Categorias
Crónicas Fotografia

Rota SW

Ato VII – Esse Louco Alquimista da Natureza

Após o inesperado e bem vindo dia de descanso, era altura de regressar à estrada, porém antes de partir, passei pela última vez pela caravana de Freddy e da sua simpática família. Depois de mais um dedo de conversa e de um café simples, abraçamo-nos calorosamente e despedimo-nos com amizade. 🙂 Apesar do vento forte que se fazia sentir, o dia estava solarengo e poucos minutos depois de ter iniciado a caminhada, parei num pequeno pinhal para tomar o pequeno-almoço.

IMG_8954 (FILEminimizer)      IMG_8955 (FILEminimizer)

IMG_8960 (FILEminimizer)

Terminada a breve paragem, recomecei a andar, sendo o meu primeiro ponto de passagem a vila de Aljezur, porém e ao contrário do dia anterior, naquela manhã o céu estava azulíssimo e o sol radioso. Progressivamente, o trilho levou-me por estradas alcatroadas e de terra batida, pastagens, eucaliptais e pela urbanização do Vale da Telha. Assim que entrei numa zona mais descampada, tomando a direção da costa e da praia de Monte Clérigos, o vento fez-se sentir com uma intensidade redobrada, sendo os meus passos muito dificultados pela sua ação.

IMG_8961 (FILEminimizer)     IMG_8964 (FILEminimizer)

IMG_8967 (FILEminimizer)      IMG_8968 (FILEminimizer)

IMG_8969 (FILEminimizer)     IMG_8973 (FILEminimizer)

Nas imediações da bonita praia e das suas múltiplas formações rochosas, esse “louco alquimista da natureza” estava completamente fora de controlo, sendo o trilho até à Ponta da Atalaia varrido constantemente por fortíssimas rajadas salgadas. Aqui e à semelhança de outros locais da rota vicentina, encontrei múltiplos arbustos aromáticos – tomilho, perpétua, alecrim, murta, rosmaninho… – e várias plantas medicinais e comestíveis – espargos bravos, roselha, maios, camarinhas… – depois de uma “luta” titânica que me era impossível vencer, virei costas ao grande oceano e ao “louco alquimista”, seguindo rodeado por estevas, arbustos e pinheiros até chegar à povoação da Arrifana.

IMG_8976 (FILEminimizer)     IMG_8978 (FILEminimizer)

IMG_8980 (FILEminimizer)     IMG_8984 (FILEminimizer)

IMG_8988 (FILEminimizer)      IMG_8991 (FILEminimizer)

IMG_8993 (FILEminimizer)

Na chegada, ao falar com uma residente sobre mercearias locais, percebi que na aldeia não existiam opções e que para me abastecer teria de regressar à urbanização do Vale da Telha, a cerca de três quilómetros de distância. :/ Como a senhora estava de partida para esse local e talvez porque tenha percebido o meu cansaço e desapontamento, ofereceu-se para me transportar em ambos os sentidos. 🙂 Graças à sua graaaaaaaande ajuda, em vinte minutos resolvi a questão do abastecimento e novamente na aldeia, dirigi-me para a costa. Estava oficialmente na presença da bonita baía da Arrifana, das suas ondas constantes e das suas “focas” marinhas. 😛

IMG_8996 (FILEminimizer)     IMG_8999 (FILEminimizer)

Acenando um adeus à baía, voltei ao trilho e iniciei a etapa da Carrapateira. Nesse momento, o objetivo era apenas sair do centro da aldeia e assim que encontrasse um local agradável, parar e montar abrigo. Com o vento pelas costas e à medida que os meus passos me afastavam da costa e se dirigiam para Este, os meus olhos depararam-se com o que procurava… um pinhal no topo de uma colina. Perfeito! Sorri. Estava encontrado o local. Agora tinha de lá chegar. Depois de caminhar aproximadamente quinze minutos e no meio de uma pinhal bastante agradável, larguei o monstrinho e comecei a montar o estaminé. Como o local era bastante “aberto” e o vento não dava tréguas, tive que improvisar um abrigo bastante rasteirinho. 🙂 Terminada essa tarefa, era altura de finalmente descansar e me deliciar com o meu repasto: rissol de leitão, pão, queijo, chouriço, banana, sumo e água. Depois de reler um pouco a arte da viagem, os meus olhos começaram a fechar-se, só me restando nesse momento, deitar-me e adormecer embalado pelo assobiar do vento, esse “louco alquimista” da natureza.

IMG_9000 (FILEminimizer)     IMG_9002 (FILEminimizer)

IMG_9006 (FILEminimizer)

Categorias
Crónicas Fotografia

Rota SW

Ato VI – A Família e o “Dia Santo”

Quatro da manhã. “Lá ao longe”, começo a sentir algo húmido a bater-me levemente na cara. Lentamente, volto à realidade e começo a ouvir um barulho intenso. Estava a chover torrencialmente! O vento fortíssimo que anteriormente se fizera sentir, tinha de um modo improvável, acabado de salvar-me do encharcamento total. 🙂 Rapidamente, coloquei a manta de sobrevivência em cima da mochila como proteção e deixei-me ficar, afinal o meu poiso estava protegido. Entre as 4.00 e as 7.30 dormi de forma intermitente, até finalmente me decidir sair do casulo quentinho. O dia estava cinzento, chuvoso e muito ventoso, e depois de ir recolher a roupa ensopada e a tela de nylon molhada comecei a empacotar tudo.

