente resolvidas, aliviei o meu estado de espírito 😀 , passei pela alfândega e a bordo de um táxi, saí do aeroporto em direção à estação de autocarros. A minha travessia, neste país profundamente budista, estava prestes a começar e eu esperava uma grande caixinha de surpresas! Mas principalmente, que estas fossem boas! 😀

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Em trânsito: Travessia para… e em Luzon

Da ilha de Bohol, partimos via marítima para a ilha de Cebu, onde ficámos uma tarde e uma noite em compasso de espera, até partirmos para Manila via aérea. Durante essa tarde estive com a Nie no Cebu SM Mall, onde ela comprou recuerdos para a família, amigos e colegas do trabalho e eu aproveitei para comprar um telemóvel baratinho para substituir o defunto, que morrera em El Nido. 😛 No dia seguinte, partimos para o aeroporto internacional de Cebu-Mactan e aí enquanto esperava pelo embarque decidi que em Manila, apanharia um autocarro direto para Donsol.

A travessia entre ilhas foi praticamente passada a dormir, porém devido a uns exercícios militares, apenas pudemos aterrar quarenta minutos depois do horário previsto. Uma seeeeeeeeeeeca! No aeroporto de Manila, despedi-me da Nie (que nesse dia regressou à China) e apanhei um táxi para a estação de autocarros de Baclaran, que ficava nas imediações do terminal 3. Assim que cheguei, comprei o bilhete, mas como ainda tinha tempo aproveitei para comer qualquer coisinha e comprar reservas hídricas.

No regresso à estação, aproveitei para ir atualizando o caderno até partir. O autocarro arrancou às 18.00, já com uma horita de atraso – nada fora da normalidade – e durante o início da viagem, continuei a escrever, observei a bruta paisagem da enorme metrópole que hoje em dia é Manila  uma junção de cinco cidades e casa de doze milhões de almas – até que adormeci profundamente. Durante a longa travessia de doze horas para sul, apenas abri os olhos esporadicamente.

Na chegada à cidade de Legazpi, ao amanhecer, pude pela primeira vez observar o bonito cone praticamente simétrico do Vulcão Mayon, que dominava aquela paisagem verde, serena e rural. 🙂 Daí, até ao centro da vila de Donsol demorei aproximadamente uma hora e meia e assim que pûs os pés no chão, apanhei logo um tuk-tuk para o centro de interação. Eram 8.00, quando cheguei ao reino dos butandings.

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Em trânsito: Longa Jornada para Cebu

Depois das emoções passadas na ilha de Coron e arredores, a ilha de Cebu e ponto de encontro com o meu amigo Francis, era o meu próximo destino. Como tinha dois dias até à sua chegada, o meu objetivo passou por tentar gastar o mínimo dinheiro possível na travessia. Ainda em Coron, apanhei um pequeno barco que levou sete horas para chegar a San Jose, na costa oeste da ilha de Mindoro. Assim que atracámos – eu, Maiju e Steow – apanhámos uma carrinha que nos levou até Calapan, já na costa norte da ilha, onde chegámos já de noite, depois de uma viagem de cerca de cinco horas. Essa vila, marcou a minha separação de Maiju e Steow, uma vez que na manhã seguinte eles seguiram para Puerto Galera e eu apanhei um barco para o porto de Batangas, já na ilha de Luzon.

Na curta travessia entre ilhas – aproximadamente hora e meia – recebi informações de como chegar ao aeroporto de Manila da maneira mais económica e consequência disso a minha manhã foi completamente preenchida com viagens de autocarros e jeepneys: Batangas – Alabang – Zapote – Baclaran. Quando cheguei ao terminal 3 do aeroporto, o relógio batia o meio-dia e sem a viagem marcada e com o encontro com o Francis ao “virar da esquina” tive que me sujeitar aos “elevados” preços da companhias aéreas. :/

Durante a tarde e como apenas tinha o voo às 22.30, aproveitei para marcar todas as ligações aéreas que me faltavam até ao final da viagem e assim evitar mais surpresas desagradáveis com aumentos repentinos de tarifas, assim: Manila – Kuala Lumpur (que ficou mais barato que o voo interno entre Manila e Cebu! Devido a ter sido marcado com mais de um mês de antecedência); os voos de ida e volta Kuala Lumpur – Yagon e o voo de regresso a Portugal que teria duas escalas, uma em solo asiático e outra já em solo europeu (Kuala Lumpur – Guangzhou – Paris – Lisboa). Estava assim definida, a data para o meu regresso. Nunca, durante toda a viagem soube com tanta antecedência, quais os meus destinos… mas nesta situação, não existiam muitas alternativas, a partir deste momento e no prazo de dois meses, estaria em Lisboa.

