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Tanjung Puting. No Reino dos Orangotangos

Ato IV – Despedidas e o Campo 2

No nosso último dia, no interior do parque natural de Tanjung Puting, voltei a acordar cedíssimo e a ver o nascer do dia. Depois do pequeno almoço fui até à proa tirar fotografias: as margens, a vegetação, os barcos, a água, os reflexos, os macacos, os tucanos, os kingfish e outras espécies de pássaros e um crocodilo bebé! 🙂

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Às 8.40 já estávamos no Campo 2 e passados quinze minutos na zona da plataforma. Neste dia tivemos muita sorte, pois vimos muita ação e interação! 😀 Um macho com vinte anos, bastante corpulento e com a cara mais gorda e chapada – efeito da testosterona nos machos dominantes; uma fêmea acompanhada da sua cria (já maiorzita) e o seu comportamento para afastar o grande macho da comida  – partir galhos e atirá-los, fazer barulho, mostrar-se “furiosa”; o transporte do leite para o topo de uma árvore – tentativa de dar de beber à cria); e finalmente um segundo macho também apareceu na plataforma. Depois de tanta ação, entrámos na floresta para continuar a seguir esta “algazarra”, um ambiente tal como dia anterior, totalmente National Geographic. 😀

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Voltámos a embarcar e partimos de regresso a Kumai, mas antes arrumei a mala, fiz um backup de todas as fotografias, falei mais um bocado com o Mr. Uzo e com Andreas (que estava de partida para Banjarmasin), almoçámos e antes de nos despedirmos daquela super tripulação, retribuímos o excelente serviço prestado com uma gorjeta geral. 🙂

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Já na vila/cidade, falei com o dono da agência de viagens (CV. Satria Majid Tour: +62 0532 61740) e transmiti-lhe a minha opinião acerca do tour (empregados super competentes, profissionais e que o serviço proporcionado tinha sido de excelência -apesar de não ter apreciado da maneira como começaram as nossas “negociações” – no final o serviço foi perfeito! 😀 ); paguei o voo que eles me marcaram -para o dia seguinte; liguei para a guesthouse de Jakarta (onde já tinha ficado); estive a repousar num quarto (que me arranjaram de borla) e combinei com o Mr. Ani as horas de regresso ao aeroporto de Pangkalanbun.

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Epílogo

No dia seguinte, bem cedo, estava a voar de regresso à ilha de Java de coração e alma cheios. Sei que Tanjung Puting, o reino dos orangotangos foi uma experiência única e singular, o meu final perfeito para o Bornéu! 😀 Na despedida de Kalimantan fiquei com a certeza, que esta ilha é de facto um local mágico e selvagem, com zonas bastante remotas e de acesso complicado. Mas, mais do que isso, para além dos extraordinários locais por onde passei, levo comigo no coração e na memória, todas as pessoas que partilharam o seu tempo comigo, principalmente o Supriadi em Singkawang e o Doni em Lanjak e Sintang. Até um dia, meus amigos! 😀

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Tanjung Puting. No Reino dos Orangotangos

Ato III – No Meio do Reino e o Rei de Camp Leakey

Às 5.30 já estava acordado, depois de dormir poucas horas mas bem “ferradas”! E tive a oportunidade de ver o dia a clarear, a neblina matinal, o céu prateado. O pequeno almoço iniciou-se à mesa e terminou na proa, em observações zoológicas. No caminho para o campo Leakey (o local de observação de orangotangos mais interior de todo o parque natural), como “prometido” fomos encontrando bastantes espécies de pássaros e alguns macacos, e vimos a água do rio a transitar de uma cor castanha e barrenta para o negro, como se tratasse do sangue da Terra. Este fenómeno ocorre, devido às raízes das árvores e à ausência total de poluição, e este é um dos dois únicos locais do mundo, onde ocorre.