IMG_8930 - Copy (FILEminimizer)      IMG_8932 - Copy (FILEminimizer)

Nessa altura, voltou a passar por mim um senhor alto com ar simpático, que na noite anterior já tinha metido conversa comigo porque achara curioso o facto de eu ir dormir ao relento, e que me convidou a tomar um chá na sua caravana antes de partir. Já com tudo arrumado, de mochila às costas e com um saco na mão, onde tinha os poucos mantimentos que me restavam – tâmaras, nozes, mel e pão… – dirigi-me à sua moradia. Na zona do toldo, Freddy apresentou-me a sua esposa, Anette e uma das suas filhas, Merriake e depois de me perguntarem o que queria beber, ficámos a conversar durante algum tempo. Quando olhei para o telemóvel, fiquei admirado porque já tinham passado um par de horas e a conversa não dava sinais de abrandamento. Nessa altura, como não me apetecia partir, perguntei-lhes se tinham planos e como estes eram inexistentes, resolvi prolongar um pouco a estadia no parque de campismo do Serrão. Foi assim, que após quatro dias de caminhada intensa, tive um dia santo de descanso. 🙂

IMG_8940 - Copy (FILEminimizer)

IMG_8942 - Copy (FILEminimizer)

Com essa resolução tomada, aproveitei o forte vento que se fazia sentir para colocar a roupa, a tela de nylon e a manta de sobrevivência a secar, e continuámos a conversar até às 15.00. Nesse tempo, fiquei a saber que: eram alemães; tinham três filhos; desde que começaram a criar a família – vinte e tal anos -, estavam a ter pela primeira vez, um período de descanso mais prolongado, estando na ponta final de oito meses de “sabática”; Freddy era pastor da igreja Prostestante e Anette assistente social; no regresso à Alemanha iriam mudar-se de Frankfurt para Berlim… e abordámos inúmeros temas: sociedade, deus/religião/espiritualismo, viagens, história, trabalho/emprego, ser humano…

IMG_8949 (FILEminimizer)     IMG_8948 (FILEminimizer)

Depois de tantas horas de conversa contínua e construtiva, e de um almoço saboroso que até teve direito a oração, enquanto eles ficaram a dormir a sesta, aproveitei para ir a Aljezur renovar o stock de mantimentos. Com os pés cobertos de compeed, visitei a zona antiga da vila, principalmente o bonito castelo, donde avistei toda a branca povoação, os campos férteis, as várzeas e os montes em redor. Do topo, segui até ao Intermarché onde me voltei a abastecer e terminadas as compras, regressei ao parque de campismo, desta feita por uma estrada de alcatrão serpenteante, sempre em sentido ascendente. Quando estava quase, quase a chegar, o suave sol que iluminou aquele fim de tarde, estava claramente em rota descendente.

IMG_8951 (FILEminimizer)

Já de regresso à “mansão”, Anette informou-me que um avião da Germanwings que ligava Barcelona e Düsseldorf se tinha despenhado nos Alpes, sendo altamente improvável que existissem sobreviventes. Mais um desastre aéreo – este viria a saber mais tarde, “poderia” ter sido evitado! :/ Passado uma hora e pouco, Freddy e Merriake reapareceram, sendo o jantar servido pouco depois. Apesar da fatídica notícia, à refeição e ao serão ninguém referiu o assunto, e continuámos a nossa animadíssima conversa, que foi sendo regada com vinho tinto e quase no final, um calicezinho de brandy. 😉 À saída da caravana, Freddy convidou-me para beber um café na manhã seguinte antes de nos despedirmos. Bastante mole e indolente, regressei à zona dos balneários onde voltei a dormir, desta feita com o corpo mais repousado, com a alma mais cheia e o sono mais profundo. 😛

IMG_8952 (FILEminimizer)

Categorias
Crónicas Fotografia Reflexões

Na “Terra do Bacalhau”

A caminho da Terra do Bacalhau e dos Vikings, saí pela primeira vez de terras lusas – que segundo os Romanos são: “terras de um povo que não se governa nem se deixa governar” – com o objetivo primordial de procurar trabalho. Durante a travessia aérea, senti-me expetante, ansioso e receoso com a possibilidade de não o conseguir encontrar, mas simultaneamente esperançoso que a realidade dependesse apenas de mim e da minha abordagem. Como fui aprendendo ao longo da minha odisseia asiática, não vale a pena sofrer por antecipação, por isso o melhor era tentar manter-me otimista e rodeado de pensamentos POSITIVOS. O NÃO estaria sempre garantido, por isso o objetivo passaria por ser o mais proativo possível e ter a noção que existiam múltiplos caminhos para a felicidade. Não havia que fechar portas, pois nunca sabemos até onde estas nos podem conduzir.

