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Tigres e Escoceses

Ato IV – O Baloiço e a Portagem

De manhã cedo, ao subir ao terraço da nossa guesthouse tive o privilégio de apanhar um pouco de sol na face, de observar os raios de sol a passar por entre os picos das montanhas e na encosta oposta vi o céu azul e a montanha coberta de verdes árvores. Antes de partirmos definitivamente para o nosso trekking e com muita felicidade, fui transportado de volta à infância por um baloiço e neste fiquei suspenso no tempo e no espaço enquanto o sol me acariciava a face e eu me mantive de olhos semi cerrados. 😀

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Assim que recomeçámos a andar o trilho continuou a maravilhar-nos com todas as suas diferentes facetas: o sol, o céu azul, as árvores – principalmente pinheiros – os terrenos secos e pedregosos e o seu carácter mais selvagem e indomável tais como as suas faces abruptas e escarpadas, a passagem através de uma cascata e do alto, ver o rio verde claro a correr entre vales e ouvir o seu rugir a intensificar-se. 🙂

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Quando chegámos à Tina´s Guesthouse, estávamos mesmo na antecâmara do Middle Gorge e como tínhamos muito tempo antes de apanharmos os respectivos autocarros – o meu de regresso a Lijiang e o Andy para Shangri-La – aproveitámos para comer qualquer coisa antes de descermos para ver o tão afamado Salto do Tigre. Porém na descida para a garganta do rio começaram os nossos problemas… pois no trilho que lhe dava acesso havia uma casa que bloqueava o mesmo e que funcionava como portagem para peões… :/

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Crónicas Fotografia O 1º Dia

Tigres e Escoceses

Ato II – O Trekking

Quando começámos o trekking, já todas as outras pessoas tinham desaparecido montanha acima à muito tempo. 🙂 Assim que começámos a subir, não perdemos tempo e reiniciámos a conversa, o ritmo era rápido mas não forçado e ao longo do trilho fomos fazendo pequeníssimas pausas para tirarmos fotografias à paisagem, que era cativante, mesmo com o céu muito cinzento e pardacento. O rio verde, os campos de cultivo em sucalcos, as nuvens, as montanhas escuras pontuadas aqui e acolá com neve.

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Durante o trilho fomos constatando que o mesmo, estava muito mal marcado e que as setas vermelhas que indicavam supostamente a direção, estavam muitas vezes localizadas em locais completamente descabidos de sentido! 😛 O que volta e meia nos fazia perder tempo. O caminho desenvolvia-se em terreno seco e rochoso e em alguns locais podia-se sentir o declive a aumentar e observar-se algumas faces bastante abruptas. Para além disso, havia pessoas a tentar fazer negócio: vendiam comida, “ofereciam” cavalos para transportar as mochilas e algo que eles diziam ser marijuana! “Eh lá! Marijuana na China!? Andamos muito desenvoltos.” 😛

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Aos poucos e poucos o tempo foi melhorando e já se começava a ver os raios de sol a furar as nuvens, o céu azul e a própria montanha a ficar mais verde. Quanto a nós? Bem, continuámos a fazer aquilo que melhor sabemos fazer: falar, falar, falar… tirar fotografias… falar, falar, falar. 😀

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Quando estavámos quase a atingir a cota máxima do trekking – 2670 m  encontrámos uma tabuleta afixada, que tinha escrito em tinta vermelha: “One Photo, 8Y!” E nós claro, quais ordeiros e bons escuteiros não perdemos a oportunidade para gozar com o aviso e neste estado de espírito de algazarra, atingimos o “pico”. Aqui vimos montanhas cinzentas, verdes e castanhas, a luz e a sombra a partilharem a paisagem, o céu azul e a corrida veloz das nuvens brancas. 🙂

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Ao começarmos a descer a paisagem mudou radicalmente e o trilho de castanho passou a verde, com árvores e bambus a espreitarem a cada passo. Volta e meia viam-se túmulos cobertos de dinheiro falso – para dar sorte – os bambus começaram a amarelar, a “garganta” a afundar e o rio a ganhar força. Nesta altura, ultrapassámos muitas pessoas e ficámos admirados com tal facto, uma vez que a nossa partida tinha sido feita com pelo menos duas horas de atraso! E mais admirados estavámos com a paisagem, uma vez que a montanha não parava de mudar constantemente ao longo do percurso. Agora viam-se aldeias, vedações e cercas em madeira, molhos de feno dourado e tudo isto com a presença do céu azul que veio para ficar e nos acompanhou até chegarmos ao nosso destino

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Crónicas Fotografia O 1º Dia

