Categorias
Citações Reflexões

Turismo e Excursão II

Depois de ter ganhado uma grande quantidade de dinheiro, um homem torna-se mau ouvinte e um turista impaciente.

Paul Theroux in, The Pillars of Hercules

Categorias
Citações Reflexões

Turismo e Excursão

O luxo é inimigo da observação, um prazer dispendioso que induz uma sensação tão boa que não reparamos em nada. O luxo estraga-nos e infatiliza-nos e impede-nos de conhecer o mundo. É esse o seu propósito, a razão pela qual os cruzeiros de luxo e os grandes hóteis estão cheios de imbecis que, quando exprimem uma opinião, parecem ser doutro planeta. Também sei por experiência própria que um dos piores aspetos de viajar com pessoas ricas, à parte dos ricos nunca ouvirem, é estarem constantemente a queixar-se do alto custo de vida – na verdade, os ricos queixavam-se normalmente de serem pobres.

Paul Theroux in, Comboio Fantasma para o Oriente

Categorias
Citações Reflexões

A Necessidade de Mobilidade II

A saudade de casa é uma sensação que muitos conhecem e de que muitos sofrem; eu, por outro lado, sinto uma dor menos conhecida, e o seu nome é «saudade de estar fora». Quando a neve derrete, quando chegam as cegonhas e partem os primeiros vapores, sinto a dolorosa agitação de viajar.

Hans Christian Andersen in, Carta de 1856, citada em Jens Andersen, Hans Christian Andersen (2005)

Categorias
Citações Reflexões

Viagem como Transformação

A viagem é fatal para o preconceito, a intolerância e a estreiteza de espírito, e muitos dos nossos precisam urgentemente dela por causa dessas coisas. Visões largas, sadias e benevolentes de homens e coisas não se podem adquirir vegetando toda a vida num cantinho da Terra.

Mark Twain inInnocents Abroad (1869)

Categorias
Crónicas Fotografia Reflexões

Na “Terra do Bacalhau”

A caminho da Terra do Bacalhau e dos Vikings, saí pela primeira vez de terras lusas – que segundo os Romanos são: “terras de um povo que não se governa nem se deixa governar” – com o objetivo primordial de procurar trabalho. Durante a travessia aérea, senti-me expetante, ansioso e receoso com a possibilidade de não o conseguir encontrar, mas simultaneamente esperançoso que a realidade dependesse apenas de mim e da minha abordagem. Como fui aprendendo ao longo da minha odisseia asiática, não vale a pena sofrer por antecipação, por isso o melhor era tentar manter-me otimista e rodeado de pensamentos POSITIVOS. O NÃO estaria sempre garantido, por isso o objetivo passaria por ser o mais proativo possível e ter a noção que existiam múltiplos caminhos para a felicidade. Não havia que fechar portas, pois nunca sabemos até onde estas nos podem conduzir.

IMG_7452 (FILEminimizer)    IMG_7468 (FILEminimizer)   IMG_8190 (FILEminimizer)

IMG_7473 (FILEminimizer)      IMG_7476 (FILEminimizer)

IMG_7508 (FILEminimizer)     IMG_7532 (FILEminimizer)

IMG_7569 (FILEminimizer)      IMG_7572 (FILEminimizer)

IMG_8212 (FILEminimizer)    IMG_8286 (FILEminimizer)    IMG_8361 (FILEminimizer)

IMG_7576 (FILEminimizer)      IMG_8271 (FILEminimizer)

IMG_8296 (FILEminimizer)      IMG_8316 (FILEminimizer)

IMG_8382 (FILEminimizer)      IMG_8391 (FILEminimizer)

IMG_8403 (FILEminimizer)

Na Noruega fiquei o mesmo período que Cristo jejuou no deserto e durante esse tempo, para além de ter perdido a ilusão de ser contratado por uma empresa de Petróleo e Gás – mercado em rota descendente – percebi que até os trabalhos não qualificados – limpezas, restauração… sem conhecimentos de norueguês são difíceis de obter, ainda para mais numa cidade relativamente pequena como Kongsberg. A partir daí tudo se complicou e entrei num ciclo vicioso e circular: Língua – Trabalho/Emprego – €  sem conhecimentos da língua, não se consegue encontrar trabalho, sem este não há dinheiro e sem o último também não se consegue frequentar cursos para aprender a língua. :/

