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Ato IV – Missão? Paparoca!

Felizmente, na segunda noite o efeito de estufa foi inexistente, porém o calor excessivo manteve-se – ainda não fora desta, que acertera em cheio na quantidade de roupa. O reinício da caminhada, ficou marcado por uma luz matinal cinzenta e mortiça, belos pinhais e pelo regresso à zona costeira onde pude observar maravilhosas falésias xistosas, a funda praia do Cavaleiro e do outro lado da Ponta da Carraça, o monumental Cabo Sardão. 🙂 Como neste local não é possível seguir junto à costa, tive de caminhar para o interior até à aldeia do Cavaleiro e daí continuar o trilho.

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Na zona do Cabo Sardão deambulei durante aproximadamente meia hora e nesse período, observei um simpático rebanho de cabras, graciosas cegonhas nos seus ninhos ou em voo, imponentes falésias, a força do oceano. À medida que o cabo foi ficando para trás, as enseadas e baías não concederam tréguas, continuando a manifestar toda a sua riqueza e variedade de formas e cores, principalmente na zona da praia do Tonel, onde coloridas flores deram um maior brilho à paisagem. 🙂 A descida para o porto de pesca da Entrada da Barca foi realizada com especial cuidado, uma vez que o declive era bastante acentuado e daí até à vila de Zambujeira do Mar, segui pela entediante estrada de alcatrão, até regressar à costa nas imediações da praia da Nossa Senhora.

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À uma da tarde em ponto, estava junto à capela da Nossa Senhora do Mar já descalço a observar os pés e a verificar que me tinha aparecido mais uma bolha, desta feita junto aos dedos do pé direito. Depois de colocar o segundo compeed, “lavei” as mãos com uma toalhita e almocei com apetite. 🙂 Terminada a refeição, voltei a calçar-me, arrumei a mala e agora com um sol radioso, continuei viagem. Estava a caminho de Odeceixe, mas a minha “missão” era outra… paparoca! 😀 De qualquer modo e até esse momento chegar, segui por um dos pedaços de costa mais fascinantes de todo o Sudoeste Alentejano, encontrando falésias estratificadas de múltiplas cores – amareladas, alaranjadas, cinzentas, negras… -, pinhais, florestas de acácias e progressivamente as praias dos Alteirinhos, Carvalhal, Machados e Amália, onde pude observar no topo da falésia um rio a correr para o bravo mar! 🙂 Um verdadeiro festival natural, em que existem passagens por túneis de clorofila e múltiplos momentos de sobe e desce. À medida que me ia aproximando do meu objetivo, o dia progressivamente voltou à sua luz inicial e o meu corpo começou a sentir-se cansado. Nesta altura, a cada passo e ao imaginar o manjar que me esperava, a minha boca salivava abundantemente. Eram cinco e pouco da tarde, quando cheguei à aldeia da Azenha do Mar.

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Ao chegar ao abençoado restaurante, pedi para colocar o telemóvel a carregar e livrei-me do monstrinho17.37: meia salada de polvo à minha frente e uma mini no bucho, quase de penalty. 18.07: a sapateira acabara de chegar e a terceira mini estava bem encaminhada. 19.05: o manjar terminou, o bucho completamente recheado e a conta paga. 19.12: depois de falar com os donos do restaurante, fui colocar a mochila numa casinha onde passei a noite. 19.20: à espera que o telemóvel carregasse e quase a dormir em frente à televisão, onde os Lagartos goleavam o Vitória de Guimarães. 20.05: “os meus olhos não aguentam, mais! Vou-me deitar”. 20.30: Ferradíssimo a dormir.         

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Crónicas Fotografia O 1º Dia

Rota SW

Ato II – Pufff…. Fez-se o Chocapic! 