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Por volta das 9.00 já estávamos no nosso destino e durante duas horas andámos pela floresta tropical e vimos insectos, fungos e cogumelos (azuis, branco e castanhos), uma vegetação luxuriante, troncos caídos, plantas carnívoras, zonas em que a floresta desaparecia e apenas se viam fetos! E quase, quase no final da caminhada mesmo à nossa frente e a poucos passos, uma mamã orangotango com a sua pequena cria! 😀 Espetacular! Um verdadeiro momento National Geographic! E senti que ter a oportunidade de ver estes animais, no seu habitat é de facto uma experiência única.

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Por volta das 11.30 estávamos de regresso ao barco e a deliciar-nos com o almoço. Depois de mais uns momentos de conversa com o nosso guia voltámos a partir para Camp Leakey, desta feita rumo à plataforma onde alimentam os orangotangos. Mas antes, fomos recebidos por macacos de cauda longa, estivemos no centro de visitantes, vimos uma fêmea orangotango a repousar e percorremos mais um trilho alternativo. Quando chegámos à zona da plataforma, a área envolvente já estava semi preenchida com turistas e passados poucos segundos pude observar o meu primeiro gibão! 😀 (cara cómica; corpo desproporcionado – braços muito longos; veloz como uma bala) e esse foi o único primata que vimos no local. Enquanto esperávamos, o céu foi ficando carregado, carregado e passado uns minutos começou a chover. Toda a gente partiu, mas nós ficámos e nessa altura fui até à plataforma comer uma banana e declarar-me “rei” de Camp Leakey  uma vez que o meu “oponente” não apareceu! 😛

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Depois de breves instantes, estávamos a reentrar novamente na selva, com o nosso guia mas o passeio foi curto. Já no caminho de regresso e do nada, surgiu-nos Oscar – um jovem orangotango  mesmo à frente! E mesmo com o guia a dizer que o seu tamanho era médio, deu para ver o seu porte poderoso e sentir a sua presença! 🙂 Já nas imediações do centro de informação, vimos desta feita uma jovem fêmea. No cais, embarcámos e partimos para Panduk Ambung, onde esperámos que ficasse de noite. Aí, durante quarenta e cinco minutos fizemos a nossa caminhada noturna, encontrando: um kingfish (pássaro), tarântulas, centopeias, insectos estranhos, um ninho vazio e vimos a luz de múltiplos relâmpagos, fazendo figas para não começar a chover.

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Tal como no dia anterior jantámos bastante cedo e depois do meu primeiro banho em três dias, ficámos a falar com o nosso guia, antes de irmos dormir. Quando me deitei, voltei a ficar fascinado ao ouvir o som da selva… 😀

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 P.S. – Em ambos os dias fui sempre mordido por uma formiga do fogo! Aiiiiiiiiiiii! 😛    
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Tanjung Puting. No Reino dos Orangotangos 

Ato II – Partida para o Reino e o Campo 1

O barco onde “aterrei” juntamente com o Andreas era grande, espaçoso e tinha dois andares, para além disso, tinha uma WC com chuveiro e duas zonas para observação de animais (uma na proa e outra na popa). Logo no início da travessia, percebi que de facto era necessário um barco para visitar o parque natural, pois de Kamui até entrarmos na área oficial do parque, necessitámos de hora e meia e até chegarmos ao campo 1, duas horas.

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Durante a viagem, vimos palmeira e outros tipos de vegetação semi submersa, pequenos barcos de transporte de mercadorias, de pescadores, barcos turísticos de médio porte (como o nosso), muitas espécies de pássaros, alguns macacos probuscius e dois orangotangos muito disfarçados no meio da folhagem 🙂 ; recebemos um briefing do nosso guia (Mr. Supian Hadi, ou simplificando Mr. Uzo) e ficámos a perceber o plano de “festas” para os próximos dias; deliciámo-nos ao almoço (arroz + tempe + vegetais + peixe); e comecei a perceber que o dinheiro investido iria trazer bastantes regalias! 😀 (tripulação: mecânico, capitão, cozinheira e guia).

