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Em trânsito: Mandalay – Bagan. Dia a Bordo

Se a viagem de madrugada para o cais decorreu com toda a tranquilidade o mesmo já não posso dizer da venda do bilhete para o barco, uma vez que ao tentar pagar em Kyat  e depois da minha insistência, os “diligentes” funcionários do governo, tornaram-se agressivos! :/ Quando embarquei, estava “puto da vida”! E nessa altura conheci uns bascos com quem comecei a falar.

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O dia foi tranquilo e durante as mais de quinze horas de viagem (5.30 – 20.00) observei os nativos, falei com os meus companheiros de travessia – Ekhi, Jon e Aritxu – escrevi um bocadinho no caderno, dormitei, alimentei-me e vi a paisagem a mudar, a tornar-se mais seca à medida que viajávamos para sul.

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Na chegada a Bagan, mantivemo-nos juntos e depois de pagarmos o bilhete de entrada para a zona dos templos, fomos deixados numa guesthouse que tinha quartos quádrupulos. Perfeito! 🙂 Depois de jantarmos qualquer coisa, fomo-nos deitar, afinal o dia tinha sido longo e o dia seguinte iria começar de madrugada…

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Tour em Amarapura, Sagaing e Inwa

Depois da visita à interessante cidade de Mandalay, havia que visitar os seus arredores, uma vez que estes estão repletos de locais de interesse histórico e cultural. Tal como previamente combinado, o taxista apareceu à hora marcada e juntamente com as raparigas parti de espírito animado. A nossa primeira paragem ocorreu em Amarapura, onde encontrámos centenas de monges em fila para almoçar. A disciplina, os rostos sóbrios, serenos e sorridentes (dos mais jovens), os pés a caminhar, as vestes bordô, os turistas a tirar fotografias. Foi sem dúvida, um ritual interessante de observar. 🙂

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Daí, seguimos para a colina de Sagaing, donde observámos uma paisagem coberta de pagodas, florestas, campos de cultivo, rios, pontes e para além da bonita panorâmica, o templo e a pagoda no topo, revelaram-se bastante fotogénicos e cheios de detalhes. Depois da simpática visita, o nosso motorista levou-nos até às imediações de Inwa e antes de atravessarmos o rio num pequeno barco, aproveitámos para almoçar.

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A curta travessia demorou menos de cinco minutos e na chegada, fomos completamente assediados por condutores de carroça, que queriam transportar-nos! Enquanto andávamos, eles seguiam-nos e não se calavam! Exasperante! :/ Depois de dez minutos de martírio, já estava no meu limite de paciência e assim que vi uma brecha de oportunidade – uma ponte pedonal – afastei-me daqueles chaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaatos! As raparigas seguiram-me os passos e sem fazermos ideia, esse foi o momento fulcral da nossa visita a Inwa. Logo de seguida, começámos a encontrar diferentes tipos de estupas e pagodas, construções antigas, até… os nossos olhos “colidaram” com a imagem de um grande templo amarelo “sujo”! Surreal! Espetacular… ficámos completamente fascinados e sem avistar vivalma, fomos deambulando pelo local. 😀 Daí, continuámos as explorações e vimos uma grande tempestade a aproximar-se, andámos livremente por campos de cultivo, vimos uma grande pagoda dourada, coqueiros e palmeiras, vacas, cavalos, camponeses, muralhas e uma torre a emergir do nada!

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Terminada a fantástica e memorável visita a Inwa, voltámos a fazer a travessia do rio e já em terra o nosso “jarbas” conduziu-nos de regresso a Amarapura, desta feita até ao lago de Taung Tha Man. Aí, ao final do dia, mas sem pôr do sol passeámos calmamente sobre a bonita ponte de madeira de U Bain, onde vimos a tranquila paisagem em redor e as pessoas que por lá circulavam, principalmente os serenos monges de vestes esvoacentes. Esta foi a conclusão perfeita, para o tour nos arredores de Mandalay. 🙂

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Mandalay & Mustache Brothers

