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Reflexões Filipinas

Nos quase dois meses que estive no país, houve algumas coisas que me surprenderam: a quantidade de ladyboys foi totalmente inesperada, ainda para mais num país católico, aliás ferverosamente católico, como comprovam os acontecimentos que ocorrem durante as celebrações da semana Santa (enormes procissões, chicoteamentos, crucificações…). Também fiquei admirado com a quantidade de “vovozinhos” e não só, que anda de mãos dadas com raparigas/mulheres Filipinas! E ao vê-los, recordei que não acredito que exista um “pinguinho” de amor, nestas relações.

O país é sem dúvida, um país de praia (Boracay, El Nido, Sugar Beach…), mergulho (Coron, Malapascua, Moalboal, Apo, Dauin, Balicasag…) e de belezas naturais (o vulcão Mayon e toda a Região Administrativa da Cordilheira, onde depois da China encontrei os terraços de arroz mais perfeitos de toda a viagem, principalmente na aldeia de Batad). 😀 Também foi neste destino, que fruto das companhias e do ambiente geral, tive mais festa em dois meses, do que num ano em todos os outros países. 😛

Tal como na Indonésia, a larga maioria dos habitantes são boas pessoas, quentes e afáveis, mas nas Filipinas fiquei agradavelmente surpreendido com a honestidade da larga maioria dos agentes de transportes, e se me posso “queixar” de algo, acho que só mesmo da comida. Um pouco aborrecida, tirando os famosos Baluts!  😛

Foi na cidade de Manila, que encontrei pela primeira vez na Ásia uma pobreza mais crua e real. A sujidade, as vestes esfarrapadas, famílias inteiras a dormir nas ruas. Não posso dizer que me tenha sentido inseguro, mas o ambiente pode e torna-se mais pesado. Para além disso, há muita corrupção, tanto da polícia, como dos agentes políticos, nada de novo portanto, naquelas terras abençoadas do Sudeste Asiático.

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Manila para a Despedida

Depois da visita à simpática cidade colonial de Vigan, regressei à capital das Filipinas, Manila. Desta feita, não de passagem como em ocasiões anteriores, em que passava sempre com o objetivo de me dirigir  a outros destinos, desta vez vim para a despedida do país, após quase dois meses. 🙂 Quando cheguei à metrópole tive que apanhar um táxi do terminal de Cubao até à zona de Malate, local onde tinha marcado um poiso barato – Wanderers Guesthouse – e depois dessa travessia, em que discuti acesamente com o taxista  – que estava a tentar enganar-me – decidi que apenas voltaria a apanhar um táxi, no dia em que fosse para o aeroporto! :/

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Em Manila, passei quatro dias praticamente em modo de espera, uma vez que Myanmar, o meu último país desta viagem, estava ao “virar da esquina” e eu esperava ansiosamente por esse momento. 🙂 Nesses dias, conheci alguns backpackers italianos simpáticos; assisti a jogos de futebol; visitei o enoooooooooorme Robisson Mall; escrevi para o blog; atualizei o caderno; vi muita pobreza nas ruas, pedintes, prostitutas atiradiças, pessoas a dormir no chão, inclusivamente famílias inteiras! :/ ; visitei a antiga zona de Intramuros: a catedral de Manila, o Forte de Santiago, a muralha super robusta e muito bem conservada; encontrei um restaurante com comida deliciosa e cujo staff era muito prestável e bem disposto; na companhia de nativos fui até ao gigantesco mercado de Hangganon na zona de Baclaran; joguei algumas vezes computador com um rapaz filipino; rearrumei a mala; comprei mantimentos para a travessia para Myanmar; troquei pesos por doláres; e apanhei um táxi para o aeroporto, desta feita  para a despedida das Filipinas, calhou-me em rifa um taxista honesto e pacífico. 🙂

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Os Terraços de Banaue & as Múmias de Kabayan

