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As Grutas de Pindaya e a Vila de Kalaw

Da viagem entre Bago e a vila de Kalaw, não há muito para relatar. A mesma foi realizada de noite, quase sempre a dormir e o único destaque prende-se com o primeiro cigarro nativo – sabor forte e intenso – que fumei numa paragem. Quando cheguei a Kalaw eram quatro e pouco da manhã e ao sair do autocarro fui abordado por um senhor de aparência muito humilde, que se apresentou como guia. Rapidamente, com a sua ajuda encontrei alojamento e às 4.30 já estavámos sentados a beber um chá, a falar sobre o trekking para o lago de Inle e as grutas de Pindaya. A minha viagem para esse reino, começou bastante cedo, uma vez que depois do chá apanhei um autocarro até à vila de Aungpan onde esperei uma hora até partir noutro autocarro (7.00), bebi um café e tirei algumas fotografias aos “nativos” nos seus afazeres diários. Na curta viagem até Pindaya (aproximadamente hora e meia), a paisagem surprendeu-me, uma vez que esta era muito mais seca do que imaginara – os campos de cultivo onde havia uma mistura de castanhos e verdes, fizeram-me regressar ao Alentejo na altura da Primavera 🙂 – e fui observando a vida simples dos camponeses, os seus pequenos gestos e rotinas, os búfalos, as carroças, as crianças…

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Na chegada à vila, confirmei a direção para as grutas, uma vez que da estrada se podiam observar as pagodas circundantes e dirigi os meus passos para o local. Durante o caminho, destaco as múltiplas pagodas douradas mas principalmente, as magníficas e antigas árvores que se podiam ver ao longo da estrada. Quando cheguei à entrada, consegui entrar sem pagar, uma vez que não havia troco para Kyat – a verdadeira moeda nacional – havendo quem quisesse que eu pagasse em doláres (não me parece “amigo”). Durante aproximadamente uma hora visitei, aquela caverna que está habitada por milhaaaaaaaaaaaares de budas – cerca de 8000! – a sua maioria dourados e no meio deles aproveitei para tirar algumas fotografias. O local é impressionante, pela quantidade “absurda” de estátuas que a cada passo nos vigia e observa, e percebi que caverna está em constante mutação, uma vez que qualquer pessoa pode doar uma estátua do iluminado – cheguei a ver estátuas provenientes de vários países, inclusivamente Japão, Coreia do Sul, China, Tailândia, Alemanha, França… 😉

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Ao regressar ao centro da vila, percorri um caminho alternativo e à medida que fui andando, fiquei muito satisfeito com a minha opção, pois tive a oportunidade de observar estupas de diversas cores e materiais – tijolo, brancas, douradas… e senti bastante tranquilidade e serenidade, uma vez que para além de mim não se via ninguém. 🙂 Já no centro, tentei perceber a que horas existiria um autocarro para Aungpan, mas como recebi informações tão distintas e contraditórias umas das outras, resolvi aguardar e observar o que se iria passar. Passadas duas horas sem nada para fazer, lá consegui apanhar um autocarro, bem… quer dizer… uma carrinha com cobertora de lona. 😛 E foi assim que o regresso, foi feito no tejadilho, na companhia de nativos sorridentes e em que as molas oscilantes do nosso bólide, faziam o nosso corpo saltitar. 🙂

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Já em Aungpan apanhei uma boleia até Kalaw e quando regressei à vila (cerca das 15.00) já não estava muito certo se a ideia de realizar o trekking a solo com o “meu guia”, era boa ideia. Principalmente, porque o preço me parecia demasiado baixo e para além disso iria confiar-lhe a minha bagagem para ser enviada para o lago de Inle, isto quando não o conhecia de lado nenhum! :/ No meio destes pensamentos, chegou um britânico (Nathan) à guesthouse que me falou que tinha acabado de marcar um trekking a começar no dia seguinte, com a companhia Sam´s (de quem eu lera bons feedback´s na internet) e rapidamente dirigi os meus passos para lá, na tentativa de assegurar o meu lugar. Felizmente, ainda havia uma vaga e nesse momento fiquei muito satisfeito por ter resolvido a questão do trekking de uma forma airosa. Nessa altura, apenas me restava falar com o guia e dizer-lhe que não iria fazer a viagem com ele.

