Ato IV – O Baloiço e a Portagem
De manhã cedo, ao subir ao terraço da nossa guesthouse tive o privilégio de apanhar um pouco de sol na face, de observar os raios de sol a passar por entre os picos das montanhas e na encosta oposta vi o céu azul e a montanha coberta de verdes árvores. Antes de partirmos definitivamente para o nosso trekking e com muita felicidade, fui transportado de volta à infância por um baloiço e neste fiquei suspenso no tempo e no espaço enquanto o sol me acariciava a face e eu me mantive de olhos semi cerrados. 😀
Assim que recomeçámos a andar o trilho continuou a maravilhar-nos com todas as suas diferentes facetas: o sol, o céu azul, as árvores – principalmente pinheiros – os terrenos secos e pedregosos e o seu carácter mais selvagem e indomável tais como as suas faces abruptas e escarpadas, a passagem através de uma cascata e do alto, ver o rio verde claro a correr entre vales e ouvir o seu rugir a intensificar-se. 🙂
Quando chegámos à Tina´s Guesthouse, estávamos mesmo na antecâmara do Middle Gorge e como tínhamos muito tempo antes de apanharmos os respectivos autocarros – o meu de regresso a Lijiang e o Andy para Shangri-La – aproveitámos para comer qualquer coisa antes de descermos para ver o tão afamado Salto do Tigre. Porém na descida para a garganta do rio começaram os nossos problemas… pois no trilho que lhe dava acesso havia uma casa que bloqueava o mesmo e que funcionava como portagem para peões…