Depois da visita à aldeia de Batad e aos seus terraços perfeitos, e do trekking do dia anterior, a visita aos terraços de Banaue afigurava-se como uma mera “formalidade” para concluir esses dias felizes na Região Administrativa da Cordilheira (RAC). Porém, mesmo estes revelaram bastante beleza e na travessia pelo seu interior, tive de contratar os serviços de dois miúdos de palmo e meio, Dave (doze anos) e Nick (seis anos) muito engraçados! 🙂 Com eles percorri aquela verde paisagem, em passo relativamente rápido (os miúdos tinham asas nos pés 😛 ), fui fazendo alguns equilibrismos e tirando algumas fotografias. Depois do passeio, voltei ao Sonafel Lodge e aí fiquei tranquilamente a escrever para o blog, até partir. Eram 17.00, quando apanhei o autocarro para Baguio (capital da RAC) e quando chegámos ao nosso destino eram 3.00! Nessa altura, já tinha falado com o simpático motorista, e desse modo ele deixou-me dormir dentro da nossa viatura até às 6.00. 😉

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O meu último destino, na RAC era Kabayan e as suas múmias. Desse modo, eram 6.30 quando voltei a apanhar um autocarro em direção a Sagada, porém desta feita, apenas fiz uma hora e meia de viagem, e numa interseção com a estrada principal, fui deixado pelo prestável motorista. De monstrinho às costas e sempre a subir em rampas muito inclinadas, andei durante meia hora! Até decidir que se continuasse naquele ritmo não iria conseguir chegar às grutas de Kabayan  ficavam a mais de cinco quilómetros da estrada principal. :/ Quando encontrei uma casa perdida naquela paisagem montanhosa, pedi aos seus donos para me guardarem a mochila e bem mais leve continuei a andar. 🙂 Passados poucos minutos, passou uma carrinha amarela a quem pedi boleia e a bordo deparei-me com um grupo de montanhistas filipinos – Chimbang, Autaun, Rodi, Jumpeet, Nilo e Hendeel que ia para o mesmo destino! Perfeito! 😀 Foi deste modo, que visita às múmias de Kabayan, foi realizada na companhia de um alegre grupo. Acompanhados de um nativo que protege o local, percorremos um curto e agradável trilho no meio de um pinhal, e numas pequenas grutas com portas fechadas a cadeado, que foram abertas para nós, encontrámos no interior de pequenos caixões, múmias em posição fetal – crença de voltarem à barriga materna. 🙂

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Com eles voltei a Baguio, mas antes de arrancarmos tirámos fotografias de grupo e parámos para ir buscar o monstrinho. Nessa altura, deixei a mala pequena (computador, máquina fotográfica, caderno…) na carrinha, e apesar de não ter sentido nenhum perigo e de nada se ter passado, hoje sei, que tal ação foi demasiado arriscada! Confiança nas pessoas, sim! Fé absoluta, não! 🙂 Ainda durante a viagem, voltámos a parar para almoçar (um balut e um porção de arroz Morning Star: ovo estrelado + vegetais + galinha + porco + arroz! Delicioso! 😀 ), sendo à mesa e com gastronomia tradicional filipina que terminei a minha visita à RAC. 😉

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Trekking Batad – Banaue: Aprendizagens com Jerr

No dia do trekking, às 5.45 já estava acordado e depois de arrumar a mala e antes de tomar o pequeno almoço, observei o sol a penetrar na montanha e a iluminar progressivamente, os terraços de arroz e aldeia de Batad! Extraordinário! Espetacular! Uma verdadeira ode celeste! 😀 Às 7.30 em ponto, o Jerr apareceu e juntos fomos em ritmo relativamente tranquilo de Batad até à aldeia de Pula, passando por Cambulo. Nesta primeira fase do percurso, demorámos aproximadamente cinco horas, parámos algumas vezes e passámos por uma paisagem cheia de socalcos de arroz muito verdes, encontrando um rio que deslizava suavemente abaixo de nós e algumas casas perdidas naquela imensidão. 🙂