A Mandalay, outra das capitais do reino da antiga Birmânia cheguei por volta das 3.00! “Ora bolas!” Ao olhar em redor, vi duas raparigas (Maru e Cecilia) de feições ocidentais e ainda no interior do autocarro, perguntei-lhes se queriam partilhar táxi para o centro da cidade. Antes de partirmos, negociámos o valor com o taxista e no preciso momento que estávamos para abalar, juntou-se a nós uma rapariga australiana de feições asiáticas. Como nenhum de nós tinha alojamento marcado, pedi ao taxista para nos conduzir ao E.T. Hotel, onde conseguimos dois quartos duplos com A/C e casa de banho por um preço muito simpático – sendo novamente importante a capacidade de negociação. Foi assim, que acabei a partilhar quarto com a rapariga australiana, isto sem a conhecer previamente. Nesse momento pensei: “é assim a vida de viajante, um dos expoentes máximos da liberdade, mas ao mesmo tempo do maior respeito pela individualidade, de cada um”. 🙂 Apesar de apenas termos pago a estadia para as noites posteriores, o rececionista foi um porreiraço, uma vez que nos deixou fazer o check-in ainda de madrugada.

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Assim que cheguei ao poiso, o meu primeiro passo foi ir até terraço estender a roupa que ainda estava encharcada e quando regressei, decidi ver o nascer do sol a partir da colina de Mandalay. Saí do hotel, em direção ao palácio e fui percorrendo as muralhas no seu perímetro exterior, ficando admirado por àquela hora já se verem pessoas em atividade física. 🙂 Quando cheguei às imediações da colina, comecei a subir degraus até chegar ao topo, donde vi a cidade do alto, bem como os seus arredores: os campos verdes, os montes, as árvores, o rio, os templos, as estupas, as pagodas… e fiquei muito satisfeito não apenas com aquela bonita panorâmica, mas também com todas as singularidades que fui encontrando nos múltiplos templos, principalmente, quando comecei a andar em rota descendente.

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Já na base da colina, visitei algumas pagodas e o Palácio de Mandalay. Terminada a visita, posso afirmar que o palácio nem sequer metade do valor pago, vale! E que a área turística é minúscula e pouco interessante! :/ Saindo do local, que deixou poucas saudades, segui ao longo do perímetro exterior das marulhas e antes de continuar a passear pela cidade, fui até ao quarto tomar um duche para baixar a temperatura corporal. Quando voltei a colocar os pezinhos na rua, o calor continuava a aumeeeeeeeeeeeeeeeeentar e por isso fiz uma paragem para comer um gelado, aliás… dois gelados. 😉 Da gelataria, passei pela torre do relógio, pelo mercado de Zaycho e dirigi os meus passos para sul onde visitei o templo de Maha Myat Muni, o mais importante e imponente da cidade. Aí, observei o contraste entre as incontáveis bancas de venda de quinquelharia e a zona dos artesãos que fabricam autênticas peças religiosas, seguindo posteriormente em busca do mosteiro de Shwe In Bin e da sua intricada estrutura exterior em madeira, verdadeiramente bela e singular. 🙂

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Deambulando pelas ruas continuei a observar Mandalay e todo o seu incessante movimento, e depois de aguardar um par de horas, vi o espetáculo semi burlesco dos Mustache Brothters. 🙂 Após o que vi na sua garagem, posso afirmar que estes “tipos” os têm no sítio e têm muita… muitíssima coragem! 😀 Lá, não há papas na língua e os “bois” têm nome… sendo o governo e forças policiais/militares corruptas até ao tutano! :/ No regresso ao hotel, já de noite, apanhei uma grande-chuvada e “graças” à mesma, pude realmente ver quão cheias de buracos estão as ruas da cidade. Um autêntico queijo-suiço! 😛

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Ato IV – Cozinha Birmanesa, Kakku Tour & Despedidas 

Depois dos dias de trekking até Inle e dos passeios em redor do lago, tanto por água como por terra, este foi um dia mais tranquilo e no qual aproveitei para lavar a roupa, uma vez que quase já não tinha que vestir! 😛 Depois do pequeno-almoço, eu e o Riccardo fomos encontrar-nos com o resto do grupo ao Richland Hotel, onde no quarto de Gil, Melissa e Fabianne, que mais parecia uma suite 😉 , comecei a organizar uma pasta de fotografias e vídeos do nosso grupo, para depois todos ficarmos e termos acesso aos mesmos ficheiros. 🙂

