Na verde montanha de Lushan – pode encontrar mais aqui – para além de passeios frescos e agradáveis, guardo memória do aparecimento de uma hemorróida dolorosa e debilitante.
Etiqueta: Montanhas
Na belíssima e extraordinária montanha Amarela – pode encontrar mais aqui – fiz maravilhosos trekkings e encontrei múltiplos carregadores que me espantaram com a sua determinação e capacidade física.
No reino das “florestas de pedra” de Wulingyuan que inspirou James Cameron e o seu Avatar – pode encontrar mais aqui – passei três dias intensos de “sobes e desces” constantes, no meio de uma paisagem singular onde a pedra e a floresta se mesclam na perfeição.
Nas imediações da Garganta do Salto do Tigre – pode encontrar mais aqui – fiz um trekking bastante agradável, mas principalmente, tive a oportunidade de conhecer Andy, um escocês que é um autêntico “mago” das viagens.
Chegar ao cume da montanha de Niubeishan (牛背山) – pode encontrar mais aqui – foi uma verdadeira e longa aventura. Passando por uma viagem de autocarro até ao interior da China profunda, uma travessia adrenalizante num táxi mota e um trekking até ao topo, tudo valeu a pena… para chegar ao anfiteatro das montanhas e me deparar com uma extraordinária valsa celestial.
Na ascensão até ao topo da montanha Emei, a minha estreia acima dos três mil metros, o nevoeiro foi uma constante e na descida houve um encontro do “décimo segundo” grau com macacos agressivos. Na fotografia pode observar-se o templo existente no Jin Ding – Pico Dourado – envolto num manto branco – pode encontrar mais aqui.
Na sagrada montanha taoista de Huashan – pode encontrar mais aqui e aqui – tive o privilégio de dormir na companhia de humildes e nobres construtores. O senhor presente na fotografia era o mais idoso de todos eles e o único que tive a oportunidade de registar.
Depois da visita à aldeia de Batad e aos seus terraços perfeitos, e do trekking do dia anterior, a visita aos terraços de Banaue afigurava-se como uma mera “formalidade” para concluir esses dias felizes na Região Administrativa da Cordilheira (RAC). Porém, mesmo estes revelaram bastante beleza e na travessia pelo seu interior, tive de contratar os serviços de dois miúdos de palmo e meio, Dave (doze anos) e Nick (seis anos) muito engraçados! 🙂 Com eles percorri aquela verde paisagem, em passo relativamente rápido (os miúdos tinham asas nos pés 😛 ), fui fazendo alguns equilibrismos e tirando algumas fotografias. Depois do passeio, voltei ao Sonafel Lodge e aí fiquei tranquilamente a escrever para o blog, até partir. Eram 17.00, quando apanhei o autocarro para Baguio (capital da RAC) e quando chegámos ao nosso destino eram 3.00! Nessa altura, já tinha falado com o simpático motorista, e desse modo ele deixou-me dormir dentro da nossa viatura até às 6.00. 😉
O meu último destino, na RAC era Kabayan e as suas múmias. Desse modo, eram 6.30 quando voltei a apanhar um autocarro em direção a Sagada, porém desta feita, apenas fiz uma hora e meia de viagem, e numa interseção com a estrada principal, fui deixado pelo prestável motorista. De monstrinho às costas e sempre a subir em rampas muito inclinadas, andei durante meia hora! Até decidir que se continuasse naquele ritmo não iria conseguir chegar às grutas de Kabayan – ficavam a mais de cinco quilómetros da estrada principal. Quando encontrei uma casa perdida naquela paisagem montanhosa, pedi aos seus donos para me guardarem a mochila e bem mais leve continuei a andar. 🙂 Passados poucos minutos, passou uma carrinha amarela a quem pedi boleia e a bordo deparei-me com um grupo de montanhistas filipinos – Chimbang, Autaun, Rodi, Jumpeet, Nilo e Hendeel que ia para o mesmo destino! Perfeito! 😀 Foi deste modo, que visita às múmias de Kabayan, foi realizada na companhia de um alegre grupo. Acompanhados de um nativo que protege o local, percorremos um curto e agradável trilho no meio de um pinhal, e numas pequenas grutas com portas fechadas a cadeado, que foram abertas para nós, encontrámos no interior de pequenos caixões, múmias em posição fetal – crença de voltarem à barriga materna. 🙂
Com eles voltei a Baguio, mas antes de arrancarmos tirámos fotografias de grupo e parámos para ir buscar o monstrinho. Nessa altura, deixei a mala pequena (computador, máquina fotográfica, caderno…) na carrinha, e apesar de não ter sentido nenhum perigo e de nada se ter passado, hoje sei, que tal ação foi demasiado arriscada! Confiança nas pessoas, sim! Fé absoluta, não! 🙂 Ainda durante a viagem, voltámos a parar para almoçar (um balut e um porção de arroz Morning Star: ovo estrelado + vegetais + galinha + porco + arroz! Delicioso! 😀 ), sendo à mesa e com gastronomia tradicional filipina que terminei a minha visita à RAC. 😉
O Culto dos Mortos em Sagada
Em Sagada num dia solarengo e de céu azul, fiz um trekking interessante na companhia de Mr. Ingo, um guia local com quem fui até ao vale do Eco. Durante o percurso passámos por algumas paisagens bonitas e agradáveis: pinheiros, plantações de café, um rio subterrâneo, uma caverna, uma mini-cascata, arrozais, sobe e desce em colinas, zonas escorregadias de rocha e lama, formações calcárias, cursos de água e à semelhança do que encontrei em Tana Toraja, caixões suspensos em grandes paredes de rocha. 🙂
Depois de regressarmos ao centro da vila, enveredei sozinho estrada fora até encontrar a fantástica entrada da Semeangui Cave (caverna grande) e daí parti em busca da Lemagui Cave (caverna dos enterros), onde encontrei múltiplos caixões antigos de madeira a apodrecer e onde já começavam ossos a despontar. Para encontrar este local de culto, demorei duas horas, uma vez que falhei a interseção no trilho. 😛 De qualquer modo, durante esse tempo, andei por estradas tranquilas e fui observando a rural e agradável paisagem em redor de Sagada, os arrozais, as montanhas, os pinheiros, as aldeias e os aldeões. Desse modo, a manhã e o início de tarde foram passadas em deambulações. 🙂
No regresso à vila, parei para almoçar no simpático, Sagada Brew – bastante arranjado, para os padrões asiáticos habituais – e daí voltei à guesthouse onde aproveitei para escrever um par de textos para o blog. Enquanto fazia isso, comecei a ouvir um som muito intenso e ao olhar pela janela, vi que estava a chover torreeeeeeeencialmente e que inúmeros raios rasgavam o céu, de forma quase contínua! Automaticamente, abortei a utópica “missão” de ver o pôr do sol e fui a uma pequena casa de impressões, onde encontrei uma internet supeeeeeeeeer-lenta, mas que foi suficiente para enviar um e-mail de parabéns e publicar mais um texto no blog. 🙂 Ao despedir-me de Sagada, pensei: “Adeus, vila tranquila e serena. Adeus, inesquecíveis cavernas. Adeus, antigo culto dos mortos.”













