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Durante o caminho fomos falando naturalmente e eu fui sentindo que estava a fazer mais uma caminhada com um amigo, do que com um guia! 😀 Da nossa conversa, confirmei que realmente o valor do Jeepney do dia anterior estava inflacionadíssimo para não nativos – três vezes superior! E fiquei a saber que Jerr estava na universidade, e que o seu trabalho como guia, era um trabalho de verão que servia para pagar os estudos; que o facto de ele ser o terceiro filho, significava que era o primeiro dos que não herdava nada! :/ (o varão recebe a terra; o segundo um dote; daí em diante… 0!); que nos cargos ligados ao governo, só se consegue entrar pelo “fator C!” e que de pouco ou nada vale o mérito! :/ ; recebi informações sobre as múltiplas fases que as plantação de arroz nos terraços, exigem: limpeza de ervas; expansão das fronteiras dos terraços; processo de queima e mistura com terra; alagar o terreno e alisar a superfície; plantar o arroz. E já em Pula, tirámos um retrato juntos, trocámos e-mails e devido ao seu profissionalismo e dedicação, dei-lhe de grojeta o valor que no dia anterior tinha conseguido retirar do valor inicial do trekking. 🙂

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Perto da escola, despedimo-nos com um abraço. Ele voltou para Batad e eu continuei para Banaue. Quase instantaneamente, começou a chover com alguma intensidade e enquanto lutava para “escalar” uma looooooooooonga subida, senti-me um pouco cansado. Felizmente, a chuva teve uma curta duração e depois de ultrapassada essa última dificuldade, o caminho mudou e até ao final a paisagem mudou drasticamente de registo. Floresta e mais floresta, sempre muito verde e densa! O que valia, era que não havia dúvidas, relativamente ao trilho a seguir! 😉 Até ao final andei durante mais quatro horas e quase, quase no final senti-me saturado de andar. :/ O meu objetivo nessa altura, era acabar o trilho, o mais rapidamente possível.

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Quando desemboquei na estrada de alcatrão, ainda estava a nove quilómetros de Banaue, mas como aquela era uma estrada principal, não me “acobardei” e demonstrei aos condutores de tuk-tuk, que lá estavam estacionados que não precisava deles (semi-bluf). Desse modo, o valor desceu dos 150P iniciais para 20P! E eu fiquei contente pelo excelente negócio efetuado! 🙂 Na chegada à cidade, fui buscar o “monstrinho” ao posto de turismo, dirigi-me para o Sonafel Lodge e passados poucos minutos de ter chegado, começou a chover torreeeeeeeencialmente! O eclético trekking entre Batad e Banaue foi concluído mesmo à pele! 5*! 😉  

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Os Terraços Perfeitos de Batad

De Bontoc parti bem cedo para Banaue e durante a viagem aproveitei para tirar fotografias à fantástica paisagem de verdes vales e montanhas. Na chegada à famosa vila, dirigi-me ao posto de turismo, onde fiz algumas perguntas e fruto da informação recolhida, decidi aí guardar o “monstrinho” e partir o mais rapidamente possível para a aldeia de Batad, uma vez que o plano consistia em dormir lá e regressar a andar (trekking) no dia seguinte

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Ainda no centro da vila de Banaue, encontrei o Sonafel Lodge donde fiquei a observar a bonita e verde paisagem, a atualizar o caderno e onde conheci a simpática dona, Susana – que gostava de pintar – com quem fiquei a conversar durante algum tempo. Quando me dirigi para o jeepney, o mesmo já estava totalmente lotado e rapidamente percebi que para ter uma viagem minimamente confortável, teria que viajar no tejadilho – tal como acontecera na ilha de Palawan. Desse modo, depois de comprar mantimentos – tanto sólidos, como hídricos – e um delicioso halo-halo, sentei-me o mais confortavelmente possível e fruto do intenso calor, pûs o fiel keffieeh na cabeça. 🙂

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Eram 14.00 quando arrancámos e nesse momento fiquei bastante espantado, uma vez que a partida, apenas estava marcada para as 15.00! Pelos vistos nas Filipinas os transportes – apenas carrinhas e jeepney´s – podem partir adiantados! 😛 A travessia de aproximadamente vinte quilómetros, montanha acima durou aproximadamente uma hora e no topo de uma colina poeirenta, o jeepney estancou. Fim da estrada, fim da linha, e na altura de sair do bólide, o valor do “bilhete” pareceu-me excessivamente inflacionado. :/ Como a estrada até à aldeia de Batad se encontra em construção, a única solução possível foi descer a montanha a andar. Quando encontrei uma placa que indicava: “Welcome to BATAD (….) 1100 m Elevation”, soube que estava perto do meu destino e segui alegremente. 🙂