IMG_7606 (FILEminimizer)    IMG_7648 (FILEminimizer)    IMG_7664 (FILEminimizer)

IMG_7604 (FILEminimizer)      IMG_7608 (FILEminimizer)

IMG_7655 (FILEminimizer)      IMG_7631 (FILEminimizer)

IMG_7671 (FILEminimizer)      IMG_7682 (FILEminimizer)

IMG_7685 (FILEminimizer)      IMG_7688 (FILEminimizer)

No país experienciei as quatro estações, observando dias cinzentos e pardacentos – a larga maioria – dias de sol radioso e dias de neve; senti no metabolismo os efeitos da reduzida luz solar – sonolência, inércia, ligeira melancolia – devido à latitude, existe um aumento da inclinação dos raios solares, que no período de Inverno se traduz em dias curtos e noites longas; conheci calorosas pessoas com especial destaque para o Paulo, a Vera, o Leandro, o Marcin e o Anders, o Renato, os trainee, o Joãozinho e o Daniel; vivi e visitei Kongsberg e os seus agradáveis arredores – verdes florestas de altíssimos e antigos pinheiros, colinas e montes rochosos, rios e lagos cor de azeviche – a cidade costeira de Sandefjord, lar do interessante museu das Baleias, e a agradável e tranquila capital Oslo onde destaco a zona portuária de Aker Brygge e a Opera House, que mais se assemelha a um massivo iceberg. 🙂

IMG_7742 - Copy (FILEminimizer)    IMG_7717 - Copy (FILEminimizer)    IMG_7851 - Copy (FILEminimizer)

IMG_7705 - Copy (FILEminimizer)     IMG_7729 - Copy (FILEminimizer)IMG_7783 - Copy (FILEminimizer)      IMG_7803 - Copy (FILEminimizer)IMG_7837 - Copy (FILEminimizer)     IMG_7847 - Copy (FILEminimizer)

A Noruega, é um país de natureza, topografia acidentada, fracamente povoado e depois de lá ter estado, tenho a clara noção que apesar dos preços serem globalmente elevadíssimos – transportes, restauração, alojamento… -, a partir do momento que se arranjar trabalho, haverá sempre dinheiro para viver. Sendo um país que proporciona aos seus habitantes, uma excelente qualidade de vida! Para resumir a minha estadia, afirmo que apesar da busca de emprego/trabalho se ter revelado infrutífera, gostei bastante da experiência e sei que quem conseguir emigrar para o país com sucesso, fará uma excelente aposta. 😀

IMG_7884 - Copy (FILEminimizer)     IMG_7898 - Copy (FILEminimizer)

IMG_7906 - Copy (FILEminimizer)      IMG_7918 - Copy (FILEminimizer)

IMG_7951 - Copy (FILEminimizer)     IMG_7981 - Copy (FILEminimizer)

IMG_8000 - Copy (FILEminimizer)

Para além disso, apercebi-me de alguns factos que podem ser resumidos numa ideia que gostaria que os meus conterranêos Lusos acreditassem: “Não somos inferiores aos povos nórdicos, em nada! Sendo tão trabalhadores ou bons vivants como eles. 🙂 A grande diferença, é que vivemos num modelo de sociedade que não funciona e eles não. Este fosso, é explicado pela palavra, CONFIANÇA. O grande problema do nosso país e outros países do sul da Europa, é que foi criada uma nuvem de desconfiança e suspeição generalizadas, que minam e corroem toda a estrutura da sociedade da base ao topo. Somos ensinados a desconfiar e acreditamos que quem falha – e todos falhamos – o faz propositadamente e por obscuros interesses pessoais, em vez de falhar por incompetência/desconhecimento. A realidade é que sendo levados à desconfiança, somos levados à corrupção, à descrença, à inabilidade de sonhar e de nos tornarmos melhores cidadãos, capazes de melhorar o nosso país.