IMG_7452 (FILEminimizer)    IMG_7468 (FILEminimizer)   IMG_8190 (FILEminimizer)

IMG_7473 (FILEminimizer)      IMG_7476 (FILEminimizer)

IMG_7508 (FILEminimizer)     IMG_7532 (FILEminimizer)

IMG_7569 (FILEminimizer)      IMG_7572 (FILEminimizer)

IMG_8212 (FILEminimizer)    IMG_8286 (FILEminimizer)    IMG_8361 (FILEminimizer)

IMG_7576 (FILEminimizer)      IMG_8271 (FILEminimizer)

IMG_8296 (FILEminimizer)      IMG_8316 (FILEminimizer)

IMG_8382 (FILEminimizer)      IMG_8391 (FILEminimizer)

IMG_8403 (FILEminimizer)

Na Noruega fiquei o mesmo período que Cristo jejuou no deserto e durante esse tempo, para além de ter perdido a ilusão de ser contratado por uma empresa de Petróleo e Gás – mercado em rota descendente – percebi que até os trabalhos não qualificados – limpezas, restauração… sem conhecimentos de norueguês são difíceis de obter, ainda para mais numa cidade relativamente pequena como Kongsberg. A partir daí tudo se complicou e entrei num ciclo vicioso e circular: Língua – Trabalho/Emprego – €  sem conhecimentos da língua, não se consegue encontrar trabalho, sem este não há dinheiro e sem o último também não se consegue frequentar cursos para aprender a língua. :/

IMG_7606 (FILEminimizer)    IMG_7648 (FILEminimizer)    IMG_7664 (FILEminimizer)

IMG_7604 (FILEminimizer)      IMG_7608 (FILEminimizer)

IMG_7655 (FILEminimizer)      IMG_7631 (FILEminimizer)

IMG_7671 (FILEminimizer)      IMG_7682 (FILEminimizer)

IMG_7685 (FILEminimizer)      IMG_7688 (FILEminimizer)

No país experienciei as quatro estações, observando dias cinzentos e pardacentos – a larga maioria – dias de sol radioso e dias de neve; senti no metabolismo os efeitos da reduzida luz solar – sonolência, inércia, ligeira melancolia – devido à latitude, existe um aumento da inclinação dos raios solares, que no período de Inverno se traduz em dias curtos e noites longas; conheci calorosas pessoas com especial destaque para o Paulo, a Vera, o Leandro, o Marcin e o Anders, o Renato, os trainee, o Joãozinho e o Daniel; vivi e visitei Kongsberg e os seus agradáveis arredores – verdes florestas de altíssimos e antigos pinheiros, colinas e montes rochosos, rios e lagos cor de azeviche – a cidade costeira de Sandefjord, lar do interessante museu das Baleias, e a agradável e tranquila capital Oslo onde destaco a zona portuária de Aker Brygge e a Opera House, que mais se assemelha a um massivo iceberg. 🙂

IMG_7742 - Copy (FILEminimizer)    IMG_7717 - Copy (FILEminimizer)    IMG_7851 - Copy (FILEminimizer)

IMG_7705 - Copy (FILEminimizer)     IMG_7729 - Copy (FILEminimizer)IMG_7783 - Copy (FILEminimizer)      IMG_7803 - Copy (FILEminimizer)IMG_7837 - Copy (FILEminimizer)     IMG_7847 - Copy (FILEminimizer)

A Noruega, é um país de natureza, topografia acidentada, fracamente povoado e depois de lá ter estado, tenho a clara noção que apesar dos preços serem globalmente elevadíssimos – transportes, restauração, alojamento… -, a partir do momento que se arranjar trabalho, haverá sempre dinheiro para viver. Sendo um país que proporciona aos seus habitantes, uma excelente qualidade de vida! Para resumir a minha estadia, afirmo que apesar da busca de emprego/trabalho se ter revelado infrutífera, gostei bastante da experiência e sei que quem conseguir emigrar para o país com sucesso, fará uma excelente aposta. 😀

IMG_7884 - Copy (FILEminimizer)     IMG_7898 - Copy (FILEminimizer)

IMG_7906 - Copy (FILEminimizer)      IMG_7918 - Copy (FILEminimizer)

IMG_7951 - Copy (FILEminimizer)     IMG_7981 - Copy (FILEminimizer)

IMG_8000 - Copy (FILEminimizer)

Para além disso, apercebi-me de alguns factos que podem ser resumidos numa ideia que gostaria que os meus conterranêos Lusos acreditassem: “Não somos inferiores aos povos nórdicos, em nada! Sendo tão trabalhadores ou bons vivants como eles. 🙂 A grande diferença, é que vivemos num modelo de sociedade que não funciona e eles não. Este fosso, é explicado pela palavra, CONFIANÇA. O grande problema do nosso país e outros países do sul da Europa, é que foi criada uma nuvem de desconfiança e suspeição generalizadas, que minam e corroem toda a estrutura da sociedade da base ao topo. Somos ensinados a desconfiar e acreditamos que quem falha – e todos falhamos – o faz propositadamente e por obscuros interesses pessoais, em vez de falhar por incompetência/desconhecimento. A realidade é que sendo levados à desconfiança, somos levados à corrupção, à descrença, à inabilidade de sonhar e de nos tornarmos melhores cidadãos, capazes de melhorar o nosso país.

