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Uma Geografia. Uma Fotografia: Kyaikhtiyo 

Depois da travessia entre as Filipinas e Myanmar, o primeiro dia completo no país, ficou marcado pela visita ao complexo religioso de Kyaikhtiyo e à sua rocha dourada. Para lá chegar, realizei uma caminhada matinal que durou cerca de três horas e que se fez quase sempre em sentido ascendente. O tempo estava cinzento e encoberto, mas fresco e agradável, mas o melhor de tudo foi ter a oportunidade de passarpelo interior de múltiplas e minúsculas aldeias, e observar a simpatia deste povo. Durante o trajeto observei que muitas das crianças e mulheres colocam na cara um produto esbranquiçado – tanaka – que provém das árvores e serve tanto de cosmético, como de protetor da pele; e encontrei uma verde floresta em redor do trilho, pequenas estupas e templos, monges trajados de bordô. Quando cheguei ao meu destino, deparei-me com um nevoeiro bastante cerrado que cobria o topo da colina e com o pagamento da taxa turística imposta pelo governo, sem me conseguir esquivar – ainda houve uns momentos, que tive a esperança de ter “quebrado” o controlo. A minha visita ao local, ficou por isso marcada pela visão parcial da rocha dourada e pelas alterações constantes das nuvens em redor. De qualquer modo, o complexo religioso é agradável e a “rocha” que parece estar em equilíbrio precário, torna-se magnética. À medida que o tempo fluiu, a visibilidade melhorou consideravelmente e antes de me despedir, ainda consegui ter uma visão global do local bastante desafogada. No regresso à aldeia de Kinpun optei por apanhar o autocarro, quer dizer… uma camioneta de caixa aberta com bancos corridos e apinhada de pessoas, fazendo por isso uma viagem distinta e singular. Estava, assim terminada a minha visita ao reino de Kyaikhtiyo e à sua rocha dourada.

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Crónicas Em trânsito Reflexões

Em trânsito: Yangon – Lisboa. Maratona no Regresso

De Yangon saí com destino a Kuala Lumpur e uma vez que a viagem entre as duas capitais foi tranquila, aproveitei para escrever no caderno. O dia de espera nos arredores do aeroporto de KL passou rapidamente e durante a tarde reformulei ligeiramente a bagagem, vi dois episódios de uma série e recebi a visita de Fabianne, com que partilhei os meus últimos momentos da viagem. Nessa altura e relativamente à minha partida para Portugal, senti serenidade. Nem tristeza, nem alegria, apenas paz! 🙂

Na sexta-feira de manhã, a caminho do aeroporto de KL conheci uma chinesa de Xangai, com quem estive até apanhar o voo para Guangzhou. À semelhança do dia anterior, a viagem foi tranquila e continuei a atualizar o diário. Na chegada à capital da província de Guangdong e quando me preparava para fazer o transfer, recebi uma informação que me deixou positivamente estupefacto: a companhia aérea, oferecia-me literalmente hotel e transfer para o mesmo, para poder repousar umas horas! A única coisa que tinha de fazer era passar pelo controlo de emigração na saída e na entrada do aeroporto. Claro que aceitei a oferta sem pensar muito sobre o assunto! 😀 Quando cheguei ao átrio do Hao Yin Gloria Hotel, é que percebi que estava num local bastante luxuoso! Mas o melhor de tudo, foi quando abri a porta do quarto… brutal! Cama gigante e fofa, ecrã plano na parede, wi-fi veloz, roupão branco, casa de banho com chuveiro embutido no teto, banheira!!! Enfim, à lord e minha última tarde da viagem, foi uma ode ao luxo e ao ócio! Um final ÉPICO! 😉

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Quando regressei ao aeroporto, chovia torrencialmente e raios medonhos rasgavam o céu, aliás houve um momento em que vi um raio tããããããããããããããããão graaaaaaaaaaaaaaande, que mais parecia uma coluna de luz em direção à terra! Impressionante! Felizmente, com a velocidade que a tempestade se formou, também se desvaneceu. 🙂 Já no aeroporto tentei encontrar um Macdonald´s, mas como falhei esse “objetivo”, gastei o pouco dinheiro que me restava em mantimentos: bolachas, água, chá, latas de grãos doce e enquanto aguardei pelo embarque, fui escrevendo e ouvindo música.