Tigres e Escoceses

 Ato I – Identificações

Na chegada à pequena e feia vila que serve de base e ponto de partida para o desfiladeiro, o nosso motorista parou o autocarro no meio da estrada. “É tudo à grande…”, pensei, porém a resposta para tal comportamento foi-me dada muito rapidamente, pois em menos de um minuto, um funcionário diligente já estava dentro do autocarro a vender bilhetes para o Tiger Liping Gorge! “Eh lá! Isto é que eficiência para o negócio”. 😛

IMG_5739 (FILEminimizer)Ainda hoje, continuo sem saber como aconteceu, mas sem dizermos nada decidimos fazer o trekking juntos. Antes de nos fazermos ao trilho, fomos até à Jane´s Guesthouse, onde ele guardou tudo o que não ia precisar e ai tomámos o pequeno-almoço. Porém e fruto da conversa, o tempo estendeu-se, esticou-se, alongou-se… e falámos, falámos, falámos.

IMG_5736 (FILEminimizer)Fiquei a saber que se chamava Andy, que tinha quarenta e poucos anos e que devido a questões de saúde não podia (queria?) ter esposa, filhos, família. Também não queria criar laços amorosos e falou que a única coisa que lhe restava era a sua liberdade. Fiquei a saber que durante os últimos cinco anos trabalhou que nem um escravo, para juntar o máximo de dinheiro e que sua vida foi toda canalizada nesse sentido: “Valeu a pena. Comprei a minha liberdade.” “F#$%-&£! Que resilência é esta? Que “gajo” é este!?” E de algum modo identifiquei-me com ele e senti que me estava a olhar ao espelho. O reflexo é que estava uns anos mais velho. 😀

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Loujishan. No Reino da Neve e dos Lagos Negros

Para irmos a Loujishan decidimos tentar apanhar boleia, e fruto da sorte o assunto ficou resolvido em menos de dez minutos! 🙂 Na chegada à povoação o condutor pediu para tirar uma fotografia comigo e esse facto está a começar a tornar-se parte da tradição das boleias. 😉 Da povoação até à entrada do parque tivemos de apanhar um táxi/carrinha e depois de pagarmos o bilhete de entrada, apanhámos um autocarro – cujo valor estava incluído – que nos levou por uma estrada de elevados declives e curvas bem apertadas até ao sopé da montanha.

À boleia    Kiri star

Aí existem duas opções: na primeira pode subir-se a pé a escadaria que leva à montanha propriamente visitável e interessante; na segunda apanha-se um teleférico cujo custo é elevado, mas que permite a ascensão e a descida no mesmo dia. Como pretendíamos uma visita mais rápida optámos pela segunda. E mesmo de teleférico, foram necessários quarenta minutos para chegar ao “topo”! 😛

 Panorâmica      

A viagem de teleférico transportou-nos de um reino dourado e azul para um reino de prata, cinza e neblina, na cota dos 3700 m. Assim que chegámos ao “topo” começámos logo a ascensão e durante aproximadamente quatro horas andámos a subir e descer degraus em altitudes que variaram entre os 3700 m e os 3950 m – a cota do Penhasco de Aru. Nos trilhos que percorremos, vimos florestas verdes escuras, outras de troncos caídos, neve, gelo e lagos negros. Neste parque todos os lagos sem exceção, maiores ou menores são negros como o azeviche. As montanhas e os picos envolviam-nos… a neblina, o céu prata, o sol a brilhar, fiapos de nuvens brancas e um céu azul.

           

No topo da montanha o Xiaoling sofreu bastante com a altitude: cansaço extremo, respiração e batimentos cardíacos acelerados… 😦 apenas recuperando e voltando ao seu ritmo físico normal após a viagem de regresso ao sopé da montanha. Aí, tivemos imensa sorte pois conseguimos apanhar um autocarro que estava mesmo a partir, evitando grandes esperas. Mas mais sorte ainda, tivemos na partida do parque, quando ao mostrar a nossa placa ao primeiro carro que vinha na nossa direção – um mercedes ML 500 – o veículo parou e o condutor nos deu boleia de volta a Qiong Hai. À grande. 😉 

            

            

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Niubeishan no Anfiteatro das Montanhas

Ato VII – O Caminho de Regresso

Depois da recompensa e das despedidas, a nossa atenção voltou-se para o regresso a Lin Qi ou a Yujin e o nosso primeiro passo foi falar com Johny para saber se ele nos arranjava boleia. Apesar de inicialmente ele se ter mostrado muito renitente – questões de seguros, caso acontecesse alguma coisa de mal – lá o conseguimos convencer. A primeira parte do caminho foi um corta-mato feito a pé entre o pico de Niubeishan (牛背山) e a casa onde almoçáramos três dias atrás, onde o Johnny tinha deixado o seu SUV. Incrivelmente, esta foi a parte mais tranquila.