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Quando chegámos ao campo 1, Uzo levou-nos por um trilho alternativo até à plataforma dos orangotangos e durante o mesmo, deu para ver ninhos de orangotango (frescos e mais antigos), insectos e um pouco de selva. Quando desembocámos na zona da plataforma, havia uma fêmea a comer, de costas para os turistas e cerca de duas dezenas de pessoas a observar. Comparando este local, com Sepilok (Sabah, Bornéu Malaio) nunca tinha estado tão próximo como aqui (existe uma área delimitada, mas muito mais próxima) e visto uma fêmea tão grande. 🙂 Depois dela desaparecer, vimos mais um ou dois vultos nas árvores (mas bastante afastados) e um pequeno esquilo muito engraçado. Antes de voltarmos ao barco, ainda demos um pequeno passeio na selva com o nosso guia e deu para ver árvores espinhosas, fungos, insectos e muita vegetação.

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Já de regresso ao barco e até atracarmos, fomos percorrendo o rio e vendo muitas espécies de macacos: cauda longa, probuscius (principalmente), folha prateada, e os reflexos das árvores e das nuvens no rio enquanto o dia caminhava para o seu ómega. Antes de jantar, puseram uma grande rede mosquiteira branca a proteger os nossos fantásticos colchões! 😉 e o jantar, à semelhança do almoço, voltou a ser à grande: camarões panados, Mie Goreng (massa frita), vegetais, arroz, tudo isto à luz das velas! 🙂 Depois de jantar descemos ao “piso térreo”, onde dentro do barco (altura muito baixa, tínhamos de andar de cócoras) estivemos a falar com o nosso guia e com o capitão do barco até às 22.00, hora em que todos foram dormir, bem quase todos… 🙂 uma vez que, fiquei acordado a fazer um backup de fotografias… a ouvir o barulho dos insectos, da selva, a ver as estrelas e a pensar que a “aposta” de ficar, tinha sido totalmente acertada! A verdade é que nesta vida, há experiências únicas que valem mesmo o investimento! 😀

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Crónicas Em trânsito Fotografia

Dias em Sintang & Travessia para Tanjung Puting

Na chegada à casa de Doni, depois daquela viagem cansativa e molhada, reparei que tinha a mochila encharcada! Causando-me uma imediata preocupação, o delicado Wayang comprado em Yogyakarta (felizmente, sobreviveu bem ao banho forçado). Em Sintang, fiquei hospedado durante um par de dias, na companhia do meu cicerone e da sua adorável família, e durante esse tempo comi muito e bem, fumei como uma chaminé, conversei, repensei a minha rota e no facto de ter de voltar a Jakarta, devido à avaria da máquina fotográfica, fiz mais uma sessão de motivação na escola onde a esposa de Doni era professora, visitei o agradável museu da cidade, continuei a conversar com aquelas pessoas tão simpáticas, calorosas e amáveis e apanhei um autocarro que me levou de volta a Pontianak, numa viagem que demorou nove horas.

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À capital ocidental de Kalimantan, cheguei às 4.00, sem paciência para os incontáveis ojeks que me rodeavam. Comecei então a andar a pé, até uma zona mais tranquila e aí decidi apanhar um ojek para o porto de Seng Hei. Depois de comprar o bilhete, aguardei pela partida, mas antes da mesma conheci o irmão de Supriadi que era o segundo capitão do barco. 🙂 A viagem de cerca de oito horas até Ketapang, foi confortável e passou rapidamente, uma vez que durante a viagem aproveitei para atualizar a minha folha das despesas (excel), o meu caderno e escrever mais textos para o blog.

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Chegámos a Ketapang por volta das 15.00 e no desembarque fiquei dentro do barco. Aos poucos, a tripulação foi-me fazendo algumas perguntas e lentamente consegui transmitir-lhes que queria ficar a dormir com eles no interior do barco. Entretanto arranjaram-me um ojek de confiança (Mr. Houdini) e com ele fui até ao aeroporto comprar o bilhete para Pangkalabun, o meu próximo destino. Com esse assunto resolvido, voltei à zona do porto e durante o resto da tarde/noite estive em confraternização (falar, fumar, beber, comer…), arranjei graças ao Doni o contacto de Mr. Ani (um dos responsáveis pelo parque nacional de Tanjung Punting), comecei a preparar papéis para ir à embaixada de Myanmar (voos, hotel, extrato bancário…) e apesar de me deitar cedo, passei uma noite pouco descansada.