À meia noite de Sábado, já estava dentro do avião e felizmente o mesmo partiu à hora marcada (00.20). A viagem de aproximadamente 9569 quilómetros durou treze horas e na mesma, dormi umas boas horas, comi e… continuei a escrever. 🙂 A chegada à cidade luz foi feita sob o signo do sol e do céu azul e o transfer foi tranquilo. Numa das casas-de-banho do aeroporto, “lavei-me” com uma toalhita, perfumei-me e vesti a minha t-shirt dos Mustache Brothers. Durante a manhã e até à altura do voo, continuei a escrever, a escrever… a escrever! Aliás, só parei de o fazer já no final da viagem entre Paris e Lisboa! No voo final, para além de ter escrito sem parar, vi do alto a torre Eiffel, o rio Sena a serpentear pela cidade e a magnífica costa do nosso país.

Naquele dia de 21 de Junho de 2014, escrevi: “e agora que estou quase, quase a chegar a Lisboa posso afirmar que estou contente… sinto-me feliz por regressar e vou tentar aproveitar ao máximo estes primeiros tempos no meio da minha família e dos meus amigos que me amam. Vou continuar a escrever e a viajar na minha vida! Ambas fazem parte da minha essência e não me tenciono negar mais a mim mesmo. Acredita em ti miúdo! Não hesites! Avança! Não desistas do teu sonho de viajar! A jornada é demasiado bela para parar e o vento uma força demasiado poderosa para ser travada! O mundo é um local belo! Que merecer ser visto e revisto, e eu faço parte dele e ele parte de mim! Hoje no regresso ao meu país que me criou como homem e cidadão do mundo, faço votos de casamento com o Mundo! Não me abandones! Que eu ser-te-ei fiel. E é curioso ver como o avião onde estou quase a chegar, abana como uma folha de papel com a intensidade do vento. Esse bom louco, alquimista da natureza!”                 

Na chegada a Lisboa tive que esperar uma eternidade pela mala, a ponto de pensar que a mesma se tinha extraviado. Quando finalmente chegou, coloquei-a às costas, abri o meu chapéu-de-chuva colorido – comprado no lago de Inle – saí para o exterior e tentei encontrar alguém da minha família. Depois dos meus olhos focarem o espaço em redor, vi a minha mãe, irmã, uma das minhas prima e um dos meus melhores amigos e todos estavam a sorrir. 😀 Abraçámo-nos e depois de um pequeno compasso de espera partimos para a minha cidade natal.

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Durante a viagem, falei com a minha irmã e dirigimo-nos para casa de uma das minhas avós. Quando fizemos a curva, comecei a ver muitos carros e pessoas e percebi que afinal havia uma festa suuuuuuuuuuurpresa, organizada por grande parte da minha família e dos meus amigos! 😀 Saí do carro mega FELIZ, a sorrir e comecei a abraçar e a beijar as pessoas. Durante a tarde estivemos todos juntos num mega-banquete com direito a deliciosa comida portuguesa e bebida. E aí, senti o carinho e o amor da minha família e dos meus amigos! Foi uma receção, muito especial e bonita! E a viagem, acabou em beleza! 😀

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A todos eles e a todos vós, MUITO OBRIGADO, por fazerem parte da minha vida e por me deixarem fazer parte da vossa. É um privilégio e uma honra! E eu sei que sou uma pessoa com sorte. 😀

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Breves Reflexões Birmanesas

Apesar de algumas tensões existentes, principalmente em zonas mais remotas, este é o momento certo para visitar o país! Já existem infraestruturas monetárias que permitem uma visita serena e as pessoas são na sua larga maioria de uma simpatia extrema! Do melhor que vi em tooooooooooooooooooda a viagem! 😀 Por outro lado, também não tenho muitas ilusões, quando o país se abrir totalmente estas pessoas vão ter tendência para mudar e tornar-se com toda certeza, mais gananciosas e mesquinhas, à semelhança do que ocorre no sul da vizinha, Tailândia ou na “paradísiaca” ilha de Bali. O que o dinheiro/turismo toca é conspurcado! Bagan começa a ser a face vísivel desta realidade. É uma pena, mas é a verdade! 😦

