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Em trânsito: Oecussi via Kefa. Com a Ajuda do Sr. Jorge

Na chegada ao porto de Kupang e depois de evitar alguns “taxistas” trapaceiros apanhei uma carrinha coletiva que me levou para o centro da cidade. Aí apanhei uma nova carrinha/autocarro para Oinlasi e até sair de Kupang andei a passear um par de horas, uma vez que a carrinha andava para trás e para a frente a tentar angariar passageiros – a tradição indonésia não falha! 😛 . Durante a viagem que me levou por paisagens bastante verdes e algumas estradas esburacadas, mudei de ideias e decidi seguir diretamente para Kefamenanu  Kefa -, uma vez que o “fogo no rabo” para chegar a Timor Leste estava a aumentar. 🙂

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No simpático e tranquilo Hotel Cendana consegui negociar o preço do quarto, com o dono e passado pouco tempo conheci o Sr. Jorge, um senhor muito tranquilo que era simultaneamente tradutor e guia turístico. Depois de falarmos um pouco acordámos que ele me levaria até à fronteira com Timor Leste – enclave de Oecussi -, ajudar-me-ia a arranjar dólares e durante a minha estadia na cidade seria simultaneamente meu guia num passeio turístico e ojek. Vida orientada e simplificada! 🙂

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Na manhã seguinte, o Sr. Jorge foi-me buscar e juntos seguimos rumo à pequena aldeia de Bitauni  acerca de trinta quilómetros de Kefa, no estrada que segue para Atambua – onde visitámos uma gruta/santuário, que no seu interior albergava uma estátua de Cristo, levada por portugueses. Na gruta, a escuridão não era total pois a luz entrava por alguns buracos, existiam morcegos a voar e no ar sentia-se um odor pesado às suas fezes. Em frente à estátua da Nossa Senhora e da estátua do Redentor, o Sr. Jorge acendeu velas e rezou durante alguns momentos – ao que parece parte das suas orações foram a pedir proteção divina para mim – :), enquanto eu observava silenciosamente. No caminho de regresso acenei algumas vezes aos simpáticos nativos e parámos algumas vezes para tirar fotografias à paisagem: as verdes colinas; as montanhas, entre as quais Tatamailau – a maior montanha de Timor -; as casas típicas – Lopos as mais ricas e Umes as mais humildes e os campos de cultivo. Já em Kefa, imprimi e ofereci ao Sr. Jorge algumas fotografias do nosso passeio, troquei rúpias indonésias por dólares americanos – a moeda oficial de Timor Leste – e estive sossegado no quarto a ler alguma informação sobre o meu próximo destino.

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Como combinado, o Sr. Jorge foi-me buscar às 8.00 e no caminho de sobes e desces continuámos a ver a paisagem verde típica da ilha de Timor: montanhas, vales e colinas. Na chegada à fronteira o Sr. Jorge, desmontou da mota e acompanhou-me pelos múltiplos controlos de passaporte, até sair de território indonésio. O primeiro efetuado pela polícia militar, o segundo pela polícia civil e o último e mais “complexo”, no posto de fronteira – tudo começou porque não tinha um papel de controlo emitido pela embaixada de Timor Leste – tentei explicar-lhe que era português e que por esse facto, não precisava dele -; depois porque não tinha o cartão de emigração comigo, que me tinha sido entregue no aeroporto de Medan – tentei explicar-lhes que alguém mo perdeu e pedi desculpa por isso. Comecei então a ouvir falar da sua importância, etc… continuei a dizer que não podia fazer nada, a não ser preencher um novo e que sim, que percebia a sua importância. Passados cinco minutos e depois de me carimbarem o passaporte, lá me deixaram seguir viagem e na despedida do Sr. Jorge agradeci a sua ajuda no “processo” de despedida da Indonésia, para mim o verdadeiro país dos sorrisos. 😀 O enclave de Oecussi estava mesmo à minha frente, só tinha que continuar a caminhar…

IMG_4189 (FILEminimizer) P.S. – Contacto do Sr. Jorge em Kefamenanu. Telemóvel: +62 81237865987.

