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Viagem Sentimental a Malaca

A Malaca, essa histórica terra de sultões malaios, portugueses – durante centro e trinta anos: 1511 a 1641 – holandeses, britânicos e posteriormente chineses e indianos, cheguei às sete da manhã, depois de uma viagem noturna de comboio – a primeira e única que fiz no país – que ligou Jerantut a Tampin e de uma breve travessia de autocarro entre Tampin e Malaca.

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Nos três dias que estive na quente, sonolenta e turística cidade, que é património da UNESCO desde 2008, lavei toda a roupa que usei na selva de Taman Negara e que estava um “caco” 😛 ; desfiz toda a mala e decidi o que enviar para Portugal via correios; marquei o meu voo para entrar na Indonésia, via Sumatra; escrevi postais; vi muitos episódios de uma série, que tinha em atraso; marquei hostel em Singapura e combinei reencontrar-me com o Rudy  um rapaz Indonésio que conhecera no parque natural de Mulu; tive um jantar delicioso de comida tradicional de Malaca, na companhia de um rapaz britânico, um rapaz malaio e uma rapariga singapurense e deambulei pela cidade fazendo dois percursos pedestres, muito interessantes. 🙂

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O primeiro percurso chamava-se a herança holandesa e assim que vi essa denominação, pensei instantaneamente “que os portugueses também mereciam algum crédito”, afinal a Porta de São Tiago – “A Famosa” – e a Igreja de São Paulo foram construídas por nós bravos lusos! 😉 Durante o passeio, percorri a Jalan Kota, observando o exterior de bonitos museus de fachadas brancas – arquitetura, antiguidades, selos… – e o jardim da coroação. Na Porta de São Tiago, detive-me mais tempo e senti orgulho por ver um bocadinho de Portugal, num país que fica a tantos quilómetros de distância e segui até ao cemitério holandês – que na verdade de holandês tem muito pouco, uma vez que das trinta e oito campas existentes, apenas cinco são holandesas! As restantes são britânicas 😛 – e até às ruínas da Igreja de São Paulo – antiga igreja da Nossa Senhora da Conceição, mandada construir pelo capitão luso, Duarte Coelho em honra da Virgem Maria e que posteriormente foi rebatizada pelos holandeses. Do alto tive uma agradável panorâmica da cidade e segui andando até à margem oeste do rio.

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Nessa margem, a herança revelou uma faceta mais moderna de Malaca, pois aqui destacaram-se bonitas casas de fachadas coloridas – de antigas famílias chinesas -, grandes e belos antiquários, o hotel Puri; o fresco, delicioso e tradicional gelado malaio – cendol  e a rua da harmonia onde numa curta distância existe, o templo hindu mais antigo do país – Sri Poyyatha Vinayagar Maarthi, 1781 – a mesquita de Kampung Kling  1868 – e o templo chinês, das nuvens brilhantes – Cheng Haan Teng, 1654 – e de facto foi emocionante visitar esses locais tão distintos, mas ao mesmo tempo tão próximos entre si. 🙂

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Nestes percursos para além dos emblemáticos monumentos, vi a multiplicidade da decoração e riqueza que os tuk-tuk/riquexós ostentam: corações, flores, yellow kitty´s, motivos religiosos. Numa palavra? Kitch! Para além do forte impacto visual, quando estão em andamento provocam um impacto auditivo ainda mais estrondoso! 😛 Uma vez que há recurso a sistemas sonoros complexos e potentes que emitem decibéis de músicas de amor chorosas, hits em inglês, lambada e o chamado “cascabulho”. Sem dúvida que estes veículos se fazem notar, nas ruas da cidade e na minha opinião deviam fazer parte da lista da UNESCO, tal como os inúmeros monumentos… 🙂 E na despedida de Malaca e da Malásia, senti-me orgulhoso por ser Português!

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Pulau Penang & Georgetown a Multifacetada

Da verde ilha de Langkawi segui de ferry para a ilha de Penang e na mesma, fiquei hospedado na simpática cidade de Georgetown durante cinco noites.