Myanmar foi em termos culturais, mas não só (o estado de Shan, onde visitei as grutas de Pindaya e fiz um passeio de amigos até ao lago de Inle) uma experiência deslumbrante e foi seguidamente do antiquíssimo Império do Meio, o país mais fascinante de toda a viagem. Bago, Mandalay e os seus arredores, a pagoda resplandecente de Shwedagon em Yangon e claro os 3000 templos de Bagan vão deixar saudades. 😀

Apesar de haver muitas opiniões que garantem que o país se encontra bastante melhor e mais livre, os Mustache Brothers continuam a pôr a boca no trombone e a denunciar a realidade: “Mudaram de fardas para fatos, mas são os mesmos corruptos que estão no poder!”. Triste sina, para um povo tão generoso.

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Yangon para o Adeus

Depois de quatro dias praticamente perfeitos no “reino” de Bagan parti para Yangon, outras das antigas capitais do país, para acenar o adeus tanto a Myanmar, como a esta viagem. E o que posso dizer do meu último destino? Bem primeiro de tudo, fiquei hospedado na simpática Agga guesthouse onde encontrei uma cama confortável, A/C e pela primeira vez, uma internet que realmente funcionava. 😛

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O grande destaque da cidade é sem dúvida a dourada e resplandecente pagoda de Shwedagon, que à semelhança da rocha dourada de Kyaikhtiyo e da pagoda de Shwemawdaw (que se encontra em Bago) é dos locais mais sagrados do país para a etnia Mon. Tudo brilha, tudo é ouro, tudo é luz! Esta pagoda de dimensões épicas – aproximadamente cem metros – é de facto estonteante e está repleta de infinitos detalhes prontos a ser explorados e descobertos. Eu, a Naomi e a Anne – uma rapariga holandesa que conheci no autocarro para Yangon – saímos de lá maravilhados. 😀

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Em Yangon e na companhia de Naomi, visitei o Museu Nacional que visto do exterior parece um hospital e o interessante Museu das Gemas, onde pudemos observar a beleza destas “pedras” preciosas e semi-preciosas e onde comprei uns recuerdos mais especiais. A cidade também se revelou uma excelente surpresa em termos gastronómicos e fiquei bastante impressionado com a quantidaaaaaaaaaaaaaaaade de vendedores que vendiam comida nas ruas e as pessoas que estavam constantemente a comer nas bancas! 🙂 O movimento de pessoas era frenético e às vezes pensava que estava numa mini Índia caótica e repleta de estímulos visuais, sonoros e olfativos.

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No último dia na cidade, em vez de continuar a mover-me mais e mais, resolvi parar totalmente e tive um dia muito sossegado e tranquilo. Vi o último filme que me restava no portátil – Stalker de Tarkovsky – organizei a mala e as fotografias tiradas em Yangon, e despedi-me de Myanmar, radiante com todas as maravilhosas experiências que tive no país. 😀

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Bagan. No Reino dos 3000 Templos?

No primeiro dia em Bagan, às 5.00 já estávamos montados numas biclas a pedalar, afinal o astro rei despontava às 5.30 e neste local os dias são conhecidos por serem escaldantes. 😛 Do topo de um templo, que não era dos mais famosos e na presença de “ninguém”, exceto dos meus companheiros bascos e de um nativo que nos guiou ao local, ter a felicidade de observar aquela paisagem onde se viam centenas de templos em nosso redor, foi de facto especial! 😀 Nas nossas primeiras horas em Bagan, visitámos alguns dos templos principais e destes, o que mais me agradou foi de Anada, principalmente o seu fabuloso interior com quatro budas gigantes em posição de pé! 🙂

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Depois de algumas deambulações, regressámos à guesthouse para tomar o pequeno-almoço e até às 15.00 ficámos no quarto a proteger-nos do calor. Às 16.00, partimos novamente para a zona dos templos onde visitámos a pagoda dourada de Shwezigon e seguidamente a grande pagoda branca de Shwesandaw, donde avistámos na perfeição a seca planície e grande parte dos templos de Bagan! 😀 Já quase sem luz, chegámos às imediações do maior templo, o templo de Dhammayangyi e com uma grande trovoada a aproximar-se explorámos um bocadinho do mesmo, quais verdadeiros Indian Jones. 🙂 