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Em trânsito: Lembata – Timor Oeste. Fantasmas Mentais

Durante a viagem de regresso a Lewoleba, que durou uma eternidade – cerca de cinco horas – o autocarro encheu que nem um ovo, prestes a rebentar e infelizmente ao meu lado calhou-me em rifa, uma senhora e a sua irrequieta “cria”. A viagem foi um martírio: demorada, apertada, a cabeça a bater nas barras laterais, o bebé não parava quieto e de “guinchar”… o cansaço e a falta de paciência não ajudavam e a certa altura já o queria vaporizar, mas depois refleti que também é essa a beleza da viagem. Não temos que “amar” tudo e todos SEMPRE! O melhor de tudo, é que o nosso estado de espírito muda e num segundo e num sorriso passamos a adorar a criança. 🙂 Esta viagem fez-me entender claramente que viajar longamente e de forma contínua é uma montanha russa emocional e os nossos sentimentos transitam entre estados, como tudo ou praticamente tudo, nesta vida.

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Na secaaaaaaaaaaaante capital da ilha, aguardei um dia e meio pela possibilidade de existir um ferry para Kupang, a capital de Timor Oeste, uma vez que a realidade era esta: ninguém tinha certezas e durante esse tempo em que a comunicação com os nativos era feita às quinze pancadas, recebi várias informações contraditórias. 😛 A única certeza que tinha era, caso não existisse esse ferry, existiria um avião no dia seguinte. 🙂

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Felizmente houve ferry e não tive que passar mais tempo na ilha de Lembata, esse paraíso tropical. 😉 Antes de embarcar, tirei fotografias à cor da água de múltiplos azuis e verdes e sorri com a pureza infantil das crianças que nadavam nuas, nas imediações do cais. Quando cheguei ao meu lugar, fiquei bastante satisfeito com o mesmo e durante a viagem escrevi alguns textos para o blog, atualizei o caderno, tirei fotografias à bonita paisagem e ao sereno pôr do sol, continuei a ler a “loucura” de Bukowski, pensei que na manhã seguinte iria estar em Timor e adormeci por volta das 19.00.

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Durante o sono, sonhei que estava num barco que afundava com pessoas que conhecia a bordo, mas das quais não me recordo as feições e de repente num estado de vigília senti o ferry a embater com bastante violência nas ondas, ao mesmo tempo que ouvi pessoas a gritar – pareciam verdadeiramente assustadas. A realidade é que nem sequer abri os olhos, mas lembrei-me que acabara de sonhar que estava num barco que afundava… curioso. Voltei a adormecer pesadamente e quando abri os olhos parecia que tinha dormido uma eternidade, porém eram apenas 23.30. Voltei a adormecer e acordei à 1.16 quando comi qualquer coisa. Às 3.26 acordei novamente, liguei o laptop para tirar o nome de destinos em Timor Oeste e decidi que queria partir de Kupang o mais rapidamente possível, voltei a adormecer. Acordei às 5.20, já era de dia e sentei-me a escrever: “Espero que não falte muito tempo para chegar!” e depois continuei a ler.

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Eram 7.40 quando escrevi: “Estamos três horas atrasados, o dia está cor de prata e eu estou como ele, melancólico”. Pensei na minha inabilidade/habilidade de estar sozinho, de como a internet encurta as distâncias, de como podemos nunca estar sós, sobre o vício de estar “ligado” – blog/facebook… e de como o prazer de viajar não pode/deve depender disso. Pensei nas mesclas de prazer/prisões que o ser humano cria para si mesmo, e de como a liberdade total de tudo e de todos me parece uma quimera – “a nossa vida é uma rede de conexões e ligações e sem elas não temos nada. Há sempre dois lados na moeda, não vejas apenas o negativo – no caso específico, o blog – escrever dá-te prazer! É assim que deves encarar a questão e não como uma prisão/obrigação! Relaxa e deixa-te ir… estás quase em Timor”.        

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Em trânsito: Até ao Infinito? Naaaaaaaaaaaaaaaa… Lewoleba

Se chegar a Moni já foi uma looooooooonga viagem pelo interior da ilha das Flores, a ida até à ilha de Lembata revelou ser uma jornaaaaaaaaaaada e uma caixinha de surpresas. 🙂 A viagem durou dia e meio, e para lá chegar apanhei dois autocarros, três ojek – táxi-mota – e dois barcos. Mas vamos aos factos…