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Nos dias que estive na ilha visitei a sua praia mais famosa, Batu Feringgi e que se revelou uma grande desilusão – mar acastanhado, areia grossa e amarelada… :/ ; estive nas imediações do parque natural mais pequeno de toda a Malásia; deambulei no maior templo budista do sudeste asiático, Kek Lok Si, onde me diverti imensamente com a fotografia e graças a ela, sentindo uma enorme lucidez para a beleza estética do espaço, principalmente a zona da pagoda; percorri a pé grande parte da cidade de Georgetown e visitei magníficas e antiquíssimas mansões chinesas – Pinang Paranak e Cheong Fatt Tze – mesquitas harmoniosas – Kapitan Keling – ricos e dourados templos chineses – Khoo Kangsi e Teochew – e indianos, antigas construções coloniais deixadas pelos britânicos – o forte de Cornewallis, as igrejas, a torre do relógio, o edifício da câmara municipal… – ruas muito vivas, coloridas e movimentadas. 😀

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Para além disso continuei a escrever no meu caderno, até acabar de o atualizar (“Vamos lá continuar a viver mais experiências para te continuar a deixar desatualizado! E depois ter de voltar a parar um pouco para te atualizar, escrever e dizer o que vi, o que senti, o que penso, o que quero sentir! És o meu contra-ponto ao movimento, tu és o meu porto de abrigo! Obrigado, por existires”); relaxei no pequeno e tradicional café de bairro de Sin Guat Keng; continuei a deambular pelas ruas da cidade; comi a deliciosa e viciante comida que se consegue encontrar espalhada por toda a cidade – a comida em Georgetown é tão famosa que Malaios de outros pontos do país, visitam a cidade apenas para fazer um roteiro gastronómico! 😀 ; e conheci Luke, um carpinteiro australiano que estava a acabar de construir uma “catedral” em Pulau Tanahmasa  nas imediações da ilha de Sumatra na Indonésia  com as próprias mãos. “Catedral” essa que servirá de casa e de meio de subsistência para o futuro (pequeno resort de surf) e que no final da nossa conversa, me convidou a visitá-lo. Merci Luke! 😉

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Bangkok Days

Em Bangkok estivemos cinco dias e nos mesmos para além de visitarmos a cidade, aproveitámos para abrandar um pouco o ritmo da semana anterior e ter dias mais relaxados. 🙂 Para além disso e com a devida antecedência  quatro dias – comprámos o nosso bilhete de comboio para sul, rumo às famosas ilhas paradisíacas da Tailândia e ainda bem que o fizemos, pois à semelhança da China, parece que certos comboios esgotam facilmente.     

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Durante o tempo que estive na cidade, fiquei com sensação que a cidade é grande, mas que não é demasiado caótica, uma vez que nos conseguimos mover facilmente em transportes públicos – autocarros, barcos, metro… – e atravessar as estradas sem sermos atropelados quinze vezes. 😛  Relativamente aos “transportes”, apenas uma nota negativa. Por vezes chega a ser irritante recusar, centenas de vezes as ofertas dos famosos tuk-tuk´s e taxistas, mas penso que tal facto, já faz parte da tradição asiática. :/

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Na cidade visitámos bastantes templos, mas os destaques principais vão para: o  Wat Pho, templo onde “nasceram” as famosas massagens tailandesas e casa de um Buda gigantesco – em posição deitada – que tem a planta dos pés enfeitadas com detalhes madrepérola! Espetacular; o Wat Arun  templo do amanhecer – na margem Este do rio e onde existem estupas de inclinações absolutamente vertiginosas e temos a sensação de cair a pique! e o Wat Phra Kaew – templos no complexo do Grande Palácio. Antes de entrar e como estava de calções, tive que alugar umas calças e em rifa calharam-me umas “belas” calças tipo aladino que os ocidentais veneram quando chegam à Ásia. 😛 Depois da visita, fiquei com opinião que este é o templo mais impressionante de Bangkok e de todo o país. Monumental! 😀 E onde a riqueza é tão imensa e tão concentrada que chega a ser “sufocante”. Parece que o mesmo não nos dá um segundo de “sossego” para apreciar os detalhes seguintes, pois existe um estímulo visual constante e incessante – foi como sentir que estava a beber vinhos excecionais, uns a seguir aos outros mas de “penalty” e por isso os mesmos, não tinham tempo para respirar.