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Às 6.30, o Mr. Houdini já estava a apitar em frente do barco, apesar de apenas termos combinado às 7.00! 😛 A verdade é que essa situação foi benéfica, pois antes de seguirmos para o aeroporto, pedi-lhe para ele me levar até a um multibanco e assim fiquei descansado relativamente aos fundos. Antes do embarcar comi, atualizei o caderno, fiz o check-in (como a balança estava inactiva, não paguei excesso de bagagem), paguei a célebre taxa aeroportuária, “escrevinhei” mais um pouco para o blog, vi aviões a aterrar e a descolar, e embarquei rumo ao parque natural dos orangotangos e dos crocodilos. 😀

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Crónicas Fotografia

Lanjak & Danau Sentarum. Sob o Signo da Vida Feliz

Em Lanjak fiquei alojado na companhia de Doni e de Yuda (o seu braço direito), numa casa do parque natural e durante aqueles dias, o denominador comum foi a boa disposição. 😀

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No primeiro dia, fui na companhia de Doni até à aldeia de Souah, onde visitámos uns amigos seus no meio de um arrozal. Aí, para além de conversarmos com as pessoas, tirei vários retratos e comi um babi (porco selvagem) delicioso, confeccionado de duas maneiras distintas – o primeiro tinha sido grelhado nas brasas, o segundo foi cozinhado em lume brando dentro de um tubo de bambo, com ervas (a carne era tenra, ligeiramente salgada e temperada) – Ponsoh. No regresso à vila, acabámos de organizar toda a logística necessária para o término do torneio de futebol organizado pelo parque natural do Danau Sentarum e assistimos à grande final, onde a equipa de Putussibau acabou por se sagrar campeã (3-1 contra a equipa da casa). Este primeiro dia, terminou com uma festa noturna no arrozal, bem regada com o tradicional tuak (vinho de arroz) e comigo a conduzir a carrinha no regresso! 😉

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No segundo dia, tive a minha primeira incursão no Danau (lago) Sentarum e esta foi uma experiência única, uma vez que nunca tinha andando de mota dentro de um lago! A vastidão da paisagem era surreal e assombrosa, parecia que estava num deserto de lama. Na companhia de Safary (um dos trabalhadores do parque) fiz motocross com uma moto de estrada, aliás, ao longo do dia fomos fazendo patinagem na lama. 😛 A caminho do topo de uma das colinas, da ilha de Semitau e de repente, o corpo da minha máquina avariou (recordei-me imediatamente de Mulu e da montanha Ramelau), mas felizmente desta vez, pude utilizar o corpo da máquina do parque natural! 🙂 Daí pude observar uma panorâmica do lago: as rochas, as zonas secas, as “ilhas” de árvores e fiquei estupefacto por o lago em plena época das chuvas, estar tão seco!! (Ainda dizem que não há aquecimento global!? :/ ). Antes de regressarmos a Lanjak, fizemos uma visita a uma vila piscatória, onde as casas estão construídas sobre estruturas de madeira, ou chegam a ser casas flutuantes (como se de barcas se tratassem), atravessámos riachos barrentos, vimos peixes a secar, outros mortos em decomposição e nativos a pescar… este dia tão perfeito, acabou quando conheci e tive a oportunidade de ter Oscar ao colo, um orangotango bebé de nove meses ainda muito frágil e delicado.