Quando aterrei em Cebu-Mactan, era meia noite e pouco, mas como o Francis apenas chegava por volta do meia dia e um quarto, passei a noite no aeroporto em modo de espera. Durante essas doze horas, para além de dormir o que o corpo deixou, organizei as fotografias de Coron, enviei e-mails e aproveitei para escrever para o blog. Tic- tac… tiiiiiiiiiiiiiiiic-taaaaaaaaac… tiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiic-taaaaaaaaaaaaaaaaac, o tempo passou e o Francis, chegou. 😀 

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Em trânsito: Travessia para as Filipinas

Depois da travessia marítima absolutamente “fantástica” entre Makassar e Surabaya, aguardei durante dois dias e meio, pelo meu voo para as Filipinas. Durante esse tempo descansei um pouco; comprei alguns produtos de higiene pessoal que estavam a começar a escassear e um disco externo, no qual fiz um backup – isto antes do computador, ter um bug e ser novamente formatado!; desfiz e refiz a mala toda; juntei uma série de objetos – mapas, ikats e sarongs Indonésios e Timorenses, café de Java, as placas de madeira de Tana Toraja, o disco externo, pequenas rochas dos vários vulcões… – para enviar numa encomenda para Portugal, antes de sair do país (neste “processo”, foi fundamental a ajuda de um desconhecido, Mr. Benny, que andou comigo pela cidade até encontrarmos uma estação do correios, da qual eu pudesse enviar o caixote); para voltar a comer no Macdonald´s e para voar para Singapura, fechando o ciclo da Indonésia de um modo circular (quando cheguei ao país voei a partir de Singapura, no final acabei por regressar a Singapura). 🙂

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No moderno e organizado aeroporto de Chiangi passei toda a noite acordado, em modo de espera, pela manhã e pelo voo que me levasse ao meu novo destino. 🙂 Durante a travessia para as Filipinas vi uma paisagem azul: o céu, o mar, algumas ilhas… tudo era azul! Demasiado azul! 😛 Preenchi os papéis burocráticos da praxe, para entregar na chegada; escrevi no caderno; tirei duas ou três fotografias, aliás nove, dez, onze… a paisagem começou a “espetacularizar-se” com águas de múltiplos azuis, pequenas ilhas, bancos de corais e nuvens estupendas! 😀 Antes de chegarmos à ilha de Pannay (muito montanhosa do lado Oeste e repleta de campos verdes no lado Este), houve uma ligeira turbulência e pude ver do alto a massiva ilha de Mindanao. Na descida sobre o aeroporto de Kalibo, viam-se terrenos “alagados”, múltiplas palmeiras e na descida do avião encontrei um pequeno aeroporto e um clima tropical.

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Depois de recolher a bagagem, o processo de emigração foi um pouco lento mas simples, estava oficialmente nas Filipinas! 🙂 Nessa altura, como não consegui levantar dinheiro numa ATM, troquei alguns euros por pesos. Como na chegada estava cansado e não me apetecia complicações, paguei um transfer direto para a ilha de Boracay. A partir desse momento foi receber papéis, um autocolante e seguir na “manada” (sentimento do género “não quero saber das dificuldades da estrada, levem-me!”). Durante a viagem de bus até Caticlan dormitei, observei a paisagem, as casas e pensei que existiam muitas semelhanças com a Indonésia. Na chegada ao cais de Caticlan, consegui levantar dinheiro pela primeira vez no país e depois aguardei uns minutos pelo barco que me levaria até à ilha de Boracay. A curta travessia entre ilhas foi feita já com o astro rei em rota descendente. Quando cheguei ao hostel MNL era já lusco fusco. Tinha acabado de chegar à ilha de Boracay, a ilha do party BUM! 😉          

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Em trânsito: Kawah Ijen – Rantepao. Logros, Esperaaaaaaaaas e Sortes

Já na base do vulcão, despedi-me dos simpáticos Guillaume e Marianne, e regressei a Probolinggo com o meu “jarbas”. 🙂 Depois de chegar à cidade e de agradecer a boa organização do “passeio” (Mahkota Tour & Travel; Tel. 081 333 399 699; e-mail: mahkotatour@ymail.com), apanhei um autocarro para Surabaya, cujo valor ainda estava incluído no tour. 