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Deu para visitar diferentes locais da cidade entre eles: Chinatown, Little India, o “infame” gueto mochileiro de Khao San Road que fiquei sem perceber qual o motivo de tanta fama; a moderna zona de Siam Square, os quarteirões adjacentes e alguns dos seus centros comerciais absolutamente gigantescos e delirantes – principalmente os de gadgets eletrónicos – onde comprei uma objetiva de elevada qualidade, em segunda mão, porque a objetiva que trouxe de Portugal estava com uns problemas de focagem e resolvi prevenir uma eventual “catástrofe”.

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Visitámos um dos maiores mercados da Ásia, o monumental mercado de fim-de-semana de Chatuchak, onde se pode comprar tudo, ou… quase tudo: animais, flores, vestuário novo e em segunda mão, loiças, recuerdos, bijuteria, quinquelharia, colchas, toalhas, almofadas, artesanato, pinturas, comida, relógios…enfim uma loucura! Tudo isto espalhado por uma área vastíssima, tanto ao ar livre como em recinto coberto. 🙂

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A cidade também fica na memória, para as nossas papilas gustativas e deixa-nos a salivar. Come-se muito e bem, uma vez que a cada esquina se encontra comida de rua deliciosa e baratíssima! Bangkok nesse aspecto é impressionante! E eu saí da cidade a gostar dela e a querer regressar – um dia – para voltar a mergulhar em toda a sua gama de cores, cheiros e sabores. 😀

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E tal como em Pequim e noutras cidades da China voltei a encontrar um metro anti-suicídio, mas desta vez feita, tenho a prova! 😉

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No Templo de Phimai

Para chegar ao último destino cultural a Norte de Bangkoknecessitámos de fazer a viagem a partir de Khao Yai em alguns passos. Primeiro, apanhámos boleia de um Mitsubishi Lancer Evolution VII completamente “kitado” de regresso à cidade de Pak Chong  mas em vez de um acelera maluco, estivemos na companhia de uma família pacata que era amante das pérolas musicais da década de 90, nomeadamente Céline Dion mas numa cover de qualidade duvidosa 😛 ; depois embarcámos num comboio que se atrasou quarenta minutos e durante a viagem mais vinte; e para finalizar, fizemos uma viagem desastrada de sessenta quilómetros a bordo de um autocarro em que no interior da cidade de Nakhon Ratchasima íamos a 20 km/h! E já no exterior duvido que tenhamos passados dos 40 km/h! O motorista, até falhava o tempo de entrada das mudanças. 😛

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Phimai foi o nosso último vértice dos antigos reinos. Diz-se que o local serviu de modelo para Angkor Wat no Cambodja e apesar de não ter a dimensão de Sukhothai, nem a magnificência de Ayuttaya, o seu estado de conservação é muito superior. 🙂 Acredito que o mesmo, está relacionado com o material da construção. Aqui a pedra é rainha e senhora, ao contrário dos locais anteriores onde o tijolo reinava. Aqui não precisamos de imaginar ou tentar visualizar como seria. Em Phimai vemos realmente como era! 😀

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Para além de conservada, a sua área é muito verde e cuidada e existem locais realmente singulares, tais como o Santuário Central e a Ponte das Najas, onde a profusão de detalhes é espetacular. A luz, fruto de uma magnífico dia de sol, que iluminava todo o espaço estava no “ponto” e deu o impulso final para uma bela experiência e uma visita memorável. 😀