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Para além dessa tarefa, que se veio a revelar demorada, a outra atividade do dia resumiu-se a uma aula de culinária ao final da tarde e irmos ao mercado com o nosso anfitreão, comprar e conhecer alguns dos ingredientes que íriamos confecionar. A aula de culinária, revelou ser mais um jantar entre amigos que propriamente uma grande aprendizagem, mas não há dúvidas que o ambiente foi animado, o grupo estava todo bem disposto e a comida no nosso último jantar em conjunto estava excelente! 😀 Para além disso e no final, cada um de nós recebeu um saquinho de pano com diferentes especiarias e o casal que nos recebeu foram um autêntico “doce”! 😀 

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No último dia em Inle a principal atividade, foi ir até Kakku na companhia de Melissa e de Fabianne, um reino de pagodas concentradas numa área com um quilómetro quadrado! Uma autêntica floresta de densidade impressionante! 🙂 Para fazer o tour, necessitámos de um condutor e de uma guia oficial, pois infelizmente viajantes independentes não podem visitar o local. O caminho entre o lago e Kakku foi longo, sensivelmente duas e meia em cada direção, mas agradável, fruto das florestas e dos campos muito verdes que se avistavam. Durante a visita, também tivemos muita sorte, pois foi essa foi a única altura do dia em que não choveu. Um timing perfeito e muita sorte à mistura! 😉

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Quando regressámos a Nyaung Shwe, reencontrámos os rapazes – Riccardo, Gil e Nathan – e ficámos na sua companhia até partirem para Yangon. Pouco tempo depois, despedi-me de Melissa e Fabianne, uma vez que elas iriam para Kinpun e eu para Mandalay. Foi assim, que este fantástico grupo de pessoas se separou fisicamente, mas a ligação de tempos muito felizes, essa foi guardada no coração de cada um de nós. Grazie! Thank you! Danke! תודה! 😀 

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Ato III – Pedalando em Inle 

O despertar para o segundo dia não foi fácil. Não pela quantidade de bebidas ingeridas na tarde/noite anterior, mas pelas horas de sono dormidas, ou melhor dizendo… a falta delas! 😛 De qualquer modo e à hora marcada (5.30) lá estava eu e o Riccardo – o Português e o Italiano – aguardando pelos restantes elementos do grupo que também não tardaram aparecer. 🙂 Já reunidos, recebemos as nossas montadas de “puro-sangue” e de capacete na cabeça partimos para o nosso passeio de “bicla”, o dia começava a despontar…

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Acompanhados por um céu levemente azul, começámos por percorrer uma estrada ao longo de bonitos e verdes arrozais, até chegarmos a um tranquilo mosteiro que visitámos com prazer. Aí, encontrámos um espaço de aura serena, cheio de luz suave e dois velhos monges muito simpáticos. 😀 Seguimos pedalando, acenando aos nativos e dizendo-lhes olá (mangelabá), até que voltámos a parar, desta feita num pequeno templo no topo de uma colina, onde acabámos por ficar um bocado deitados a relaxar. Quando tentámos visitar as fontes de água termais, tal não se revelou possível, uma vez que estas ficavam no interior de um SPA e o valor que nos pediram, pareceu-nos exagerado. Desse modo e como ninguém fez realmente questão de entrar, seguimos viagem e fomos pedalando, pedalando… pedalando com o objetivo de encontrar uma povoação com um cais e barqueiros que nos transportassem até à outra margem do lago. Durante o percurso, continuámos a observar a vida local: escolas, crianças traquinas e sorridentes, camponeses, búfalos e vacas, arrozais, palmeiras, florestas, estupas e pagodas. 🙂