IMG_8082 - Copy (FILEminimizer)    IMG_8163 (FILEminimizer)    IMG_8164 (FILEminimizer)

IMG_8018 - Copy (FILEminimizer)      IMG_8023 - Copy (FILEminimizer)

IMG_8030 - Copy (FILEminimizer)      IMG_8042 - Copy (FILEminimizer)

IMG_8047 - Copy (FILEminimizer)     IMG_8061 - Copy (FILEminimizer)

IMG_8087 - Copy (FILEminimizer)      IMG_8108 - Copy (FILEminimizer)

IMG_8129 - Copy (FILEminimizer)     IMG_8158 (FILEminimizer)

Categorias
Reflexões

Nove Meses Depois…

Após o maravilhoso périplo por terras asiáticas, que durou aproximadamente dezasseis meses, regressei ao nosso país, Portugal, com algumas “certezas” bem entranhadas no meu espírito. Primeira. Sei que fui realmente FELIZ e por isso queria continuar a viajar ao longo da minha vida, de preferência de forma continuada. Segunda. Queria afastar-me de qualquer “relacionamento amoroso”, como o diabo foge da cruz, vendo quase sempre uma relação, como uma amarra que me prendia. Terceira. Afastar-me do mundo da engenharia civil e da memória de tempos onde fui menos feliz, e viver da VIAGEM, fosse por que via fosse – escrita e/ou fotografia. Cheguei deslumbrado e maravilhado com a vida de viajante… aéreo… mais sonhador do que nunca. Mas quem me podia censurar!? Afinal, tinha estado ausente, durante um looooooongo período e toda a minha vida/existência sofreu uma mudança abissal. Tudo o que precisava para viver estava dentro de uma mochila aliás, de duas, e tinha dinheiro no bolso. Haverá, vida mais fácil!?

Nos últimos meses, volta e meia encontro pessoas que me dizem: “Bué da fixe a tua viagem…”. Sim! Foi “bué da fixe”. Sim… valeu realmente a pena e não me recrimino pela maioria das escolhas que fiz! Mas gostaria que as pessoas percebessem, que não existem mundos cor de rosa! Houve sacrifícios que foram feitos, existe sempre “um preço a pagar” e tal como aprendi durante a viagem, a “moeda” tem SEMPRE duas faces. Não há e nunca haverá nada perfeito nesta vida. Nunca!

A realidade é que hoje, passados aproximadamente noves meses desde que cheguei ao aeroporto da Portela, com pouco mais do que cinco euros no bolso, vejo a minha vida de uma perspetiva diferente e mais realista. Sei que esticar a viagem a tal limite monetário, trouxe a sua fatura… desde então, apanhei a famosa pêra rocha do oeste, fiz alguns trabalhos académicos, ajudei esporadicamente um amigo no seu negócio, acompanhei a minha família. Felizmente, tive a possibilidade de voltar a ganhar algum dinheiro e graças ao “vil metal” que faz mover o nosso globo, estive um mês na Noruega à procura de trabalho e tive a possibilidade de me deslocar duas vezes a Inglaterra, para fazer entrevistas de trabalho – sem sucesso. Hoje em dia, já não vejo o regresso à engenharia civil como um beco sem saída, nem tão pouco o relacionamento amoroso como uma parede de betão que me esmaga, ou como uma grilheta que me aprisiona. A liberdade está na nossa mente e se aí formos realmente livres, nunca seremos escravos da liberdade.

Histórias do Vento nasceu da ideia que existem duas naturezas distintas nas pessoas. A natureza ÁRVORE e a natureza VENTO. A maioria dos habitantes do nosso planeta, tem predominantemente a natureza árvore e como tal o que buscam e procuram na sua vida é a estabilidade, o desejo de assentar e criar raízes. Por sua vez, as pessoas de natureza vento, buscam o movimento, o desejo de liberdade. Antes de partir nesta odisseia, pensava que ambas as naturezas eram perfeitamente imiscíveis porém, durante a viagem esta perceção desvaneceu-se. O vento pode em determinado momento desejar tornar-se árvore e vice-versa – obviamente, a árvore terá dificuldades acrescidas, uma  vez que tem uma estrutura muito mais pesada para transportar.  

Presentemente não posso concordar mais com Seth Stevenson que escreveu no seu livro, A Terra Vista da Terra: “Não se pode andar a vagabundear para sempre sem nos tornarmos vagabundos”. Nesta altura, que acabei de escrever todos os posts do blog que estavam em atraso e que me deram um enooooooorme prazer a escrever – talvez devido a eles, a “ressaca” da viagem não foi maior – não posso deixar de me questionar: “Então e agora?” Agora caros leitores e amigos, sinto a pressão de não ter trabalho e uma fonte de rendimentos. Não vejo com clareza qual o caminho a seguir, mas simultaneamente tenho confiança e esperança que encontre uma ou várias soluções.