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No segundo dia, tínhamos um tour marcado até ao Monte Popa, mas antes de partirmos acordámos novamente de madrugada para ver nascer mais um dia. Apesar das muitas nuvens existentes no céu, este foi um momento sereno e tranquilo. 🙂 Ao regressar à guesthouse, troquei a minha bagagem de aposentos, uma vez que os bascos iam partir ao final do dia para Kalaw e em amena cavaqueira tomámos o pequeno-almoço. Na altura da partida, juntou-se a nós uma rapariga japonesa – Naomi – e com todos a bordo seguimos viagem. Na travessia até ao nosso destino, parámos algumas vezes para o nosso motorista fazer recados 😛 e uma vez para comprar recuerdos – bebidas fermentadas e açúcar.

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A verdade é que o Monte Popa se revelou mais bonito e espetacular ao longe. Visto de perto, não passava de um conjunto de templos pouco interessantes no topo de um grande rochedo e “infestado” de macacos. Para além disso, o tempo encoberto e nublado também não ajudou à “festa”. :/ No caminho de regresso, parámos para almoçar e esse foi possivelmente o melhor momento do tour, uma vez que por uma bagatela, comemos que nem reis. 😀 Tal facto, aconteceu graças a nós, uma vez que o nosso motorista tentou meter-nos num local “manhoso” e inflacionado – nada de novo, em terras do Oriente!. Para finalizar este Popa tour, ou deveria dizer Treta tour fomos até à floresta de pedra e aí um “guia” que não falava inglês fez-nos uma visita, que se revelou o momento mais surreal e hilariante de Myanmar! 😛 O “guia” era um autêntico desastre e no final o que vimos, foi uma árvore que parecia ter a madeira transformada em “pedra”? Só, rindo mesmo! 😛

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No regresso à vila de Nyaung OO e à semelhança do que aconteceu no lago de Inle, organizei todas as fotografias e desse modo todos partilhámos os nossos ficheiros. 🙂 Como nesse momento, senti que ainda havia muito mais em Bagan para explorar, desisti de partir para Pyay no dia seguinte, e mesmo perdendo metade do valor do bilhete consegui marcar um autocarro para Yangon para daí a dois dias. Depois de me despedir dos bascos com um forte abraço, fiquei a repousar no quarto satisfeito com a decisão de ter prolongado a minha estadia. 🙂 Nos restantes dias, não tentei mais ver o nascer do sol, mas comecei sempre a minha jornada às 9.00. No Sábado, tive a companhia de Noami e de Jaume – um simpático rapaz espanhol que conheci na guesthouse – e juntos tivemos um dia cheio de templos, pagodas, budas e saltos com direito a fotografias (com/sem chapéu de chuva colorido). 😛

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No último dia em Bagan, fiz o meu percurso a solo e nesse dia muito cinzento e chuvoso, diverti-me bastante na procura dos templos que ainda não tinha visitado e tive momentos extraordinários: os espaços completamente desertos, as pinturas, as estátuas e os relevos espetaculares, a procura de caminhos escondidos para os telhados e as panorâmicas maravilhosas dos mesmos. 🙂 Quando parti de Bagan, estava super FELIZ. 😀 Em termos culturais, poucas vezes estive na presença de algo desta magnitude, se é que alguma vez estive! 😛 O ambiente do local é memorável e encantador, e andar de bicicleta de templo em templo é uma experiência inolvidável. O reino dos três mil (ou seriam mais!?) templos vai deixar muitas saudades. 😉

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P.S. – Se há algum aspeto menos positivo, que se possa apontar a Bagan, só mesmo o de alguns nativos praticarem mendicidade e outros tentarem vender recuerdos com recurso a técnicas que geram pena ou empatia. É de facto uma pena que tal aconteça! :/

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Em trânsito: Mandalay – Bagan. Dia a Bordo

Se a viagem de madrugada para o cais decorreu com toda a tranquilidade o mesmo já não posso dizer da venda do bilhete para o barco, uma vez que ao tentar pagar em Kyat  e depois da minha insistência, os “diligentes” funcionários do governo, tornaram-se agressivos! :/ Quando embarquei, estava “puto da vida”! E nessa altura conheci uns bascos com quem comecei a falar.