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Finalmente e depois de algumas horas a pedalar conseguimos encontrar um barco e um barqueiro, e depois de árduas negociações lá chegámos a um consenso. 🙂 A travessia com as bicicletas a bordo foi memorável e o único momento menos positivo, ocorreu já no desambarque, quando o nosso barqueiro não nos largou no local previamente combinado. Assim, decidimos pagar-lhe um montante ligeiramente inferior ao negociado, de modo a não recompensar a quebra de palavra – se os nativos forem “ensinados” que não há consequências, por não cumprirem a sua palavra, no futuro é isso que farão. Já desembarcados na margem oriental, recomeçámos a pedalar, desta feita a caminho de umas vinhas e nessa altura fruto do cansaço acumulado, só pensava em pedalar, pedalar… pedalar, de modo a chegar o mais rapidamente possível, sentar-me à mesa, beber uns copos de vinho e relaxar. 😛 Foi assim, que no final daquele looooooooooooooooongo passeio de bicicleta, pelas margens do lago de Inle, nos reunimos à mesa para um almoço tardio, onde fizemos uma prova de vinhos e brindámos à saúde, à amizade e à generosidade de buda… 😀

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Ato II – A Bordo e a “Desbordo” 

No nosso primeiro dia realmente a “sério” em Inle, passeámos de barco todo o dia no lago e nos seus arredores. Primeiro, fizemos uma longa e serena travessia numa superfície de prata até à povoação de In Dein, onde encontrámos o mercado diário – no lago de Inle, todos os dias existe um mercado, a sua localização é que se vai alterando – e durante quarenta e cinco minutos vimos toda a sua azáfama e movimento, e apanhámos uma grande chuvada, que foi tão rápida a chegar como a partir. 🙂

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De regresso ao lago, fizemos as “famosas” paragens nas lojas dos artesãos locais, ao mesmo tempo que vimos a vida do local e dos seus habitantes a desfilar à nossa frente, tal como os frames de um filme. 🙂 Primeiro, parámos numa loja de tecelagem e vimos como da flor de lótus se extrai a fibra, que depois se transforma em linhas para tecer peças de roupa, lenços, toalhas… cada uma destas peças, tecida com a linha desta flor é caaaaaaaaaaaríssima – muito mais do que a seda – mas ao observar a sua textura crua e tosca, não pude deixar de me questionar: “quem comprará, estas peças!?”. De qualquer modo, as linhas de lótus podem ser combinadas com as linhas de seda e quando tal acontece, o seu aspeto visual torna-se muito mais apelativo e luxuoso. O destino seguinte, foi uma loja de prata, onde vimos o interessante processo de fundição e onde encontrámos um cãozito muito engraçado e traquinas! 😛

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Nova paragem, desta feita numa “fábrica” tradicional de tabaco onde comprei cem cigarros para levar como recuerdos para Portugal e felizmente essa foi a nossa última “loja” do dia! 😉 Na paragem para almoçar, conseguimos negociar o valor do repasto e depois da paparoca, ficámos lá um bocado deitados a dormitar. 😛 Quando voltámos a embarcar, partimos para o Mosteiro dos Gatos Saltitantes, onde encontrámos um bonito mosteiro e gatos sonolentos e preguiçosos. 😛 A verdade é que durante o resto do dia não fizemos mais paragens, exceto algures no meio do lago para um mergulho, mas mesmo assim o tempo passou num ápice e apenas regressámos à vila de Nyuang Shwe depois das cinco da tarde. 🙂

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Findado o passeio, regressámos ao barzito do dia anterior e antes de pedir algo, notei que me faltava o telemóvel. :/ Sem muita confiança, mas por descargo de consciência voltei ao cais para falar com o nosso barqueiro e antes de perguntar, já ele estava a acenar com o telemóvel na mão! Porreiro pá! 😀 Já mais animado, voltei à “base” e aí fiquei em amena cavaqueira durante o resto da tarde e príncipio da noite. Nessa altura e incrivelmente, passados algumas semanas e fruto do acaso, reencontrei Luke e Alexa  um casal de britânicos – que conhecera em Sugar Beach, Filipinas! O mundo é mesmo um T0! 😉

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Trekking para Inle

O trekking até ao lago de Inle veio a revelar-se mais um passeio de amigos do que um desafio físico, uma vez que o ritmo foi quase sempre muito lento. 😛 De qualquer modo, a travessia até ao lago foi bastante agradável, fruto da bonita e serena paisagem e do facto de termos criado entre nós um grupo unido e coeso! 😀

