Depois da ascensão da montanha Kinabalu, as pernas ressentiram-se do esforço despendido, principalmente o tornozelo esquerdo que ficou com um inchaço considerável e como tal, antes de partir para Sepilok tive dois dias mais repousados na base da montanha e nas imediações do lodge.
Durante a semana e como o inchaço não desapareceu com o tempo, os dias em Sepilok ficaram marcados por uma ida ao médico em Sandakan que me revelou que a causa deste inchaço, era um agente externo – possivelmente algum inseto ou bactéria. Por esse motivo, apesar dos dias serem fisicamente mais tranquilos, foram mentalmente mais stressantes, pois tinha um segundo curso de mergulho já marcado em Semporna – nas imediações das ilhas de Sipadan e Mabul – e o médico não me aconselhava a mergulhar, caso o tornozelo não voltasse ao normal.
De qualquer modo e nos quatro dias passados em Sepilok ainda deu para ver nas imediações do lodge uns crocodilos “velhacos” e uma bonita e elegante ave branca; fazer duas visitas ao RDC (Rainforest Discovery Center) onde tive novamente contato com uma floresta tropical e com o seu ambiente verde, quente e extremamente húmido – cheirinho a selva; mas principalmente fazer duas visitas ao centro de proteção dos Orangotangos, onde tive a oportunidade de observar pela primeira vez estes bonitos primatas. 🙂 Neste centro, a maioria são órfãos e como tal, têm de ser ensinados a alimentarem-se e a tornarem-se independentes. O problema é que de todos os primatas, os orangotangos são os mais dependentes da progenitora e como tal o caminho para a completa reabilitação é moroso e exigente.
Apesar de alguns deles parecerem bastante debilitados, foi bom observar e aprender que estes animais estão a ser tratados com toda a dignidade possível. Mas o melhor de tudo, foi sem dúvida ter a oportunidade de ver as traquinas crias juntamente com as extremosas mães. Comovente… encantador! 🙂 Saí de Sepilok, muito FELIZ e a sentir que estava num sonho. Sonho esse, que tinha o nome… Bornéu! 😀