
Em Bagan, o astro rei despontava às 5.30 e neste local onde os dias são conhecidos por serem escaldantes, nada como subir ao topo de um templo na presença de “ninguém”, exceto dos meus companheiros bascos e de um nativo que nos guiou ao local, para ter a felicidade de observar aquela paisagem onde se viam centenas de templos em redor. Nas nossas primeiras horas em Bagan, visitámos alguns dos templos principais e destes, o que mais me agradou foi de Anada, principalmente o seu fabuloso interior com quatro budas gigantes em posição de pé! Na zona dos templos mais conhecidos, visitámos a pagoda dourada de Shwezigon e seguidamente a grande pagoda branca de Shwesandaw, donde avistámos na perfeição a seca planície e grande parte dos templos de Bagan. Já quase sem luz, chegámos às imediações do maior templo, o templo de Dhammayangyi e com uma grande trovoada a aproximar-se explorámos um bocadinho do mesmo, quais verdadeiros Indian Jones. Nos restantes dias, não tentei mais ver o nascer do sol, mas comecei sempre a minha jornada às 9.00. Num desses dias, tive a companhia de Noami e de Jaume – um simpático rapaz espanhol que conheci na guesthouse – e juntos tivemos um dia cheio de templos, pagodas, budas e saltos com direito a fotografias (com/sem chapéu de chuva colorido). No último dia em Bagan, fiz o meu percurso a solo e nesse dia muito cinzento e chuvoso, diverti-me bastante na procura dos templos que ainda não tinha visitado e tive momentos extraordinários: os espaços completamente desertos, as pinturas, as estátuas e os relevos espetaculares, a procura de caminhos escondidos para os telhados e as panorâmicas maravilhosas dos mesmos. Quando parti de Bagan, estava super FELIZ. Em termos culturais, poucas vezes estive na presença de algo desta magnitude, se é que alguma vez estive! O ambiente do local é memorável e encantador, e andar de bicicleta de templo em templo é uma experiência inolvidável.