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Durante o resto da tarde, passeei pela vila e arredores; vi um bocadinho de um jogo de futebol (“Unidos da Matola A” vS “Unidos da Matola B” 😛 ); comi qualquer coisa; recebi um curto briefing sobre o trekking; encontrei o guia, agradeci-lhe a oferta e depois expliquei-lhe que não iria com ele até ao lago de Inle; na companhia de Nathan, conheci Riccardo  – um rapaz italiano que também estava no nosso grupo – e na sua companhia fomos jantar a um restaurante indiano/nepalês; e de forma casual acabámos por conhecer os restantes companheiros de trekking – Melissa do Canadá, Fabianne da Suiça e Gil de Israel – com que ficámos automaticamente em amena cavaqueira. 🙂 Os dados para o trekking até ao lago de Inle, estavam lançados…   

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Os Terraços de Banaue & as Múmias de Kabayan

Depois da visita à aldeia de Batad e aos seus terraços perfeitos, e do trekking do dia anterior, a visita aos terraços de Banaue afigurava-se como uma mera “formalidade” para concluir esses dias felizes na Região Administrativa da Cordilheira (RAC). Porém, mesmo estes revelaram bastante beleza e na travessia pelo seu interior, tive de contratar os serviços de dois miúdos de palmo e meio, Dave (doze anos) e Nick (seis anos) muito engraçados! 🙂 Com eles percorri aquela verde paisagem, em passo relativamente rápido (os miúdos tinham asas nos pés 😛 ), fui fazendo alguns equilibrismos e tirando algumas fotografias. Depois do passeio, voltei ao Sonafel Lodge e aí fiquei tranquilamente a escrever para o blog, até partir. Eram 17.00, quando apanhei o autocarro para Baguio (capital da RAC) e quando chegámos ao nosso destino eram 3.00! Nessa altura, já tinha falado com o simpático motorista, e desse modo ele deixou-me dormir dentro da nossa viatura até às 6.00. 😉

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O meu último destino, na RAC era Kabayan e as suas múmias. Desse modo, eram 6.30 quando voltei a apanhar um autocarro em direção a Sagada, porém desta feita, apenas fiz uma hora e meia de viagem, e numa interseção com a estrada principal, fui deixado pelo prestável motorista. De monstrinho às costas e sempre a subir em rampas muito inclinadas, andei durante meia hora! Até decidir que se continuasse naquele ritmo não iria conseguir chegar às grutas de Kabayan  ficavam a mais de cinco quilómetros da estrada principal. :/ Quando encontrei uma casa perdida naquela paisagem montanhosa, pedi aos seus donos para me guardarem a mochila e bem mais leve continuei a andar. 🙂 Passados poucos minutos, passou uma carrinha amarela a quem pedi boleia e a bordo deparei-me com um grupo de montanhistas filipinos – Chimbang, Autaun, Rodi, Jumpeet, Nilo e Hendeel que ia para o mesmo destino! Perfeito! 😀 Foi deste modo, que visita às múmias de Kabayan, foi realizada na companhia de um alegre grupo. Acompanhados de um nativo que protege o local, percorremos um curto e agradável trilho no meio de um pinhal, e numas pequenas grutas com portas fechadas a cadeado, que foram abertas para nós, encontrámos no interior de pequenos caixões, múmias em posição fetal – crença de voltarem à barriga materna. 🙂

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Com eles voltei a Baguio, mas antes de arrancarmos tirámos fotografias de grupo e parámos para ir buscar o monstrinho. Nessa altura, deixei a mala pequena (computador, máquina fotográfica, caderno…) na carrinha, e apesar de não ter sentido nenhum perigo e de nada se ter passado, hoje sei, que tal ação foi demasiado arriscada! Confiança nas pessoas, sim! Fé absoluta, não! 🙂 Ainda durante a viagem, voltámos a parar para almoçar (um balut e um porção de arroz Morning Star: ovo estrelado + vegetais + galinha + porco + arroz! Delicioso! 😀 ), sendo à mesa e com gastronomia tradicional filipina que terminei a minha visita à RAC. 😉

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Ilha de Apo. Rochedo no Oceano

Após aqueles dias de sonho em Sugar Beach, parti com a Nie Ying em direção à ilha de Apo e o nosso primeiro passo foi apanhar um barco de regresso a Sipalay. Depois da curta travessia marítima, apanhámos vários autocarros, o primeiro para Hinoba-an, seguidamente até Bayawan e finalmente para Zambuaguita, onde pouco depois das 15.00 e com muita sorte apanhámos uma banca. Durante a travessia, o mar estava um pouco agitado e os salpicos foram uma constante. 😛

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Na chegada à ilha, a primeira visão da “praia” não foi muito paradisíaca, uma vez que para além da areia praticamente inexistente, se podiam ver muitas casitas. Ao longo dos dias, Apo revelou ser um rochedo no oceano, coberto de vegetação seca e onde a vida segue pacatamente o seu curso natural. Na ilha, a eletricidade apenas existe das 18.00 às 21.30, as noites foram escaldantes e ruidosas, fruto do cacarejar dos galos e dos latidos dos cães. 😛

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Na ilha ficámos alojados na Mario´s guesthouse num dormitório simpático, que aquando da nossa chegada estava praticamente deserto. Aí encontrámos boa comida e pessoas muito simpáticas: Janice (filipina de Puerto Princesa); Arnold (holandês de 70 anos com um espírito incrivelmente jovem); Richard e Jackie (casal de australianos); Julie e Mark (casal de alemães); Mário e Jed (instrutores de mergulho).

