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Crónicas Fotografia O 1º Dia

Encontro em Macau

Na Tribuna de Macau fui recebido calorosamente pelo JRD com quem estive cerca de quarenta minutos à conversa e combinámos reencontrar-nos às 20.00 para jantar. 🙂 Desse modo e como tinha tempo continuei a visitar a cidade.

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Perto da biblioteca Sir Robert Ho Tung encontrei uma verdadeira praça Portuguesa, com direito a quiosque verde e tudo. 😉 Enveredei então pela rua do Gamboa onde encontrei o Seminário de São José e a igreja de São Lourenço e depois segui pela rua do Padre António até à agradabilíssima praça do Lilau, subi até à igreja de Nossa Senhora da Penha e do seu miradouro pude ver a torre de Macau e a ponte Sai Von. Daí desci até ao templo da Barra (ou A-Má) e na rua batizada com o mesmo nome observei o bonito Quartel dos Mouros – datado de 1874. 🙂

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Voltei à praça Lilau donde parti em direção aos lagos Nam Vam e aí pude observar o skyline – ou parte dele – de Macau. Segui até encontrar a avenida da Praia Grande e na avenida do Comércio de Macau entrei no meu primeiro casino, o Grand Emperor onde pude  observar o luxo e o clima que rodeia as mesas de jogo, principalmente Bácara. Na avenida Dr. Mário Soares encontrei a estátua de homenagem a Jorge Álvares – primeiro português a pisar Macau – e já na praça do Senado aguardei pela hora marcada ao mesmo tempo que vi a luz do dia a metamorfosear-se… 🙂

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Crónicas Fotografia O 1º Dia

Back to HK. D(epois).P(ortugal).

No regresso a Hong Kong (HK), a cidade voltou a receber-me calorosa e abafadamente e o sentimento de destilação apenas era aliviado em locais onde havia ar condicionado. 😛 Nas ruas, fui serpenteando pela turba humana, pelos carros, elétricos e autocarros e tirando fotografias aos edifícios, aos habitantes, aos mercados de rua -comida, roupa e bugigangas – aos templos e ao movimento incessante e frenético, que apenas acalmou quando cheguei às imediações do emblemático Victoria Peak.

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A ascensão para o “pico” de HK pode ser feita no famoso elevador/elétrico ou a pé, mas como o Kiri é um tipo poupado mas que não se poupa, a subida foi encetada pelo próprio pé. 😛 A ascensão foi agradável e se no primeiro momento o caminho foi linear pois acompanhava o carril do elevador, finalizado o primeiro terço este mudou e transformou-se num trilho serpenteante que passava por áreas residenciais e zonas verdes. À medida que a vista sobre a cidade, abriu, abriu… abriu, a panorâmica da cidade começou-se a revelar: edifícios, baía, céu azul, piscinas. 🙂 As indicações desapareceram e na parte final do trajeto tive que recorrer a um mapa, à bússola, ao pedido de indicações e ao meu sentido de (des)orientação. Quase no topo fiz um atalho qual Indiana Jones e perdi-me momentaneamente, porém e graças a esse pequeno contra-tempo tive a oportunidade de ver o outro lado de HK e o seu lado mais selvagem e natural – paisagem verde de florestas, mar, baías e enseadas – a ponto de pensar se estaria de facto na mesma cidade. 😉

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Quando finalmente cheguei ao pico, estava feliz pois tinha concretizado o meu objetivo e maravilhado com a bela vista sobre a cidade. 😀 Posicionei-me para o entardecer e à medida que fui tirando fotografias conheci Carlos – Peruano emigrado no Canadá – e Sebastián – Argentino – e com eles encetei uma conversa muito interessante sobre economia, países, viagens e profissões. 🙂 Na despedida do Victoria Peak, dei mais uma mirada à cidade iluminada e acenei um adeus à única cidade que teve um A(ntes) e um D(epois) e no meio a palavra Portugal. 😉

