Em Ubud – pode encontrar mais aqui – que é considerado o centro espiritual de Bali, visitei o santuário sagrado da floresta dos macacos que está repleto de símios impertinentes e agressivos – como qualquer local da Ásia em que os macacos convivam com os turistas -, vi bonitos e serenos templos, lojas de artesanato – esculturas em pedra e madeira, pintura, mobiliário, decoração, quinquelharia – e os terraços de arroz que não se revelaram nada de extraordinário, mas nos quais tive a felicidade de observar uma cerimónia em que estudantes envergavam coloridos e tradicionais trajes balineses.
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Uma Geografia. Uma Fotografia: Mengwi
Depois da deceção que tivemos na visita ao templo de Ulan Danu em Bedegul, regressámos a Denpasar. Durante a viagem e nas imediações da vila de Mengwi, visitámos o bonito Pura Taman Ayun – pode encontrar mais aqui. Aí, pudemos observar um templo inserido numa área ajardinada bem cuidada repleta de árvores, flores e rodeada de água, construções em pedra e tijolo alaranjando, estátuas de deuses e guardiões e este artista que pintava serenamente…
Uma Geografia. Uma Fotografia: Bedegul
Nos dias que estive em Bali na companhia de Manu, fui duas vezes até Bedugul – pode encontrar mais aqui – em busca do templo Ulun Danu. Na primeira tentativa estava um nevoeiro tão espesso, que se revelou impossível fazer a visita. Na segunda, tivemos mais sorte mas o local revelou-se uma enorme deceção, que o Manu resumiu na perfeição: “este templo não merecia uma visita, quanto mais duas!”. Porém, como nem tudo em viagem se resume felizmente, a visitas a templos e palácios, à medida que viajámos para norte tivemos a felicidade de encontrar verdes arrozais, observar os estéticos e imaculados trajes tradicionais e a bonita arquitetura balinesa, em que as casas tem tantos elementos associados ao hinduísmo que se chegam a confundir com a incrível quantidade de templos existentes, mas principalmente, pudemos contactar pela primeira vez com os educados e simpáticos balineses, fora da profana zona de Kuta.
No lago de Maninjau – pode encontrar mais aqui – tive a companhia de Manu e juntos observámos as mudanças fascinantes da paisagem – os dias amanheciam claros, radiosos e dourados e à medida que as horas passavam o céu começava a cobrir-se de nuvens e sombras, a ponto de parecer que estávamos num local, completamente distinto; visitámos uma cascata no meio da floresta, na qual tomámos banho pelados e para lá chegar percorremos um trilho verde e lamacento, junto a um pequeno riacho; comunicámos com uns camponeses no meio de um arrozal, graças ao seu i-phone… em Maninjau, tive a oportunidade de falar muitas horas com o Manu e ver quão semelhantes somos em tantas coisas, mas principalmente ao ouvir parte da sua história de vida, ganhei a noção de como as pessoas podem realmente mudar.
Em redor de Bukittinggi, outro dos locais que visitei, aliás que tentei visitar, foi o vale de Harau, nas imediações da cidade de Payakumbuh – pode encontrar mais aqui. Porém, o que à primeira vista parecia simples, revelou-se uma tarefa “impossível” devido aos múltiplos contratempos que tive com os transportes: bilhetes hiper inflacionados, longas discussões de preços, múltiplas conexões e desconexões, carrinhas/autocarros a cair aos bocados e longuíííííííííííííííííííssimas esperas! Tudo somado resultou num passeio surreal passado em Sumatra, onde a lógica se torna ilógica e o caos passa a comandar as situações do quotidiano. Neste dia esperei e MUITO, irritei-me, praguejei, ri-me e aprendi uma importante lição: em Sumatra há que ter tempo para viajar e uma paciência de Jo.
Depois da visita ao palácio real em Pagaruyung, conheci Revi Suhendi, um ojek – condutor de táxi-mota – extremamente amistoso e caloroso que me levou a “passear” em redor da vila de Batu Sangkar – pode encontrar mais aqui. Desse modo, tive a oportunidade de observar a muito verde paisagem campestre, repleta de plantações, arrozais e afáveis camponeses. Na despedida tirámos um retrato juntos e fiquei a saber que amigo, na língua Indonésia se diz SUKA.
A cerca de quarenta quilómetros de distância da cidade de Bukittinggi, em Pagaruyung – pode encontrar mais aqui – encontrei o coração da etnia matriarcal/patriacal dos Minangkabau e visitei o agradável complexo do palácio real, onde pude encontrar arquitetura autêntica e coloridos trajes tradicionais.
Em Bukittinggi – pode encontrar mais aqui – conheci Manu, um rapaz espanhol que também estava a viajar a alguns meses na Ásia. Na cidade, ademais de comer deliciosos martabaks, fui acordado todas as noites as quatro da manhã com cânticos, não de uma, mas de duas mesquitas, passeei na caótica e animada zona do mercado, na muralha de Kato Gadang, em Siank Canyon e no Panorama park donde tive uma visão mais elevada sobre verdes vales e montanhas em redor.
Após três horas em modo de espera em Teluk Dalam, estava finalmente a caminho da ilha de Telo – pode encontrar mais aqui. Num pequeno barco, fiz uma travessia vagarosa que durou aproximadamente seis horas e durante a mesma, continuei a dormitar, escrevi no caderno, tirei fotografias em meu redor, observei os nativos numa pescaria artesanal e fui “enganado” múltiplas vezes, pensando que estava a chegar ao meu destino – como navegávamos em pleno arquipélago de Batu, a identificação da ilha de Telo, tornou-se um verdadeiro desafio.
Na travessia noturna para a ilha de Nias – pode encontrar mais aqui – para além das horas que dormitei, vi as plataformas do ferry a ficarem repletas de pessoas e bagagens, sentindo o adensar de um ambiente barulhento, quente e fumarento. Na chegada à cidade de Gunung Sitoli, já tinha arranjado uma carrinha para Teluk Dalam, uma pequena vila piscatória, no sul da ilha. Foi assim que Nias, ficou marcada por essa viagem em ritmo “prega fundo”, ao nascer do dia, na qual pude observar centenas de crianças vestindo uniformes imaculados a caminho da escola e uma paisagem que misturava selva, plantações tropicais e praias…