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Em Apo mergulhei duas vezes, a primeira em Cagon (onde fiz pela primeira vez uma entrada negativa – assim que se cai dentro de água começa-se logo a afundar e o encontro com os outros mergulhadores é feito no fundo. Este mergulho acabou por ser um drift dive tranquilo onde o maior destaque foi uma escola de jack fish); e a segunda em South Point, onde encontrei um extraordinário jardim de corais (do melhor que já observei, tanto em variedade como em riqueza de formas e cores) e vi múltiplas tartarugas e nuddiebranchs.

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No dia do aniversário de Julie, vi um bonito pôr do sol no antigo farol, na companhia de Nie, Janice e Arnold e daí podemos observar as bonitas cores do fim do dia e a visão em simultâneo das ilhas de Mindanao, Los Negros, Cebu; Siquijor e Bohol! 😀 E fizemos uma pequena mas agradável festa na praia, com direito a uns copitos, muita conversa, iluminação de lanternas, temperatura agradável, ao mesmo tempo que se via vários relâmpagos a rasgar o céu e uma tempestade a aproximar-se.

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Sugar Beach. Posso Cá Ficar Para Sempre?

A experiência que tive ao entrar em Sugar Beach, foi quase equivalente a sair do mundo. O ambiente era relaxado; o resort onde fiquei instalado (Driftwood Vilage), estava super bem concebido e não era muito dispendioso; existia um dormitório muito confortável, em que as camas eram praticamente de casal; a comida era deliciosa; e o staff impecável. Em Sugar Beach a areia era castanha escura ou se preferirem tinha um tom açúcar mascavado, por esse motivo a sua temperatura era quase sempre elevadita. 😛 Por sua vez, a água do mar apesar de não ter aqueles tons de múltiplos azuis e verdes, que geralmente são visíveis em praias de areia branca e onde existem corais, era transparente, super límpida e tinha uma temperatura agradável. No areal existiam múltiplos coqueiros e palmeiras, e existiam dois ou três resorts com bungalows.

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Progressivamente, fui conhecendo pessoas que estavam hospedadas no resort: a Babe (filipina que pertencia ao staff); Fabian (suiço), Nie Ying (chinesa); Octavie e Morgany (francesas); Luke e Alexa (casal de ingleses)… e foi aqui que me despedi de Daniel (“Jesus Cristo”) e de Zaskia. Durante aqueles dias, escrevi e publiquei no blog, dormitei em hamoks, passeei pela praia, joguei voleibol ao final da tarde, vi o pôr do sol enquanto jogávamos e depois do jogo terminar corria para e pelo mar, que era praticamente plano e raso e ao correr para o infinito, sentia-me livre! 😀 As noite também eram divertidas e animadas, uma vez que havia sempre uns torneios de snooker e bebíamos quase sempre umas cervejitas, em amena cavaqueira.

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Numa das manhãs, também fizemos um passeio de snorkeling para ver um navio afundado, a apenas cinco metros de profundidade. A água era cristalina e límpida, havia uma excelente visibilidade e foi possível ver corais e peixes de muitas cores ricas e variadas. Para além disso, também existiu uma tentativa de esquema por parte duns nativos que se fizeram passar por “guarda-costeira” e que tentaram “sacar-nos” uma taxa imaginária! Felizmente sem sucesso! 🙂 Uma vez que a vida era relaxada e fácil – boa comida e cama; sossego e conforto; muitas e animadas conversas – não tinha vontade de partir e estes três dias ficar-me-ão para sempre na memória. 😉 Antes de seguir para a ilha de Apo com a Nie Ying, tive de perguntar-me algumas vezes: “Sugar Beach. Posso cá ficar para sempre? ” 😀

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Moalboal Days

Já na praia de Panagsama, ficámos alojados no Breeze Apartelle e depois de um ligeiro acerto de preço este local revelou-se perfeito… o quarto era enorme, pintado de amarelo girassol vivo, a casa de banho luxuosa q.b., havia água quente e a internet era rápida! Um mimo. 🙂 Durante a tarde cirindámos por inúmeras escolas de mergulho da zona e depois de vermos o pôr do sol regressámos à nossa “suite”. Banho tomado, seguimos para um restaurante mexicano, onde tivemos um bom jantar e um serão bastante agradável. Terminado o repasto, seguimos para o recinto da fiesta e aí por 65P (1.10€) por pessoa, bebemos rum com cola até ficarmos num estado de espírito… animado! 😛 Por volta da uma e tal dirigimo-nos à zona da “pista” de dança que estava minada de ladyboys e adolescentes! Um sonho, portanto! 😛 A verdade é que apenas às 3.00 chegámos ao quarto, onde aterrámos quais aviões.