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Pedalando em Ayutthaya

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À semelhança de Sukhothai, os templos continuam a ser construídos em tijolo mas a principal diferença é que em Ayutthaya os mesmos estão espalhados pela cidade e são mais impressionantes, uma vez que estão melhor conservados dado serem “ligeiramente” mais recentes e o reinado da cidade mais duradouro. A visita aos principais templos foi feita de bicicleta e o passeio fez-se num dia solarengo e num ritmo tranquilo e descontraído. 🙂

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Dos inúmeros templos que vimos destaco o Wat Maha That com a sua enorme profusão de estátuas, principalmente um Buda em posição sentada, que era lindíssimo; a sua vastíssima área com chedis viharas; as deformações absurdas das paredes e das lajes; as colunas, as torres e… “algo” que foi uma das coisas mais singulares que vi na vida: uma estátua que era uma cabeça de Buda, completamente embutida e envolvida pelas raízes de uma árvore! Rocha e madeira fundidos, mas aqui a rocha já fora trabalhada por mãos humanas. Espetacular! É mesmo ver para crer. 🙂

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Na cidade e a quatro quilómetros do seu centro também é possível encontrar-se sinais da presença portuguesa e o local apesar de pequeno e de estar em obras de requalificação – com o apoio de uma fundação que merecia muito mais destaque no nosso país, a fundação Calouste Gulbenkian – deixou-nos orgulhosos! Foi um prazer imenso, visitar um local onde os nossos antepassados estiveram, construíram, viveram e morreram e poder sentir um pouco da antiga grandeza de Portugal. 😀

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P.S. – Na cidade e tal como em Chiang Mai continuámos a deliciar-nos com a maravilhosa comida thai. Encontrámos pela primeira vez um elefante na Ásia  muito mais pequeno que o seu irmão africano – que carregava turistas e tinha um olhar triste. :/ E foi com uma grande alegria – fruto do mais inesperado acaso – que voltei a reencontrar, Sam. Merci mon ami! 😀

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Pedalando em Sukhothai

Depois da semana dourada em Chiang Mai, chegaram a primeiras viagens no norte da Tailândia e com elas as visitas a locais arqueológicos que foram o coração do seu antigo reino e império. 🙂  

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Sukhothai foi o nosso primeiro destino e tendo em conta a vasta dimensão do parque arqueológico alugámos umas bicicletas para partir à sua descoberta. O mesmo está dividido em três áreas distintas: Central, Oeste e Norte e se em tempos era possível comprar um bilhete global, hoje em dia tal já não é possível e cada zona vende os bilhetes separadamente. Comprámos então o bilhete para a zona central e a mais importante, e na entrada o controlo foi de tal modo ridículo, que só não entrámos sem bilhete porque já o tínhamos comprado! Uma lição para o futuro.

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Num dia completamente farrusco e cinzento, pedalámos com tranquilidade e percorrendo o verde parque fomos vendo: inúmeros templos, colunas e estupas em forma de sino construídas em tijolo; incontáveis estátuas de Buda nas diferentes posições – a caminhar, em pé, sentado…; árvores e as suas densas e impressionantes raízes superficiais; lagos que se assemelhavam a pântanos. 🙂 O dia foi sereno como o local que visitámos e quando chegámos à guesthouse e apesar do dia de chuva e encoberto, houve “alguém” que conseguiu queimar-se! Incrível não!? Mas é verdade! 😛

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Chiang Mai? Uma Semana Dourada!

A semana passada em Chiang Mai, foi escrita na memória e no coração com a cor da cidade… a cor do ouro e existiram vários momentos que contribuíram para a sua riqueza. 😀 O primeiro deles, foi encontrar uma guesthouse – Banjai Garden – que fruto do acaso – um reencontro com Sam, um rapaz francês que encontrei pela primeira vez, em Nong Khiaw  acabou por se transformar na minha primeira casa em viagem. Durante quase uma semana, eu o Kristian ficámos aí hospedados e sentimos o calor de Franck e Izze, os nossos queridos anfitriões.

