
De Bontoc parti bem cedo para Banaue e durante a viagem aproveitei para tirar fotografias à fantástica paisagem de verdes vales e montanhas. Na chegada à famosa vila, dirigi-me ao posto de turismo, onde fiz algumas perguntas e fruto da informação recolhida, decidi aí guardar o “monstrinho” e partir o mais rapidamente possível para a aldeia de Batad, uma vez que o plano consistia em dormir lá e regressar a andar no dia seguinte. A travessia de aproximadamente vinte quilómetros, montanha acima durou aproximadamente uma hora e no topo de uma colina poeirenta, o jeepney estancou. Fim da estrada, fim da linha e como a estrada até à aldeia de Batad se encontra em construção, a única solução possível foi descer a montanha a andar. Quando encontrei uma placa que indicava: “Welcome to BATAD (….) 1100 m Elevation”, soube que estava perto do meu destino e segui alegremente. Na entrada da aldeia, encontrei um rudimentar posto de turismo e rapidamente tentei perceber quanto custaria contratar um guia para regressar a Banaue. Depois de poucos minutos de conversa, percebi que os valores eram elevados, mas que estavam totalmente nivelados e se realmente queria fazer o trekking (e queria!), não havia outra alternativa senão pagar que estava definido. Ao falar mais longamente com um dos guias, Jerr, consegui baixar ligeiramente o valor inicial e percebi que ele me acompanharia durante meio trajeto: Batad – Cambulo – Pula, uma vez que o trilho a partir dessa aldeia e até chegar a Banaue seria fácil de seguir. Finalizadas as negociações, ele levou-me até uma das guesthouses (Hillside Inn) e à entrada da mesma, combinámos reencontrar-nos no dia seguinte às 7.30, selando o nosso acordo com um aperto de mão. Resolvidas as questões logísticas e depois de colocar a mochila no quarto, parti à descoberta da aldeia e da sua cascata. E se na entrada da aldeia a paisagem já é impressionante, com os verdíssimos e viçosos terraços a fazer uma escada perfeita montanha acima! O que dizer, quando a caminho da cascata, nos embrenhamos no meio dos mesmos? Fascinante! No meio dos terraços, sentimos a sua grandeza e quando olhamos para baixo, vemos um anfiteatro perfeito a desenhar-se à frente dos nossos olhos… Espetacular! O caminho/trilho é feito no topo de terraços e por vezes o caminho torna-se menos óbvio, porém não é díficil de seguir e na parte terminal, o trilho para a cascata tem degraus bastante íngremes. Da cascata, regressei ao centro da aldeia e sempre em sentido ascendente, subi degraus e mais degraus, continuando a tirar fotografias aos fotogénicos terraços de arroz, até a luz desaparecer e a escuridão total cair sobre Batad. A aldeia, no meio de verdes montanhas e de perfeitos terraços de arroz!
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