A segunda parte consistiu na descida entre este local e outra casa semelhante, mas localizada a uma cota inferior. O caminho estava cheio de lama, buracos, curvas apertadas e por isso a velocidade era muito reduzida: 10-15 km/h. Em certo momento o Johny pediu-nos sair do carro e irmos um bocado a pé devido à insegurança da descida. Fruto de um corta-mato que fizemos dentro da floresta, da lama e da neve, desencontrámo-nos dele e tivemos de voltar para trás à boleia numa carrinha de caixa aberta alta. Nessa curta viagem tive uma bela oportunidade para de experienciar novamente o medo, ao ver os precipícios do meu lado da estrada. :/

A terceira e última parte do caminho começou nessa segunda casa e apenas terminou em Lin Qi. Nesse último troço, saímos ainda do carro algumas vezes devido aos penhascos assustadores e à ausência total de proteções laterais na estrada. Mesmo assim ainda deu para suar um pouco, pelo menos no início do caminho. 😛 A estrada era toda ela de terra batida e a inexistência de placas e indicações, fez com que nos perdêssemos três vezes em cruzamentos. Apesar de tudo e à medida que íamos progredindo (muito lentamente, 10 km/h) o ambiente foi-se desanuviando e deu para apreciar a paisagem que desfilava ao nosso lado: montanhas, verdes vales e o céu azul. No total a viagem durou aproximadamente sete horas, quase tanto como o trekking de subida, e de certo, com muitos mais sustos e percalços do que este.

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Niubeishan no Anfiteatro das Montanhas

Ato VI – A Recompensa

Para ir ver o nascer do sol, acordámos por volta das 6.00. Quando saímos da tenda ainda era de noite e havia muitas estrelas no céu. Caminhámos para o ponto mais alto da montanha e aí aguardámos pelo nascer do astro rei, aproveitando para ver o cavalgar do dia perante a noite, e a transformação do céu negro para azul. 🙂

          

Nessa altura tivemos a nossa recompensa. Diga-se, uma recompensa muito aguardada e algo merecida, uma vez que esperámos durante três dias por aquele momento. E o momento não desiludiu, antes pelo contrário! Foi BELO ver o nascer do sol, a multidão que aguardava expectante, a suave neblina nas montanhas da face Este qual uma delicada pintura chinesa, o céu completamente limpo nas montanhas da face Oeste, os reflexos dourados nos grandes picos brancos e nas outras montanhas de faces negras e cinzentas, e claro, ver o pico da Gongga a brilhar em toda a sua majestade e altivez, com uma visibilidade perfeita, perfeita, perfeita! Indescritível! 😀

     

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Niubeishan no Anfiteatro das Montanhas

Ato V – Nevoeiro e Esperança

Ao terceiro dia, a montanha acordou parcialmente gelada e novamente coberta de um manto de nevoeiro espesso e impenetrável. Nesse momento percebemos que era impossível partir e fazer a descida – pelo menos naquele dia. Em conversa decidimos que no dia seguinte, com ou sem nascer do sol tínhamos de deixar Niubeishan, uma vez que aquela seria a terceira noite e estávamos ali completamente em standby. :/

Durante o dia aproveitei para acabar de pôr o caderno em dia e secar as malfadadas botas que teimavam em gelar.  À  medida que as horas foram passando começaram a chegar pessoas à montanha… mais pessoas… mais pessoas… mais pessoas, parecia uma horda a invadir Niubeishan (牛背山). Curiosamente, à medida que a quantidade de pessoas aumentava o tempo melhorava, e a partir das quatro da tarde as nuvens “abriram” de tal maneira que foi possível voltar a ver a paisagem em nosso redor.  🙂

Crateras e montanhasRumei então a uma zona da montanha que ainda não conhecia e na medida do possível comecei a tirar algumas fotografias, uma vez que por esta altura já andava em contenção de bateria. Foi uma boa surpresa quando encontrei Johny e a “amiga”, um casal que conhecêramos no dia anterior. Aproveitei para passar o resto da tarde com eles e para aprender mais sobre fotografia com o Johny, quando a tarde acabou tinha as mãos completamente geladas. 

Iluminações     

O fim do dia foi um espectáculo extraordinário: as múltiplas nuvens, as cores do pôr do sol, as montanhas, a cor do céu… de tal modo que quando a noite caiu vimos pela primeira vez um céu estreladíssimo. A esperança aumentou exponencialmente para o próximo dia. O dia do tudo ou nada!