IMG_8082 - Copy (FILEminimizer)    IMG_8163 (FILEminimizer)    IMG_8164 (FILEminimizer)

IMG_8018 - Copy (FILEminimizer)      IMG_8023 - Copy (FILEminimizer)

IMG_8030 - Copy (FILEminimizer)      IMG_8042 - Copy (FILEminimizer)

IMG_8047 - Copy (FILEminimizer)     IMG_8061 - Copy (FILEminimizer)

IMG_8087 - Copy (FILEminimizer)      IMG_8108 - Copy (FILEminimizer)

IMG_8129 - Copy (FILEminimizer)     IMG_8158 (FILEminimizer)

Categorias
Reflexões

Nove Meses Depois…

Após o maravilhoso périplo por terras asiáticas, que durou aproximadamente dezasseis meses, regressei ao nosso país, Portugal, com algumas “certezas” bem entranhadas no meu espírito. Primeira. Sei que fui realmente FELIZ e por isso queria continuar a viajar ao longo da minha vida, de preferência de forma continuada. Segunda. Queria afastar-me de qualquer “relacionamento amoroso”, como o diabo foge da cruz, vendo quase sempre uma relação, como uma amarra que me prendia. Terceira. Afastar-me do mundo da engenharia civil e da memória de tempos onde fui menos feliz, e viver da VIAGEM, fosse por que via fosse – escrita e/ou fotografia. Cheguei deslumbrado e maravilhado com a vida de viajante… aéreo… mais sonhador do que nunca. Mas quem me podia censurar!? Afinal, tinha estado ausente, durante um looooooongo período e toda a minha vida/existência sofreu uma mudança abissal. Tudo o que precisava para viver estava dentro de uma mochila aliás, de duas, e tinha dinheiro no bolso. Haverá, vida mais fácil!?

Nos últimos meses, volta e meia encontro pessoas que me dizem: “Bué da fixe a tua viagem…”. Sim! Foi “bué da fixe”. Sim… valeu realmente a pena e não me recrimino pela maioria das escolhas que fiz! Mas gostaria que as pessoas percebessem, que não existem mundos cor de rosa! Houve sacrifícios que foram feitos, existe sempre “um preço a pagar” e tal como aprendi durante a viagem, a “moeda” tem SEMPRE duas faces. Não há e nunca haverá nada perfeito nesta vida. Nunca!

A realidade é que hoje, passados aproximadamente noves meses desde que cheguei ao aeroporto da Portela, com pouco mais do que cinco euros no bolso, vejo a minha vida de uma perspetiva diferente e mais realista. Sei que esticar a viagem a tal limite monetário, trouxe a sua fatura… desde então, apanhei a famosa pêra rocha do oeste, fiz alguns trabalhos académicos, ajudei esporadicamente um amigo no seu negócio, acompanhei a minha família. Felizmente, tive a possibilidade de voltar a ganhar algum dinheiro e graças ao “vil metal” que faz mover o nosso globo, estive um mês na Noruega à procura de trabalho e tive a possibilidade de me deslocar duas vezes a Inglaterra, para fazer entrevistas de trabalho – sem sucesso. Hoje em dia, já não vejo o regresso à engenharia civil como um beco sem saída, nem tão pouco o relacionamento amoroso como uma parede de betão que me esmaga, ou como uma grilheta que me aprisiona. A liberdade está na nossa mente e se aí formos realmente livres, nunca seremos escravos da liberdade.

Histórias do Vento nasceu da ideia que existem duas naturezas distintas nas pessoas. A natureza ÁRVORE e a natureza VENTO. A maioria dos habitantes do nosso planeta, tem predominantemente a natureza árvore e como tal o que buscam e procuram na sua vida é a estabilidade, o desejo de assentar e criar raízes. Por sua vez, as pessoas de natureza vento, buscam o movimento, o desejo de liberdade. Antes de partir nesta odisseia, pensava que ambas as naturezas eram perfeitamente imiscíveis porém, durante a viagem esta perceção desvaneceu-se. O vento pode em determinado momento desejar tornar-se árvore e vice-versa – obviamente, a árvore terá dificuldades acrescidas, uma  vez que tem uma estrutura muito mais pesada para transportar.  

Presentemente não posso concordar mais com Seth Stevenson que escreveu no seu livro, A Terra Vista da Terra: “Não se pode andar a vagabundear para sempre sem nos tornarmos vagabundos”. Nesta altura, que acabei de escrever todos os posts do blog que estavam em atraso e que me deram um enooooooorme prazer a escrever – talvez devido a eles, a “ressaca” da viagem não foi maior – não posso deixar de me questionar: “Então e agora?” Agora caros leitores e amigos, sinto a pressão de não ter trabalho e uma fonte de rendimentos. Não vejo com clareza qual o caminho a seguir, mas simultaneamente tenho confiança e esperança que encontre uma ou várias soluções.

Categorias
Fotografia Reflexões

Artigo Volta ao Mundo

IMG_8430

Categorias
Crónicas Em trânsito Reflexões

Em trânsito: Yangon – Lisboa. Maratona no Regresso

De Yangon saí com destino a Kuala Lumpur e uma vez que a viagem entre as duas capitais foi tranquila, aproveitei para escrever no caderno. O dia de espera nos arredores do aeroporto de KL passou rapidamente e durante a tarde reformulei ligeiramente a bagagem, vi dois episódios de uma série e recebi a visita de Fabianne, com que partilhei os meus últimos momentos da viagem. Nessa altura e relativamente à minha partida para Portugal, senti serenidade. Nem tristeza, nem alegria, apenas paz! 🙂