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Na entrada da vila, encontrei um rudimentar posto de turismo e rapidamente tentei perceber quanto custaria contratar um guia para regressar a Banaue. Depois de poucos minutos de conversa, percebi que os valores eram elevados, mas que estavam totalmente nivelados e se realmente queria fazer o trekking (e queria!), não havia outra alternativa senão pagar que estava definido. Ao falar mais longamente com um dos guias, Jerr, consegui baixar ligeiramente o valor inicial e percebi que ele me acompanharia durante meio trajeto: Batad – Cambulo – Pula, uma vez que o trilho a partir dessa aldeia e até chegar a Banaue seria fácil de seguir. Finalizadas as negociações, ele levou-me até uma das guesthouses (Hillside Inn) e à entrada da mesma, combinámos reencontrar-nos no dia seguinte às 7.30, selando o nosso acordo com um aperto de mão. 🙂

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Resolvidas as questões logísticas e depois de colocar a mochila no quarto, parti à descoberta da aldeia e da sua cascata. E se já na entrada da vila – miradouro do posto de turismo – a paisagem é impressionante, com os verdíssimos e viçosos terraços a fazer uma escada perfeita montanha acima! O que dizer, quando a caminho da cascata, nos embrenhamos no meio dos mesmos? Fascinante! 😀 No meio dos terraços, sentimos a sua grandeza e quando olhamos para baixo, vemos um anfiteatro perfeito a desenhar-se à frente dos nossos olhos… Espetacular! 😀 O caminho/trilho é feito no topo de terraços e por vezes o caminho torna-se menos óbvio, porém não é díficil de seguir 😉 e na parte terminal, o trilho para a cascata tem degraus bastante íngremes – como os mesmos têm alturas muito variáveis, à que seguir com cuidado e atenção. Quando estava quase, quase a chegar, suava abundantemente e mentalmente “disse”: “Espero que tenhas mais de vinte metros, senão fico *@$%&£!”. Finalmente, quando a vi, pensei: “Ok. Valeu a pena! 🙂 “, uma vez que a coluna de água conseguia mostrar alguma força e imponência. 😉 Da cascata, regressei ao centro da aldeia e sempre em sentido ascendente, subi degraus e mais degraus, continuando a tirar fotografias aos fotogénicos terraços de arroz, até a luz desaparecer e a escuridão total cair sobre Batad. A aldeia, no meio de verdes montanhas e de perfeitos terraços de arroz! 😀

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Dias em Bohol

Na ilha de Bohol, ficámos dois dias e os mesmos foram bastante diversificados. No primeiro dia encerrei o capítulo “mergulhos da viagem” ao atingir o redondo número de 50, ao largo da pequeníssima ilha de Balicasag. O primeiro mergulho do dia, foi muito relaxado e feito em Black Forrest, onde encontrei várias tartarugas e uma graaaaaaaaaande escola de jack fish. 🙂 O último mergulho da viagem foi feito em Cathedral, uma parede espetacular de corais que estava a correr muito bem. Porém, subitamente, lembrei-me do Buraco Azul de Belize e de algumas das suas histórias assustadoras e tudo mudou, comecei a sentir stress e um ambiente pesado que fui tentando controlar. Comecei a focar-me em pequenas detalhes e tentei esquecer-me da grandiosidade do espaço, uma vez que não se via o fundo. De qualquer modo, a parte final do mergulho em águas rasas foi espetacular: inúmeras escolas de diferentes peixes, várias tartarugas, águas cristalinas, uma visibilidade perfeita e o sol a penetrar na água. Este foi um grande final, para os mergulhos desta viagem. 😀 Depois da manhã no “fundo” do oceano, a tarde foi passada a relaxar na praia de Alona que apesar de relativamente tranquila, já se encontra turisticamente massificada.

