A Mandalay, outra das capitais do reino da antiga Birmânia cheguei por volta das 3.00! “Ora bolas!” Ao olhar em redor, vi duas raparigas (Maru e Cecilia) de feições ocidentais e ainda no interior do autocarro, perguntei-lhes se queriam partilhar táxi para o centro da cidade. Antes de partirmos, negociámos o valor com o taxista e no preciso momento que estávamos para abalar, juntou-se a nós uma rapariga australiana de feições asiáticas. Como nenhum de nós tinha alojamento marcado, pedi ao taxista para nos conduzir ao E.T. Hotel, onde conseguimos dois quartos duplos com A/C e casa de banho por um preço muito simpático – sendo novamente importante a capacidade de negociação. Foi assim, que acabei a partilhar quarto com a rapariga australiana, isto sem a conhecer previamente. Nesse momento pensei: “é assim a vida de viajante, um dos expoentes máximos da liberdade, mas ao mesmo tempo do maior respeito pela individualidade, de cada um”. 🙂 Apesar de apenas termos pago a estadia para as noites posteriores, o rececionista foi um porreiraço, uma vez que nos deixou fazer o check-in ainda de madrugada.




Assim que cheguei ao poiso, o meu primeiro passo foi ir até terraço estender a roupa que ainda estava encharcada e quando regressei, decidi ver o nascer do sol a partir da colina de Mandalay. Saí do hotel, em direção ao palácio e fui percorrendo as muralhas no seu perímetro exterior, ficando admirado por àquela hora já se verem pessoas em atividade física. 🙂 Quando cheguei às imediações da colina, comecei a subir degraus até chegar ao topo, donde vi a cidade do alto, bem como os seus arredores: os campos verdes, os montes, as árvores, o rio, os templos, as estupas, as pagodas… e fiquei muito satisfeito não apenas com aquela bonita panorâmica, mas também com todas as singularidades que fui encontrando nos múltiplos templos, principalmente, quando comecei a andar em rota descendente.




Já na base da colina, visitei algumas pagodas e o Palácio de Mandalay. Terminada a visita, posso afirmar que o palácio nem sequer metade do valor pago, vale! E que a área turística é minúscula e pouco interessante!
Saindo do local, que deixou poucas saudades, segui ao longo do perímetro exterior das marulhas e antes de continuar a passear pela cidade, fui até ao quarto tomar um duche para baixar a temperatura corporal. Quando voltei a colocar os pezinhos na rua, o calor continuava a aumeeeeeeeeeeeeeeeeentar e por isso fiz uma paragem para comer um gelado, aliás… dois gelados. 😉 Da gelataria, passei pela torre do relógio, pelo mercado de Zaycho e dirigi os meus passos para sul onde visitei o templo de Maha Myat Muni, o mais importante e imponente da cidade. Aí, observei o contraste entre as incontáveis bancas de venda de quinquelharia e a zona dos artesãos que fabricam autênticas peças religiosas, seguindo posteriormente em busca do mosteiro de Shwe In Bin e da sua intricada estrutura exterior em madeira, verdadeiramente bela e singular. 🙂




Deambulando pelas ruas continuei a observar Mandalay e todo o seu incessante movimento, e depois de aguardar um par de horas, vi o espetáculo semi burlesco dos Mustache Brothters. 🙂 Após o que vi na sua garagem, posso afirmar que estes “tipos” os têm no sítio e têm muita… muitíssima coragem! 😀 Lá, não há papas na língua e os “bois” têm nome… sendo o governo e forças policiais/militares corruptas até ao tutano!
No regresso ao hotel, já de noite, apanhei uma grande-chuvada e “graças” à mesma, pude realmente ver quão cheias de buracos estão as ruas da cidade. Um autêntico queijo-suiço! 😛



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