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Sábado foi muito semelhante ao dia anterior, porém desta feita, eu e o Safary fomos mesmo montados numa mota de cross. Neste dia, em que a paisagem estava mais realçada fruto do céu azul, conseguimos chegar à ilha de Malaiu (na primeiro dia, bem tentámos, mas foi de todo impossível lá chegar, tal a quantidade de lama existente) mas para isso, tive que desmontar da mota vários vezes. Nesses momentos, em que andava a pé descalço na lama mole e quente (por vezes enterrado até aos joelhos), senti-me bem… senti-me feliz e livre! Estava fascinado com aquela paisagem, com aquele enoooooooooooooooooorme lago sazonal, situado no coração do Bornéu. 😀 Da ilha, seguimos e visitámos a enorme aldeia piscatória de Selimbau/Labaoyan, onde acabei por ter a oportunidade de observar o dia-a-dia dos nativos e aí acabámos por almoçar. Quando cheguei a Lanjak, parecia um bonequinho de lama! 😛 Mas este dia só acabou depois de uma festa, onde houve um gigante peixe grelhado, karaoke, tudo regado com cerveja, animação, cantorias, cigarros e boa disposição.

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No Domingo, regressei a Sintang, na companhia de Doni, esse mágico da vida 😀 e de Yuda, mas antes de partirmos não nos livrámos de um susto, pois deflagrou um incêndio nas imediações do parque natural e só partimos depois da situação estar controlada (o Doni, apesar de muito brincalhão é um funcionário profissional, diligente e preocupado). Depois do fogo da manhã e ironicamente, na viagem de regresso (passada a dormitar, a falar e a ser massacrado pela estrada) apanhámos uma grande tempestade tropical, que nos atrasou (chegámos ao nosso destino por volta das 3.00). Deste modo, o dia da partida do coração do Bornéu ficou marcado pelos elementos. Pelo signo do fogo e da água.

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Singkawang. English Days!? Happy Days

Como previamente combinado, em Singkawang encontrei-me com Supriadi, um professor de inglês que trabalha num instituto privado (MEF – Mastering English Faster). Se inicialmente, contava ficar três dias, acabei por ficar uma semana! 🙂 E o que me levou a ficar? O calor humano, o carinho e a amizade com que fui recebido, por aquelas pessoas maravilhosas. 😀

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Na cidade, para além de Supriadi, conheci Teti, a sua assistente (uma mulher trabalhadora, calorosa, dedicada, simpática, muito comunicativa e uma cozinheira de primeira), Bayo A., Bayo F., Jamal, Ari e muitos outros. 🙂

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Durante aqueles dias, que vivi verdadeiramente em Singkawang, recordo com carinho vários momentos: os instrumentos de música tradicional (Dayak) que vi e que ajudei a pintar; os longos serões que passei a jogar PES 2013 e a conversar; as vezes que fui ao mercado com Teti e que cozinhei com ela; os muitos cafés e cappucino´s deliciosos que bebi; as praias, a ilha mais pequena do planeta, a povoação de Selakau e a sua vastíssima área de manguezais, a agradável e simpática ilha de Lemukutan (onde passámos o fim-de-semana); e principalmente, o facto de me ter tornado um “guru da motivação”, quando ao visitar várias escolas, tentei deixar os alunos com vontade de aprenderem inglês. 😀

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Em Singkawang fui verdadeiramente FELIZ! E aceitei de vez, o facto de visitar poucos locais em Kalimantan, mas ter experiências que valem-se realmente a pena! 😀 

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Pontianak. Dia de Sorte na Linha do Equador

Sem grandes demoras e depois de comprar o bilhete, parti para Pontianak às 6.50 já com o contacto de Awi (um nativo que Sonja conheceu, aquando da sua passagem pela cidade). Na chegada, recolhi a bagagem, tentei ligar-lhe (sem sucesso) e comecei a andar na direção de Pontianak, para evitar os taxistas locais. Nesse momento, tive um momento de sorte, pois apanhei boleia de Surat (um senhor que trabalhava como engenheiro, na manutenção de aviões) para o centro. Para além dessa boleia, Surat ajudou-me a encontrar um hotel barato (Rahayu) e levou-me a tomar o pequeno-almoço no Hajis (um local famoso da cidade, principalmente pelo seu Rujak Juhi). 😀 Na despedida, deixou-me no cais turístico, com a indicação do preço a pagar ao barqueiro.