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No segundo dia, fizemos um tour de carrinha em Bohol que durou aproximadamente sete horas e como não conseguimos negociar os locais onde queríamos parar, tivemos de correr as “capelinhas” habituais. 😛 Dos locais onde parámos, destaco os pequeníssimos e estranhos Tarsiers, as encantadoras colinas de chocolate e a interessante quinta das borboletas. Durante o tour, também foi possível observar as antigas igrejas de pedra destruídas pelo sismo de Agosto de 2013, que teve uma magnitude de 7.2 na escala de Richter. Ao contrário do que aconteceu em Sugar Beach, em Alona Beach depois de três noites e dois dias no local,  mesmo com uma areia espetacular  – em algumas zonas fina como pó – não senti pena por partir. A ilha de Luzon, estava ao virar da esquina e eu sentia-me entusiasmado! 🙂

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Ilha de Apo. Rochedo no Oceano

Após aqueles dias de sonho em Sugar Beach, parti com a Nie Ying em direção à ilha de Apo e o nosso primeiro passo foi apanhar um barco de regresso a Sipalay. Depois da curta travessia marítima, apanhámos vários autocarros, o primeiro para Hinoba-an, seguidamente até Bayawan e finalmente para Zambuaguita, onde pouco depois das 15.00 e com muita sorte apanhámos uma banca. Durante a travessia, o mar estava um pouco agitado e os salpicos foram uma constante. 😛

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Na chegada à ilha, a primeira visão da “praia” não foi muito paradisíaca, uma vez que para além da areia praticamente inexistente, se podiam ver muitas casitas. Ao longo dos dias, Apo revelou ser um rochedo no oceano, coberto de vegetação seca e onde a vida segue pacatamente o seu curso natural. Na ilha, a eletricidade apenas existe das 18.00 às 21.30, as noites foram escaldantes e ruidosas, fruto do cacarejar dos galos e dos latidos dos cães. 😛

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Na ilha ficámos alojados na Mario´s guesthouse num dormitório simpático, que aquando da nossa chegada estava praticamente deserto. Aí encontrámos boa comida e pessoas muito simpáticas: Janice (filipina de Puerto Princesa); Arnold (holandês de 70 anos com um espírito incrivelmente jovem); Richard e Jackie (casal de australianos); Julie e Mark (casal de alemães); Mário e Jed (instrutores de mergulho).

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Em Apo mergulhei duas vezes, a primeira em Cagon (onde fiz pela primeira vez uma entrada negativa – assim que se cai dentro de água começa-se logo a afundar e o encontro com os outros mergulhadores é feito no fundo. Este mergulho acabou por ser um drift dive tranquilo onde o maior destaque foi uma escola de jack fish); e a segunda em South Point, onde encontrei um extraordinário jardim de corais (do melhor que já observei, tanto em variedade como em riqueza de formas e cores) e vi múltiplas tartarugas e nuddiebranchs.

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No dia do aniversário de Julie, vi um bonito pôr do sol no antigo farol, na companhia de Nie, Janice e Arnold e daí podemos observar as bonitas cores do fim do dia e a visão em simultâneo das ilhas de Mindanao, Los Negros, Cebu; Siquijor e Bohol! 😀 E fizemos uma pequena mas agradável festa na praia, com direito a uns copitos, muita conversa, iluminação de lanternas, temperatura agradável, ao mesmo tempo que se via vários relâmpagos a rasgar o céu e uma tempestade a aproximar-se.

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Sugar Beach. Posso Cá Ficar Para Sempre?

A experiência que tive ao entrar em Sugar Beach, foi quase equivalente a sair do mundo. O ambiente era relaxado; o resort onde fiquei instalado (Driftwood Vilage), estava super bem concebido e não era muito dispendioso; existia um dormitório muito confortável, em que as camas eram praticamente de casal; a comida era deliciosa; e o staff impecável. Em Sugar Beach a areia era castanha escura ou se preferirem tinha um tom açúcar mascavado, por esse motivo a sua temperatura era quase sempre elevadita. 😛 Por sua vez, a água do mar apesar de não ter aqueles tons de múltiplos azuis e verdes, que geralmente são visíveis em praias de areia branca e onde existem corais, era transparente, super límpida e tinha uma temperatura agradável. No areal existiam múltiplos coqueiros e palmeiras, e existiam dois ou três resorts com bungalows.