Depois de visitar o bonito vulcão Kelimutu e as suas três crateras/lagos, apanhei um autocarro para as imediações da pequena aldeia piscatória de Sikka. Durante a viagem, à medida que fui descendo o ar começou a ficar mais denso, o ritmo mais lento e a vegetação, tornou-se novamente, tropical. Completamente rodeado de sacos e “nativos”, segui por verdes vales, escarpados e profundos, vendo em algumas ocasiões o mar azul, enseadas e baías, pequenas vilas, praias de areia negra e outras de areia branca – nas imediações de Sikka. Já na aldeia, estive com crianças na praia que gritavam: ”Photo, photo, photo…” mas que quando chegava a “hora da verdade” se escondiam com feições envergonhadas, falei um pouco e bebi um café com um grupo de senhoras e visitei a bonita igreja que tem no seu interior uma estátua de Cristo, que se acredita ter sido trazida pelos portugueses em 1641, aquando da queda de Malaca às mãos dos holandeses.

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Em Sikka apanhei um ojek para Maumere, mas desta feita, segui montado num “foguetão”, veloz e poderoso. Durante a curta viagem, de meia hora, pensei – principalmente a partir do momento que começou a chover – que se caíssemos, íamos ficar agarrados ao asfalto qual hambúrgueres na grelha. 😛 Maumere, que se situa entre o mar e montanhas, mostrou-se à semelhança de tantas outras cidades Indonésias, suja, pobre e deixada à sua sorte mas com pessoas incrivelmente sorridentes e calorosas. Porém, o que recordo principalmente da cidade é o encontro que tive com um “verdadeiro viajante”. Um senhor de mais idade, cheio de sentimentos de soberba, por nunca apanhar aviões e que à primeira opinião contrária que ouvia, se afastava imediatamente. Depois de assistir ao seu comportamento, desejei nunca me vir a transformar nele e no seu slogan: “Eu é que sou o verdadeiro Viajante!”.

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Em Maumere, não me fiz de velho e no dia seguinte, bem cedo apanhei um autocarro para a cidade de Larantuka. Novamente, a viagem fez-se pelo meio de uma cordilheira montanhosa, desta feita de norte para sudeste. Durante o trajeto e enquanto a música distorcia fruto da elevada intensidade sonora das colunas roufenhas, dormi aos poucos, fumei à grande com os nativos, tirei retratos e retribuíram-me a gentileza, vi muitas carrinhas decoradas com motivos religiosos, observei um grande mercado que estava a haver em Boru – pessoas, galinhas, motos, carrinhas, vegetais… -, senti que me estão sempre a pedir coisas – lenços, óculos de sol, pulseiras – como se o estrangeiro fosse uma “vaca leiteira”, pensei: “porque é que têm de conduzir tão depressa” e tive pensamentos soltos: viajar sozinho/acompanhado; tempos mortos; inabilidade para comunicar com os nativos e necessidade de comunicação; binómio andar/parar – “onde queres ir? Onde queres chegar? O que queres ver?”. Tal como no resto das montanhas das Flores, o cenário era deslumbrante e ao fim de três horas surgiu no horizonte, Larantuka e as ilhas de Solor e Adonara. A proximidade dessas ilhas à costa fazia com que o mar se assemelhasse a um lago rodeado de montanhas. Incrível!

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Em Larantuka, tentei informar-me acerca de barcos e ligações para chegar a Timor Oeste, mas devido ao mau tempo não havia ligações. Como não consegui arranjar nenhuma opção barata para dormir decidi partir para Wureh em Pulau Adonara e visitar mais vestígios portugueses, porém fruto de problemas nas negociações da travessia, desisti da ideia – “às vezes é chato e cansativo verem-me apenas como dinheiro andante”. Sem muitas opções, parti então para Pulau Solor, onde em Lahayong encontraria as ruínas de um forte português do século XVII. A fortaleza construída pelos descobridores lusos como entreposto militar, servia de apoio e defesa aos seus barcos que faziam o transporte de madeira de sândalo de Timor para Malaca.

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Na partida da ilha das Flores e enquanto esperava pelo barco, pensei no desgaste de viajar, na sua beleza, no seu desafio e improviso constantes! E se escrevi improviso, foi isso que acabou por acontecer. Soa a “piada”, mas afinal o barco estava em rota para Pulau Adonara! Instantaneamente desisti de visitar Wureh e Lahoyang. O plano imediato, passou a ser dormir em Waiwerang e na manhã seguinte seguir para Pulau Lembata, porém… assim que desembarquei no porto, voltei a embarcar noutro barco que estava de partida. Para? … exatamente – caro leitor – para a ilha de Lembata! Mais precisamente para a capital, Lewoleba e foi aí que acabei por ficar. Viagem até ao Infinito? Naaaaaaaaaaaaaaaaaaaa… Lewoleba! 😀

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Moni & o Vulcão das três Crateras, Kelimutu

Depois de uma enooooooorme viagem de “sobes e desces” constantes pela topografia acidentada da bonita e verde ilha das Flores, e de apanhar três autocarros – o primeiro em Labuan Bajo, o segundo em Ruteng e o último em Ende, onde passei a noite – cheguei à pequena vila de Moni, nas imediações de verdes florestas, arrozais e do vulcão Kelimutu.