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Na travessia, a minha boa sorte continuou, pois conheci uma rapariga (Theresia) e as suas amigas, com quem fui até ao Tugu Khatulistiwa  (monumento do local, onde fica a linha do equador) sob o signo da sua “proteção”. 🙂 No regresso ao centro, encontrei-me com Awi, com que visitei uma casa tradicional da tribo Dayak, falei sobre Kalimantan (comecei a perceber, que o meu plano de cruzar a ilha de costa a costa, era demasiado ambicioso), almocei um Gado Gado, absolutamente divinal e combinei um reencontro para jantar.

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Quando voltei ao hotel, fiz o check-in e fiquei agradavelmente surpreendido com o quarto, pois este era amplo e arejado. Naquela tarde tranquila, quando procurava um local com internet, novamente a sorte a ajudar. Conheci MS., um simpático rapaz que me deixou usar a sede do seu partido político e que se prontificou a ajudar-me a apanhar o autocarro para Singkwang (nessa altura, graças novamente a Sonja já tinha o contacto de Supriadi, um professor de inglês que vivia nessa cidade! 🙂 ) durante a madrugada (ficou combinado que iria ter comigo ao hotel, dormiria lá e depois me levaria de mota até ao local da paragem).

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Entretanto, como combinado fui jantar com o Awi e fiquei com a certeza que a cidade de Pontianak, pode não ser um destino turístico, mas comida deliciosa? Essa existe em abundância! 😀 Para além da sua gastronomia, senti que esta, é uma cidade muito viva e cheia de movimento. Quando regressei ao hotel, apesar de anteriormente não ter “sentido” nada de estranho relativamente ao MS., comecei a pensar na disponibilidade que ele manifestou tão rapidamente. Assim, para me precaver de eventuais problemas, falei com a recepcionista para quando ele chegasse, ela lhe pedir a identificação. No serão, dormi um pouco e ao falar com ele percebi tudo, MS. era gay e queria “algo mais” do que amizade. Eu agradeci-lhe a disponibilidade, a coragem demonstrada, mas disse que não podia “ajudá-lo” nesse campo e depois de ele me dar boleia, despedimo-nos com um sorriso envergonhado.

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Kabuuuuum! & Regresso a Jakarta

Depois da “sova” infligida pelo Merapi, acordei cedo e empacotei a mochila pronto para fazer o check-out e seguir para a zona do templo de Borobudur, porém quando fui à janela… a cor do céu e da cidade estava estranha! Pus os óculos e interroguei-me, “tempestade de areia? na Indonésia?” Naaaaaaaaa… cinza! A cidade estava coberta de cinza de um vulcão, que tinha entrado em erupção no leste da ilha! :/

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Desse modo, desisti de ir até Borobudur, aliás tal, nem sequer era possível pois o templo tinha sido encerrado. O ambiente e a cor da cidade eram doentias e mesmo dentro do hostel havia muitas pessoas com máscaras postas! Durante o dia, aproveitei para limar algumas arestas pendentes de alguns textos do blog e escrevi novas crónicas. Ao fim do dia, recebi a informação que o templo iria permanecer encerrado durante duas semanas!! :/ E se até esse momento estava com dúvidas do que iria fazer, a partir daí tudo na minha mente ficou claro e límpido! Voltaria a Jakarta e assim que conseguisse voaria para Pontianak em Kalimantan (Bornéu Indonésio). À hora do jantar, sai pela primeira vez do hostel nesse dia e o ambiente que encontrei nas ruas foi algo de fantasmagórico.

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Às oito em ponto, do dia seguinte, estava na estação de comboios e quando tentei comprar um bilhete para Jakarta fiquei ligeiramente chocado, comboios para a capital só dali a dois dias e para Badung nessa noite. Assim, parti em busca de uma alternativa e apanhei um ojek para estação de autocarros de Ciwangan. Aí, encontrei o que procurava! Um autocarro para Jakarta às 14.00! Num cenário de crise? Perfeito! 😀 Enquanto esperava conheci duas francesas (Stéfanie de Marselha e uma amiga que vivia na Argentina) e pouco depois apareceu Eddy (um rapaz indonésio que estuda medicina na Holanda e que tinha conhecido no hostel), que se juntou a nós.

