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Citações Reflexões

Sabedoria de Viagem de Henry Fielding II

Para fazer de um viajante uma companhia agradável para um homem sensato, é necessário não só que ele tenha visto muita coisa mas também que tenha feito vista grossa a muito do que viu. A natureza, tal como um grande génio, nem sempre é admirável nas suas produções e, por isso, o viajante, a que se pode chamar comentador, não deve estar à espera de encontrar em toda a parte assuntos em que valha a pena reparar.

Henry Fielding in, Voyage to Lisbon (1755)

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Citações Reflexões

Sabedoria de Viagem de Henry Fielding

Se os costumes e os modos dos homens fossem iguais em toda a parte, não existiria ofício tão desinteressante como o de viajante: porque a diferença dos montes, dos vales e dos rios; em suma, as várias vistas que podemos ter da face da Terra, dificilmente lhe dariam prazer que valesse o seu esforço…

Henry Fielding in, Voyage to Lisbon (1755)

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Citações Reflexões

Viagem Aérea

Uma jornada de comboio é viagem; tudo o resto – especialmente aviões – é transporte, começando a viagem quando o avião aterra.

Paul Theroux in, Grande Bazar Ferroviário

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Reflexões

Rota SW

Epílogo

O filtro estilhaçado custou-me! Não o nego. Porém, analisando esse momento friamente, tal revelou-se apenas numa perda monetária. A Rota Vicentina foi muito mais do que isso! Uma travessia inesquecível, que durou oito dias – contando com o dia de descanso -, na qual percorri quase duzentos quilómetros – cento e noventa e oito, para ser exato! 🙂 – e que me levou por uma das paisagens mais belas singulares do nosso país. Paisagem essa que já conhecia, mas que agora foi explorada de um modo mais profundo e memorável, sendo o único efeito físico colateral as famosas bolhas. 😛

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Voltar novamente à “estrada”, ainda que por um curto período deixou-me verdadeiramente FELIZ e animado. Não há muitas dúvidas. Viajar faz realmente parte de mim. 😀 Tenho é de conseguir encontrar um modo, uma saída em que a Viagem e a Vida Profissional se unam, uma vez que gostando muito ou pouco do conceito de dinheiro e do seu significado, a realidade é que não existe ninguém que viva do ar. 🙂 Em maior ou menor escala, todos os seres humanos precisam dele, seja o monge que medita ou reza no mosteiro, o pescador que pesca no lago, no rio ou no mar, o agricultor que planta a terra…

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Citações Reflexões

Turismo e Excursão II

Depois de ter ganhado uma grande quantidade de dinheiro, um homem torna-se mau ouvinte e um turista impaciente.

Paul Theroux in, The Pillars of Hercules

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Citações Reflexões

Turismo e Excursão

O luxo é inimigo da observação, um prazer dispendioso que induz uma sensação tão boa que não reparamos em nada. O luxo estraga-nos e infatiliza-nos e impede-nos de conhecer o mundo. É esse o seu propósito, a razão pela qual os cruzeiros de luxo e os grandes hóteis estão cheios de imbecis que, quando exprimem uma opinião, parecem ser doutro planeta. Também sei por experiência própria que um dos piores aspetos de viajar com pessoas ricas, à parte dos ricos nunca ouvirem, é estarem constantemente a queixar-se do alto custo de vida – na verdade, os ricos queixavam-se normalmente de serem pobres.

Paul Theroux in, Comboio Fantasma para o Oriente

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Citações Reflexões

A Necessidade de Mobilidade II

A saudade de casa é uma sensação que muitos conhecem e de que muitos sofrem; eu, por outro lado, sinto uma dor menos conhecida, e o seu nome é «saudade de estar fora». Quando a neve derrete, quando chegam as cegonhas e partem os primeiros vapores, sinto a dolorosa agitação de viajar.

Hans Christian Andersen in, Carta de 1856, citada em Jens Andersen, Hans Christian Andersen (2005)

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Citações Reflexões

Viagem como Transformação

A viagem é fatal para o preconceito, a intolerância e a estreiteza de espírito, e muitos dos nossos precisam urgentemente dela por causa dessas coisas. Visões largas, sadias e benevolentes de homens e coisas não se podem adquirir vegetando toda a vida num cantinho da Terra.

Mark Twain inInnocents Abroad (1869)

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Crónicas Em trânsito O 1º Dia Reflexões

Rota SW

Ato I – Em trânsito: A Caminho de Porto Covo

Naquele primeiro dia de Primavera e de eclipse solar, que apenas consegui visualizar quando as nuvens filtraram a luz mortiça do astro rei, enquanto aguardava na estação rodoviária e ao observar o enorme desgaste do pavimento, não pude deixar de pensar nos milhares pessoas que lá passaram e nas viagens que aí se iniciaram.

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A bordo do expresso que me levou até Porto Covo, escrevi a maioria das notas que originaram o post: Na “Terra do Bacalhau” e fiz uma retrospetiva pós Noruega. Depois do objetivo principal – procura de emprego – ter falhado, virei agulhas para a ilha de Sua Majestade Isabel II e passados alguns meses a enviar “postais” tive duas entrevistas presenciais – Sheffield e Bedford -, que se revelaram infrutíferas. Confesso que no presente, me sinto com dúvidas em qual área devo investir – engenharia/viagens – e que essa mesma dúvida me tolda, ou me vai toldando o espírito. E eu não gosto desta indefinição! :/ Em termos profissionais este é o panorama atual. No campo pessoal, por outro lado é o oposto. Estou com a M. e sinto-me feliz ao seu lado. Tenho a certeza que ela é um dos meus portos de abrigo e este é o nosso melhor período, desde sempre. 🙂

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“Agora a caminho das imediações da “terra da paz“, estou determinado a percorrer a pé a distância que separa Porto Covo do Cabo de São Vicente. Sinto-me bem. Estou de volta à “estrada”, desta feita em solo luso, com o monstrinho às costas e vamos ver como o meu corpo vai lidar com o esforço físico. De qualquer modo, as recompensas estão ao virar de cada enseada, falésia e praia, e como sempre: o caminho faz-se caminhando”. 😀

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Dicas Reflexões

Rota SW

Prólogo

Desde que regressei a Portugal, de tempos a tempos pensava na Rota Vicentina e no seu significado. A chegada ao Cabo de São Vicente, o antigo fim do Mundo! Isso antes de “nós” Portugueses iniciarmos a época dourada dos Descobrimentos. 🙂 Depois de receber mais uma “nega” britânica, resolvi que aquele era o momento ideal para regressar à “estrada” e limpar um pouco a mente de pensamentos menos otimistas. Desta feita e ao contrário da odisseia asiática, o monstrinho seria carregado de forma contínua ao longo do caminho, por isso na altura de tomar decisões sobre o que realmente levar, o PESO ainda foi um fator mais importante e tido em consideração. Como sempre, o processo de empacotamento foi um processo evolutivo, aqui fica a lista de itens que levei comigo:

PESO TOTAL (sem água e comida incluídas): 12 kg

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