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O dia foi tranquilo e durante as mais de quinze horas de viagem (5.30 – 20.00) observei os nativos, falei com os meus companheiros de travessia – Ekhi, Jon e Aritxu – escrevi um bocadinho no caderno, dormitei, alimentei-me e vi a paisagem a mudar, a tornar-se mais seca à medida que viajávamos para sul.

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Na chegada a Bagan, mantivemo-nos juntos e depois de pagarmos o bilhete de entrada para a zona dos templos, fomos deixados numa guesthouse que tinha quartos quádrupulos. Perfeito! 🙂 Depois de jantarmos qualquer coisa, fomo-nos deitar, afinal o dia tinha sido longo e o dia seguinte iria começar de madrugada…

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Tour em Amarapura, Sagaing e Inwa

Depois da visita à interessante cidade de Mandalay, havia que visitar os seus arredores, uma vez que estes estão repletos de locais de interesse histórico e cultural. Tal como previamente combinado, o taxista apareceu à hora marcada e juntamente com as raparigas parti de espírito animado. A nossa primeira paragem ocorreu em Amarapura, onde encontrámos centenas de monges em fila para almoçar. A disciplina, os rostos sóbrios, serenos e sorridentes (dos mais jovens), os pés a caminhar, as vestes bordô, os turistas a tirar fotografias. Foi sem dúvida, um ritual interessante de observar. 🙂

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Daí, seguimos para a colina de Sagaing, donde observámos uma paisagem coberta de pagodas, florestas, campos de cultivo, rios, pontes e para além da bonita panorâmica, o templo e a pagoda no topo, revelaram-se bastante fotogénicos e cheios de detalhes. Depois da simpática visita, o nosso motorista levou-nos até às imediações de Inwa e antes de atravessarmos o rio num pequeno barco, aproveitámos para almoçar.

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A curta travessia demorou menos de cinco minutos e na chegada, fomos completamente assediados por condutores de carroça, que queriam transportar-nos! Enquanto andávamos, eles seguiam-nos e não se calavam! Exasperante! :/ Depois de dez minutos de martírio, já estava no meu limite de paciência e assim que vi uma brecha de oportunidade – uma ponte pedonal – afastei-me daqueles chaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaatos! As raparigas seguiram-me os passos e sem fazermos ideia, esse foi o momento fulcral da nossa visita a Inwa. Logo de seguida, começámos a encontrar diferentes tipos de estupas e pagodas, construções antigas, até… os nossos olhos “colidaram” com a imagem de um grande templo amarelo “sujo”! Surreal! Espetacular… ficámos completamente fascinados e sem avistar vivalma, fomos deambulando pelo local. 😀 Daí, continuámos as explorações e vimos uma grande tempestade a aproximar-se, andámos livremente por campos de cultivo, vimos uma grande pagoda dourada, coqueiros e palmeiras, vacas, cavalos, camponeses, muralhas e uma torre a emergir do nada!

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Terminada a fantástica e memorável visita a Inwa, voltámos a fazer a travessia do rio e já em terra o nosso “jarbas” conduziu-nos de regresso a Amarapura, desta feita até ao lago de Taung Tha Man. Aí, ao final do dia, mas sem pôr do sol passeámos calmamente sobre a bonita ponte de madeira de U Bain, onde vimos a tranquila paisagem em redor e as pessoas que por lá circulavam, principalmente os serenos monges de vestes esvoacentes. Esta foi a conclusão perfeita, para o tour nos arredores de Mandalay. 🙂

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Mandalay & Mustache Brothers

A Mandalay, outra das capitais do reino da antiga Birmânia cheguei por volta das 3.00! “Ora bolas!” Ao olhar em redor, vi duas raparigas (Maru e Cecilia) de feições ocidentais e ainda no interior do autocarro, perguntei-lhes se queriam partilhar táxi para o centro da cidade. Antes de partirmos, negociámos o valor com o taxista e no preciso momento que estávamos para abalar, juntou-se a nós uma rapariga australiana de feições asiáticas. Como nenhum de nós tinha alojamento marcado, pedi ao taxista para nos conduzir ao E.T. Hotel, onde conseguimos dois quartos duplos com A/C e casa de banho por um preço muito simpático – sendo novamente importante a capacidade de negociação. Foi assim, que acabei a partilhar quarto com a rapariga australiana, isto sem a conhecer previamente. Nesse momento pensei: “é assim a vida de viajante, um dos expoentes máximos da liberdade, mas ao mesmo tempo do maior respeito pela individualidade, de cada um”. 🙂 Apesar de apenas termos pago a estadia para as noites posteriores, o rececionista foi um porreiraço, uma vez que nos deixou fazer o check-in ainda de madrugada.