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Parti de Yogyakarta, com uma hora de atraso no meio de um ambiente surreal, mas à medida que fomos percorrendo quilómetros na direção oeste da ilha, o ambiente foi-se desanuviando. Durante a viagem, estive quase sempre a dormir e os únicos momentos em que estive acordado, aproveitei para comer na companhia de Lestari, uma senhora muito simpática que estava sentada ao meu lado. Cheguei a Jakarta às 5.00 e imediatamente apanhei um ojek para o aeroporto… 

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A Face Errada do Merapi

Já depois do espetáculo, regressei ao hostel onde na zona do átrio, encontrei um grupo de australianos que iam tentar subir o vulcão Merapi nessa noite e ao falar com eles, decidi acompanhá-los. Assim, preparei uma pequena mochila para levar e sem dormir, aguardei pela hora da partida. Por volta da 1.00, tentámos arranjar um meio de transporte para a base do vulcão, mas não encontrámos nenhum táxi, carrinha ou carro, até que passados vinte-trinta minutos, apanhámos uma boleia negociada com dois miúdos, que não falavam inglês e que pareciam um “pouco alterados” (pelo menos uma garrafa de vodka estava no carro). 😛

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Começámos a nossa ascensão por volta das 3.00 e com as nossas lanternas fomos iluminando o caminho. Este, seguia pelo meio de vegetação densa e era íngreme, mas ao mesmo tempo claro e não dava azo a grandes dúvidas. Andando fomos encontrando pistas (construção humana) que nos levaram a crer que estávamos no bom caminho, principalmente duas zonas com pórtico e o dia foi clareando. Todos estávamos otimistas que chegaríamos ao topo! Por volta das seis e pouco já estávamos bastante alto, vendo à nossa frente o cume do vulcão e atrás de nós verdes montes e vales. Entretanto o caminho mudou, saímos da vegetação densa para uma zona de areia negra e pesada, onde o trilho estreitava e depois encontrámos faces verticais de rocha e areia compacta.

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No início fomos trepando/escalando sem grandes dificuldades, porém passado uma hora e já tendo subido um grande bocado, as faces começaram a ficar demasiado íngremes, instáveis (os pontos de apoio quebravam-se e desfaziam-se sem aviso) e a cota demasiado elevada. Comecei a ficar com medo e transmiti isso aos meus companheiros de ascensão, que me começaram a ajudar nalgumas partes. Durante mais meia hora fomos subindo, eu já mais relaxado pois sentia o apoio dos meus “companheiros de armas”, mas depois de atingirmos uma plataforma mais larga, parámos e ai ficámos a “discutir” sobre as nossas opções. Após um debate de dez minutos, optámos em voltar para trás com extremo cuidado! Pois se subir, já tinha sido complicado, a descida requeria concentração absoluta, a fim de evitar uma queda e consequente quebra de alguns ossinhos.

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Como as botas não ajudavam nada (a rigidez da sola era demasiado elevada), descalcei-me e aos poucos e poucos fomos descendo aquela parede de rocha e areia. Tudo correu muito bem, exceto um corte que fiz num dedo quando bati numa rocha mais afiada. Da base da parede, continuámos a descida e só quando olhei para trás, tive uma pequena noção onde tinha estado! Uma semi-loucura, que correu bem! E por isso entrou para o capítulo das aventuras, sem mazelas de maior (pequenas escoriações, esfoladelas e arranhadelas). Quando voltámos à zona da vegetação densa, tive a certeza que a parte mais difícil estava feita e que a partir daí apenas tinha de andar com alguma atenção, até chegar à base do vulcão. Da noite, passámos para um amanhecer suave, posteriormente para sol e céu azul e foi com um tempo radioso, que atingimos a base do todo poderoso Merapi, cansados mas felizes. Apesar de não termos atingido o topo, não havia ninguém desiludido com a experiência “maluca” que acabáramos de ter. 🙂