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Ao longo dos dias, a paisagem revelou-se um misto de campos de cultivo, pinhais, verdes colinas, alguma paisagem cársica – já na parte final do trekking –  aldeias, mosteiros, escolas, árvores de buda (Paian). A nossa guia, Jully, mostrou ser bastante profissional e uma excelente pessoa, e sempre que podia foi-nos ensinando algo sobre Myanmar e sobre a sua etnia, a etnia Pa-o   como por exemplo a lenda da mãe dragão e do pai alquimista e de como os ovos negros, deram origem aos trajes tradicionais das mulheres Pa-o, as filhas do dragão. 🙂 E em termos meteorológicos, também tivemos sorte, pois nem choveu, nem fez muito calor. Perfeito! 😉

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Ao longo dos dias, conversei muito com os meus companheiros de trekking, com quem passei bons momentos; os almoços foram simples, mas saborosos e os jantares autênticos manjares, pois a comida era ultra-mega-deliciosa! 😀 ; os camponeses revelaram-se super simpáticos, afáveis e calorosos e as crianças, absolutamente encantadoras! 😀 Para além das fotografias à paisagem tranquila, aos camponeses nos seus afazares e às alegres crianças, tive a felicidade de encontrar alguns anciões, verdadeiramente belos. 🙂 Depois de dois dias e meio de uma caminhada vagarosa, despedimo-nos de Jully e do nosso cozinheiro, seguimos o nosso barqueiro… estávamos prestes a entrar no reino de Inle.

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Tour em Bago

Terminada a visita à rocha dourada, regressei à cidade de Bago onde fiquei alojado no Emperor Motel  que tinha um quarto qualidade/preço substancialmente melhor, que a guesthouse da noite anterior. Nesta antiga capital do reino de Burma, passei um dia tranquilo, mas simultaneamente tive a oportunidade de fazer um tour de scotter que durou cerca de quatro horas. Durante esse período, cirindei juntamente com o meu “jarbas” pelo caótico trânsito da cidade em busca dos seus ossos vivos.

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Em Bago, visitei budas gigantes – uma estátua mais recente e enooooooooooooooooorme e o Shwethalyaung buda, estupas e pagodas douradas e estupendas – principalmente a Shwemawdan, a mais alta do país; a Mahazeti e a Kyaik Puntemplos e o palácio/museu de Kanbawzathadi. 🙂 Durante o passeio matinal, também tive a oportunidade de conhecer um rapaz que se proclamou artista e pintor, e a sua simpatia foi tão imensa que acabei por comprar-lhe muitos postais pintados e outros feitos com bambu – mais tarde e à medida que fui percorrendo país, percebi que a sua conversa foi um “semi-embuste”, uma vez que muitas pessoas vendiam exatamente os mesmos postais 😛 . De qualquer modo, a principal recordação que me fica desta cidade, foi o início da revelação da aura budista do país! 😀

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Kinpun e a Rocha Dourada de Kyaikhtiyo

O meu primeiro contacto com um nativo, revelou-se muito positivo, uma vez que o meu taxista se mostrou muito simpático e prestável, deixando-me quase a bordo do autocarro que estava de partida para Kinpun. 🙂 A viagem de cerca de quatro horas, mostrou-me um desfilar de imagens, qual um filme: vacas na estrada e os carros/autocarros a abrandar, a paisagem muito verde, as letras incompreensíveis, os múltiplos camiões, a passagem pela cidade de Bago (as estupas douradas, o som intenso das buzinas, o tráfego caótico…).