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O dia em Moni foi tranquilo e durante o mesmo passeei com um ojek, observei o processo de tecelagem de ikat´s e gostei tanto deles, que cheguei a comprar um, na aldeia de Jopu visitei casas tradicionais – de madeira e palha -, túmulos e campas, vi uma bonita cascata no meio da floresta e tomei um relaxante banho nas hot springs.

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Na madrugada seguinte, acordei como previamente combinado com a dona da minha guesthouse – Maria -, para tentar ver o nascer do sol no topo do vulcão. Porém à hora marcada – 4.00 – o meu ojek não apareceu e pela primeira vez na Indonésia, tive de andar a bater a portas no meio da noite para ver a situação resolvida – “don´t play games with me Maria!” – por volta das 5.00, lá consegui partir e durante a rápida subida – cerca de meia hora -, o dia foi clareando e ganhando cor, mas fruto da elevada densidade de nuvens não houve um nascer de dia exuberante.

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Do parque de estacionamento onde fui largado, até às primeiras duas crateras e lagos, o caminho fez-se num ápice e se o lago verde esmeralda já era bonito, o lago azul turquesa era lindíssimo! A paisagem envolvente estava em constante mutação: o sol, a neblina, as nuvens que eram fiapos esvoaçantes, os jogos luz/sombra, a mescla de verdes e azuis dos lagos e das rochas de várias cores. Belo! Continuei a subir degraus e quando cheguei ao topo, vi a terceira cratera e um lago de águas negras e espessas, as nuvens continuavam a aparecer e a desaparecer velozmente e como consequência a  paisagem alterava-se e renovava-se a cada segundo, a cada instante, a cada olhar.

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IMG_3221 (FILEminimizer)  IMG_3279 (FILEminimizer)  IMG_3302 (FILEminimizer)

Depois de visitar o singular vulcão Kelimitu e as suas três crateras, fiz o serpenteante caminho de regresso a Moni – treze quilómetros – num ritmo tranquilo. Durante o trajeto vi verdes e agradáveis florestas, vales e montanhas, nuvens brancas, um sol radioso… Porém à medida que me aproximava da vila, o tempo foi piorando e progressivamente entrei num mundo de cinzas, chuva, arrozais, campos de cultivo e a última memória que guardo da vila de Moni, é o tempo quente e abafado que se fazia sentir, em contraponto à frescura do Kelimutu.

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Em trânsito: Kuta – Labuanbajo. Travessia para as Flores

No dia em que parti com Max para as Flores, despedimo-nos de Monika que estava de regresso à Alemanha e no adeus não pude deixar de dar um abraço apertado à minha companheira de Gili e de Lombok. 🙂 No terminal de Mandalika, esperámos umas horas e durante esse tempo falámos sobre clichés de surfistas e de backpackers; almoçámos e acabei de atualizar o caderno. O autocarro chegou a horas, porém, depois de entrarmos ainda estivemos uma hora e meia à espera de arrancar, afinal a bordo havia uma confusão dos diabos, fruto da enorme quantidade de vendedores e vendedoras em grande algazarra. 😛

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Finalmente acabámos por partir e percorrendo a ilha de oeste a este, estivemos sempre acompanhados de uma música em altos berros, de um tempo chuvoso e de um ar-condicionado gelado. No pequeno porto de Lebuhan Lombak e já ao final do dia, embarcámos num ferry para fazer a curta travessia para Sumbawa. Já no meio da noite, seguimos ilha adentro até Bima e da viagem pouco há a dizer para além da música gritante constante, da condução acelerada e amalucada e do sono em estado de vigília.

