No dia em que parti com Max para as Flores, despedimo-nos de Monika que estava de regresso à Alemanha e no adeus não pude deixar de dar um abraço apertado à minha companheira de Gili e de Lombok. 🙂 No terminal de Mandalika, esperámos umas horas e durante esse tempo falámos sobre clichés de surfistas e de backpackers; almoçámos e acabei de atualizar o caderno. O autocarro chegou a horas, porém, depois de entrarmos ainda estivemos uma hora e meia à espera de arrancar, afinal a bordo havia uma confusão dos diabos, fruto da enorme quantidade de vendedores e vendedoras em grande algazarra. 😛
Finalmente acabámos por partir e percorrendo a ilha de oeste a este, estivemos sempre acompanhados de uma música em altos berros, de um tempo chuvoso e de um ar-condicionado gelado. No pequeno porto de Lebuhan Lombak e já ao final do dia, embarcámos num ferry para fazer a curta travessia para Sumbawa. Já no meio da noite, seguimos ilha adentro até Bima e da viagem pouco há a dizer para além da música gritante constante, da condução acelerada e amalucada e do sono em estado de vigília.
Já na capital da ilha, mudámos para um autocarro minúsculo, atulhado de pessoas e bagagens e partimos para a minúscula vila portuária de Sape, onde apanhámos um novo ferry, desta feita para a ilha das Flores. A última fase da viagem, durou cerca de sete horas e nesta travessia marítima: li sobre Labuanbajo; tirei fotografias ao barco e à paisagem envolvente de múltiplas ilhas – entre as quais a “mítica” ilha de Komodo e lar dos dragões do mesmo nome – que alternavam entre os verdes e os castanhos; senti o corpo a colar fruto do calor; escrevi no caderno; escolhi fotografias para o blog; o Max desinfetou-me uma ferida que tinha no pé de aspecto pouco “simpático” e conhecemos Anok – Belga – e Hansel – Holandesa -, com quem desembarcámos no final de uma loooooooonga travessia que nos levou ao coração de Nusa Teggara.