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Na estação principal de autocarros da cidade e na agência de viagens, Linda Jaya Tour & Travel, percebi que a travessia para a ilha de Sulawesi teria de ser feita na ida de avião (apenas haveria barco dali a três dias) e que no regresso então, poderia vir de barco. Nesse local estive durante a tarde, a organizar as fotografias tiradas no vulcão Ijen, a atualizar a folha de despesas, a imprimir os bilhetes das viagens de avião e as confirmações dos hostels previamente marcados, tanto em Surabaya como em Boracay e… acabei por comprar a passagem marítima e aérea (o que se veio a revelar um grande erro, pois o simpático e afável Mr. Kustono, revelou-se uma pessoa desonesta, vendendo-me o bilhete de avião de tarifa económica ao preço da tarifa regular, isto depois de termos falado durante algum tempo de questões de honestidade! :/ Tenho a certeza que foi esta conversa, que me deixou mais triste com o logro).

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Parti então de autocarro para o aeroporto, onde cheguei por volta das 17.40 e a partir desse momento foi aguardar… aguardaaaaaaaaaar…aguardaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar! O check-in da bagagem foi feito às 4.00 e durante a longa espera aproveitei para marcar mais duas noites em Surabaya, publicar no blog, falar via skype com algumas pessoa da minha família e finalmente embarcar, por volta das 6.00! Dormindo finalmente, durante a viagem. 🙂 Na chegada ao aeroporto de Makassar, já na ilha de Sulawesi, tive uma “sorte dos diabos”, pois conheci um nativo com quem partilhei táxi para o centro da cidade e no final da viagem, ele ajudou-me a comprar o bilhete para a cidade de Rantepao! 😀 Desse modo, às 9.30 já estava a bordo de um autocarro super luxuoso, com assentos que pareciam poltronas! 😉 Durante a viagem a pulseira que o Kristian me oferecera quebrou-se 😦 , escrevi o nome de duas ou três guesthouses existentes no meu destino – para quando chegasse, tentar encontrar um local barato – comi e dormi. A partir de certo momento da viagem, acordei e vi a bonita, verde e agradável paisagem de vales e montanhas a caminho da zona de Sulawesi, onde habita a tribo dos Tana Toraja. À cidade de Rantepao, coração da “Torajilândia”, cheguei já depois do pôr do sol, cansado mas feliz. A última semana no país, estava prestes a começar…      

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Tanjung Puting. No Reino dos Orangotangos

Ato IV – Despedidas e o Campo 2

No nosso último dia, no interior do parque natural de Tanjung Puting, voltei a acordar cedíssimo e a ver o nascer do dia. Depois do pequeno almoço fui até à proa tirar fotografias: as margens, a vegetação, os barcos, a água, os reflexos, os macacos, os tucanos, os kingfish e outras espécies de pássaros e um crocodilo bebé! 🙂

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Às 8.40 já estávamos no Campo 2 e passados quinze minutos na zona da plataforma. Neste dia tivemos muita sorte, pois vimos muita ação e interação! 😀 Um macho com vinte anos, bastante corpulento e com a cara mais gorda e chapada – efeito da testosterona nos machos dominantes; uma fêmea acompanhada da sua cria (já maiorzita) e o seu comportamento para afastar o grande macho da comida  – partir galhos e atirá-los, fazer barulho, mostrar-se “furiosa”; o transporte do leite para o topo de uma árvore – tentativa de dar de beber à cria); e finalmente um segundo macho também apareceu na plataforma. Depois de tanta ação, entrámos na floresta para continuar a seguir esta “algazarra”, um ambiente tal como dia anterior, totalmente National Geographic. 😀

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Voltámos a embarcar e partimos de regresso a Kumai, mas antes arrumei a mala, fiz um backup de todas as fotografias, falei mais um bocado com o Mr. Uzo e com Andreas (que estava de partida para Banjarmasin), almoçámos e antes de nos despedirmos daquela super tripulação, retribuímos o excelente serviço prestado com uma gorjeta geral. 🙂

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Já na vila/cidade, falei com o dono da agência de viagens (CV. Satria Majid Tour: +62 0532 61740) e transmiti-lhe a minha opinião acerca do tour (empregados super competentes, profissionais e que o serviço proporcionado tinha sido de excelência -apesar de não ter apreciado da maneira como começaram as nossas “negociações” – no final o serviço foi perfeito! 😀 ); paguei o voo que eles me marcaram -para o dia seguinte; liguei para a guesthouse de Jakarta (onde já tinha ficado); estive a repousar num quarto (que me arranjaram de borla) e combinei com o Mr. Ani as horas de regresso ao aeroporto de Pangkalanbun.