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Reflexões

Dias em Portugal

Durante os dezanove dias em que estive em solo Luso, fiz uma grande surpresa a toda a gente e fiquei radiante por ter proporcionado alegria à minha família, M. e amigos. Como não ficar FELIZ por proporcionar felicidade a quem nos ama? 😀 Para além de distribuir felicidade, passei o máximo tempo com as pessoas, comi a deliciosa comida do nosso país, o meu organismo resolveu o problema da malfadada hemorróida  após uma segunda consulta já em Lisboa – fui ao dentista, toda a bagagem levou uma limpeza profunda e foi reestruturada ligeiramente, engordei um par de quilos, resolvi algumas burocracias que tinham ficado pendentes aquando da minha partida, acabei de escrever o meu primeiro diário da viagem, fiz um backup das fotografias e instalei programas em português, apanhei uma multa – por ausência de documentos – soube que uns amigos meus iriam ser pais e outros casar e… amei e fui amado. 😀 Esta viagem foi completamente inesperada mas muito, muito gratificante e só posso dizer: “Obrigado por TUDO! M., família e amigos!”

 P.S. – Escrito no voo de regresso a Hong Kong (Lisboa – Amesterdão).

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Crónicas Fotografia

Regresso à Cozinha

Ao longo do dia fomos acertando agulhas no sentido de fazermos um jantar para toda a gente – staff do hostel e para nós – e quando voltámos ao centro da cidade e posteriormente ao hostel a decisão já estava tomada. Por isso, assim que chegámos, largámos as malas e partimos em direção do supermercado com o objetivo de comprarmos os ingredientes para o repasto e no caminho ainda deu para ver uma bonita praça com uma pagoda e o sol poente refletidos na água. Belo! 🙂 No supermercado e enquanto andávamos a decidir que ingredientes comprar, estava FELIZ! 😀 Estava mesmo feliz, com a possibilidade de voltar a cozinhar e inventar novos sabores, ainda para mais porque iria fazê-lo para nativos do país que estou a visitar. No caminho de regresso disse à Shue que tinha gostado muito de ter passado o dia com ela, e ela por sua vez, disse-me que para si o dia fora muito “rico“. Claro que fiquei contente e orgulhoso. 🙂

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A confeção do jantar foi divertida e quando demos por nós já estávamos a alimentar seis pessoas – no início eramos quatro, mas juntaram-se mais dois rapazes que andavam a viajar pelo país de bicicleta – e a ementa final consistiu em: arroz; sopa de tomate e ovo; ovos com cebola e chili; batata doce e cenoura (minha autoria); “talisca” com alho francês, cebola e chili; um prato de chilis verdes “venenosos”; Ah! E snickers e fruta para sobremesa. Foi um belo jantar! Cheinho de comida saborosa e “combibio”. 😀

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Crónicas O 1º Dia

De Mal… a Melhor

A chegada ao hostel de Shaoxing não começou muito bem. Primeiro o rapaz da receção não percebia inglês, depois a minha reserva não estava no registo Mau! Porém e depois da chegada duma rececionista, as coisas encarrilharam e depois de um telefonema para o patrão, lá foi resolvido o problema e fiquei com um quarto individual ao preço do dormitório! Merci! 🙂

IMG_0849 (FILEminimizer)Depois de colocar a bagagem no quarto, voltei ao hostel ficando a conversar com uns chineses de Xangai e comi uma tigela de sopa feita por eles – este foi o primeiro hostel que vi no país com cozinha. 🙂 Enquanto conversava com a rececionista e lhe mostrava algumas fotografias da China, apareceu uma rapariga chinesa – Shue Tien Yuen, de seu nome – que tinha um trajeto exatamente igual ao meu durante essa semana – chegou vinda de Xangai no mesmo dia, iria para Hangzhou no mesmo dia e partiria daí no mesmo dia e não pudemos deixar de sorrir com tanta coincidência 🙂 – e com quem combinei visitar a cidade, no dia seguinte.