SUNBAWA (6)      IMG_2742 (FILEminimizer)  SUNBAWA (7)  Já na capital da ilha, mudámos para um autocarro minúsculo, atulhado de pessoas e bagagens e partimos para a minúscula vila portuária de Sape, onde apanhámos um novo ferry, desta feita para a ilha das Flores. A última fase da viagem, durou cerca de sete horas e nesta travessia marítima: li sobre Labuanbajo; tirei fotografias ao barco e à paisagem envolvente de múltiplas ilhas – entre as quais a “mítica” ilha de Komodo e lar dos dragões do mesmo nome – que alternavam entre os verdes e os castanhos; senti o corpo a colar fruto do calor; escrevi no caderno; escolhi fotografias para o blog; o Max desinfetou-me uma ferida que tinha no pé de aspecto pouco “simpático” e conhecemos Anok – Belga – e Hansel – Holandesa -, com quem desembarcámos no final de uma loooooooonga travessia que nos levou ao coração de Nusa Teggara.    

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Em trânsito: Bukittinggi – Kuta. A Beleza do Improviso

Depois das emoções vividas no Gunung Marapi ficámos a repousar durante o dia em Bukittinggi, até porque tudo indicava que no dia seguinte nos iríamos separar. A mim, esperava-me um longuíssima viagem para a vila de Kersik Tua nas imediações do vulcão mais alto da Indonésia, o Gunung Kerinci  3805 m – e o Manu queria ir até à ilha de Siberut, no arquípelago das Mentawai. Porém nesse dia, fiquei a saber que tinha havido um terremoto nas imediações da zona do vulcão e o meu plano ruiu literalmente, uma vez que tentar a ascensão poderia revelar-se perigoso, devido ao risco de erupção.

Às 7.00, acordei a pensar nas minhas opções e cheguei à conclusão que podia voar de Padang diretamente para Jakarta – ilha de Java – ou alternativamente ir até ao lago Kerinci e voar de Jambi para o mesmo destino. A verdade é que ao pequeno-almoço ao falar com o Manu, surgiu uma terceira opção, partir com ele para a ilha de Siberut, porém e antes de sairmos da guesthouse, recebemos a informação que apenas teríamos barco dali a dois dias. Plano afundado! 😦 Sem a possibilidade de ir a Siberut, o Manu decidiu que iria para Bali e eu fiquei de o acompanhar até ao aeroporto de Padang.

A verdade é que durante a viagem, comecei a pensar, a pensar… e quanto mais pensava mais motivos válidos encontrava para ir para Bali com o Manu! Assim que tive certezas, transmiti-lhe a minha ideia e ele ficou radiante por continuarmos juntos durante mais uns dias. 😀 Já no aeroporto comprámos os nossos bilhetes e aguardámos durante umas horas pelo embarque. Porém e antes de o fazermos, tivemos de pagar uma taxa que o governo da Indonésia cobra a todos os passageiros para voar – voos nacionais ou internacionais! – o denominado “assalto” legal!

Para chegar à ilha de Bali, tivemos de efetuar dois voos, fazendo escala em Jakarta e se do primeiro não há referências especiais, o segundo permitiu-me ver o radioso despontar do dia, campos verdes – ficando com a ideia que a ilha de Java é um território bastante fértil – montanhas e florestas na névoa, o impressionante cone do vulcão Bromo rodeado de nuvens, um mar de nuvens brancas e douradas, montes azul petróleo, o céu a ficar ligeiramente rosado, azulado e prateado, o oceano de múltiplos azuis e verdes, e observar a curta distância que parece separar as ilhas de Java, Bali e SulawesiNa chegada ao aeroporto de Denpassar, vi uma mistura de azuis e reflexos espelhados na água e pensei que tão bela como aquela paisagem, só a liberdade do improviso! 😀

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Bukittinggi e Arredores

Depois da viagem inesquecível e de aterrar no aeroporto de Padang, apanhei uma carrinha para a cidade de Bukittinggi, onde cheguei já de noite. Depois de arranjar poiso na agradável Hello Guesthouse, conheci Manu, um rapaz espanhol que também estava a viajar a alguns meses na Ásia e com naturalidade começámos a falar sobre pequenos tudos e pequenos nadas, e uma vez que estávamos pela primeira vez no hemisfério sul fizemos uma pequena experiência sobre o efeito de coriolis. A verdade é que nos entendemos tão bem que combinámos ir juntos a um lago – danau Maninjau – e a um vulcão – Gunung Marapi – que ficavam nas imediações da cidade, quando ele regressasse do lago de Singkarak.