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Depois da fiesta brava, do dia anterior resolvemos abortar a ideia de mergulhar – sabe-se lá porquê 😉 – e como o Francis estava de abalada, tive de abandonar o nosso belo poiso (snif, snif) e mudar-me para o simpático Moalboal Backpacker Lodge. No nosso último dia juntos, acabámos por visitar a bonita cascata de Kawasan e a verdade é que a tarde passou num ápice. O local, apesar de cheio de pessoas acabou por ser um passeio agradável, uma vez que à paisagem verde e serena, juntou-se a água fresca de várias lagoas e riachos que desembocavam na grande cascata. Já em Moalboal e dentro do autocarro, despedimo-nos com um forte abraço e “prometemos” manter-nos em contacto. 🙂 Quando regressei ao hostel, conheci Léo (brasileiro de Porto Alegre), Sérgio (francês e luso-descendente), Vanessa (alemã de Colónia) e Daniel (alemão de Estugarda) com quem acabei a jantar e a ter uma conversa longa e espetacular sobre a vida, viagens e mergulho. 😀

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O terceiro dia foi passado em praias, de manhã, rumei a sul e visitei a praia de Lumbung e de tarde rumei a norte e visitei a praia mais famosa da zona, a White beach. Neste périplo entre praias conheci um ojek simpatiquíssimo (Mr. Rodolfo) e a verdade é que nos demos tão bem que acabei por combinar com ele todas as viagens desse dia. 🙂 Durante o dia, torrei ao sol, atualizei o caderno, fui ao mar inúmeras vezes e fiz snorkeling. Este acabou por ser um dia mais tranquilo e quando regressei a Panagsama voltei a jantar com o Daniel.

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No último dia em Moalboal fiz dois mergulhos na companhia de Daniel. O primeiro na ilha do Pescador, onde fui recebido por uma parede vertical, de aproximadamente cem metros de profundidade e repleta de corais bastante vivos e coloridos, e onde senti algum nervosismo, ao lembrar-me de corrente brutal e descendente de Batubalong em Komodo. :/ E o segundo já ao largo de Panagsama, onde tivemos um encontro com uma escola de milhões de sardinhas! BRUTAL! ABISSAL! MONUMENTAL! 😀 Espirais, círculos, arcos e nuvens… um verdadeiro turbilhão! Um dos melhores mergulhos da minha vida! 😀 Depois de tanta emoção aquática, ficámos um par de horas na escola de mergulho – Cebu Divers – a falar com outros mergulhadores. Durante a tarde para além de continuar na conversa, acabei de atualizar o caderno e no regresso ao hostel reencontrei Daniel, Vanessa e Zaskia (rapariga de ascendência alemã/filipina) que chegara no dia anterior. Na despedida de Moalboal comecei a jantar sozinho, mas à semelhança de dias anteriores acabei acompanhado, desta feita por Zaskia com quem fiquei a conversar animadamente durante um par de horas. Foi nesse momento, que combinámos partir no dia seguinte para a ilha de Los Negros 

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Malapascua & Gato

Depois de reencontrar Francis e dele decidir que direção queria tomar, apanhámos três jeepneys para chegar à estação de autocarros norte. Aí, almoçámos e comemos um gelado antes de partirmos em direção à pequena vila portuária de Maya. A quente e apertada viagem de cinco horas, foi trilhada numa estrada com “alguns” buracos e passada a dormitar. Quando chegámos, já não existiam barcos para fazer a travessia para a ilha de Malapascua e sem nada podermos fazer, ficámos num cafunfinho, onde tentámos dormir o melhor possível. 😛

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Assim que o primeiro barco partiu (8.00) arrancámos para a ilha de Malapascua e o nosso primeiro passo foi procurar a escola de mergulho Fun & Sun com quem já tinha mergulhado na ilha de Coron e que me tinha deixado excelentes indicações de qualidade e de profissionalismo. Durante o dia deambulámos pela minúscula ilha, observámos as águas verdes e azuis cristalinas, algumas zonas de praia de areia branca, pequenas aldeias, os simpáticos nativos (principalmente as sorridentes crianças), alguns estragos provocados pela passagem do super tufão e relaxámos na área comum da nossa escola de mergulho enquanto esperávamos pelo entardecer. No primeiro mergulho (Ligthouse), vimos uma longa “dança” de acasalamento de raríssimos peixes-mandarins, sobre a incidência de luzes vermelhas e sensuais; tive o meu primeiro encontro com cavalos marinhos; vimos lulas a brilhar, havendo uma delas que se enamorou da luz da nossa lanterna e a seguiu “cegamente” e uma lula praticamente microscópica, engraçadíssima… 🙂