Na sexta-feira de manhã, a caminho do aeroporto de KL conheci uma chinesa de Xangai, com quem estive até apanhar o voo para Guangzhou. À semelhança do dia anterior, a viagem foi tranquila e continuei a atualizar o diário. Na chegada à capital da província de Guangdong e quando me preparava para fazer o transfer, recebi uma informação que me deixou positivamente estupefacto: a companhia aérea, oferecia-me literalmente hotel e transfer para o mesmo, para poder repousar umas horas! A única coisa que tinha de fazer era passar pelo controlo de emigração na saída e na entrada do aeroporto. Claro que aceitei a oferta sem pensar muito sobre o assunto! 😀 Quando cheguei ao átrio do Hao Yin Gloria Hotel, é que percebi que estava num local bastante luxuoso! Mas o melhor de tudo, foi quando abri a porta do quarto… brutal! Cama gigante e fofa, ecrã plano na parede, wi-fi veloz, roupão branco, casa de banho com chuveiro embutido no teto, banheira!!! Enfim, à lord e minha última tarde da viagem, foi uma ode ao luxo e ao ócio! Um final ÉPICO! 😉

IMG_6739 (FILEminimizer)     IMG_6745 (FILEminimizer)

IMG_6753 (FILEminimizer)

IMG_6762 (FILEminimizer)

Quando regressei ao aeroporto, chovia torrencialmente e raios medonhos rasgavam o céu, aliás houve um momento em que vi um raio tããããããããããããããããão graaaaaaaaaaaaaaande, que mais parecia uma coluna de luz em direção à terra! Impressionante! Felizmente, com a velocidade que a tempestade se formou, também se desvaneceu. 🙂 Já no aeroporto tentei encontrar um Macdonald´s, mas como falhei esse “objetivo”, gastei o pouco dinheiro que me restava em mantimentos: bolachas, água, chá, latas de grãos doce e enquanto aguardei pelo embarque, fui escrevendo e ouvindo música.

À meia noite de Sábado, já estava dentro do avião e felizmente o mesmo partiu à hora marcada (00.20). A viagem de aproximadamente 9569 quilómetros durou treze horas e na mesma, dormi umas boas horas, comi e… continuei a escrever. 🙂 A chegada à cidade luz foi feita sob o signo do sol e do céu azul e o transfer foi tranquilo. Numa das casas-de-banho do aeroporto, “lavei-me” com uma toalhita, perfumei-me e vesti a minha t-shirt dos Mustache Brothers. Durante a manhã e até à altura do voo, continuei a escrever, a escrever… a escrever! Aliás, só parei de o fazer já no final da viagem entre Paris e Lisboa! No voo final, para além de ter escrito sem parar, vi do alto a torre Eiffel, o rio Sena a serpentear pela cidade e a magnífica costa do nosso país.

Naquele dia de 21 de Junho de 2014, escrevi: “e agora que estou quase, quase a chegar a Lisboa posso afirmar que estou contente… sinto-me feliz por regressar e vou tentar aproveitar ao máximo estes primeiros tempos no meio da minha família e dos meus amigos que me amam. Vou continuar a escrever e a viajar na minha vida! Ambas fazem parte da minha essência e não me tenciono negar mais a mim mesmo. Acredita em ti miúdo! Não hesites! Avança! Não desistas do teu sonho de viajar! A jornada é demasiado bela para parar e o vento uma força demasiado poderosa para ser travada! O mundo é um local belo! Que merecer ser visto e revisto, e eu faço parte dele e ele parte de mim! Hoje no regresso ao meu país que me criou como homem e cidadão do mundo, faço votos de casamento com o Mundo! Não me abandones! Que eu ser-te-ei fiel. E é curioso ver como o avião onde estou quase a chegar, abana como uma folha de papel com a intensidade do vento. Esse bom louco, alquimista da natureza!”                 

Na chegada a Lisboa tive que esperar uma eternidade pela mala, a ponto de pensar que a mesma se tinha extraviado. Quando finalmente chegou, coloquei-a às costas, abri o meu chapéu-de-chuva colorido – comprado no lago de Inle – saí para o exterior e tentei encontrar alguém da minha família. Depois dos meus olhos focarem o espaço em redor, vi a minha mãe, irmã, uma das minhas prima e um dos meus melhores amigos e todos estavam a sorrir. 😀 Abraçámo-nos e depois de um pequeno compasso de espera partimos para a minha cidade natal.

IMG_6765 (FILEminimizer)

Durante a viagem, falei com a minha irmã e dirigimo-nos para casa de uma das minhas avós. Quando fizemos a curva, comecei a ver muitos carros e pessoas e percebi que afinal havia uma festa suuuuuuuuuuurpresa, organizada por grande parte da minha família e dos meus amigos! 😀 Saí do carro mega FELIZ, a sorrir e comecei a abraçar e a beijar as pessoas. Durante a tarde estivemos todos juntos num mega-banquete com direito a deliciosa comida portuguesa e bebida. E aí, senti o carinho e o amor da minha família e dos meus amigos! Foi uma receção, muito especial e bonita! E a viagem, acabou em beleza! 😀

IMG_1422 (FILEminimizer)      IMG_1434 (FILEminimizer)

IMG_1435 (FILEminimizer)       DSC00781 (FILEminimizer)

IMG_6766 (FILEminimizer)

IMG_6773 (FILEminimizer)

