Makassar aparece nesta Geografia como ponto de ligação entre as ilhas de Java e Sulawesi e se na primeira cheguei via aérea, desta feita iria partir via marítima. Às 5.30 já estava na zona do porto e durante horas fui escrevendo no caderno até embarcar às 11.30, sendo o único momento de pausa, a compra de mantimentos. O barco era gigantesco e inicialmente não consegui perceber onde era o meu poiso, pois andava à procura de um camarote de segunda classe, quando afinal o que tinha era um bilhete para a classe económica! Como não era isso que esperava, fiquei chocado com a “suite” que encontrei – uma cama nas profundezas do navio – e rapidamente, depois de largar a bagagem, pus-me a mexer daquele cafunfo quente e escuro! Sem grandes dúvidas, tomei a decisão de tentar encontrar um local agradável para passar as minhas próximas vinte e quatro horas… e felizmente no topo do navio, encontrei um cafezito agradável que passou a ser a minha casa e por aí fiquei a escrever durante horas a fio. Apenas voltei à masmorra do dragão, para ir buscar comida e dormir por volta das 21.00. Quando me deitei, estava um calooooooor dos diabos e nesse momento, não pude deixar de pensar “que m$%#& de sítio!” Apesar do colchão não ser mau de todo, o calooooooooor era… sufocaaaaaaante! Uma autêntica sauna! Mas de borla! Levantei-me às 5.15, acordado pelos cânticos da mesquita do barco, mas depois percebi que devido à diferença horária entre a ilhas de Sulawesi e Java, eram afinal 4.15! “Ora bolas!” De qualquer modo, como estar deitado no “cafunfo/masmorra/sala de tortura” não me fascinava, aproveitei para regressar ao meu porto de abrigo, o “abençoado” cafezito. À semelhança do dia anterior, permaneci no local horas a fio e aí vi o nascer do dia, tomei o pequeno almoço e continuei a escrever até acabar de atualizar o caderno. Quando acabei essa “tarefa”, o sol brilhava no céu azul e até chegar a Surabaya estive sem fazer nada de especial, descendo ao cafunfo para recolher a bagagem. Nesta viagem, até o desembarque que eu aguardava ansiosamente, foi MAU! Assim que as portas abriram, começaram a entrar pelo barco adentro pessoas a correr desalmadamente e nós, as pessoas que queríamos sair, tivemos que esperar que aquela torrente abrandasse! Enfim o pandemónio! E eu que já estava satisfeitíssimo com toda aquela viagem “paradisíaca”, quando sai do barco e pisei o solo da ilha de Java estava com um “sorriso estampado nos lábios”. Esta foi de looooooooooooonge a pior viagem de toda a Viagem!
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Depois da travessia marítima absolutamente “fantástica” entre Makassar e Surabaya, aguardei durante dois dias e meio, pelo meu voo para as Filipinas. Durante esse tempo descansei um pouco; comprei alguns produtos de higiene pessoal que estavam a começar a escassear e um disco externo, no qual fiz um backup – isto antes do computador, ter um bug e ser novamente formatado!; desfiz e refiz a mala toda; juntei uma série de objetos – mapas, ikats e sarongs Indonésios e Timorenses, café de Java, as placas de madeira de Tana Toraja, o disco externo, pequenas rochas dos vários vulcões… – para enviar numa encomenda para Portugal, antes de sair do país (neste “processo”, foi fundamental a ajuda de um desconhecido, Mr. Benny, que andou comigo pela cidade até encontrarmos uma estação do correios, da qual eu pudesse enviar o caixote); para voltar a comer no Macdonald´s e para voar para Singapura, fechando o ciclo da Indonésia de um modo circular (quando cheguei ao país voei a partir de Singapura, no final acabei por regressar a Singapura). 🙂
No moderno e organizado aeroporto de Chiangi passei toda a noite acordado, em modo de espera, pela manhã e pelo voo que me levasse ao meu novo destino. 🙂 Durante a travessia para as Filipinas vi uma paisagem azul: o céu, o mar, algumas ilhas… tudo era azul! Demasiado azul! 😛 Preenchi os papéis burocráticos da praxe, para entregar na chegada; escrevi no caderno; tirei duas ou três fotografias, aliás nove, dez, onze… a paisagem começou a “espetacularizar-se” com águas de múltiplos azuis, pequenas ilhas, bancos de corais e nuvens estupendas! 😀 Antes de chegarmos à ilha de Pannay (muito montanhosa do lado Oeste e repleta de campos verdes no lado Este), houve uma ligeira turbulência e pude ver do alto a massiva ilha de Mindanao. Na descida sobre o aeroporto de Kalibo, viam-se terrenos “alagados”, múltiplas palmeiras e na descida do avião encontrei um pequeno aeroporto e um clima tropical.