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No segundo dia, às 5.00 já estávamos a caminho do nascer do sol e do nosso encontro com os magníficos tubarões Thresher em Monad Shoal. Neste local, enquanto estávamos agarrados à parede e a uma distância considerada ecologicamente aceitável, vimos em simultâneo três destes magníficos animais a deslizar suavemente no grande azul. Poder observar a sua suavidade e graciosidade e num ápice, ver a mudança de direção brusca e aceleração brutal, fez-me tomar verdadeiramente consciência dos seus instintos predatórios letais. Os seus olhos eram redondos e grandes, a sua pele cinzenta e brilhante, mas a característica mais diferenciadora e fascinante, era a sua barbatana caudal longuíssima e que os distingue de todos os outros tubarões. Um encontro apaixonante e adrenalizante! 😀

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Terminado o mergulho regressámos a Malapascua e depois do pequeno-almoço, partimos novamente, desta feita para a pequena ilha de Gato. Ao largo deste ilhéu, fizemos mais dois mergulhos brutalíssimos e que em termos de mundo macro foram de classe mundial. Em Gato, vi pela primeira vez alguns peixes e crustáceos raríssimos e espetaculares: um minúsculo peixe sapo branco, que mais parecia um coral; três ornate ghost pipe fish; um engraçadíssimo cuttlefish; um sweetlips microscópico; um boxfish amarelo e minúsculo; vários tipos de camarões (cleaners, um pequeno mas poderosíssimo mantis e vários harlequin, quais pequenas e delicadas flores); diferentes tipos de caranguejo, entre eles um pequeno spider crab; uma cobra do mar, um peixe-pedra; moreias; diferentes nuddiebranchs e alguns tubarões (white teep reef e bambo). Ainda em Gato, estivemos dentro de uma caverna/túnel que percorria a pequena ilha de ponta a ponta e na saída da mesma, vi tal como em Sipadan a luz a penetrar na escuridão! E a revelar-nos um mundo de reflexos, brilho e luz. Espectacular! 😀 Em Malapascua e Gato, quatro mergulhos. Quatro mergulhos de sonho! Cem por cento de eficácia. Muito divertimento a bordo e vários momentos National Geographic. 😀

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Em trânsito: Longa Jornada para Cebu

Depois das emoções passadas na ilha de Coron e arredores, a ilha de Cebu e ponto de encontro com o meu amigo Francis, era o meu próximo destino. Como tinha dois dias até à sua chegada, o meu objetivo passou por tentar gastar o mínimo dinheiro possível na travessia. Ainda em Coron, apanhei um pequeno barco que levou sete horas para chegar a San Jose, na costa oeste da ilha de Mindoro. Assim que atracámos – eu, Maiju e Steow – apanhámos uma carrinha que nos levou até Calapan, já na costa norte da ilha, onde chegámos já de noite, depois de uma viagem de cerca de cinco horas. Essa vila, marcou a minha separação de Maiju e Steow, uma vez que na manhã seguinte eles seguiram para Puerto Galera e eu apanhei um barco para o porto de Batangas, já na ilha de Luzon.

Na curta travessia entre ilhas – aproximadamente hora e meia – recebi informações de como chegar ao aeroporto de Manila da maneira mais económica e consequência disso a minha manhã foi completamente preenchida com viagens de autocarros e jeepneys: Batangas – Alabang – Zapote – Baclaran. Quando cheguei ao terminal 3 do aeroporto, o relógio batia o meio-dia e sem a viagem marcada e com o encontro com o Francis ao “virar da esquina” tive que me sujeitar aos “elevados” preços da companhias aéreas. :/

Durante a tarde e como apenas tinha o voo às 22.30, aproveitei para marcar todas as ligações aéreas que me faltavam até ao final da viagem e assim evitar mais surpresas desagradáveis com aumentos repentinos de tarifas, assim: Manila – Kuala Lumpur (que ficou mais barato que o voo interno entre Manila e Cebu! Devido a ter sido marcado com mais de um mês de antecedência); os voos de ida e volta Kuala Lumpur – Yagon e o voo de regresso a Portugal que teria duas escalas, uma em solo asiático e outra já em solo europeu (Kuala Lumpur – Guangzhou – Paris – Lisboa). Estava assim definida, a data para o meu regresso. Nunca, durante toda a viagem soube com tanta antecedência, quais os meus destinos… mas nesta situação, não existiam muitas alternativas, a partir deste momento e no prazo de dois meses, estaria em Lisboa.