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Juntamente com o Kristian e montados numa scooter, fizemos um loop de cerca de uma centena de quilómetros, em redor da cidade. Durante a viagem, para além da visita ao reino dos tigres, visitámos as cascatas de Tatman e Tatluang – água de cor barrenta – observámos uma paisagem verde de florestas, montes e vales e fomos “abençoados” por uma chuva torrencial que fez a estrada ficar quase invisível e nos fez parar para comer um delicioso corneto de chocolate, que soube a “nozes”. 🙂

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Tive a oportunidade, de pela primeira vez saborear a maravilhosa e barata comida tailandesa e participar numa memorável e deliciosa aula de culinária, que não se esgotou nesse dia. Uma vez que nela, eu e o Kristian conhecemos duas “kiwis” – raparigas neozelandesas – e uma “uncle Sam” – rapariga americana – com as quais – e juntamente com Sam – tivemos duas noites inesquecíveis de: convívio, música, conversa, partilha e copos. Obrigado, amigos! Obrigado, Kristian! 😀

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E principalmente, recebi a visita que tanto aguardava e pela qual esperei desde a minha ida a Portugal, não sem antes nos desencontrarmos e reencontrarmos no pequeno aeroporto de Chiang Mai, com um sorriso nos lábios e um abraço muito apertado. 😀

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Juntos, visitámos os múltiplos e ricos templos da cidade, dos quais a grande maioria são dourados, entre eles o excessivamente famoso Doi Suthep e que se localiza a dezassete quilómetros do centro. Na maioria desses templos maravilhosos, vimos: sumptuosos altares; inúmeras estátuas de buda; fitas e bandeiras presas nos tetos; sinos; guarda-chuvas; incensos e velas a arder; e monges a orar e a receber o seu ordenado, tais como funcionários de qualquer empresa! :/

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Experimentámos pela primeira vez o prazer indulgente duma massagem tailandesa – sem malícia – pelas mãos de massagistas experientes e durante uma hora fomos bem esticados, puxados, repuxados, comprimidos e apertados. Ficando no final uma sensação de leveza e “desenferrujamento” muscular. 🙂

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Na despedida da cidade, passeámos pelo enorme e vastíssimo Sunday Market. E posso afirmar que nunca tinha visto um mercado a “tomar de assalto” uma cidade daquela maneira, com várias ruas principais a fecharem o acesso ao trânsito e a serem invadidas por hordas de vendedores, turistas e nativos. Aí pode-se encontrar um pouco de tudo: vestuário – T-shirts, calças, vestidos, roupa interior, lenços; calçado – chinelos, sapatos…; artesanato – brincos, anéis, carteiras, bolsas; bugigangas variadas e cheias de cor e claro comida, muita comida – grelhados, sopas, sumos de fruta, doces, saladas. O ambiente da cidade assemelha-se ao de uma grande romaria popular descontraída e até ao seu encerramento – cerca das 22.00 – os templos continuam abertos, sendo fantástico observar o seu dourado a resplandecer sob a iluminação dos holofotes. Tudo brilha, tudo parece ouro e existe uma aura de riqueza e ostentação. Aqui não há privações. Bem vindos à face rica da Tailândia! 😀

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Vientiane? M.M.E.D.G.Z.

Muitas pessoas associam a capital do Laos, às palavras: tédio e desinteressante. Porém e ao contrário dessas pessoas, Vientiane, foi para mim uma cidade cheia de boas recordações e memórias. 🙂 E terá sempre algumas palavras chave, associadas: o todo poderoso Mekong e os finais de dia de sonho; a estranha sensação que tive ao Meditar pela primeira vez na vida – observar que a mente/cérebro/pensamento não param! Aliás, aprender que é impossível parar de pensar e apenas podemos abrandar esse fluxo e observar o que se está a pensar. É quase como se nos tornássemos espetadores do nosso pensamento/mente – acompanhado pelo Zhou; na Embaixada da Tailândia, apliquei pela primeira vez um formulário para obter o visto de entrada no país; ganhei algum Dinheiro, fruto de câmbios sucessivos entre o Kip e o Dólar – economia paralela e aqui me despedi do Zhou. Goodbye, Zhou! Goodbye, my “crazy” friend! Goodbye, my good friend! 😀