A todos eles e a todos vós, MUITO OBRIGADO, por fazerem parte da minha vida e por me deixarem fazer parte da vossa. É um privilégio e uma honra! E eu sei que sou uma pessoa com sorte. 😀

Categorias
Reflexões

Breves Reflexões Birmanesas

Apesar de algumas tensões existentes, principalmente em zonas mais remotas, este é o momento certo para visitar o país! Já existem infraestruturas monetárias que permitem uma visita serena e as pessoas são na sua larga maioria de uma simpatia extrema! Do melhor que vi em tooooooooooooooooooda a viagem! 😀 Por outro lado, também não tenho muitas ilusões, quando o país se abrir totalmente estas pessoas vão ter tendência para mudar e tornar-se com toda certeza, mais gananciosas e mesquinhas, à semelhança do que ocorre no sul da vizinha, Tailândia ou na “paradísiaca” ilha de Bali. O que o dinheiro/turismo toca é conspurcado! Bagan começa a ser a face vísivel desta realidade. É uma pena, mas é a verdade! 😦

Myanmar foi em termos culturais, mas não só (o estado de Shan, onde visitei as grutas de Pindaya e fiz um passeio de amigos até ao lago de Inle) uma experiência deslumbrante e foi seguidamente do antiquíssimo Império do Meio, o país mais fascinante de toda a viagem. Bago, Mandalay e os seus arredores, a pagoda resplandecente de Shwedagon em Yangon e claro os 3000 templos de Bagan vão deixar saudades. 😀

Apesar de haver muitas opiniões que garantem que o país se encontra bastante melhor e mais livre, os Mustache Brothers continuam a pôr a boca no trombone e a denunciar a realidade: “Mudaram de fardas para fatos, mas são os mesmos corruptos que estão no poder!”. Triste sina, para um povo tão generoso.

Categorias
Crónicas Fotografia

Yangon para o Adeus

Depois de quatro dias praticamente perfeitos no “reino” de Bagan parti para Yangon, outras das antigas capitais do país, para acenar o adeus tanto a Myanmar, como a esta viagem. E o que posso dizer do meu último destino? Bem primeiro de tudo, fiquei hospedado na simpática Agga guesthouse onde encontrei uma cama confortável, A/C e pela primeira vez, uma internet que realmente funcionava. 😛

IMG_6481 (FILEminimizer)     IMG_5108 (FILEminimizer)

IMG_6489 (FILEminimizer)    IMG_6498 (FILEminimizer)

IMG_6499 (FILEminimizer)    IMG_6508 (FILEminimizer)

IMG_6514 (FILEminimizer)

IMG_5139 (FILEminimizer)     IMG_5171 (FILEminimizer)

IMG_6529 (FILEminimizer)     IMG_5187 (FILEminimizer)

O grande destaque da cidade é sem dúvida a dourada e resplandecente pagoda de Shwedagon, que à semelhança da rocha dourada de Kyaikhtiyo e da pagoda de Shwemawdaw (que se encontra em Bago) é dos locais mais sagrados do país para a etnia Mon. Tudo brilha, tudo é ouro, tudo é luz! Esta pagoda de dimensões épicas – aproximadamente cem metros – é de facto estonteante e está repleta de infinitos detalhes prontos a ser explorados e descobertos. Eu, a Naomi e a Anne – uma rapariga holandesa que conheci no autocarro para Yangon – saímos de lá maravilhados. 😀

SAM_5694 (FILEminimizer)     IMG_6623 (FILEminimizer)

IMG_5236 (FILEminimizer)     IMG_6600 (FILEminimizer)

IMG_6608 (FILEminimizer)    IMG_6616 (FILEminimizer)

IMG_6620 (FILEminimizer)    IMG_6629 (FILEminimizer)

IMG_6661 (FILEminimizer)     IMG_6672 (FILEminimizer)

IMG_6680 (FILEminimizer)    IMG_5333 (FILEminimizer)    IMG_6659 (FILEminimizer)

IMG_6676 (FILEminimizer)

Em Yangon e na companhia de Naomi, visitei o Museu Nacional que visto do exterior parece um hospital e o interessante Museu das Gemas, onde pudemos observar a beleza destas “pedras” preciosas e semi-preciosas e onde comprei uns recuerdos mais especiais. A cidade também se revelou uma excelente surpresa em termos gastronómicos e fiquei bastante impressionado com a quantidaaaaaaaaaaaaaaaade de vendedores que vendiam comida nas ruas e as pessoas que estavam constantemente a comer nas bancas! 🙂 O movimento de pessoas era frenético e às vezes pensava que estava numa mini Índia caótica e repleta de estímulos visuais, sonoros e olfativos.

IMG_5369 (FILEminimizer)      IMG_5373 (FILEminimizer)

IMG_6704 (FILEminimizer)      IMG_6713 (FILEminimizer)

IMG_6718 (FILEminimizer)     IMG_6721 (FILEminimizer)

IMG_6726 (FILEminimizer)

No último dia na cidade, em vez de continuar a mover-me mais e mais, resolvi parar totalmente e tive um dia muito sossegado e tranquilo. Vi o último filme que me restava no portátil – Stalker de Tarkovsky – organizei a mala e as fotografias tiradas em Yangon, e despedi-me de Myanmar, radiante com todas as maravilhosas experiências que tive no país. 😀

IMG_5398 (FILEminimizer)      IMG_5423 (FILEminimizer)

IMG_6728 (FILEminimizer)     IMG_6731 (FILEminimizer)

IMG_5471 (FILEminimizer)            IMG_7738 (FILEminimizer)

IMG_7747 (FILEminimizer)           IMG_5473 (FILEminimizer)

Categorias
Crónicas Fotografia

Bagan. No Reino dos 3000 Templos?