Quando aterrei em Cebu-Mactan, era meia noite e pouco, mas como o Francis apenas chegava por volta do meia dia e um quarto, passei a noite no aeroporto em modo de espera. Durante essas doze horas, para além de dormir o que o corpo deixou, organizei as fotografias de Coron, enviei e-mails e aproveitei para escrever para o blog. Tic- tac… tiiiiiiiiiiiiiiiic-taaaaaaaaac… tiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiic-taaaaaaaaaaaaaaaaac, o tempo passou e o Francis, chegou. 😀 

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Coron. Mergulho nas Trevas

De El Nido parti com a Maiju e o Steow em direção à ilha de Coron. Durante as oito horas que durou a travessia marítima, observei a bonita paisagem que nos rodeava (as múltiplas ilhas, o céu azul, as nuvens brancas, o sol radioso e escaldante, o mar de infinitos azuis e verdes…) e falei com os meus companheiros de viagem durante algum tempo. Já na pequena vila e capital da ilha, ficámos hospedados na agradável Marley´s Guesthouse, onde conhecemos um staff impecável que nos contou histórias impressionantes do super tufão – que apesar da longa distância percorrida, ainda chegou a atingir Coron – e que partilhou connosco o seu gosto por música ritmada e tribalista. 🙂

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Nos arredores da ilha, tive dois dias de mergulho intenso num ambiente pesado e sombrio de navios japoneses afundados durante a Segunda Guerra Mundial e aí senti um nervoso acrescido por ter entrado pela primeira vez debaixo de água, em espaços realmente confinados. Neste mundo submerso, senti o lado “negro” do mergulho, principalmente no navio Irako onde atingi a minha profundidade máxima (trinta e oito metros e meio). Porém, mesmo naquele mundo de trevas, existia luz e sempre que esta penetrava pelas frinchas e buracos existentes naquelas estruturas de aço gigantes, parecia que estava numa catedral sub-aquática! Fenomenal! Inesquecível! 😀 Para além disso, observar “algo” feito pelo homem, onde se pode ver vestígios da sua presença (as cargas inalteradas dos navios afundados) e onde ainda existem componentes que funcionam (tais como válvulas e torneiras…) é algo de inolvidável. Ao largo de Coron, foi ainda possível mergulhar nas águas escaldantes (38 ºC) de um lago de água doce. Aí, vi de forma perfeita as linhas térmicas onde a água mudava drasticamente de temperatura, sentindo em simultâneo metade do corpo quente e metade fria! Tirei as barbatanas e fiz “escalada” sub-aquática, atravessei troncos de árvore qual equilibrista e em slide, e senti possivelmente o que sente um astronauta ao pisar solo lunar.

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Em Coron, para além desses mergulhos míticos, tive serões animados, regados a rum e cola, na companhia dos meus companheiros de viagem e de dois engenheiros Irlandeses (Donald e Richard); vi procissões noturnas onde as velas dos fiéis iluminavam e espalhavam uma luz mortiça pelas ruas escuras da vila; visitei de barco uma praia de sonho, rodeada de rochas mágicas, negras como o breu e repleta de águas cristalinas e transparentes que brilhavam como safiras e esmeraldas; tive um delicioso jantar festivo onde o caranguejo e o camarão foram reis e senhores; e tive um reencontro com o passado

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Numa daquelas noites festivas, ao sair dum bar na companhia de Arnold  gerente de um resort que trabalhava na ilha – encontrámos um nativo, que o conhecia e que nos convidou a ir até ao cemitério, para fazer uma homenagem fúnebre. Arnold imediatamente e de uma forma rude, declarou que não ia, mas eu naquele momento senti algo que me impeliu a acompanhar o nativo. Comprei umas velas, ele umas cervejas, montámos um tuk-tuk e quando estávamos prestes a partir, o Arnold acabou por se dignar a acompanhar-nos. Na escuridão da noite, seguimos estrada fora e depois de uma viagem que não sei precisar quanto demorou chegámos à entrada do cemitério. Aí, passo a passo e silenciosamente, penetrámos naquele espaço vasto, negro e sereno, até chegarmos à campa. Assim que chegámos, Arnold deitou-se na campa do lado e adormeceu pesadamente. O seu ressonar competia em decibéis, com a pirosa música de discoteca que era projetada pelo seu telemóvel.