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Em Bukittinggi ademais de comer deliciosos martabaks tal como em Berastagi – e pequenos-almoços, fui acordado todas as noites as quatro da manhã com cânticos, não de uma, mas de duas mesquitas! 😛 E passeei na caótica e animada zona do mercado, em Kato Gadang  uma antiga muralha – em Siank Canyon rio entre vales – e no Panorama park, do qual tive uma visão mais elevada sobre verdes vales e montanhas.

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Para além de percorrer a cidade, fui até à vila de Batu Sangkar  a cerca de quarenta quilómetros de distância e coração da etnia matriarcal/patriacal dos Minangkabau – onde visitei o bonito palácio do rei em Pagaruyung, mas principalmente onde tive a oportunidade de conhecer Revi Suhendi, um ojek – condutor de táxi-mota – extremamente amistoso e caloroso que me levou a “passear” em redor da vila. Desse modo, tive a oportunidade de observar a bonita paisagem campestre e muito verde, cheia de plantações, arrozais e afáveis camponeses e no final do nosso pequeno tour, Revi ofereceu-me um refresco e meio maço de tabaco! Na despedida tirámos um retrato juntos e fiquei a saber que amigo, na língua Indonésia se diz SUKA! 😀

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Outra das visitas que fiz, aliás que tentei fazer, foi ir até ao vale de Harau, nas imediações da cidade de Payakumbuh. Porém o que à primeira vista parecia simples, revelou-se uma tarefa impossível devido aos múltiplos problemas que tive com os transportes: bilhetes hiper-inflacionados, longas discussões de preços, múltiplas conexões e desconexões, carrinhas/autocarros a cair aos bocados e longuíííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííííssimas esperas, tudo somado resultou num passeio surreal passado na Indonésia, mais precisamente em Sumatra, onde a lógica se torna ilógica e o caos passa a comandar as situações do quotidiano. Neste dia esperei, irritei-me, praguejei, ri-me e aprendi uma lição: em Sumatra há que ter tempo para viajar e uma paciência de Jo, ou nas palavras mais sábias e perfeitas de Saramago: “Afinal, há é que ter paciência, dar tempo ao tempo, já devíamos ter aprendido, e de uma vez para sempre, que o destino tem de fazer muitos rodeios para chegar a qualquer parte”.

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Em trânsito: Regresso a Sumatra, no Mar das “Maldivas”

Para regressar à ilha de Sumatra, voei num pequeno avião a partir da zona norte da ilha de Tanahmasa, porém para lá chegar, tivemos de fazer um espécie de triangulação de barco: Tanahmasa – Telo – Tanahmasa, uma vez que a ilha não tem estradas. À medida que nos afastávamos da ilha, tomei consciência que a primeira linha está coberta de coqueiros e a partir daí, existe apenas selva “pura”. A primeira parte da viagem foi bastante agitada, o céu estava bastante carregado e uma vez que as ondas estavam orientadas contra o proa do nosso barquito, tivemos imensos ressaltos na água. Apesar de ter chegado à ilha de Telo completamente ensopado, não houve problemas de maior, tirando o banho forçado que o passaporte sofreu.

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Quando chegámos a Telo e apesar da curta distância, o céu estava azul e com nuvens brancas e depois de um curto compasso de espera, durante o qual almoçámos partimos novamente para Tanahmasa, desta feita para a zona do aeroporto. A segunda parte da viagem, realizou-se sob o signo de um tempo quente e agradável, e a chegada ao cais foi espetacular, uma vez que existia um bonito contraste entre as nuvens cinzentas, espessas e carregadas e o mar de múltiplos verdes e azuis.

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No aeroporto mais pequeno e rudimentar que vi na vida, tivemos que esperar três horas, fruto de um atraso do nosso avião, mas felizmente graças à conversa, o tempo voou. À semelhança do aeroporto, o avião no qual fiz a viagem para Padang era “minorca” – apenas doze lugares – e para além disso, posso afirmar que essa viagem valeu todos os cêntimos investidos, pois a paisagem revelou ser deslumbrante.

