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Dias em Sintang & Travessia para Tanjung Puting

Na chegada à casa de Doni, depois daquela viagem cansativa e molhada, reparei que tinha a mochila encharcada! Causando-me uma imediata preocupação, o delicado Wayang comprado em Yogyakarta (felizmente, sobreviveu bem ao banho forçado). Em Sintang, fiquei hospedado durante um par de dias, na companhia do meu cicerone e da sua adorável família, e durante esse tempo comi muito e bem, fumei como uma chaminé, conversei, repensei a minha rota e no facto de ter de voltar a Jakarta, devido à avaria da máquina fotográfica, fiz mais uma sessão de motivação na escola onde a esposa de Doni era professora, visitei o agradável museu da cidade, continuei a conversar com aquelas pessoas tão simpáticas, calorosas e amáveis e apanhei um autocarro que me levou de volta a Pontianak, numa viagem que demorou nove horas.

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À capital ocidental de Kalimantan, cheguei às 4.00, sem paciência para os incontáveis ojeks que me rodeavam. Comecei então a andar a pé, até uma zona mais tranquila e aí decidi apanhar um ojek para o porto de Seng Hei. Depois de comprar o bilhete, aguardei pela partida, mas antes da mesma conheci o irmão de Supriadi que era o segundo capitão do barco. 🙂 A viagem de cerca de oito horas até Ketapang, foi confortável e passou rapidamente, uma vez que durante a viagem aproveitei para atualizar a minha folha das despesas (excel), o meu caderno e escrever mais textos para o blog.

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Chegámos a Ketapang por volta das 15.00 e no desembarque fiquei dentro do barco. Aos poucos, a tripulação foi-me fazendo algumas perguntas e lentamente consegui transmitir-lhes que queria ficar a dormir com eles no interior do barco. Entretanto arranjaram-me um ojek de confiança (Mr. Houdini) e com ele fui até ao aeroporto comprar o bilhete para Pangkalabun, o meu próximo destino. Com esse assunto resolvido, voltei à zona do porto e durante o resto da tarde/noite estive em confraternização (falar, fumar, beber, comer…), arranjei graças ao Doni o contacto de Mr. Ani (um dos responsáveis pelo parque nacional de Tanjung Punting), comecei a preparar papéis para ir à embaixada de Myanmar (voos, hotel, extrato bancário…) e apesar de me deitar cedo, passei uma noite pouco descansada.

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Às 6.30, o Mr. Houdini já estava a apitar em frente do barco, apesar de apenas termos combinado às 7.00! 😛 A verdade é que essa situação foi benéfica, pois antes de seguirmos para o aeroporto, pedi-lhe para ele me levar até a um multibanco e assim fiquei descansado relativamente aos fundos. Antes do embarcar comi, atualizei o caderno, fiz o check-in (como a balança estava inactiva, não paguei excesso de bagagem), paguei a célebre taxa aeroportuária, “escrevinhei” mais um pouco para o blog, vi aviões a aterrar e a descolar, e embarquei rumo ao parque natural dos orangotangos e dos crocodilos. 😀

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Pontianak. Dia de Sorte na Linha do Equador

Sem grandes demoras e depois de comprar o bilhete, parti para Pontianak às 6.50 já com o contacto de Awi (um nativo que Sonja conheceu, aquando da sua passagem pela cidade). Na chegada, recolhi a bagagem, tentei ligar-lhe (sem sucesso) e comecei a andar na direção de Pontianak, para evitar os taxistas locais. Nesse momento, tive um momento de sorte, pois apanhei boleia de Surat (um senhor que trabalhava como engenheiro, na manutenção de aviões) para o centro. Para além dessa boleia, Surat ajudou-me a encontrar um hotel barato (Rahayu) e levou-me a tomar o pequeno-almoço no Hajis (um local famoso da cidade, principalmente pelo seu Rujak Juhi). 😀 Na despedida, deixou-me no cais turístico, com a indicação do preço a pagar ao barqueiro.

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Na travessia, a minha boa sorte continuou, pois conheci uma rapariga (Theresia) e as suas amigas, com quem fui até ao Tugu Khatulistiwa  (monumento do local, onde fica a linha do equador) sob o signo da sua “proteção”. 🙂 No regresso ao centro, encontrei-me com Awi, com que visitei uma casa tradicional da tribo Dayak, falei sobre Kalimantan (comecei a perceber, que o meu plano de cruzar a ilha de costa a costa, era demasiado ambicioso), almocei um Gado Gado, absolutamente divinal e combinei um reencontro para jantar.

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Quando voltei ao hotel, fiz o check-in e fiquei agradavelmente surpreendido com o quarto, pois este era amplo e arejado. Naquela tarde tranquila, quando procurava um local com internet, novamente a sorte a ajudar. Conheci MS., um simpático rapaz que me deixou usar a sede do seu partido político e que se prontificou a ajudar-me a apanhar o autocarro para Singkwang (nessa altura, graças novamente a Sonja já tinha o contacto de Supriadi, um professor de inglês que vivia nessa cidade! 🙂 ) durante a madrugada (ficou combinado que iria ter comigo ao hotel, dormiria lá e depois me levaria de mota até ao local da paragem).

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Entretanto, como combinado fui jantar com o Awi e fiquei com a certeza que a cidade de Pontianak, pode não ser um destino turístico, mas comida deliciosa? Essa existe em abundância! 😀 Para além da sua gastronomia, senti que esta, é uma cidade muito viva e cheia de movimento. Quando regressei ao hotel, apesar de anteriormente não ter “sentido” nada de estranho relativamente ao MS., comecei a pensar na disponibilidade que ele manifestou tão rapidamente. Assim, para me precaver de eventuais problemas, falei com a recepcionista para quando ele chegasse, ela lhe pedir a identificação. No serão, dormi um pouco e ao falar com ele percebi tudo, MS. era gay e queria “algo mais” do que amizade. Eu agradeci-lhe a disponibilidade, a coragem demonstrada, mas disse que não podia “ajudá-lo” nesse campo e depois de ele me dar boleia, despedimo-nos com um sorriso envergonhado.

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