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Progressivamente, fui conhecendo pessoas que estavam hospedadas no resort: a Babe (filipina que pertencia ao staff); Fabian (suiço), Nie Ying (chinesa); Octavie e Morgany (francesas); Luke e Alexa (casal de ingleses)… e foi aqui que me despedi de Daniel (“Jesus Cristo”) e de Zaskia. Durante aqueles dias, escrevi e publiquei no blog, dormitei em hamoks, passeei pela praia, joguei voleibol ao final da tarde, vi o pôr do sol enquanto jogávamos e depois do jogo terminar corria para e pelo mar, que era praticamente plano e raso e ao correr para o infinito, sentia-me livre! 😀 As noite também eram divertidas e animadas, uma vez que havia sempre uns torneios de snooker e bebíamos quase sempre umas cervejitas, em amena cavaqueira.

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Numa das manhãs, também fizemos um passeio de snorkeling para ver um navio afundado, a apenas cinco metros de profundidade. A água era cristalina e límpida, havia uma excelente visibilidade e foi possível ver corais e peixes de muitas cores ricas e variadas. Para além disso, também existiu uma tentativa de esquema por parte duns nativos que se fizeram passar por “guarda-costeira” e que tentaram “sacar-nos” uma taxa imaginária! Felizmente sem sucesso! 🙂 Uma vez que a vida era relaxada e fácil – boa comida e cama; sossego e conforto; muitas e animadas conversas – não tinha vontade de partir e estes três dias ficar-me-ão para sempre na memória. 😉 Antes de seguir para a ilha de Apo com a Nie Ying, tive de perguntar-me algumas vezes: “Sugar Beach. Posso cá ficar para sempre? ” 😀

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Em trânsito: Moalboal – Sipalay. Travessia para Sugar Beach

Na despedida de Moalboal, eu e a Zaskia tomámos o pequeno-almoço com Daniel e fruto da conversa muita animada à refeição, apenas partimos ao meio-dia mas com um objetivo bem definido. Chegar a Sugar beach, já nas imediações de Sipalay na costa oeste da ilha de Los Negros, uma vez que a descrição que Daniel fez do local, foi de tal modo apelativa que nos fez lá querer ir. 😀

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O resto do dia, foi um longo périplo de múltiplos transportes terrestres e marítimos. Primeiro apanhámos um tuk-tuk para a vila de Moalboal, daí autocarro até ao porto de Bato  hora e meia – onde apanhámos um ferry para Tangi  meia hora – já na ilha de Los Negros e aí novo autocarro para Dumaguete  uma hora. Da capital de Los Negros oriental até Bayawan, mais cento e vinte quilómetros e duas horas e meia de viagem. Em Bayawan fruto da hora avançada e uma vez que já não existiam autocarros, tivemos uma paragem prolongada para negociações. Conversámos com ojeks, condutores de carrinhas, motoristas de autocarros, até acabarmos cada um montados à pendura numa scotter, a fazer uma viagem de oitenta quilómetros, até à vila de Sipalay. A viagem estava a ser memorável, as motas deslizando pela estrada (ora de asfalto, ora de brita), enquanto as estrelas brilhavam no céu e um sentimento de liberdade nos acompanhava, até que… ouvimos um ahhhhhhh! Abrandámos, olhámos para trás e havia poeira no ar! Zaskia e o seu jarbas tinham tido um acidente e estavam deitados no chão! Saímos da mota, corremos ao seu encontro e naquela hora tardia, o que nos valeu foi que ninguém se magoou seriamente! Apesar das escoriações, arranhadelas e cortes, pudemos seguir viagem, mas o encanto tinha-se quebrado. :/

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Na chegada à vila de Sipalay encontrámos Daniel – um italiano, amigo de Zaskia – e com ele, e Mr. Tito seguimos num novo tuk-tuk até a um pequeníssimo porto perto de Sugar Beach. Toda esta louca odisseia, foi concluída exatamente na hora dos fantasmas, numa pequena viagem de barco feita no rio, no mar, na escuridão, iluminada pelo plâncton fluorescente que brilhava nas águas e pelas estrelas que brilhavam no céu. Quando desembarcámos em Sugar Beach e saltei para a areia, senti-me como um pirata, a chegar à ilha do tesouro… apenas não sabia quanto “ouro” ia encontrar…  

