No dia seguinte, fui até Dujiangyan visitar a obra hidráulica mais antiga do mundo! 🙂 O fabuloso sistema de irrigação construído em 256 a.C. por Lin Bin e pelos seus conterrâneos, que demorou oito anos a concluir. Para lá chegar necessitei de andar duas horas de autocarro, uma dentro da imensa Chengdu e a outra para percorrer os setenta quilómetros que separam as duas cidades.
Durante o dia, observei as visitas turísticas de bandeirinha em riste e senti-me diferente pois era o único ocidental entre multidões. 🙂 Vi um extraordinário exemplo de megalomanismo chinês, quando no topo da colina Yulei me deparei com seções e seções de escadas rolantes! Ao percorrer esta fantástica obra de engenharia, vi a “modelação” operada no rio Min e toda a sua envolvente: as ilhas, as múltiplas pontes, os jardins harmoniosos e super bem cuidados, as margens e a cor da água do rio, os templos grandiosos e majestosos (Erwang e Fulonguan), os pavilhões, as muralhas e torres, a pagoda Yulei e senti-me um privilegiado. 😀 Aliás, foi mais intenso do que isso! Senti-me talhado para viajar! Para a vida de nómada! Se houve quem nascesse para ser pintor, escritor, padeiro, engenheiro, porque não há-de alguém ter nascido para viajar!? Este é o meu habitat, o meu ambiente. Esta é a minha essência. Esta é a minha praia! 😀