Na chegada a Porto Covo não pude deixar de reparar que a maioria dos passageiros que “desembarcaram” na povoação eram estrangeiros. Portugal está definitivamente na moda! 🙂 Antes de iniciar o meu périplo andante, resolvi ter uma refeição mais consistente e na rua principal da cuidada vila, encontrei o que procurava: uma bela e generosa dose de peixe frito acompanhado de arroz de feijão e umas farófias divinais. A “caminhada” iniciava-se em beleza. 😀

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Terminado o delicioso repasto, eram 15.10 quando pus realmente os pés ao caminho e depois de confirmar a direção com um grupo de anciões locais, segui até ao pequeno porto da povoação. Nesta altura, o céu estava bastante prateado e fotogénico e na passagem de uma pequena enseada, fruto da maré e do eclipse lunar… pufff… fez-se o chocapic! No preciso momento que atravessava, veio uma onda que ultrapassou o cano das botas e que me deixou os pés a boiar, tal como se estes estivessem dentro de um aquário! Perfeito! 😛 Aparvalhado de todo… a minha mente foi lesta a processar a informação: “Então e agora? Regressar? Fora de questão! Tirando umas havainas, não tenho mais calçado. Nem pensar! Resta-me andar com as botas… mas o meu futuro, vai ser definido numa palavra: BOLHAS!”

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Com os pés completamente encharcados, segui colina acima e assim que encontrei um apoio, descalcei as botas, tirei-lhes a água do interior e espremi ao máximo as meias e as palmilhas. Uma vez que as botas estavam ensopadíssimas, decidi não calçar o par de meias extra que me restava e guardá-las para a noite – caro leitor, apesar de no momento esta me ter parecido uma decisão lógica, no presente posso claramente dizer, que este foi o meu primeiro grandeeeeee erro! – sem nada mais poder fazer, deixei de pensar neste molhado acontecimento e segui andando junto ao mar, no topo de pequenas arribas.

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Para Norte, avistava-se a silhueta das feias torres da central termoelétrica de Sines, para Sul a ilha do Pessegueiro dominava a prateada e azulada paisagem, onde se viam outras pequenas ilhotas, a que os locais chamam palheirões. Porto Covo ia ficando para trás e quando cheguei ao início da praia da ilha, fruto da maré tive que atravessar outra zona repleta de água. Uma vez que já tinha as botas encharcadas, segui em frente sem grandes preocupações. Agora estava outra vez com os pés a boiar, mas continuei a andar – segundo grandeeeeeee erro! – em direção às praias do Queimado e dos Aivados. Nessa altura, o trilho que até aí estava muito bem marcado, desapareceu e tive de continuar por dunas junto às praias, até o caminho contornar as praias da Galé e do Malhão e o seus extensos cordões dunares. À medida que ia fletindo ligeiramente para o interior a paisagem de dunas e vegetação rasteira, mudou um pouco e nesse momento pude ver uma densidade de clorofila mais verde e colorida, e pinheiros em meu redor. 🙂

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Quase no final da praia da Malhão, regressei à zona realmente costeira e a partir desse local as arribas ganharam alguma dimensão, a paisagem tornou-se mais imponente e de vez em quando viam-se graciosas cegonhas. 🙂 O dia caminhava rapidamente para o seu término, e nessa altura em que já me sentia um pouco cansado, os meus olhos não paravam de perscrutar a paisagem de vegetação muito rasteira, em busca de um local onde pudesse montar abrigo. Finalmente, por volta das 18.40, a cerca de trinta metros do trilho encontrei o que procurava, um largo arbusto e foi debaixo deste, com o som do mar como companheiro, que passei a minha primeira noite…

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Yangon para o Adeus

Depois de quatro dias praticamente perfeitos no “reino” de Bagan parti para Yangon, outras das antigas capitais do país, para acenar o adeus tanto a Myanmar, como a esta viagem. E o que posso dizer do meu último destino? Bem primeiro de tudo, fiquei hospedado na simpática Agga guesthouse onde encontrei uma cama confortável, A/C e pela primeira vez, uma internet que realmente funcionava. 😛

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O grande destaque da cidade é sem dúvida a dourada e resplandecente pagoda de Shwedagon, que à semelhança da rocha dourada de Kyaikhtiyo e da pagoda de Shwemawdaw (que se encontra em Bago) é dos locais mais sagrados do país para a etnia Mon. Tudo brilha, tudo é ouro, tudo é luz! Esta pagoda de dimensões épicas – aproximadamente cem metros – é de facto estonteante e está repleta de infinitos detalhes prontos a ser explorados e descobertos. Eu, a Naomi e a Anne – uma rapariga holandesa que conheci no autocarro para Yangon – saímos de lá maravilhados. 😀

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Em Yangon e na companhia de Naomi, visitei o Museu Nacional que visto do exterior parece um hospital e o interessante Museu das Gemas, onde pudemos observar a beleza destas “pedras” preciosas e semi-preciosas e onde comprei uns recuerdos mais especiais. A cidade também se revelou uma excelente surpresa em termos gastronómicos e fiquei bastante impressionado com a quantidaaaaaaaaaaaaaaaade de vendedores que vendiam comida nas ruas e as pessoas que estavam constantemente a comer nas bancas! 🙂 O movimento de pessoas era frenético e às vezes pensava que estava numa mini Índia caótica e repleta de estímulos visuais, sonoros e olfativos.