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Como estátuas de mármore e alheios a esse facto, acendemos uns cigarros e as velas, abrimos as cervejas e fizemos uma homenagem fúnebre e sentida à sua esposa e ao seu filho – que tinham falecido há um ano. Depois desse momento, dentro de mim, algo se quebrou. Repentinamente, lembrei-me do meu pai e das saudades que sentia dele. Longe de Portugal, longe de todas as pessoas que conhecia, um pouco tocado pelos copos bebidos e sem filtros e barreiras de espécie alguma, comecei a chorar… De joelhos agarrado àquela campa, larguei um peso que carreguei durante quase dezassete anos. Chorei, chorei, chorei. Chorei baba e ranho. Chorei durante largos minutos e não houve nenhum travão que parasse as lágrimas. Apenas quando senti uma leveza a ressoar dentro de mim, parei. Nesse momento, passei as mãos pelos olhos, desajoelhei-me e abracei o nativo. Naquele cemitério perdido das Filipinas, dois “orfãos” de lados opostos do nosso planeta, foram irmãos durante momentos. Juntos partilharam uma dor comum. A dor da perda e juntos reencontraram um calor e uma luz humana, que aqueceu e iluminou a escuridão da noite e o frio da morte…

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Crónicas Em trânsito Fotografia

El Nido. Regresso às Phi Phi?

Depois da visita ao rio subterrâneo de “Puerto Princesa”, parti com o Denis mais para Norte, em direção a El Nido, onde chegámos depois duma viagem de aproximadamente seis horas, numa estrada bastante esburacada. Na chegada, deparámo-nos com calor… bastante calor. Um calor, abafado e pesado que se colava ao corpo. Nesse primeira tarde em El Nido, para além de visitarmos a agradável praia de Las Cabañas (onde comecei a observar melhor, a beleza daquela paisagem natural), reencontrámos Justine (uma Canadiana que conhecêramos em Boracay), Steow e Maiju, e comecei de algum modo a sentir-me farto de Denis, das suas “luas” e vontades. Apesar desse detalhe, o dia terminou em beleza fruto dum jantar (regado a “batidos” de manga com rum) e de um serão animado, com música ao vivo no bar de reggae da praia. 😀

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No dia seguinte, acordei bastante cedo e mudei-me para o Austria´s hostel onde deixei a bagagem e daí segui até ao hotel de Derek e Justine, o local onde combinámos encontrar-nos para fazer um tour pelas múltiplas ilhas que ficam ao largo de El Nido. Apesar do preço do tour (combinação dos tours A + C), não poder ser considerado uma bagatela (cerca de 25€), posso afirmar que valeu cada cêntimo investido e algumas das paisagens que tive a felicidade de observar, ficarão para sempre como um dos grandes momentos desta viagem! 😀

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Em El Nido, tal como nas Phi Phi, ihas calcárias emergem do mar, mas aqui o seu número para além de mais elevado é mais dramático, uma vez que existem ilhas de faces completamente escarpadas, formações bizarras e zonas que recordam os famosos pináculos de Mulu, mas com rochas negras como o breu! Durante o dia, navegámos de ilha em ilha, fazendo snorkeling  peixe-leão bebé, muitos peixes coloridos, algum coral e muitas, muitas alforrecas que provocavam desconforto e sensações de picadas na pele; visitando praias de sonho: praia escondida – baía escondida no oceano, rodeada de rochas belas e surreais; praia da estrela – mini praia onde almoçámos um delicioso e farto repasto: peixe grelhado, dois tipos diferentes de salada, camarão, porco grelhado, arroz, ananás! 😀 ; praia secreta – para encontrar a mesma tivemos de nadar em pleno mar, penetrar numa abertura na rocha e aí deparámo-nos com areal que estava completamente rodeado a 360º por rochas negras e afiadas e que apenas podia ser vista do ar. Monumental! Arrebatador! E a praia dos sete comandos – última visita do dia e local onde o motor da nossa banca “morreu” 😛 e nadando em lagoas – lagoa grande, lagoa pequena e lagoa azul – de infinitos azuis e verdes no meio do oceano?! 😀 . Foi sem dúvida, um dia de sonho que acabou em beleza quando ao final da tarde reencontrámos Yannick e Aline, ficando o grupo novamente reunido! 😀

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No terceiro dia, o tempo esteve bastante cinzento e a manhã foi lenta e arrastou-se. Durante a tarde eu, o Denis, o Yannick e o Steow, pegámos numa melancia, alugámos uns caiaques e partimos à descoberta. Numa massa negra, vasta e serena remámos durante uma hora até à ilha de Cadlao que fica em frente à vila de El Nido e aí visitámos duas praias, a praia do paraíso – onde tudo em nosso redor era verde e selvagem e a praia “inominável” – na qual estivemos deitados dentro de água enquanto chovia torrencialmente. Nessa altura senti uma felicidade pura, fruto da comunhão com a natureza!. No regresso, em que já estava “fartinho” de remar, eu e o Denis conseguimos virar o caiaque um par de vezes em pleno oceano, rir-nos da nossa falta de perícia e quando chegámos a terra observámos que o meu dry bag, afinal não era assim tão dry! 😛 – o que valeu é que no seu interior, não havia nada realmente importante.