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Assim que cheguei ao poiso, o meu primeiro passo foi ir até terraço estender a roupa que ainda estava encharcada e quando regressei, decidi ver o nascer do sol a partir da colina de Mandalay. Saí do hotel, em direção ao palácio e fui percorrendo as muralhas no seu perímetro exterior, ficando admirado por àquela hora já se verem pessoas em atividade física. 🙂 Quando cheguei às imediações da colina, comecei a subir degraus até chegar ao topo, donde vi a cidade do alto, bem como os seus arredores: os campos verdes, os montes, as árvores, o rio, os templos, as estupas, as pagodas… e fiquei muito satisfeito não apenas com aquela bonita panorâmica, mas também com todas as singularidades que fui encontrando nos múltiplos templos, principalmente, quando comecei a andar em rota descendente.

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Já na base da colina, visitei algumas pagodas e o Palácio de Mandalay. Terminada a visita, posso afirmar que o palácio nem sequer metade do valor pago, vale! E que a área turística é minúscula e pouco interessante! :/ Saindo do local, que deixou poucas saudades, segui ao longo do perímetro exterior das marulhas e antes de continuar a passear pela cidade, fui até ao quarto tomar um duche para baixar a temperatura corporal. Quando voltei a colocar os pezinhos na rua, o calor continuava a aumeeeeeeeeeeeeeeeeentar e por isso fiz uma paragem para comer um gelado, aliás… dois gelados. 😉 Da gelataria, passei pela torre do relógio, pelo mercado de Zaycho e dirigi os meus passos para sul onde visitei o templo de Maha Myat Muni, o mais importante e imponente da cidade. Aí, observei o contraste entre as incontáveis bancas de venda de quinquelharia e a zona dos artesãos que fabricam autênticas peças religiosas, seguindo posteriormente em busca do mosteiro de Shwe In Bin e da sua intricada estrutura exterior em madeira, verdadeiramente bela e singular. 🙂

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Deambulando pelas ruas continuei a observar Mandalay e todo o seu incessante movimento, e depois de aguardar um par de horas, vi o espetáculo semi burlesco dos Mustache Brothters. 🙂 Após o que vi na sua garagem, posso afirmar que estes “tipos” os têm no sítio e têm muita… muitíssima coragem! 😀 Lá, não há papas na língua e os “bois” têm nome… sendo o governo e forças policiais/militares corruptas até ao tutano! :/ No regresso ao hotel, já de noite, apanhei uma grande-chuvada e “graças” à mesma, pude realmente ver quão cheias de buracos estão as ruas da cidade. Um autêntico queijo-suiço! 😛

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Crónicas Fotografia

Inle Days? Group Days

Ato IV – Cozinha Birmanesa, Kakku Tour & Despedidas 

Depois dos dias de trekking até Inle e dos passeios em redor do lago, tanto por água como por terra, este foi um dia mais tranquilo e no qual aproveitei para lavar a roupa, uma vez que quase já não tinha que vestir! 😛 Depois do pequeno-almoço, eu e o Riccardo fomos encontrar-nos com o resto do grupo ao Richland Hotel, onde no quarto de Gil, Melissa e Fabianne, que mais parecia uma suite 😉 , comecei a organizar uma pasta de fotografias e vídeos do nosso grupo, para depois todos ficarmos e termos acesso aos mesmos ficheiros. 🙂

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Para além dessa tarefa, que se veio a revelar demorada, a outra atividade do dia resumiu-se a uma aula de culinária ao final da tarde e irmos ao mercado com o nosso anfitreão, comprar e conhecer alguns dos ingredientes que íriamos confecionar. A aula de culinária, revelou ser mais um jantar entre amigos que propriamente uma grande aprendizagem, mas não há dúvidas que o ambiente foi animado, o grupo estava todo bem disposto e a comida no nosso último jantar em conjunto estava excelente! 😀 Para além disso e no final, cada um de nós recebeu um saquinho de pano com diferentes especiarias e o casal que nos recebeu foram um autêntico “doce”! 😀 