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Epílogo

No dia seguinte, bem cedo, estava a voar de regresso à ilha de Java de coração e alma cheios. Sei que Tanjung Puting, o reino dos orangotangos foi uma experiência única e singular, o meu final perfeito para o Bornéu! 😀 Na despedida de Kalimantan fiquei com a certeza, que esta ilha é de facto um local mágico e selvagem, com zonas bastante remotas e de acesso complicado. Mas, mais do que isso, para além dos extraordinários locais por onde passei, levo comigo no coração e na memória, todas as pessoas que partilharam o seu tempo comigo, principalmente o Supriadi em Singkawang e o Doni em Lanjak e Sintang. Até um dia, meus amigos! 😀

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Dias em Sintang & Travessia para Tanjung Puting

Na chegada à casa de Doni, depois daquela viagem cansativa e molhada, reparei que tinha a mochila encharcada! Causando-me uma imediata preocupação, o delicado Wayang comprado em Yogyakarta (felizmente, sobreviveu bem ao banho forçado). Em Sintang, fiquei hospedado durante um par de dias, na companhia do meu cicerone e da sua adorável família, e durante esse tempo comi muito e bem, fumei como uma chaminé, conversei, repensei a minha rota e no facto de ter de voltar a Jakarta, devido à avaria da máquina fotográfica, fiz mais uma sessão de motivação na escola onde a esposa de Doni era professora, visitei o agradável museu da cidade, continuei a conversar com aquelas pessoas tão simpáticas, calorosas e amáveis e apanhei um autocarro que me levou de volta a Pontianak, numa viagem que demorou nove horas.

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À capital ocidental de Kalimantan, cheguei às 4.00, sem paciência para os incontáveis ojeks que me rodeavam. Comecei então a andar a pé, até uma zona mais tranquila e aí decidi apanhar um ojek para o porto de Seng Hei. Depois de comprar o bilhete, aguardei pela partida, mas antes da mesma conheci o irmão de Supriadi que era o segundo capitão do barco. 🙂 A viagem de cerca de oito horas até Ketapang, foi confortável e passou rapidamente, uma vez que durante a viagem aproveitei para atualizar a minha folha das despesas (excel), o meu caderno e escrever mais textos para o blog.

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Chegámos a Ketapang por volta das 15.00 e no desembarque fiquei dentro do barco. Aos poucos, a tripulação foi-me fazendo algumas perguntas e lentamente consegui transmitir-lhes que queria ficar a dormir com eles no interior do barco. Entretanto arranjaram-me um ojek de confiança (Mr. Houdini) e com ele fui até ao aeroporto comprar o bilhete para Pangkalabun, o meu próximo destino. Com esse assunto resolvido, voltei à zona do porto e durante o resto da tarde/noite estive em confraternização (falar, fumar, beber, comer…), arranjei graças ao Doni o contacto de Mr. Ani (um dos responsáveis pelo parque nacional de Tanjung Punting), comecei a preparar papéis para ir à embaixada de Myanmar (voos, hotel, extrato bancário…) e apesar de me deitar cedo, passei uma noite pouco descansada.

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Às 6.30, o Mr. Houdini já estava a apitar em frente do barco, apesar de apenas termos combinado às 7.00! 😛 A verdade é que essa situação foi benéfica, pois antes de seguirmos para o aeroporto, pedi-lhe para ele me levar até a um multibanco e assim fiquei descansado relativamente aos fundos. Antes do embarcar comi, atualizei o caderno, fiz o check-in (como a balança estava inactiva, não paguei excesso de bagagem), paguei a célebre taxa aeroportuária, “escrevinhei” mais um pouco para o blog, vi aviões a aterrar e a descolar, e embarquei rumo ao parque natural dos orangotangos e dos crocodilos. 😀

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