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No último dia na cidade, em vez de continuar a mover-me mais e mais, resolvi parar totalmente e tive um dia muito sossegado e tranquilo. Vi o último filme que me restava no portátil – Stalker de Tarkovsky – organizei a mala e as fotografias tiradas em Yangon, e despedi-me de Myanmar, radiante com todas as maravilhosas experiências que tive no país. 😀

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Bagan. No Reino dos 3000 Templos?

No primeiro dia em Bagan, às 5.00 já estávamos montados numas biclas a pedalar, afinal o astro rei despontava às 5.30 e neste local os dias são conhecidos por serem escaldantes. 😛 Do topo de um templo, que não era dos mais famosos e na presença de “ninguém”, exceto dos meus companheiros bascos e de um nativo que nos guiou ao local, ter a felicidade de observar aquela paisagem onde se viam centenas de templos em nosso redor, foi de facto especial! 😀 Nas nossas primeiras horas em Bagan, visitámos alguns dos templos principais e destes, o que mais me agradou foi de Anada, principalmente o seu fabuloso interior com quatro budas gigantes em posição de pé! 🙂

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Depois de algumas deambulações, regressámos à guesthouse para tomar o pequeno-almoço e até às 15.00 ficámos no quarto a proteger-nos do calor. Às 16.00, partimos novamente para a zona dos templos onde visitámos a pagoda dourada de Shwezigon e seguidamente a grande pagoda branca de Shwesandaw, donde avistámos na perfeição a seca planície e grande parte dos templos de Bagan! 😀 Já quase sem luz, chegámos às imediações do maior templo, o templo de Dhammayangyi e com uma grande trovoada a aproximar-se explorámos um bocadinho do mesmo, quais verdadeiros Indian Jones. 🙂 

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No segundo dia, tínhamos um tour marcado até ao Monte Popa, mas antes de partirmos acordámos novamente de madrugada para ver nascer mais um dia. Apesar das muitas nuvens existentes no céu, este foi um momento sereno e tranquilo. 🙂 Ao regressar à guesthouse, troquei a minha bagagem de aposentos, uma vez que os bascos iam partir ao final do dia para Kalaw e em amena cavaqueira tomámos o pequeno-almoço. Na altura da partida, juntou-se a nós uma rapariga japonesa – Naomi – e com todos a bordo seguimos viagem. Na travessia até ao nosso destino, parámos algumas vezes para o nosso motorista fazer recados 😛 e uma vez para comprar recuerdos – bebidas fermentadas e açúcar.

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A verdade é que o Monte Popa se revelou mais bonito e espetacular ao longe. Visto de perto, não passava de um conjunto de templos pouco interessantes no topo de um grande rochedo e “infestado” de macacos. Para além disso, o tempo encoberto e nublado também não ajudou à “festa”. :/ No caminho de regresso, parámos para almoçar e esse foi possivelmente o melhor momento do tour, uma vez que por uma bagatela, comemos que nem reis. 😀 Tal facto, aconteceu graças a nós, uma vez que o nosso motorista tentou meter-nos num local “manhoso” e inflacionado – nada de novo, em terras do Oriente!. Para finalizar este Popa tour, ou deveria dizer Treta tour fomos até à floresta de pedra e aí um “guia” que não falava inglês fez-nos uma visita, que se revelou o momento mais surreal e hilariante de Myanmar! 😛 O “guia” era um autêntico desastre e no final o que vimos, foi uma árvore que parecia ter a madeira transformada em “pedra”? Só, rindo mesmo! 😛