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Uma paisagem tipo postal das Maldivas, onde os corais, os bancos de areia e os diferentes azuis desenhavam formas belas e requintadas, que apenas eram visíveis do céu! Belíssimo, arrepiante e a natureza a mostrar uma vez mais, todo o seu esplendor! Este, foi o perfeito “Happy Ending”, para esta história inesquecível que foi Tanahmasa. Uma história que começou com uma odisseia e terminou com uma ode triunfal da natureza… 😀

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Em trânsito: Odisseia para Pulau Tanahmasa

Prólogo

Quando estive em Georgetown, fui convidado por Luke a visitá-lo na ilha (pulau) de Tanahmasa. Esta crónica relata a viagem, aliás a odisseia que foi trilhada.


Na ilha de Samosir, o dia acordou prateado e em Tuk-Tuk apanhei um ferry para a tristonha vila de Parapat. Do cais, segui andando de mochila às costas até encontrar a estrada principal e após um pequeno compasso de espera, passou uma carrinha que “supostamente” estava a caminho de Sibolga. Pelas estradas esburacadas de Sumatra, segui empacotado no meio de sacas e caixas, até à pequena vila de Parsea Jaya, onde todos os outros passageiros saíram e daí segui até Siborong-Borong, sozinho com o motorista, qual co-piloto de um carro de ralis. Durante esse “troço”, fizemos sinais de comunicação, fumámos, vi uma frase que é o resumo perfeito da condução Indonésia: “I do my best, God do the rest!” (eu faço o meu melhor, Deus faz o resto) e assisti in-loco à bestialidade da corrupção da polícia quando fomos mandados abrandar e o senhor agente depois de receber em mão uma notinha, lá nos mandou seguir… 😦

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Na cidade de Siborong – Borong a carrinha estancou e fui mandado sair da mesma. Com alguns sinais e poucas palavras, lá consegui perceber que naquele local iria mudar de veículo e passados vinte minutos de espera, seguimos viagem. Durante o trajeto, assisti a mais corrupção “policiana”, mandei uns quantos saltos, fruto da estrada estar completamente partida em alguns troços e voltei a sentir na pele a imaginação laosiana, uma vez que a carrinha que tinha inicialmente capacidade para doze pessoas, chegou ao destino com dezasseis! 😛

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Já em Sibolga e graças ao telemóvel de um rapaz indonésio – Ronald – contactei Beng Beng, um amigo de Luke, que durante o dia se tornou no meu “anjo da guarda” e que para além de me ajudar a comprar o bilhete para o ferry, foi meu condutor na cidade. Depois de me despedir de Beng Beng com um forte abraço e uma hora antes da partida – 20.00 – estava a entrar no ferry para a ilha de Nias, rodeado de crianças que queriam guiar-me até ao meu assento, para depois tentar vender-me comida e água de forma insistente. Nesse momento só queria que me deixassem em paz! E a minha expressão devia transmitir esse sentimento. Depois de colocar a bagagem no meu espaço da plataforma, uma rapariga indonésia que estava ao meu lado sorriu e depois de ouvir algumas crianças a gritar: “Hei Mister! I love you!”, comecei aos poucos a sorrir e a “máscara” da cara séria caiu por terra.

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Durante a viagem noturna, dormitei algumas horas, escrevi no caderno, vi as plataformas encherem de pessoas e bagagens e senti aquele ambiente barulhento, quente e fumarento a tomar conta do espaço. Tal como o Luke me tinha “avisado”, esta viagem só por si, já é uma experiência! 😉 Cheguei à ilha de Nias – cidade de Gunung Sitoli – ainda o dia não tinha nascido e ainda antes de sair do ferry, já tinha arranjado uma carrinha para Teluk Dalam, uma pequena vila piscatória, na parte sul da ilha. A viagem durou cerca de duas horas em ritmo prega fundo e durante a mesma, foram-me oferecidos cigarros pelo motorista e por passageiros, vi centenas de crianças em uniformes a caminho da escola e uma paisagem que misturava selva, plantações e praias e senti-me bastante FELIZ pois naquele momento sabia que iria conseguir apanhar o barco para a ilha de Telo. 🙂