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Já na estrada de alcatrão fomos andando até à aldeia e durante esse período tentei entrar em contacto com os nossos “jarbas” (da noite anterior). Porém, passadas três horas de espera e de algumas sms´s trocadas desistimos, começando a andar na direção de Yogyakarta e pedindo boleia sempre que passava um carro por nós. A verdade é que tivemos sorte, pois apanhámos boleia de umas norueguesas e da sua guia. Com elas seguimos até Yogyakarta, onde almoçámos às cinco da tarde e depois do repasto, fomos deixados no hostel. Um final perfeito, para a tentativa de escalar o vulcão Merapi pela face errada! 😛

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Yogyakarta. Cultura Javanesa

Depois da noite passada no comboio – onde fui dormindo aos bocados – cheguei a Yogyakarta às 6.30. Depois de percorrer parte da cidade, encontrei o Edu hostel, possivelmente um dos melhores hostels de toda a viagem (bem decorado; staff eficiente e prestável; bons serviços; zona de estar confortável – puff´s, sofás, televisão, wifi; cama com um bom colchão, ar condicionado e água quente). Pedir mais era de facto difícil! 😀    

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Depois de guardar a bagagem, parti de autocarro para o templo hindu de Prambanam e pelo caminho conheci um rapaz indonésio com quem entrei no complexo. Graças a esse facto, tive conhecimento da gritante diferenças de preços paga pelos turistas ocidentais em relação aos nativos (de 30.000 IDR, o preço passa para 210.000 IDR, “apenas” sete vezes mais!!) e fiquei a saber que quem faz a exploração deste templo, bem como o de Borobudur é uma empresa privada! Diga-se, que esta situação é demonstrativa da corrupção existente na Indonésia, uma vez que temos o património público a ser explorado em benefício de privados. Uma vergonha!

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Relativamente ao complexo de templos propriamente dito, o principal deles é de facto impressionante em termos de área e construção “sólida”, porém tendo em conta a minha visita ao “triângulo” da Tailândia (Sukhothai, Ayutthaya e Phimai) não posso dizer que tenha ficado deslumbrado. Tal, não quer dizer que não valha a pena visitar o local, apenas que não houve nenhuma “magia” associada. Continuei a minha deambulação pelo complexo e quando estive sozinho no Wat Sewu (segundo maior templo budista do país, depois do de Borobudur) e na zona do museu, senti então uma atmosfera tranquila e serena. 🙂

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Quando voltei ao centro da cidade, fui deixado na rua mais turística da cidade, a Jalan Malioboro. Aí almocei um excelente Bakso (sopa com “almôndegas”), fui interpelado à vez e por três indivíduos que pela conversa me pareceram burlões e quase no final visitei o museu Vredeburg (antigo forte holandês e que na atualidade é o museu da história da Independência da Indonésia). Daí segui para as imediações da Masjid Gedhe Kauman e do Keraton (palácio do sultão) que tentei visitar, mas que já estava fechado.

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Depois de jantar dirigi-me para o museu Sonobudoyo, para assistir a um espetáculo de marionetas (Wuyang Kulit) e antes do início pude admirar o trabalho dos artesãos quem fazem aquelas pequenas obras de arte (marionetas feita em pele e pintadas com cores muito vivas). A verdade é que fiquei de tal modo, impressionado, que fui “levado” a comprar uma delas, pensando que quando chegasse Portugal a ia colocar num quadro. 🙂 Dirigi-me então para o interior da sala onde assisti pela primeira vez a uma performance de Wuyang Kulit e depois do que vi, posso afirmar que mesmo não percebendo nadinha de sânscrito, gostei bastante do ambiente envolvente (o som dos instrumentos de percurssão, as vozes femininas e a do narrador, os gestos lentos e delicados do “jogo” de sombras e a possibilidade de ver o lado reverso) e fui transportado para um mundo mágico, mítico e mitológico de Deuses e Deusas do Oriente.  

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