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No regresso à vila de Nyaung OO e à semelhança do que aconteceu no lago de Inle, organizei todas as fotografias e desse modo todos partilhámos os nossos ficheiros. 🙂 Como nesse momento, senti que ainda havia muito mais em Bagan para explorar, desisti de partir para Pyay no dia seguinte, e mesmo perdendo metade do valor do bilhete consegui marcar um autocarro para Yangon para daí a dois dias. Depois de me despedir dos bascos com um forte abraço, fiquei a repousar no quarto satisfeito com a decisão de ter prolongado a minha estadia. 🙂 Nos restantes dias, não tentei mais ver o nascer do sol, mas comecei sempre a minha jornada às 9.00. No Sábado, tive a companhia de Noami e de Jaume – um simpático rapaz espanhol que conheci na guesthouse – e juntos tivemos um dia cheio de templos, pagodas, budas e saltos com direito a fotografias (com/sem chapéu de chuva colorido). 😛

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No último dia em Bagan, fiz o meu percurso a solo e nesse dia muito cinzento e chuvoso, diverti-me bastante na procura dos templos que ainda não tinha visitado e tive momentos extraordinários: os espaços completamente desertos, as pinturas, as estátuas e os relevos espetaculares, a procura de caminhos escondidos para os telhados e as panorâmicas maravilhosas dos mesmos. 🙂 Quando parti de Bagan, estava super FELIZ. 😀 Em termos culturais, poucas vezes estive na presença de algo desta magnitude, se é que alguma vez estive! 😛 O ambiente do local é memorável e encantador, e andar de bicicleta de templo em templo é uma experiência inolvidável. O reino dos três mil (ou seriam mais!?) templos vai deixar muitas saudades. 😉

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P.S. – Se há algum aspeto menos positivo, que se possa apontar a Bagan, só mesmo o de alguns nativos praticarem mendicidade e outros tentarem vender recuerdos com recurso a técnicas que geram pena ou empatia. É de facto uma pena que tal aconteça! :/

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Inle Days? Group Days

Ato IV – Cozinha Birmanesa, Kakku Tour & Despedidas 

Depois dos dias de trekking até Inle e dos passeios em redor do lago, tanto por água como por terra, este foi um dia mais tranquilo e no qual aproveitei para lavar a roupa, uma vez que quase já não tinha que vestir! 😛 Depois do pequeno-almoço, eu e o Riccardo fomos encontrar-nos com o resto do grupo ao Richland Hotel, onde no quarto de Gil, Melissa e Fabianne, que mais parecia uma suite 😉 , comecei a organizar uma pasta de fotografias e vídeos do nosso grupo, para depois todos ficarmos e termos acesso aos mesmos ficheiros. 🙂

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Para além dessa tarefa, que se veio a revelar demorada, a outra atividade do dia resumiu-se a uma aula de culinária ao final da tarde e irmos ao mercado com o nosso anfitreão, comprar e conhecer alguns dos ingredientes que íriamos confecionar. A aula de culinária, revelou ser mais um jantar entre amigos que propriamente uma grande aprendizagem, mas não há dúvidas que o ambiente foi animado, o grupo estava todo bem disposto e a comida no nosso último jantar em conjunto estava excelente! 😀 Para além disso e no final, cada um de nós recebeu um saquinho de pano com diferentes especiarias e o casal que nos recebeu foram um autêntico “doce”! 😀 

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No último dia em Inle a principal atividade, foi ir até Kakku na companhia de Melissa e de Fabianne, um reino de pagodas concentradas numa área com um quilómetro quadrado! Uma autêntica floresta de densidade impressionante! 🙂 Para fazer o tour, necessitámos de um condutor e de uma guia oficial, pois infelizmente viajantes independentes não podem visitar o local. O caminho entre o lago e Kakku foi longo, sensivelmente duas e meia em cada direção, mas agradável, fruto das florestas e dos campos muito verdes que se avistavam. Durante a visita, também tivemos muita sorte, pois foi essa foi a única altura do dia em que não choveu. Um timing perfeito e muita sorte à mistura! 😉

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Quando regressámos a Nyaung Shwe, reencontrámos os rapazes – Riccardo, Gil e Nathan – e ficámos na sua companhia até partirem para Yangon. Pouco tempo depois, despedi-me de Melissa e Fabianne, uma vez que elas iriam para Kinpun e eu para Mandalay. Foi assim, que este fantástico grupo de pessoas se separou fisicamente, mas a ligação de tempos muito felizes, essa foi guardada no coração de cada um de nós. Grazie! Thank you! Danke! תודה! 😀 

