Na travessia noturna para a ilha de Nias – pode encontrar mais aqui – para além das horas que dormitei, vi as plataformas do ferry a ficarem repletas de pessoas e bagagens, sentindo o adensar de um ambiente barulhento, quente e fumarento. Na chegada à cidade de Gunung Sitoli, já tinha arranjado uma carrinha para Teluk Dalam, uma pequena vila piscatória, no sul da ilha. Foi assim que Nias, ficou marcada por essa viagem em ritmo “prega fundo”, ao nascer do dia, na qual pude observar centenas de crianças vestindo uniformes imaculados a caminho da escola e uma paisagem que misturava selva, plantações tropicais e praias…
Categoria: Fotografia
Depois da visita feliz ao lago Toba, parti numa odisseia – pode encontrar mais aqui – para chegar à ilha de Tanahmasa. Sibolga representou a cidade costeira onde contactei o simpático Mr. Beng Beng – um amigo de Luke – que foi o meu “jarbas” na cidade e me ajudou a comprar o bilhete para o ferry que estava de partida para a ilha de Nias.
Tal como nas vilas de Tuk-Tuk e de Tomok – pode encontrar mais aqui – em Ambarita continuei a visitar o coração e alma da tribo Batak. Nessa aldeia deparei-me em vários locais, com as denominadas cadeiras do “Poder”, antigas áreas onde um conselho de anciões se reunia e onde tomava decisões importantes e vitais para a sua tribo.
Uma Geografia. Uma Fotografia: Tomok
Ainda na ilha de Samosir – pode encontrar mais aqui – continuei a penetrar no mundo tribal, extraordinário e misterioso do povo Batak. Na vila de Tomok visitei casas tribais “ricamente” decoradas, o túmulo em pedra do antigo rei – no qual tive de usar um tradicional ikat – e um museu onde encontrei máscaras e estátuas de madeira escura, ikat´s coloridos, artefactos e tradições ainda preservadas.
Já na ilha de Samosir – pode encontrar mais aqui – bem no coração da tribo Batak passei dias tranquilos e lentamente continuei a penetrar naquele mundo tribal, extraordinário e misterioso. A pé percorri a vila de Tuk-Tuk e ao percorrê-la, observei e senti a tranquilidade da paisagem rural que me rodeava: os campos de cultivo, os arrozais, as cascatas, as enormes e verdes colinas e o azul do sereno Toba.
Após o repasto de Tanging, partimos para a margem oeste do lago Toba – pode encontrar mais aqui – e ao percorrê-la, encontrei: uma paisagem de neblina a correr em verdes colinas e encostas, árvores, múltiplas cascatas, pintainhos, casas Batak, tecelagem de ikat´s tradicionais, pequenas aldeias repletas de amistosos nativos e alegres crianças e… tive o privilégio de assistir a uma importante cerimónia Batak – que ocorre de dez em dez anos – onde a dança e a música assumiam um ritmo absolutamente hipnótico.
Depois da paragem tribal em Dokan, a viagem até ao lago Toba continuou. No caminho pude observar a beleza natural – uma gigantesca cascata, o azul do lago, os verdes dos montes e dos pinheiros, os amarelos das flores – que rodeava a aldeia de Tanging – pode encontrar mais aqui. Aí, para além de observar uma curiosa pescaria, deliciei-me com um fresquíssimo peixe na grelha, acompanhado de um picante caseiro bombástico e descobri o “fabulástico” sumo de abacate, que se tornou uma espécie de revelação.
A caminho do lago Toba, percorri um longo caminho, penetrando lentamente no coração e alma do povo Batak, uma antiga tribo canibal que foi convertida maioritariamente ao cristianismo. Na pequena aldeia de Dokan – pode encontrar mais aqui – visitei uma casa tradicional, onde viviam oito famílias, sendo-me explicado os “símbolos” – osgas, cornos de búfalos… – que decoram o exterior das habitações Batak e as protegem dos espíritos funestos.
O Gunung Sibayak – pode encontrar mais aqui – representou a minha primeira oportunidade de escalar um vulcão, sendo o trekking até ao topo realizado numa encosta coberta de selva – lama e zonas barrentas, vegetação cerrada, muitos obstáculos e troncos caídos – com breves períodos de chuva leve e uma temperatura agradável. Na chegada à cratera, encontrámos um misto de castanhos, verdes e cinzentos e passados alguns momentos, quando começou a chover torrencialmente, a paisagem tornou-se surreal: as rochas de múltiplas cores – acinzentadas, acastanhadas, esverdeadas e avermelhadas -, a formação de rios e cascatas no meio do trilho, o contraste entre o vulcão “fumante” e o dilúvio! Belo e memorável.
Na cidade de Berastagi – pode encontrar mais aqui – localizada nas frescas terras altas do Karo, vi igrejas, mesquitas, camponeses e cenouras… muitas cenouras; visitei a zona do mercado, onde encontrei uma grande variedade de frutas e produtos desconhecidos, sentindo o calor e simpatia dos “nativos”; subi à colina de Gundaling de onde observei uma panorâmica da vila e já no topo, uma visão magnífica de… neblina e trevas.