Depois de recolher a bagagem, o processo de emigração foi um pouco lento mas simples, estava oficialmente nas Filipinas! 🙂 Nessa altura, como não consegui levantar dinheiro numa ATM, troquei alguns euros por pesos. Como na chegada estava cansado e não me apetecia complicações, paguei um transfer direto para a ilha de Boracay. A partir desse momento foi receber papéis, um autocolante e seguir na “manada” (sentimento do género “não quero saber das dificuldades da estrada, levem-me!”). Durante a viagem de bus até Caticlan dormitei, observei a paisagem, as casas e pensei que existiam muitas semelhanças com a Indonésia. Na chegada ao cais de Caticlan, consegui levantar dinheiro pela primeira vez no país e depois aguardei uns minutos pelo barco que me levaria até à ilha de Boracay. A curta travessia entre ilhas foi feita já com o astro rei em rota descendente. Quando cheguei ao hostel MNL era já lusco fusco. Tinha acabado de chegar à ilha de Boracay, a ilha do party BUM! 😉
Depois do casamento e de uma tarde tranquila, às 20.00 apanhei o autocarro de regresso a Makassar e na viagem de oito horas, ferrei-me a dormir. Às 4.00 já estávamos na cidade, porém até desembarcar, andámos uma hora para trás e para a frente a largar passageiros. Típico! 😉 Porém desta feita, fruto da hora noturna, ainda bem! 🙂 Na estação local, apanhei um ojek que me tentou enganar à descarada! Felizmente para mim, reconheci o nome da rua onde estava, conseguindo baixar o preço para menos de um terço do valor inicial e mesmo assim ainda lhe paguei mais do que se calhar devia, mas tudo bem… pelo menos o “sacaninha” era amistoso. 😛
Às 5.30 já estava na zona do porto e durante horas fui escrevendo no caderno até embarcar às 11.30, sendo o único momento de pausa, a compra de mantimentos (água, bolachas e tabaco). O barco era gigantesco e inicialmente não consegui perceber onde era o meu poiso, pois andava à procura de um camarote de segunda classe, quando afinal o que tinha era um bilhete para a classe económica! Como não era isso que esperava, fiquei chocado com a “suite” que encontrei – uma cama nas profundezas do navio – e depois de largar a bagagem, pus-me a mexer daquele cafunfo quente e escuro!
Rapidamente, tomei a decisão de tentar encontrar um local agradável para passar as minhas próximas vinte e quatro horas (no mínimo)! Felizmente no topo do navio, na cafetaria DEK VIII, encontrei um cafezito agradável e essa passou a ser a minha casa! Como nessa altura, ainda circulavam vendedores no barco que não iriam fazer a travessia, decidi voltar ao cafunfo por uma questão de segurança da bagagem e aí acabei por comprar alguma comida (dois ovos, dois bolos de arroz com feijão e dois bolos de arroz amarelado) e fiquei a dormitar até às 16.00, hora em que finalmente partimos rumo a Surabaya. Assim que a embarcação se fez ao mar, sai imediatamente em direção ao cafezito, ficando aí a escrever durante horas a fio, enquanto bebia uma coca-cola ou fumava um cigarro extemporaneamente. Apenas voltei à masmorra do dragão, para ir buscar comida e para ir dormir por volta das 21.00. Quando me deitei, estava um calooooooor dos diabos e nesse momento, não pude deixar de pensar “que m$%#& de sítio!” Apesar do colchão não ser mau de todo, o calooooooooor era… sufocaaaaaaante! Uma autêntica sauna! Mas de borla! 😛
Levantei-me às 5.15, acordado pelos cânticos da mesquita do barco, mas depois percebi que devido à diferença horária entre a ilhas de Sulawesi e Java, eram afinal 4.15! Ora bolas! De qualquer modo, como estar deitado no cafunfo/masmorra/sala de tortura não me fascinava, aproveitei para ir até ao meu porto de abrigo, o “abençoado” cafezito! 🙂 Onde à semelhança do dia anterior, fiquei durante horas a fio e aí vi o nascer do dia, tomei o pequeno almoço e continuei a escrever até acabar de atualizar o caderno. Quando acabei essa “tarefa”, o sol brilhava no céu azul e passado pouco tempo conheci um rapaz indonésio que se chamava Hulk e que me deu umas dicas de como chegar à guesthouse.