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Inle Days? Group Days

Ato III – Pedalando em Inle 

O despertar para o segundo dia não foi fácil. Não pela quantidade de bebidas ingeridas na tarde/noite anterior, mas pelas horas de sono dormidas, ou melhor dizendo… a falta delas! 😛 De qualquer modo e à hora marcada (5.30) lá estava eu e o Riccardo – o Português e o Italiano – aguardando pelos restantes elementos do grupo que também não tardaram aparecer. 🙂 Já reunidos, recebemos as nossas montadas de “puro-sangue” e de capacete na cabeça partimos para o nosso passeio de “bicla”, o dia começava a despontar…

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Acompanhados por um céu levemente azul, começámos por percorrer uma estrada ao longo de bonitos e verdes arrozais, até chegarmos a um tranquilo mosteiro que visitámos com prazer. Aí, encontrámos um espaço de aura serena, cheio de luz suave e dois velhos monges muito simpáticos. 😀 Seguimos pedalando, acenando aos nativos e dizendo-lhes olá (mangelabá), até que voltámos a parar, desta feita num pequeno templo no topo de uma colina, onde acabámos por ficar um bocado deitados a relaxar. Quando tentámos visitar as fontes de água termais, tal não se revelou possível, uma vez que estas ficavam no interior de um SPA e o valor que nos pediram, pareceu-nos exagerado. Desse modo e como ninguém fez realmente questão de entrar, seguimos viagem e fomos pedalando, pedalando… pedalando com o objetivo de encontrar uma povoação com um cais e barqueiros que nos transportassem até à outra margem do lago. Durante o percurso, continuámos a observar a vida local: escolas, crianças traquinas e sorridentes, camponeses, búfalos e vacas, arrozais, palmeiras, florestas, estupas e pagodas. 🙂

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Finalmente e depois de algumas horas a pedalar conseguimos encontrar um barco e um barqueiro, e depois de árduas negociações lá chegámos a um consenso. 🙂 A travessia com as bicicletas a bordo foi memorável e o único momento menos positivo, ocorreu já no desambarque, quando o nosso barqueiro não nos largou no local previamente combinado. Assim, decidimos pagar-lhe um montante ligeiramente inferior ao negociado, de modo a não recompensar a quebra de palavra – se os nativos forem “ensinados” que não há consequências, por não cumprirem a sua palavra, no futuro é isso que farão. Já desembarcados na margem oriental, recomeçámos a pedalar, desta feita a caminho de umas vinhas e nessa altura fruto do cansaço acumulado, só pensava em pedalar, pedalar… pedalar, de modo a chegar o mais rapidamente possível, sentar-me à mesa, beber uns copos de vinho e relaxar. 😛 Foi assim, que no final daquele looooooooooooooooongo passeio de bicicleta, pelas margens do lago de Inle, nos reunimos à mesa para um almoço tardio, onde fizemos uma prova de vinhos e brindámos à saúde, à amizade e à generosidade de buda… 😀

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Inle Days? Group Days

Ato I – Entrada Gloriosa 

A entrada no lago de Inle, foi fabulosa e auspiciosa, uma vez que para chegar ao lago verdadeiramente dito tivemos de percorrer diversos canais, como se estivessemos em Veneza, mas versão rural! 😀 O nosso primeiro destino, foi a povoação de In Dein onde encontrámos uma paisagem magnífica, coroada de estupas e pequenas pagodas, e onde eu tive um pequeno cheirinho do que poderia vir a ser Bagan (segundo as palavras dos meus companheiros de trekking). No alto de uma colina, deparámo-nos com um pequeno mosteiro, onde habitava um velho monge que nos ofereceu chá 🙂 e daí avistámos a bonita paisagem em redor: colinas verdes, campos verdíssimos e viçosos com casas espalhadas aqui e acolá, as estupas e pagodas de In Dein! Espetacular! 😀

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No regresso ao barco, o tempo começou a ficar bastante fechado e na viagem para a vila de Nyaung Shwe tivemos muita sorte, pois parecia que as nuvens escuríssimas se estavam a afastar de nós. 🙂 Nessa travessia, voltámos a passar por dentro de canais e vimos pessoas nas suas rotinas: camponeses a trabalhar a terra, pescadores a remar graciosamente com a perna e lançarem as redes à água, pessoas e mercadorias a serem transportadas em longas barcas de proa levantada, pequenos barcos a deslizarem suavemente pelas águas. Depois da maravilha dos canais e da sua vida serena, chegámos ao lago, um misto de castanhos, azuis e prata que parecia ser bastante raso.

