Depois da visita à aldeia de Batad e aos seus terraços perfeitos, e do trekking do dia anterior, a visita aos terraços de Banaue afigurava-se como uma mera “formalidade” para concluir esses dias felizes na Região Administrativa da Cordilheira (RAC). Porém, mesmo estes revelaram bastante beleza e na travessia pelo seu interior, tive de contratar os serviços de dois miúdos de palmo e meio, Dave (doze anos) e Nick (seis anos) muito engraçados! 🙂 Com eles percorri aquela verde paisagem, em passo relativamente rápido (os miúdos tinham asas nos pés 😛 ), fui fazendo alguns equilibrismos e tirando algumas fotografias. Depois do passeio, voltei ao Sonafel Lodge e aí fiquei tranquilamente a escrever para o blog, até partir. Eram 17.00, quando apanhei o autocarro para Baguio (capital da RAC) e quando chegámos ao nosso destino eram 3.00! Nessa altura, já tinha falado com o simpático motorista, e desse modo ele deixou-me dormir dentro da nossa viatura até às 6.00. 😉
O meu último destino, na RAC era Kabayan e as suas múmias. Desse modo, eram 6.30 quando voltei a apanhar um autocarro em direção a Sagada, porém desta feita, apenas fiz uma hora e meia de viagem, e numa interseção com a estrada principal, fui deixado pelo prestável motorista. De monstrinho às costas e sempre a subir em rampas muito inclinadas, andei durante meia hora! Até decidir que se continuasse naquele ritmo não iria conseguir chegar às grutas de Kabayan – ficavam a mais de cinco quilómetros da estrada principal. Quando encontrei uma casa perdida naquela paisagem montanhosa, pedi aos seus donos para me guardarem a mochila e bem mais leve continuei a andar. 🙂 Passados poucos minutos, passou uma carrinha amarela a quem pedi boleia e a bordo deparei-me com um grupo de montanhistas filipinos – Chimbang, Autaun, Rodi, Jumpeet, Nilo e Hendeel que ia para o mesmo destino! Perfeito! 😀 Foi deste modo, que visita às múmias de Kabayan, foi realizada na companhia de um alegre grupo. Acompanhados de um nativo que protege o local, percorremos um curto e agradável trilho no meio de um pinhal, e numas pequenas grutas com portas fechadas a cadeado, que foram abertas para nós, encontrámos no interior de pequenos caixões, múmias em posição fetal – crença de voltarem à barriga materna. 🙂
Com eles voltei a Baguio, mas antes de arrancarmos tirámos fotografias de grupo e parámos para ir buscar o monstrinho. Nessa altura, deixei a mala pequena (computador, máquina fotográfica, caderno…) na carrinha, e apesar de não ter sentido nenhum perigo e de nada se ter passado, hoje sei, que tal ação foi demasiado arriscada! Confiança nas pessoas, sim! Fé absoluta, não! 🙂 Ainda durante a viagem, voltámos a parar para almoçar (um balut e um porção de arroz Morning Star: ovo estrelado + vegetais + galinha + porco + arroz! Delicioso! 😀 ), sendo à mesa e com gastronomia tradicional filipina que terminei a minha visita à RAC. 😉