Depois das emoções vividas no Gunung Marapi ficámos a repousar durante o dia em Bukittinggi, até porque tudo indicava que no dia seguinte nos iríamos separar. A mim, esperava-me um longuíssima viagem para a vila de Kersik Tua nas imediações do vulcão mais alto da Indonésia, o Gunung Kerinci – 3805 m – e o Manu queria ir até à ilha de Siberut, no arquípelago das Mentawai. Porém nesse dia, fiquei a saber que tinha havido um terremoto nas imediações da zona do vulcão e o meu plano ruiu literalmente, uma vez que tentar a ascensão poderia revelar-se perigoso, devido ao risco de erupção.
Às 7.00, acordei a pensar nas minhas opções e cheguei à conclusão que podia voar de Padang diretamente para Jakarta – ilha de Java – ou alternativamente ir até ao lago Kerinci e voar de Jambi para o mesmo destino. A verdade é que ao pequeno-almoço ao falar com o Manu, surgiu uma terceira opção, partir com ele para a ilha de Siberut, porém e antes de sairmos da guesthouse, recebemos a informação que apenas teríamos barco dali a dois dias. Plano afundado! 😦 Sem a possibilidade de ir a Siberut, o Manu decidiu que iria para Bali e eu fiquei de o acompanhar até ao aeroporto de Padang.
A verdade é que durante a viagem, comecei a pensar, a pensar… e quanto mais pensava mais motivos válidos encontrava para ir para Bali com o Manu! Assim que tive certezas, transmiti-lhe a minha ideia e ele ficou radiante por continuarmos juntos durante mais uns dias. 😀 Já no aeroporto comprámos os nossos bilhetes e aguardámos durante umas horas pelo embarque. Porém e antes de o fazermos, tivemos de pagar uma taxa que o governo da Indonésia cobra a todos os passageiros para voar – voos nacionais ou internacionais! – o denominado “assalto” legal!
Para chegar à ilha de Bali, tivemos de efetuar dois voos, fazendo escala em Jakarta e se do primeiro não há referências especiais, o segundo permitiu-me ver o radioso despontar do dia, campos verdes – ficando com a ideia que a ilha de Java é um território bastante fértil – montanhas e florestas na névoa, o impressionante cone do vulcão Bromo rodeado de nuvens, um mar de nuvens brancas e douradas, montes azul petróleo, o céu a ficar ligeiramente rosado, azulado e prateado, o oceano de múltiplos azuis e verdes, e observar a curta distância que parece separar as ilhas de Java, Bali e Sulawesi. Na chegada ao aeroporto de Denpassar, vi uma mistura de azuis e reflexos espelhados na água e pensei que tão bela como aquela paisagem, só a liberdade do improviso! 😀