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Na chegada ao nosso destino, como todos estávamos hospedados em locais diferentes o grupo separou-se, porém foi nesse momento que aconteceu o momento chave da semana, uma vez que combinámos reencontrar-nos para jantar. Assim e contrariamente a outras ocasiões desta odisseia asiática, o grupo não se fragmentou e no lago de Inle estivemos sempre juntos. Este facto, contribuiu de forma decisiva para prolongar a minha estadia e dos dois dias iniciais, passei para quatro. Afinal, a beleza da viagem também é esta, ter planos e mudá-los, simplesmente porque queremos e temos vontade… 🙂

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Nesse dia ao jantar, fomos até ao mercado noturno e comida no geral foi boa, principalmente a sopa de Shan Noodle. Excelente! 😀 No lado oposto da balança? O barbecue Thai. Horrível e de longe a pior comida não apenas de Myanmar, mas de toda a viagem… de fugir! :/ Depois do nosso repasto, encontrámos um bar porreirito, onde ficámos a beber umas cervejitas e antes de nos despedir-mos combinámos reencontrar-nos bem cedo, no dia seguinte.  

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Trekking para Inle

O trekking até ao lago de Inle veio a revelar-se mais um passeio de amigos do que um desafio físico, uma vez que o ritmo foi quase sempre muito lento. 😛 De qualquer modo, a travessia até ao lago foi bastante agradável, fruto da bonita e serena paisagem e do facto de termos criado entre nós um grupo unido e coeso! 😀

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Ao longo dos dias, a paisagem revelou-se um misto de campos de cultivo, pinhais, verdes colinas, alguma paisagem cársica – já na parte final do trekking –  aldeias, mosteiros, escolas, árvores de buda (Paian). A nossa guia, Jully, mostrou ser bastante profissional e uma excelente pessoa, e sempre que podia foi-nos ensinando algo sobre Myanmar e sobre a sua etnia, a etnia Pa-o   como por exemplo a lenda da mãe dragão e do pai alquimista e de como os ovos negros, deram origem aos trajes tradicionais das mulheres Pa-o, as filhas do dragão. 🙂 E em termos meteorológicos, também tivemos sorte, pois nem choveu, nem fez muito calor. Perfeito! 😉

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Ao longo dos dias, conversei muito com os meus companheiros de trekking, com quem passei bons momentos; os almoços foram simples, mas saborosos e os jantares autênticos manjares, pois a comida era ultra-mega-deliciosa! 😀 ; os camponeses revelaram-se super simpáticos, afáveis e calorosos e as crianças, absolutamente encantadoras! 😀 Para além das fotografias à paisagem tranquila, aos camponeses nos seus afazares e às alegres crianças, tive a felicidade de encontrar alguns anciões, verdadeiramente belos. 🙂 Depois de dois dias e meio de uma caminhada vagarosa, despedimo-nos de Jully e do nosso cozinheiro, seguimos o nosso barqueiro… estávamos prestes a entrar no reino de Inle.

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Manila para a Despedida

Depois da visita à simpática cidade colonial de Vigan, regressei à capital das Filipinas, Manila. Desta feita, não de passagem como em ocasiões anteriores, em que passava sempre com o objetivo de me dirigir  a outros destinos, desta vez vim para a despedida do país, após quase dois meses. 🙂 Quando cheguei à metrópole tive que apanhar um táxi do terminal de Cubao até à zona de Malate, local onde tinha marcado um poiso barato – Wanderers Guesthouse – e depois dessa travessia, em que discuti acesamente com o taxista  – que estava a tentar enganar-me – decidi que apenas voltaria a apanhar um táxi, no dia em que fosse para o aeroporto! :/

