Nos dias em que estive em Berastagi e à semelhança de Medan, fui entrevistado umas quantas vezes; vi igrejas, mesquitas, camponeses e cenouras… muitas cenouras 😛 ; visitei a zona do mercado, onde encontrei uma grande variedade de frutas e produtos desconhecidos, sentindo o calor e simpatia dos “nativos”; subi à colina de Gundaling de onde observei a panorâmica da vila e já no topo, uma visão magnífica de… neblina e trevas! Berastagi também marca o meu primeiro encontro com o delicioso martabak de chocolate e amendoins. Huuuuuuuuuumm! 😀
Já nas imediações da vila, na companhia de duas raparigas francesas e de um guia, tive a minha primeira oportunidade de escalar um vulcão ativo, mas adormecido, o Gunung Sibayak e diga-se que o trekking não desiludiu. Nadinha! 🙂 O nosso primeiro “passo” foi apanhar um pequeno autocarro – no qual observei, o motorista que fumava qual um dragãozinho – para as imediações da cascata de Sikulikap e depois de a contemplarmos a partir de um miradouro elevado, começámos a nossa ascensão.
O trekking fez-se por uma encosta coberta de selva: lama e zonas barrentas, vegetação cerrada, muitos obstáculos e troncos caídos, períodos de chuva leve e uma temperatura agradável, assim foi a nossa ascensão. Quando chegámos à zona da cratera, nuvens corriam velozmente no céu, mudando rapidamente a nossa perceção, sendo a paisagem um misto de cinzentos, verdes e fumos. Passados apenas dez minutos de aí termos chegado, começou a chover torrencialmente.
A partir desse momento tudo mudou, tornando-se a paisagem surreal: as rochas de múltiplas cores – cinzentas, esverdeadas, avermelhadas -, a formação de rios e cascata no meio do trilho, o contraste entre o vulcão “fumante” e o dilúvio! Belo e memorável. 😀 No meio daquela tempestade, fomos andando o mais rápido que conseguimos e quando chegámos à estrada o nosso guia contactou um amigo para nos ir buscar.
Passados vinte minutos chegou uma pequena carrinha com um sorridente Rastman a bordo, Smiley o nosso “taxista” era relaxado, simpático e muito “boa onda” e levou-nos até às hot springs, lá do sítio. Foi aí que o nosso trekking teve o seu final perfeito, todos de molho numa piscina a fumegar, a chuva a cair e o Gunung Sibayak no horizonte. 😉