Categorias
Em trânsito

Odisseia Asiática

Mapa

Em termos de rota, a viagem de Kiri está disponível se clicarem no MAPA.

Havendo, liberdade para o explorar interativamente, espero que se divirtam! 😀

Categorias
Fotografia Reflexões

Artigo Volta ao Mundo

IMG_8430

Categorias
Crónicas Em trânsito Reflexões

Em trânsito: Yangon – Lisboa. Maratona no Regresso

De Yangon saí com destino a Kuala Lumpur e uma vez que a viagem entre as duas capitais foi tranquila, aproveitei para escrever no caderno. O dia de espera nos arredores do aeroporto de KL passou rapidamente e durante a tarde reformulei ligeiramente a bagagem, vi dois episódios de uma série e recebi a visita de Fabianne, com que partilhei os meus últimos momentos da viagem. Nessa altura e relativamente à minha partida para Portugal, senti serenidade. Nem tristeza, nem alegria, apenas paz! 🙂

Na sexta-feira de manhã, a caminho do aeroporto de KL conheci uma chinesa de Xangai, com quem estive até apanhar o voo para Guangzhou. À semelhança do dia anterior, a viagem foi tranquila e continuei a atualizar o diário. Na chegada à capital da província de Guangdong e quando me preparava para fazer o transfer, recebi uma informação que me deixou positivamente estupefacto: a companhia aérea, oferecia-me literalmente hotel e transfer para o mesmo, para poder repousar umas horas! A única coisa que tinha de fazer era passar pelo controlo de emigração na saída e na entrada do aeroporto. Claro que aceitei a oferta sem pensar muito sobre o assunto! 😀 Quando cheguei ao átrio do Hao Yin Gloria Hotel, é que percebi que estava num local bastante luxuoso! Mas o melhor de tudo, foi quando abri a porta do quarto… brutal! Cama gigante e fofa, ecrã plano na parede, wi-fi veloz, roupão branco, casa de banho com chuveiro embutido no teto, banheira!!! Enfim, à lord e minha última tarde da viagem, foi uma ode ao luxo e ao ócio! Um final ÉPICO! 😉

IMG_6739 (FILEminimizer)     IMG_6745 (FILEminimizer)

IMG_6753 (FILEminimizer)

IMG_6762 (FILEminimizer)

Quando regressei ao aeroporto, chovia torrencialmente e raios medonhos rasgavam o céu, aliás houve um momento em que vi um raio tããããããããããããããããão graaaaaaaaaaaaaaande, que mais parecia uma coluna de luz em direção à terra! Impressionante! Felizmente, com a velocidade que a tempestade se formou, também se desvaneceu. 🙂 Já no aeroporto tentei encontrar um Macdonald´s, mas como falhei esse “objetivo”, gastei o pouco dinheiro que me restava em mantimentos: bolachas, água, chá, latas de grãos doce e enquanto aguardei pelo embarque, fui escrevendo e ouvindo música.

À meia noite de Sábado, já estava dentro do avião e felizmente o mesmo partiu à hora marcada (00.20). A viagem de aproximadamente 9569 quilómetros durou treze horas e na mesma, dormi umas boas horas, comi e… continuei a escrever. 🙂 A chegada à cidade luz foi feita sob o signo do sol e do céu azul e o transfer foi tranquilo. Numa das casas-de-banho do aeroporto, “lavei-me” com uma toalhita, perfumei-me e vesti a minha t-shirt dos Mustache Brothers. Durante a manhã e até à altura do voo, continuei a escrever, a escrever… a escrever! Aliás, só parei de o fazer já no final da viagem entre Paris e Lisboa! No voo final, para além de ter escrito sem parar, vi do alto a torre Eiffel, o rio Sena a serpentear pela cidade e a magnífica costa do nosso país.