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Na chegada a Kyaikto um nativo que tinha acabado de entrar no autocarro, tentou avisar-me que aquela cidade era o fim da linha, que o autocarro não seguiria para Kinpun, mas que ele me transportaria. Como a situação me pareceu bizarra, não acreditei nele, continuei sentando até o autocarro parar no centro da cidade e todos os passageiros terem desembarcado. Nessa altura, o nativo voltou a aparecer e finalmente lá me conseguiu explicar que por ser época baixa o autocarro não ía até Kinpun, mas que ele me levaria de scotter sem me cobrar nada! Pois já estava a ser pago pela companhia de autocarros… primeira novidade made in Myanmar😀 Quando chegámos ao destino, ele deixou-me numa guesthouse e depois de negociar o preço do quarto, fiquei alojado num “cafunfinho” bastante simples e humilde. No resto do dia, explorei um pouco da aldeia e entrei pela primeira vez em contacto com os simpáticos habitantes. 🙂

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No primeiro dia realmente a sério em Myanmar, acordei bastante cedo e às 7.00 já estava de partida para a rocha dourada. A caminhada, durou cerca de três horas e fez-se quase sempre em sentido ascendente. O tempo estava cinzento e encoberto, mas fresco e agradável, mas o melhor de tudo foi ter a oportunidade de passar pelo interior de múltiplas e minúsculas aldeias, e observar a simpatia deste povo! Espetacular e memorável: as crianças, as mulheres, os homens. 😀 Durante o caminho vi que muitas das crianças e mulheres põem na cara um produto esbranquiçado – tanaka – que provém das árvores e serve tanto de cosmético, como de protetor da pele; e observei a verde floresta em redor do trilho, as pequenas estupas e templos, os monges trajados de bordô.

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Quando cheguei ao complexo religioso de Kyaikhtiyo deparei-me com um nevoeiro bastante cerrado que cobria o topo da colina e para além disso tive de pagar a taxa turística imposta pelo governo, sem me conseguir esquivar – ainda houve uns momentos, que tive a esperança de ter “quebrado” o controlo. A minha visita ao local, ficou por isso marcada pela visão parcial da rocha dourada e pelas alterações constantes das nuvens em redor. De qualquer modo, o complexo religioso é agradável e a “pedra” que parece estar em equilíbrio precário é magnética. À medida que o tempo foi passando, a visibilidade melhorou consideravelmente e antes de me despedir, ainda consegui ter uma visão global do local bastante desafogada. 🙂 No regresso à aldeia de Kinpun optei por apanhar o autocarro, quer dizer… uma camioneta de caixa aberta com bancos corridos e apinhada de pessoas, fazendo por isso uma viagem distinta e singular. 😛 Estava, assim terminada a minha visita ao reino de Kyaikhtiyo e à sua rocha dourada.        

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Reflexões

Reflexões Filipinas

Nos quase dois meses que estive no país, houve algumas coisas que me surprenderam: a quantidade de ladyboys foi totalmente inesperada, ainda para mais num país católico, aliás ferverosamente católico, como comprovam os acontecimentos que ocorrem durante as celebrações da semana Santa (enormes procissões, chicoteamentos, crucificações…). Também fiquei admirado com a quantidade de “vovozinhos” e não só, que anda de mãos dadas com raparigas/mulheres Filipinas! E ao vê-los, recordei que não acredito que exista um “pinguinho” de amor, nestas relações.

O país é sem dúvida, um país de praia (Boracay, El Nido, Sugar Beach…), mergulho (Coron, Malapascua, Moalboal, Apo, Dauin, Balicasag…) e de belezas naturais (o vulcão Mayon e toda a Região Administrativa da Cordilheira, onde depois da China encontrei os terraços de arroz mais perfeitos de toda a viagem, principalmente na aldeia de Batad). 😀 Também foi neste destino, que fruto das companhias e do ambiente geral, tive mais festa em dois meses, do que num ano em todos os outros países. 😛

Tal como na Indonésia, a larga maioria dos habitantes são boas pessoas, quentes e afáveis, mas nas Filipinas fiquei agradavelmente surpreendido com a honestidade da larga maioria dos agentes de transportes, e se me posso “queixar” de algo, acho que só mesmo da comida. Um pouco aborrecida, tirando os famosos Baluts!  😛

Foi na cidade de Manila, que encontrei pela primeira vez na Ásia uma pobreza mais crua e real. A sujidade, as vestes esfarrapadas, famílias inteiras a dormir nas ruas. Não posso dizer que me tenha sentido inseguro, mas o ambiente pode e torna-se mais pesado. Para além disso, há muita corrupção, tanto da polícia, como dos agentes políticos, nada de novo portanto, naquelas terras abençoadas do Sudeste Asiático.