      

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Niubeishan no Anfiteatro das Montanhas

Ato IV – Nevoeiro, Neve e Bondade

Depois do pôr do sol e da sinfonia celestial, o novo dia nasceu nublado e cheio de nevoeiro, e como o Xiaoling fazia questão de ver o nascer do astro rei em Niubeishan (牛背山), decidimos ficar mais um dia. Sem visibilidade e com a temperatura exterior muito baixa, o frio empurrou-nos literalmente para dentro das tendas. Durante a estadia aproveitei para continuar a atualizar o “diário”, a aquecer os pés e as palmilhas das botas – porque tinha o interior das mesmas húmidas e completamente geladas – e aprender mais um pouco de mandarim. 🙂

Se as expetativas para que houvesse nascer do sol no dia seguinte já estavam baixas, ao final do dia desceram para valores negativos, uma vez que começou a nevar intensamente. O momento alto e memorável do dia surgiu então ao serão pela mão do nosso “gerente hoteleiro”, que para além de nos ter oferecido o jantar, ofereceu-me um maço de tabaco, um isqueiro e bebidas. A bondade destas pessoas é incrível e não pude deixar de me sentir comovido e reconfortado com tanta humanidade e calor. 😀

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Niubeishan no Anfiteatro das Montanhas

Ato III – A Tenda e o Anfiteatro Natural 

Depois de colocar a mochila na tenda e escrever com uma caneta de feltro o meu “feito”, comecei a observar o espaço em redor e reparei que aqui o turismo ainda é bastante rudimentar e primitivo. A estrutura base da montanha é a tenda e tudo gira à volta dela. Tendas “gigantes” a servir de dormitórios, tendas a servir de cozinha, tendas a servir de refeitórios, tendas a servir de latrinas, tendas a servir de central eléctrica… 🙂 Geralmente o dono de uma cozinha é simultaneamente dono de um refeitório e de um dormitório, desta forma podem existir conjuntos que se constituem como unidades separadas, funcionando cada uma dessas unidades como um hotel. 😉

       

Quanto às pessoas que aqui circulam, vêem-se alguns jovens, mas a maioria são homens adultos que sendo ou não profissionais da fotografia o parecem, tal a quantidade e qualidade do material que transportam às costas, nas mãos ou ao pescoço. 😛 O ambiente geral é fascinante, devido à confraternização entre as pessoas e os “fotógrafos”, não se sentindo um ambiente competitivo, mas de partilha. 🙂

      

Passados uns momentos de deambulação na montanha percebe-se o porquê de toda perafernália fotográfica. Esta montanha não tem um pico definido, ou se tem, este é de tal modo largo que mais parece um planalto. Deste modo, ao andarmos pela montanha percebemos que estamos no centro de um anfiteatro totalmente rodeado a 360o de montanhas. 😀 Camada sobre camada, sobre camada, vemos picos, desde os mais próximos – castanhos escuros – aos mais longínquos – brancos… enfim, ESPECTACULAR! 😀 Aqui, se a meteorologia ajudar, pode vislumbrar-se o Paraíso, tal como o momento em que no final do dia vi uma cascata de nuvens a escorrer por entre os picos mais baixos. Belo! Absurdo! Surreal! Uma sinfonia comovente, à qual só faltava mesmo o som. 😀

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Niubeishan no Anfiteatro das Montanhas

Ato II – Trekking para o Topo

O início do trekkingAcordámos cedo (6.30) para ver nascer o sol e depois de tomarmos um pequeno-almoço reforçado, partimos por volta das 8.00 para o trekking, acompanhados da nossa guia e de um pequeno grupo de cinco jovens chineses.

       A caminho (2)

Deixámos Yujin para trás e fomos percorrendo caminhos em montanha, trilhos junto a riachos (numa passagem entre margens consegui escorregar e cair – mas sem gravidade), passámos por aldeias semi-desertas, campos de cultivo, florestas, terrenos secos, terrenos lamacentos (num desses locais escorreguei e cai de novo de rabo no chão… 😛 ), terrenos gelados e cobertos de neve. À medida que subíamos em direcção à montanha Niubeishan (牛背山) (sem a vermos, contudo) e íamos olhando para trás, o nosso horizonte de picos brancos foi-se alargando progressivamente. O único ponto negativo durante este percurso foi a quantidade de lixo que fui vendo ao longo do caminho (nas questões de ecologia os chineses ainda têm um longo caminho a percorrer). :/

Friends      Kiri e Nubeishan

Por volta das 13.00 chegámos a uma casa à beira da estrada e nessa altura avistámos pela primeira vez o nosso objectivo: o pico da Niubeishan (3666 m). Aí retemperámos forças e almoçámos um belo pitéu. 🙂 Às 14.00 estávamos de volta ao trekking, já sem a nossa guia que entretanto regressou a Yujin, restando-nos apenas escalar a montanha. Aos poucos lá fomos cortando o declive e encontrando o caminho por entre rochas, neve e terra. Houve algumas partes um pouco mais difíceis, mas nada que não se resolvesse com um pouco de tenacidade e preseverança. Atingimos o pico entre as 15.30 e as 16.00 e passado pouco tempo soube que fora o primeiro estrangeiro a atingir tal ponto a pé (informação dada por pessoas que trabalhavam na montanha). Claro que me senti super feliz, nestes momentos o ego é “tramado”. 😛