Até chegar a Surabaya estive sem fazer nada de especial, descendo ao cafunfo para recolher a bagagem. Nesta viagem, até o desembarque que eu aguardava ansiosamente, foi MAU! Assim que as portas abriram, começaram a entrar pelo barco adentro pessoas a correr desalmadamente e nós, as pessoas que queríamos sair, tivemos que esperar que aquela torrente abrandasse! Enfim o pandemónio! E eu que já estava satisfeitíssimo com toda aquela viagem “paradisíaca”, quando sai do barco e pisei o solo de Surabaya estava com um “sorriso nos lábios”. Esta foi de looooooooooooonge a pior viagem de toda a Viagem!
Já na base do vulcão, despedi-me dos simpáticos Guillaume e Marianne, e regressei a Probolinggo com o meu “jarbas”. 🙂 Depois de chegar à cidade e de agradecer a boa organização do “passeio” (Mahkota Tour & Travel; Tel. 081 333 399 699; e-mail: mahkotatour@ymail.com), apanhei um autocarro para Surabaya, cujo valor ainda estava incluído no tour.
Na estação principal de autocarros da cidade e na agência de viagens, Linda Jaya Tour & Travel, percebi que a travessia para a ilha de Sulawesi teria de ser feita na ida de avião (apenas haveria barco dali a três dias) e que no regresso então, poderia vir de barco. Nesse local estive durante a tarde, a organizar as fotografias tiradas no vulcão Ijen, a atualizar a folha de despesas, a imprimir os bilhetes das viagens de avião e as confirmações dos hostels previamente marcados, tanto em Surabaya como em Boracay e… acabei por comprar a passagem marítima e aérea (o que se veio a revelar um grande erro, pois o simpático e afável Mr. Kustono, revelou-se uma pessoa desonesta, vendendo-me o bilhete de avião de tarifa económica ao preço da tarifa regular, isto depois de termos falado durante algum tempo de questões de honestidade! Tenho a certeza que foi esta conversa, que me deixou mais triste com o logro).
Parti então de autocarro para o aeroporto, onde cheguei por volta das 17.40 e a partir desse momento foi aguardar… aguardaaaaaaaaaar…aguardaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar! O check-in da bagagem foi feito às 4.00 e durante a longa espera aproveitei para marcar mais duas noites em Surabaya, publicar no blog, falar via skype com algumas pessoa da minha família e finalmente embarcar, por volta das 6.00! Dormindo finalmente, durante a viagem. 🙂 Na chegada ao aeroporto de Makassar, já na ilha de Sulawesi, tive uma “sorte dos diabos”, pois conheci um nativo com quem partilhei táxi para o centro da cidade e no final da viagem, ele ajudou-me a comprar o bilhete para a cidade de Rantepao! 😀 Desse modo, às 9.30 já estava a bordo de um autocarro super luxuoso, com assentos que pareciam poltronas! 😉 Durante a viagem a pulseira que o Kristian me oferecera quebrou-se 😦 , escrevi o nome de duas ou três guesthouses existentes no meu destino – para quando chegasse, tentar encontrar um local barato – comi e dormi. A partir de certo momento da viagem, acordei e vi a bonita, verde e agradável paisagem de vales e montanhas a caminho da zona de Sulawesi, onde habita a tribo dos Tana Toraja. À cidade de Rantepao, coração da “Torajilândia”, cheguei já depois do pôr do sol, cansado mas feliz. A última semana no país, estava prestes a começar…