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À semelhança do que aconteceu em Sibolga, em Teluk Dalam tive que esperar pela partida do barco e durante esse tempo a minha prioridade foi tentar avisar o Luke que estava a caminho, uma vez que da ilha de Telo para a ilha de Tanahmasa, não há transportes! E o caminho apenas pode ser feito pequenas embarcações privadas. Tentei ligar-lhe. O telemóvel estava desligado! Tentei ir a um cyber café. Não havia internet! Decidi então, enviar-lhe uma SMS e como uns minutos depois ele acabou por responder, relaxei a “molécula” pois soube que na ilha de Telo, ele estaria lá para me receber. Depois de aproximadamente três horas em waiting mode, estava finalmente de partida e num pequeno barco fiz uma travessia que durou cerca de seis horas. Durante a viagem, dormitei um pouco, escrevi no caderno, tirei fotografias à paisagem e às pessoas, observei os nativos e a pesca de um atum, falei com um rapaz que trabalhava num resort da ilha e pensei várias vezes que estava a chegar, antes de realmente chegar! Pois estava no meio do arquipélago de Batu e não conseguia identificar onde se localizava o meu destino. 😛

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Na chegada, o Luke estava à minha espera e depois de nos abraçarmos, dirigimo-nos para o seu bote a motor. A looooooooooooooooooooonga odisseia  quatro barcos e duas carrinhas – estava a chegar ao seu final e bastou apenas mais meia hora de viagem, através de uma paisagem de manguezais, nuvens e reflexos cor de prata e cinza no oceano, para chegarmos ao nosso destino. Às 18.00, já no lusco-fusco estava a desembarcar na praia, tinha acabado de chegar ao paraíso escondido de Tanahmasa 😀

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P.S. – Contactos de Beng Beng em Sibolga. E-mail: beng2nge@yahoo.co.id; Telemóveis: +62 81361077406; +62 81262265233.

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Crónicas Em trânsito Fotografia

Danau Toba. Dias Tranquilos

De Berastagi parti numa mini-van, acompanhado por Smiley e Margot – uma das raparigas francesas do trekking e que estava em Sumatra, a fazer um doutoramento sobre as “malfadadas” plantações de palmeiras – em direção ao porto de Tigaras, na parte norte do lago – danau – Toba. Para lá chegar tivemos de percorrer um longo caminho e penetrar lentamente no coração e na alma do povo Batak, uma antiga tribo canibal que foi convertida maioritariamente ao cristianismo.

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Pelo caminho, fomos parando e o nosso guia mostrou-nos vários tipos de plantas e árvores – canela, cravinho… – visitámos a pequena aldeia de Dokan e uma casa tradicional onde habitavam oito famílias!!! E aprendemos um pouco sobre os símbolos – osgas, cornos de búfalos… – que decoravam os exteriores das habitações e as protegiam dos maus espíritos 🙂 ; observámos a beleza natural – o lago azul, os verdes montes, os pinheiros, as pequenas aldeias, o céu a escurecer – que rodeava a pequena vila de Tanging; comemos um delicioso peixe na grelha com um piri-piri caseiro bombástico e descobri o “fabulástico” sumo de abacate, que se tornou uma espécie de revelação! 😀 ; ao percorrer parte da margem oeste do lago, vimos a neblina a correr nas verdes encostas, o processo de tecelagem de ikat´s tradicionais, visitámos pequenas aldeias, cheias de pessoas amistosas e alegres crianças, e assistimos a uma importante cerimónia Batak – que ocorre de dez em dez anos! – onde a dança e a música assumiam um papel fundamental – ritmo hipnótico. 😀

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Na manhã seguinte continuámos até ao porto de Tigaras, onde nos despedimos do relaxado e sorridente Smiley e aí apanhámos um pequeno ferry para Simanindo, uma povoação na ilha de Samosir – já no interior do lago Toba e que é a maior ilha do planeta existente no interior de uma ilha – e posteriormente uma mini-van para as imediações de Tuk-Tuk, onde Margot se despediu apressadamente. :/ Depois de apanhar uma boleia de scooter para essa vila, encontrei poiso na simples mas agradável Horas Sugary Guesthouse e aí junto ao sereno lago azul, fiquei alguns dias.

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Na ilha de Samosir, bem no coração da tribo Batak passei dias tranquilos e continuei a penetrar naquele mundo tribal, extraordinário e misterioso; percorri a pé as vilas de Tuk-TukTomok e Ambarita nas quais visitei casas tradicionais, museus, o túmulo do rei e zonas onde os anciões se reuniam antigamente para tomar decisões importantes – as cadeiras do “Poder” – observei e senti a tranquilidade da paisagem rural de campos de cultivo e arrozais, cascatas, enormes montes verdes e do grande Toba; escrevi e organizei textos para o blog e na despedida apenas posso dizer, Mao Lia Te – obrigado na língua Batak – pela estadia e simpatia, não vos esquecerei povo Batak… 😀

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