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No último dia em El Nido, como o tempo foi melhorando progressivamente, acabámos por alugar umas scooters e partir para a bonita praia de Nacpan, que fica a norte da vila. Nessa praia de longo areal, localizada numa baía perfeita de coqueiros e de um mar sem corais, pude pela primeira vez na Ásia, cavalgar ondas com o corpo! Regressando aos meus tempos de adolescência, na praia da Foz (do Arelho) e da Nazaré! Enfim, divertimento em estado puro! 😀 Ao mesmo tempo que pensava: “Boys will be Boys“. 😉 Ao serão, reencontrei Tadd (americano de Boracay) e com ele estive a falar sobre o meu próximo destino, a ilha de Coron e casa de múltiplos navios japoneses afundados durante a segunda Guerra Mundial! 🙂

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El Nido, foi um local especial! Foi associar uma beleza natural estonteante e inebriante, ao convívio com um grupo de  boas pessoas. 😀 Foi com um enorme prazer que partilhei o meu tempo com elas, num local que conserva um certa pureza (talvez o que as ilhas Phi Phi eram há quinze/vinte anos). O único senão, de toda esta perfeição foi sentir uma certa pressão por não publicar nada no blog, desde então. 😉

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Boracay. Party Bum!

Antes de chegar à ilha de Boracay, sabia de antemão que a mesma era super turística e confesso que isso me preocupava um pouco, uma vez que receava encontrar uma miniatura de Bali, mas sem a possibilidade de escapar para zonas tranquilas, uma vez que a ilha era bastante pequena. Por outro lado, queria um pouco de animação e festa, algo que não encontrava há meses, foi assim que fruto de uma “pééééééssima” estadia acabei por ficar seis noites! 😀

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A ilha apesar de muito turística, felizmente não se revelou nenhum inferno e de Boracay vou guardar vários momentos na memória e no coração: a muito movimentada (tanto de dia como de noite) e turística White Beach com areia em pó, mar de águas frescas -comparando com a Indonésia… 😛 – e azuis lindíssimos, palmeiras e inúmeras embarcações tradicionais – as bancas (algumas a vela, outras a motor); o meu paraíso tranquilo e “privado” de águas de infinitos azuis e verdes, Puka Beach, localizada no norte da ilha, onde estive três ocasiões, onde conheci uma simpática família filipina com quem almocei, uma vez e fiz alguns jogos de voleibol com os nativos ao final da tarde; as múltiplas festas, entre elas a minha primeira festa noturna numa piscina aquecida 😉 ; os passeios apelas praias e pela ilha que me deram a oportunidade de pela primeira vez, comer um delicioooooooso halo halo (gelo picado, leite condensado, açúcar e “topings”) e de ver quão simpático e caloroso o povo Filipino pode ser – mesmo numa ilha tão turística como Boracay; a extraordinária panorâmica do ponto mais elevado da ilha, o monte Luho; as múltiplas e fabulosas refeições num restaurante super escondido, que nos foi mostrado por Jason (um dos elementos do staff do MNL) 😀 ; o fabuloso hostel MNL (excelentes camas, bom pequeno almoço, terraço porreiríssimo para relaxar; o staff caloroso e atencioso que faziam sentir as pessoas como se estivessem entre amigos, enfim… mesmo “à maneira” e sem dúvida um dos melhores hostels de toda a viagem! 😀 ).

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Mas de Boracay, a ilha do party Bum, o que guardarei com mais carinho será sempre as múltiplas pessoas que conheci, tanto os simpáticos nativos, entre eles Jason, como os turistas: o argentino Matias; a chilena Sofia; os canadianos Justine e Derek; a sul coreana Yang; as alemãs Ann e Yann, o americano Tadd, o israelita Denis (com quem acabei por sair de Boracay), as belgas Kathlynee e Sonya, o espanhol Carlos, a chinesa Ni Ni, os inúmeros ingleses “loucos” 🙂 , mas principalmente o colombiano Filipe – com quem estive durante mais de duas horas, sentados no mar a falar sobre a Austrália – os fantásticos brasileiros Bruno e Bárbara, o porreiríssimo alemão Alex, o médico inglês, John com quem falei inúmeras vezes, durante horas e que me fez ficar com vontade de ir até à ilha de Palawan 😀 e a simpatiquíssima chinesa Jessie. Uma autêntica sociedade das nações! 😀 

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