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Moalboal Days

Já na praia de Panagsama, ficámos alojados no Breeze Apartelle e depois de um ligeiro acerto de preço este local revelou-se perfeito… o quarto era enorme, pintado de amarelo girassol vivo, a casa de banho luxuosa q.b., havia água quente e a internet era rápida! Um mimo. 🙂 Durante a tarde cirindámos por inúmeras escolas de mergulho da zona e depois de vermos o pôr do sol regressámos à nossa “suite”. Banho tomado, seguimos para um restaurante mexicano, onde tivemos um bom jantar e um serão bastante agradável. Terminado o repasto, seguimos para o recinto da fiesta e aí por 65P (1.10€) por pessoa, bebemos rum com cola até ficarmos num estado de espírito… animado! 😛 Por volta da uma e tal dirigimo-nos à zona da “pista” de dança que estava minada de ladyboys e adolescentes! Um sonho, portanto! 😛 A verdade é que apenas às 3.00 chegámos ao quarto, onde aterrámos quais aviões.

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Depois da fiesta brava, do dia anterior resolvemos abortar a ideia de mergulhar – sabe-se lá porquê 😉 – e como o Francis estava de abalada, tive de abandonar o nosso belo poiso (snif, snif) e mudar-me para o simpático Moalboal Backpacker Lodge. No nosso último dia juntos, acabámos por visitar a bonita cascata de Kawasan e a verdade é que a tarde passou num ápice. O local, apesar de cheio de pessoas acabou por ser um passeio agradável, uma vez que à paisagem verde e serena, juntou-se a água fresca de várias lagoas e riachos que desembocavam na grande cascata. Já em Moalboal e dentro do autocarro, despedimo-nos com um forte abraço e “prometemos” manter-nos em contacto. 🙂 Quando regressei ao hostel, conheci Léo (brasileiro de Porto Alegre), Sérgio (francês e luso-descendente), Vanessa (alemã de Colónia) e Daniel (alemão de Estugarda) com quem acabei a jantar e a ter uma conversa longa e espetacular sobre a vida, viagens e mergulho. 😀

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O terceiro dia foi passado em praias, de manhã, rumei a sul e visitei a praia de Lumbung e de tarde rumei a norte e visitei a praia mais famosa da zona, a White beach. Neste périplo entre praias conheci um ojek simpatiquíssimo (Mr. Rodolfo) e a verdade é que nos demos tão bem que acabei por combinar com ele todas as viagens desse dia. 🙂 Durante o dia, torrei ao sol, atualizei o caderno, fui ao mar inúmeras vezes e fiz snorkeling. Este acabou por ser um dia mais tranquilo e quando regressei a Panagsama voltei a jantar com o Daniel.

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No último dia em Moalboal fiz dois mergulhos na companhia de Daniel. O primeiro na ilha do Pescador, onde fui recebido por uma parede vertical, de aproximadamente cem metros de profundidade e repleta de corais bastante vivos e coloridos, e onde senti algum nervosismo, ao lembrar-me de corrente brutal e descendente de Batubalong em Komodo. :/ E o segundo já ao largo de Panagsama, onde tivemos um encontro com uma escola de milhões de sardinhas! BRUTAL! ABISSAL! MONUMENTAL! 😀 Espirais, círculos, arcos e nuvens… um verdadeiro turbilhão! Um dos melhores mergulhos da minha vida! 😀 Depois de tanta emoção aquática, ficámos um par de horas na escola de mergulho – Cebu Divers – a falar com outros mergulhadores. Durante a tarde para além de continuar na conversa, acabei de atualizar o caderno e no regresso ao hostel reencontrei Daniel, Vanessa e Zaskia (rapariga de ascendência alemã/filipina) que chegara no dia anterior. Na despedida de Moalboal comecei a jantar sozinho, mas à semelhança de dias anteriores acabei acompanhado, desta feita por Zaskia com quem fiquei a conversar animadamente durante um par de horas. Foi nesse momento, que combinámos partir no dia seguinte para a ilha de Los Negros 

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