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Crónicas Fotografia O 1º Dia

Arranha-Céus, Encontros e Reencontros

em Xangai dirigi-me a um hostel especial… voltei a reencontrar Chen e conheci a sua família – o pai, a esposa que estava grávida e a filha de dois aninhos. Na altura de pagar o alojamento, fez-me um mega desconto e deixou-me à vontade para ficar o número de dias que desejasse. 🙂

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Entretanto não sentia o corpo muito confortável mas sabia que tinha de comer, desse modo Chen mandou um empregado do hostel comigo para comprar Qi Fang – comida muito suave à base de um caldo com arroz. Quando voltei e enquanto comia estivemos a conversar durante um bocado, mas depois ele teve de ir tratar de uns assuntos relacionados com umas remodelações que andavam a fazer no átrio do hostel e fui até ao quarto pôr a bagagem e preparar uma pequena mala, para partir à descoberta da cidade. E aí… conheci Roberto, italiano de Pádua, emigrante na China, Engenheiro Civil e… desempregado! :/ Parece piada mas é verdade, nem num país onde só vejo gruas existe trabalho!? E estivemos a conversar durante quase uma hora.

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Apesar de sentir o corpo um bocado lento parti face à cidade desconhecida e ao percorrer a avenida de Pudong, vi os arranha-céus do centro financeiro a agigantarem-se e a “aproximarem-se” de mim. Durante essa tarde deambulei pelo centro financeiro e por entre as suas torres de aço, betão e vidro, “parti o pescoço” a fotografar as mesmas. 🙂  

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Entretanto por volta das 18.00 meti-me no metro e dirigi-me para Dong´An, onde tive o meu segundo reencontro do dia, desta feita com Adam (o rapaz palestiano que conheci em Pequim e que agora estuda mandarim em Xangai) e quando nos vimos abraçámo-nos calorosamente. Juntos jantámos, aliás ele jantou e eu tentei, pois quando estava a comer os meus noodles – que eram bastante soft – senti-me repentinamente indisposto e em pleno restaurante comecei a vomitar – felizmente as mesas dos restaurantes na China têm baldes de lixo aos pés das mesas 😉 – e depois de sair para o exterior, continuei a vomitar. No entanto aquele vómito fez-me bem e senti o meu organismo mais aliviado. 🙂

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Do restaurante seguimos novamente para a zona do centro financeiro e no meio da conversa que fluiu naturalmente, porque nos entendemos verdadeiramente, fui tirando fotografias aos mesmos edifícios, agora iluminados e a “faiscar”. O ambiente envolvente era espectacular e cosmopolita… 😀 e o reencontro foi realmente sentido, pois antes de nos despedirmos “prometemos” voltar a reencontrar-nos antes de eu partir definitivamente de Xangai.

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Crónicas Fotografia O 1º Dia

Reencontro e Despedida em Suzhou

Em Suzhou reencontrei a Yue – rapariga que conheci em WulingYuan  e o meu primeiro dia na cidade foi passado com ela. 🙂 Enquanto comíamos uns Sheng Jian Bao absolutamente divinais, falámos sobre distintos conceitos de beleza, por exemplo na China e outros países orientais associa-se a beleza das pessoas à cor branca e nos países ocidentais associa-se a beleza e a saúde das pessoas à cor morena.

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Terminados os assuntos de beleza e gastronómicos rumámos ao belo museu de Suzhou e muito possivelmente última obra de I.M. Pei – único arquitecto de origem chinesa realmente famoso e que passou grande parte da sua infância nesta cidade – e daí seguimos até ao jardim mais afamado da cidade: The Humble Administrator´s e também o mais dispendioso… 😛 De qualquer modo foi uma bela visita e o jardim vale de facto a pena, e se existir algum defeito a apontar só o excessivo número de turistas e franceses… 🙂 Antes de nos despedirmos ainda passámos por Pingjiang Road que é uma zona da cidade bastante agradável, tranquila e que fica nas proximidades de uns canais, onde a Yue me mostrou um café/livraria/papelaria onde é possível enviarmos postais a nós próprios com anos de diferença, ou seja, podemos enviar um postal hoje e recebê-lo daqui a dez anos, por exemplo… o máximo! 😉

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Como a Yue tinha uma festa de aniversário, não pudemos jantar juntos e quando demos um abraço sentido ficámos na dúvida se aquela era a nossa despedida definitiva e se seria a última vez que nos veríamos. :/

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P.S. – Combinámos reencontrar-nos no dia seguinte mas apenas e caso ela conseguisse ter algum tempo disponível, uma vez que andava com prazos apertados na faculdade.