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No último dia em Inle a principal atividade, foi ir até Kakku na companhia de Melissa e de Fabianne, um reino de pagodas concentradas numa área com um quilómetro quadrado! Uma autêntica floresta de densidade impressionante! 🙂 Para fazer o tour, necessitámos de um condutor e de uma guia oficial, pois infelizmente viajantes independentes não podem visitar o local. O caminho entre o lago e Kakku foi longo, sensivelmente duas e meia em cada direção, mas agradável, fruto das florestas e dos campos muito verdes que se avistavam. Durante a visita, também tivemos muita sorte, pois foi essa foi a única altura do dia em que não choveu. Um timing perfeito e muita sorte à mistura! 😉

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Quando regressámos a Nyaung Shwe, reencontrámos os rapazes – Riccardo, Gil e Nathan – e ficámos na sua companhia até partirem para Yangon. Pouco tempo depois, despedi-me de Melissa e Fabianne, uma vez que elas iriam para Kinpun e eu para Mandalay. Foi assim, que este fantástico grupo de pessoas se separou fisicamente, mas a ligação de tempos muito felizes, essa foi guardada no coração de cada um de nós. Grazie! Thank you! Danke! תודה! 😀 

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Inle Days? Group Days

Ato III – Pedalando em Inle 

O despertar para o segundo dia não foi fácil. Não pela quantidade de bebidas ingeridas na tarde/noite anterior, mas pelas horas de sono dormidas, ou melhor dizendo… a falta delas! 😛 De qualquer modo e à hora marcada (5.30) lá estava eu e o Riccardo – o Português e o Italiano – aguardando pelos restantes elementos do grupo que também não tardaram aparecer. 🙂 Já reunidos, recebemos as nossas montadas de “puro-sangue” e de capacete na cabeça partimos para o nosso passeio de “bicla”, o dia começava a despontar…

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Acompanhados por um céu levemente azul, começámos por percorrer uma estrada ao longo de bonitos e verdes arrozais, até chegarmos a um tranquilo mosteiro que visitámos com prazer. Aí, encontrámos um espaço de aura serena, cheio de luz suave e dois velhos monges muito simpáticos. 😀 Seguimos pedalando, acenando aos nativos e dizendo-lhes olá (mangelabá), até que voltámos a parar, desta feita num pequeno templo no topo de uma colina, onde acabámos por ficar um bocado deitados a relaxar. Quando tentámos visitar as fontes de água termais, tal não se revelou possível, uma vez que estas ficavam no interior de um SPA e o valor que nos pediram, pareceu-nos exagerado. Desse modo e como ninguém fez realmente questão de entrar, seguimos viagem e fomos pedalando, pedalando… pedalando com o objetivo de encontrar uma povoação com um cais e barqueiros que nos transportassem até à outra margem do lago. Durante o percurso, continuámos a observar a vida local: escolas, crianças traquinas e sorridentes, camponeses, búfalos e vacas, arrozais, palmeiras, florestas, estupas e pagodas. 🙂

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Finalmente e depois de algumas horas a pedalar conseguimos encontrar um barco e um barqueiro, e depois de árduas negociações lá chegámos a um consenso. 🙂 A travessia com as bicicletas a bordo foi memorável e o único momento menos positivo, ocorreu já no desambarque, quando o nosso barqueiro não nos largou no local previamente combinado. Assim, decidimos pagar-lhe um montante ligeiramente inferior ao negociado, de modo a não recompensar a quebra de palavra – se os nativos forem “ensinados” que não há consequências, por não cumprirem a sua palavra, no futuro é isso que farão. Já desembarcados na margem oriental, recomeçámos a pedalar, desta feita a caminho de umas vinhas e nessa altura fruto do cansaço acumulado, só pensava em pedalar, pedalar… pedalar, de modo a chegar o mais rapidamente possível, sentar-me à mesa, beber uns copos de vinho e relaxar. 😛 Foi assim, que no final daquele looooooooooooooooongo passeio de bicicleta, pelas margens do lago de Inle, nos reunimos à mesa para um almoço tardio, onde fizemos uma prova de vinhos e brindámos à saúde, à amizade e à generosidade de buda… 😀

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