No primeiro dia em Bagan, às 5.00 já estávamos montados numas biclas a pedalar, afinal o astro rei despontava às 5.30 e neste local os dias são conhecidos por serem escaldantes. 😛 Do topo de um templo, que não era dos mais famosos e na presença de “ninguém”, exceto dos meus companheiros bascos e de um nativo que nos guiou ao local, ter a felicidade de observar aquela paisagem onde se viam centenas de templos em nosso redor, foi de facto especial! 😀 Nas nossas primeiras horas em Bagan, visitámos alguns dos templos principais e destes, o que mais me agradou foi de Anada, principalmente o seu fabuloso interior com quatro budas gigantes em posição de pé! 🙂

IMG_0708 (FILEminimizer)

DSC_3930 (FILEminimizer)

IMG_5847 - Copy (FILEminimizer)      IMG_5878 - Copy (FILEminimizer)

IMG_5879 - Copy (FILEminimizer)    IMG_0716 (FILEminimizer)    IMG_5892 - Copy (FILEminimizer)

IMG_5886 - Copy (FILEminimizer)     IMG_5890 - Copy (FILEminimizer)

IMG_5906 - Copy (FILEminimizer)      IMG_0749 (FILEminimizer)

Depois de algumas deambulações, regressámos à guesthouse para tomar o pequeno-almoço e até às 15.00 ficámos no quarto a proteger-nos do calor. Às 16.00, partimos novamente para a zona dos templos onde visitámos a pagoda dourada de Shwezigon e seguidamente a grande pagoda branca de Shwesandaw, donde avistámos na perfeição a seca planície e grande parte dos templos de Bagan! 😀 Já quase sem luz, chegámos às imediações do maior templo, o templo de Dhammayangyi e com uma grande trovoada a aproximar-se explorámos um bocadinho do mesmo, quais verdadeiros Indian Jones. 🙂 

IMG_5938 - Copy (FILEminimizer)      IMG_5946 - Copy (FILEminimizer)

IMG_5949 - Copy (FILEminimizer)       IMG_5985 - Copy (FILEminimizer)

IMG_5978 - Copy (FILEminimizer)

DSC_3975 (FILEminimizer)

DSC_3982 (FILEminimizer)

IMG_5989 - Copy (FILEminimizer)      IMG_5995 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6021 - Copy (FILEminimizer)

No segundo dia, tínhamos um tour marcado até ao Monte Popa, mas antes de partirmos acordámos novamente de madrugada para ver nascer mais um dia. Apesar das muitas nuvens existentes no céu, este foi um momento sereno e tranquilo. 🙂 Ao regressar à guesthouse, troquei a minha bagagem de aposentos, uma vez que os bascos iam partir ao final do dia para Kalaw e em amena cavaqueira tomámos o pequeno-almoço. Na altura da partida, juntou-se a nós uma rapariga japonesa – Naomi – e com todos a bordo seguimos viagem. Na travessia até ao nosso destino, parámos algumas vezes para o nosso motorista fazer recados 😛 e uma vez para comprar recuerdos – bebidas fermentadas e açúcar.

IMG_6025 - Copy (FILEminimizer)      IMG_7595 (FILEminimizer)

IMG_7606 (FILEminimizer)       IMG_6045 - Copy (FILEminimizer)

IMG_7613 (FILEminimizer)      IMG_7614 (FILEminimizer)

IMG_7616 (FILEminimizer)

A verdade é que o Monte Popa se revelou mais bonito e espetacular ao longe. Visto de perto, não passava de um conjunto de templos pouco interessantes no topo de um grande rochedo e “infestado” de macacos. Para além disso, o tempo encoberto e nublado também não ajudou à “festa”. :/ No caminho de regresso, parámos para almoçar e esse foi possivelmente o melhor momento do tour, uma vez que por uma bagatela, comemos que nem reis. 😀 Tal facto, aconteceu graças a nós, uma vez que o nosso motorista tentou meter-nos num local “manhoso” e inflacionado – nada de novo, em terras do Oriente!. Para finalizar este Popa tour, ou deveria dizer Treta tour fomos até à floresta de pedra e aí um “guia” que não falava inglês fez-nos uma visita, que se revelou o momento mais surreal e hilariante de Myanmar! 😛 O “guia” era um autêntico desastre e no final o que vimos, foi uma árvore que parecia ter a madeira transformada em “pedra”? Só, rindo mesmo! 😛

IMG_6049 - Copy (FILEminimizer)      IMG_6054 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6062 - Copy (FILEminimizer)     IMG_6082 - Copy (FILEminimizer)

IMG_4604 (FILEminimizer)     IMG_6085 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6072 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6078 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6100 - Copy (FILEminimizer)      IMG_4637 (FILEminimizer)

IMG_6102 (FILEminimizer)     IMG_6104 (FILEminimizer)