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Crónicas Em trânsito

A Bondade dos Desconhecidos

Quando cheguei a Wuchang já passava da meia noite e meia e o senhor que conheci no comboio, levou-me até à estação autocarros e disse-me para aguardar ali. Estava frio, bastante frio e à minha volta havia muito “ruído de fundo” com chineses a tentar forçar “negócios” de transportes. :/ Nesse local e enquanto esperava conheci outro chinês (Zhang Shu) que estava em camisa porque ofereceu o casaco à namorada e imediatamente abri a minha mala e ofereci-lhe um casaco. Ele ofereceu-me um cigarro! 🙂 E ficámos a conversar enquanto esperávamos pelo autocarro. Como estava muito frio, ele convenceu-me a apanhar um “táxi-carrinha” com eles para a estação de comboios de Hankou e durante aquela viagem noturna, cidade dentro falou-me dos seus problemas e da pressão exercida à sua volta: sociedade, família e tradição, o que esperam dele e eu tentei animá-lo. Na despedida ele pagou-me o táxi e eu senti mais uma vez a bondade dos desconhecidos a aquecer-me o coração e a alma. 😀

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Crónicas O 1º Dia

Juan, Viva México!

Durante a tarde e depois de contar ao Juan a minha “teoria” acerca dos Hans e do seu “gosto” particular pelas etnias minoritárias, fomos a um atelier de pintura, que utiliza cera na composição dos trabalhos e ficámos estupefactos com a qualidadebeleza do que vimos. 😀 Continuámos a passear juntos e enquanto o fazíamos conversámos, conversámos… conversámos. Era notório o nosso entendimento! 🙂

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Fomos deambulando sem objetivos e depois de vermos as “famosas” danças e coreografias de final de dia, demos conta que já era de noite e fomos jantar. Depois do mesmo, fomos beber umas cervejas e fumar para a porta do hostel enquanto esperávamos por “Linda” e pelo seu final de turno e quando ela se voltou a juntar a nós, demos um pequeno passeio. Depois de ela se despedir, fomos comprar mais cervejas e continuámos a conversar, a conversar… e nesse altura tentei ajudar o Juan a organizar o seu trajeto na China – uma vez que ele apenas dispunha de um mês de visto – trocámos os contactos e deitámo-nos já depois das 2.00 e de todo este cardápio. Gracias Juan, pela conversa! Gracias mi amigo! Viva México! 😀

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Crónicas Fotografia

WulingYuan Floresta de Pedra

Ato V – Reencontro na Montanha

O último dia começou quando apanhei o autocarro e fui largado exactamente no mesmo local onde tinha chegado na tarde/noite anterior e logo no início do trilho, a primeira ponte estava guardada por macacos que felizmente não me arreliaram. 🙂 Desta vez o caminho foi feito em sentido ascendente, sendo por isso mais duro, mas ao mesmo tempo mais relaxado, pois já não havia a pressão do tempo associada e durante a ascensão fui observando com atenção o verde da “selva” e os picos que me rodeavam.

IMG_8035 (FILEminimizer)A ascensão durou hora e meia e quando cheguei ao topo dei de caras com a chinesa do dia anterior. 🙂 Quando nos reencontrámos, rimo-nos da coincidência e ficámos a conversar um pouco. Vim a saber que ela era de Suzhou e ao trocarmos os e-mails ficou combinado encontrarmo-nos lá e que ela seria minha cicerone na cidade. 😉

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