MEKONG

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MEDITAÇÃO

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     EMBAIXADA

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DINHEIRO

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     GOODBYE ZHOU

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Dívidas, Templos & Lady Boys

Depois da desilusão, voltámos ao quarto e eu perguntei ao Zhou se queria visitar o museu do palácio real e o Haw Prabang, ao que ele respondeu que ficaria a dormir. Como naquela altura, já me devia um milhão de kip – 100€ – e não se mostrava muito preocupado em pagar, o que me estava a deixar irritado – até porque já não “nos” restava muito dinheiro – resolvi levar o portátil comigo, não fosse o diabo tecê-las – afinal conhecia o Zhou há menos de duas semanas. O dinheiro custar-me-ia a engolir mas seria suportável, o computador… nem por isso! :/

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Combinámos então que depois da visita, eu voltaria à guesthouse e continuaríamos juntos a ver a cidade e os seus incontáveis templos (Wat). Depois de uma visita agradável mas não memorável, voltei à guesthouse e apanhei o Zhou, que não tinha aproveitado a minha ausência para fugir… 😛 a partir desse momento, relaxei mentalmente e decidi confiar nele a 100%. 🙂

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Seguimos pelas agradáveis ruas de Prabang, a vasculhar a melhor taxa de câmbio para os dólares do Zhou e entrar em quase todos os templos que encontrávamos. Chegámos então ao Wat Xieng Thong – templo da cidade dourada – e como se tinha que pagar o Zhou manteve-se fiel à sua filosofia económica e não entrou. As surpresas começaram logo à entrada, pois na bilheteira encontrei um lady boy e fiquei admirado, pois não esperava encontrar um Laos tão aberto relativamente a esta questão, mas… ao que parece é uma questão cultural e novamente fui relembrado que os países são como as pessoas, todos diferentes. 🙂 Já dentro do templo, maravilhei-me com os seus telhados, com as suas figuras desenhadas com vidros coloridos, com os seus dourados e misturas de cores, com os trajes açafrão e laranja dos monges e no final fui presenteado com a oportunidade de falar com um noviço e aspirante a monge. 😉

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Monges Açafrão? Grande Desilusão!

No nosso primeiro dia inteiro em Luang Prabang, acordámos às quatro da manhã para ir ver os monges no seu ritual diário, de pedir comida. Porém ao sairmos da guesthouse não se via ninguém nas ruas, a não ser uns vendedores ambulantes que estavam a montar os seus estaminés e aos quais perguntei a que horas começava o ritual. Fomos então informados que apenas começava às 5.45 e como tínhamos muito tempo, percorremos a cidade deserta com o objetivo de escolher um bom local. Em frente ao Wat May, sentámo-nos num banco e ficámos a aguardar.

IMG_7204 (FILEminimizer)Enquanto esperávamos, ouvimos as vozes dos monges a recitar surdas e a sua voz era profunda, ritmada e quente. A noite foi progressivamente dando lugar ao dia  e muito timidamente começaram a aparecer outros turistas. Comecei a perguntar-me se estaríamos no local correto e quanto mais o relógio se aproximava da hora marcada, mais a sensação de que algo não batia certo se acentuava. Às 5.45 uma dúzia de turistas, comigo e com o Zhou incluídos, viu cerca de vinte monges a dar a volta ao mosteiro, a recolher comida e a desaparecer instantaneamente. Fiquei a olhar e a esperar por mais monges, mas ninguém apareceu. Vi as senhoras a recolher os cestos onde tinham a comida para os monges e tive a certeza que tinha acabado. Encolhi os ombros e perguntei ao Zhou: “É só isto?”, ao que parecia era. Monges açafrão? Grande desilusão! :/