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Em Manila, passei quatro dias praticamente em modo de espera, uma vez que Myanmar, o meu último país desta viagem, estava ao “virar da esquina” e eu esperava ansiosamente por esse momento. 🙂 Nesses dias, conheci alguns backpackers italianos simpáticos; assisti a jogos de futebol; visitei o enoooooooooorme Robisson Mall; escrevi para o blog; atualizei o caderno; vi muita pobreza nas ruas, pedintes, prostitutas atiradiças, pessoas a dormir no chão, inclusivamente famílias inteiras! :/ ; visitei a antiga zona de Intramuros: a catedral de Manila, o Forte de Santiago, a muralha super robusta e muito bem conservada; encontrei um restaurante com comida deliciosa e cujo staff era muito prestável e bem disposto; na companhia de nativos fui até ao gigantesco mercado de Hangganon na zona de Baclaran; joguei algumas vezes computador com um rapaz filipino; rearrumei a mala; comprei mantimentos para a travessia para Myanmar; troquei pesos por doláres; e apanhei um táxi para o aeroporto, desta feita  para a despedida das Filipinas, calhou-me em rifa um taxista honesto e pacífico. 🙂

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Os Terraços de Banaue & as Múmias de Kabayan

Depois da visita à aldeia de Batad e aos seus terraços perfeitos, e do trekking do dia anterior, a visita aos terraços de Banaue afigurava-se como uma mera “formalidade” para concluir esses dias felizes na Região Administrativa da Cordilheira (RAC). Porém, mesmo estes revelaram bastante beleza e na travessia pelo seu interior, tive de contratar os serviços de dois miúdos de palmo e meio, Dave (doze anos) e Nick (seis anos) muito engraçados! 🙂 Com eles percorri aquela verde paisagem, em passo relativamente rápido (os miúdos tinham asas nos pés 😛 ), fui fazendo alguns equilibrismos e tirando algumas fotografias. Depois do passeio, voltei ao Sonafel Lodge e aí fiquei tranquilamente a escrever para o blog, até partir. Eram 17.00, quando apanhei o autocarro para Baguio (capital da RAC) e quando chegámos ao nosso destino eram 3.00! Nessa altura, já tinha falado com o simpático motorista, e desse modo ele deixou-me dormir dentro da nossa viatura até às 6.00. 😉

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O meu último destino, na RAC era Kabayan e as suas múmias. Desse modo, eram 6.30 quando voltei a apanhar um autocarro em direção a Sagada, porém desta feita, apenas fiz uma hora e meia de viagem, e numa interseção com a estrada principal, fui deixado pelo prestável motorista. De monstrinho às costas e sempre a subir em rampas muito inclinadas, andei durante meia hora! Até decidir que se continuasse naquele ritmo não iria conseguir chegar às grutas de Kabayan  ficavam a mais de cinco quilómetros da estrada principal. :/ Quando encontrei uma casa perdida naquela paisagem montanhosa, pedi aos seus donos para me guardarem a mochila e bem mais leve continuei a andar. 🙂 Passados poucos minutos, passou uma carrinha amarela a quem pedi boleia e a bordo deparei-me com um grupo de montanhistas filipinos – Chimbang, Autaun, Rodi, Jumpeet, Nilo e Hendeel que ia para o mesmo destino! Perfeito! 😀 Foi deste modo, que visita às múmias de Kabayan, foi realizada na companhia de um alegre grupo. Acompanhados de um nativo que protege o local, percorremos um curto e agradável trilho no meio de um pinhal, e numas pequenas grutas com portas fechadas a cadeado, que foram abertas para nós, encontrámos no interior de pequenos caixões, múmias em posição fetal – crença de voltarem à barriga materna. 🙂

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Com eles voltei a Baguio, mas antes de arrancarmos tirámos fotografias de grupo e parámos para ir buscar o monstrinho. Nessa altura, deixei a mala pequena (computador, máquina fotográfica, caderno…) na carrinha, e apesar de não ter sentido nenhum perigo e de nada se ter passado, hoje sei, que tal ação foi demasiado arriscada! Confiança nas pessoas, sim! Fé absoluta, não! 🙂 Ainda durante a viagem, voltámos a parar para almoçar (um balut e um porção de arroz Morning Star: ovo estrelado + vegetais + galinha + porco + arroz! Delicioso! 😀 ), sendo à mesa e com gastronomia tradicional filipina que terminei a minha visita à RAC. 😉