IMG_6115 (FILEminimizer)     IMG_6117 (FILEminimizer)

No regresso à vila de Nyaung OO e à semelhança do que aconteceu no lago de Inle, organizei todas as fotografias e desse modo todos partilhámos os nossos ficheiros. 🙂 Como nesse momento, senti que ainda havia muito mais em Bagan para explorar, desisti de partir para Pyay no dia seguinte, e mesmo perdendo metade do valor do bilhete consegui marcar um autocarro para Yangon para daí a dois dias. Depois de me despedir dos bascos com um forte abraço, fiquei a repousar no quarto satisfeito com a decisão de ter prolongado a minha estadia. 🙂 Nos restantes dias, não tentei mais ver o nascer do sol, mas comecei sempre a minha jornada às 9.00. No Sábado, tive a companhia de Noami e de Jaume – um simpático rapaz espanhol que conheci na guesthouse – e juntos tivemos um dia cheio de templos, pagodas, budas e saltos com direito a fotografias (com/sem chapéu de chuva colorido). 😛

IMG_6129 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6130 - Copy (FILEminimizer)    IMG_4722 (FILEminimizer)

IMG_4763 (FILEminimizer)    IMG_4776 (FILEminimizer)

IMG_4800 (FILEminimizer)     IMG_6137 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6158 - Copy (FILEminimizer)      IMG_6181 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6188 - Copy (FILEminimizer)      IMG_6219 - Copy (FILEminimizer)

IMG_4843 (FILEminimizer)      IMG_4846 (FILEminimizer)

IMG_4847 (FILEminimizer)     IMG_4848 (FILEminimizer)

IMG_4915 (FILEminimizer)

No último dia em Bagan, fiz o meu percurso a solo e nesse dia muito cinzento e chuvoso, diverti-me bastante na procura dos templos que ainda não tinha visitado e tive momentos extraordinários: os espaços completamente desertos, as pinturas, as estátuas e os relevos espetaculares, a procura de caminhos escondidos para os telhados e as panorâmicas maravilhosas dos mesmos. 🙂 Quando parti de Bagan, estava super FELIZ. 😀 Em termos culturais, poucas vezes estive na presença de algo desta magnitude, se é que alguma vez estive! 😛 O ambiente do local é memorável e encantador, e andar de bicicleta de templo em templo é uma experiência inolvidável. O reino dos três mil (ou seriam mais!?) templos vai deixar muitas saudades. 😉

IMG_6259 - Copy (FILEminimizer)     IMG_6264 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6272 - Copy (FILEminimizer)     IMG_6280 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6302 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6355 - Copy (FILEminimizer)      IMG_6371 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6386 - Copy (FILEminimizer)      IMG_6417 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6421 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6424 - Copy (FILEminimizer)     IMG_6435 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6440 - Copy (FILEminimizer)     IMG_6452 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6455 - Copy (FILEminimizer)     IMG_6458 - Copy (FILEminimizer)

IMG_6474 - Copy (FILEminimizer)     IMG_6476 - Copy (FILEminimizer)

P.S. – Se há algum aspeto menos positivo, que se possa apontar a Bagan, só mesmo o de alguns nativos praticarem mendicidade e outros tentarem vender recuerdos com recurso a técnicas que geram pena ou empatia. É de facto uma pena que tal aconteça! :/

Categorias
Crónicas Em trânsito Fotografia

Em trânsito: Mandalay – Bagan. Dia a Bordo

Se a viagem de madrugada para o cais decorreu com toda a tranquilidade o mesmo já não posso dizer da venda do bilhete para o barco, uma vez que ao tentar pagar em Kyat  e depois da minha insistência, os “diligentes” funcionários do governo, tornaram-se agressivos! :/ Quando embarquei, estava “puto da vida”! E nessa altura conheci uns bascos com quem comecei a falar.

IMG_5769 (FILEminimizer)     IMG_5771 (FILEminimizer)

IMG_5772 (FILEminimizer)     IMG_5775 (FILEminimizer)

IMG_5782 (FILEminimizer)      IMG_5787 (FILEminimizer)

O dia foi tranquilo e durante as mais de quinze horas de viagem (5.30 – 20.00) observei os nativos, falei com os meus companheiros de travessia – Ekhi, Jon e Aritxu – escrevi um bocadinho no caderno, dormitei, alimentei-me e vi a paisagem a mudar, a tornar-se mais seca à medida que viajávamos para sul.

      IMG_5792 (FILEminimizer)      IMG_0615 (FILEminimizer)

    IMG_5795 (FILEminimizer)     IMG_5803 (FILEminimizer)

    IMG_5806 (FILEminimizer)     IMG_0630 (FILEminimizer)

Na chegada a Bagan, mantivemo-nos juntos e depois de pagarmos o bilhete de entrada para a zona dos templos, fomos deixados numa guesthouse que tinha quartos quádrupulos. Perfeito! 🙂 Depois de jantarmos qualquer coisa, fomo-nos deitar, afinal o dia tinha sido longo e o dia seguinte iria começar de madrugada…

IMG_0654 (FILEminimizer)     IMG_5809 (FILEminimizer)

IMG_5814 (FILEminimizer)     IMG_5820 (FILEminimizer)

IMG_5821 (FILEminimizer)    IMG_5833 (FILEminimizer)