Naquele dia de 21 de Junho de 2014, escrevi: “e agora que estou quase, quase a chegar a Lisboa posso afirmar que estou contente… sinto-me feliz por regressar e vou tentar aproveitar ao máximo estes primeiros tempos no meio da minha família e dos meus amigos que me amam. Vou continuar a escrever e a viajar na minha vida! Ambas fazem parte da minha essência e não me tenciono negar mais a mim mesmo. Acredita em ti miúdo! Não hesites! Avança! Não desistas do teu sonho de viajar! A jornada é demasiado bela para parar e o vento uma força demasiado poderosa para ser travada! O mundo é um local belo! Que merecer ser visto e revisto, e eu faço parte dele e ele parte de mim! Hoje no regresso ao meu país que me criou como homem e cidadão do mundo, faço votos de casamento com o Mundo! Não me abandones! Que eu ser-te-ei fiel. E é curioso ver como o avião onde estou quase a chegar, abana como uma folha de papel com a intensidade do vento. Esse bom louco, alquimista da natureza!”                 

Na chegada a Lisboa tive que esperar uma eternidade pela mala, a ponto de pensar que a mesma se tinha extraviado. Quando finalmente chegou, coloquei-a às costas, abri o meu chapéu-de-chuva colorido – comprado no lago de Inle – saí para o exterior e tentei encontrar alguém da minha família. Depois dos meus olhos focarem o espaço em redor, vi a minha mãe, irmã, uma das minhas prima e um dos meus melhores amigos e todos estavam a sorrir. 😀 Abraçámo-nos e depois de um pequeno compasso de espera partimos para a minha cidade natal.

IMG_6765 (FILEminimizer)

Durante a viagem, falei com a minha irmã e dirigimo-nos para casa de uma das minhas avós. Quando fizemos a curva, comecei a ver muitos carros e pessoas e percebi que afinal havia uma festa suuuuuuuuuuurpresa, organizada por grande parte da minha família e dos meus amigos! 😀 Saí do carro mega FELIZ, a sorrir e comecei a abraçar e a beijar as pessoas. Durante a tarde estivemos todos juntos num mega-banquete com direito a deliciosa comida portuguesa e bebida. E aí, senti o carinho e o amor da minha família e dos meus amigos! Foi uma receção, muito especial e bonita! E a viagem, acabou em beleza! 😀

IMG_1422 (FILEminimizer)      IMG_1434 (FILEminimizer)

IMG_1435 (FILEminimizer)       DSC00781 (FILEminimizer)

IMG_6766 (FILEminimizer)

IMG_6773 (FILEminimizer)

A todos eles e a todos vós, MUITO OBRIGADO, por fazerem parte da minha vida e por me deixarem fazer parte da vossa. É um privilégio e uma honra! E eu sei que sou uma pessoa com sorte. 😀

Categorias
Reflexões

Breves Reflexões Birmanesas

Apesar de algumas tensões existentes, principalmente em zonas mais remotas, este é o momento certo para visitar o país! Já existem infraestruturas monetárias que permitem uma visita serena e as pessoas são na sua larga maioria de uma simpatia extrema! Do melhor que vi em tooooooooooooooooooda a viagem! 😀 Por outro lado, também não tenho muitas ilusões, quando o país se abrir totalmente estas pessoas vão ter tendência para mudar e tornar-se com toda certeza, mais gananciosas e mesquinhas, à semelhança do que ocorre no sul da vizinha, Tailândia ou na “paradísiaca” ilha de Bali. O que o dinheiro/turismo toca é conspurcado! Bagan começa a ser a face vísivel desta realidade. É uma pena, mas é a verdade! 😦

Myanmar foi em termos culturais, mas não só (o estado de Shan, onde visitei as grutas de Pindaya e fiz um passeio de amigos até ao lago de Inle) uma experiência deslumbrante e foi seguidamente do antiquíssimo Império do Meio, o país mais fascinante de toda a viagem. Bago, Mandalay e os seus arredores, a pagoda resplandecente de Shwedagon em Yangon e claro os 3000 templos de Bagan vão deixar saudades. 😀

Apesar de haver muitas opiniões que garantem que o país se encontra bastante melhor e mais livre, os Mustache Brothers continuam a pôr a boca no trombone e a denunciar a realidade: “Mudaram de fardas para fatos, mas são os mesmos corruptos que estão no poder!”. Triste sina, para um povo tão generoso.