No segundo dia em Pingyao, decidi percorrer todo o perímetro da muralha, qualquer coisa como seis quilómetros. No portão Norte subi as escadas de acesso, comecei a “deliciar-me” com as panorâmicas, tanto interiores (“cidade velha”) como exteriores, fui andando com “dranquilidade” e aproveitei para tirar umas fotografias.
Quando cheguei ao portão Sul comecei a ver uns cartazes (claro que incompreensíveis para mim) mas segui adiante até dar de caras com…uma vedação! Aí confirmei o motivo de tanta algazarra sinalética, uma vez que na China, quando se vê tal “fenómeno” geralmente não é bom pronúncio. 😛 A muralha a partir daquele ponto estava fechada. Desci até ao nível do solo, mas estava insatisfeito. Apenas tinha percorrido meio caminho, queria mais.
Decidi por isso continuar o percurso o mais colado à fortificação que conseguisse até dar a volta completa, mas houve uma ou duas zonas em que tal foi impossível, devido a obras de requalificação. Nesta segunda meia volta, e agora ao nível da base, vi bairros menos clean e mais autênticos e a partir desse momento baptizei Pingyao como “A Cidade das Texturas”. Aqui as paredes das casas estão cheias de profundidade, o que dá às ruas um aspecto verdadeiro e não “mumificado”. Aqui junto à muralha, cheira a real, não cheira a turístico, e os habitantes dão a vida necessária ao quadro. Aqui, “A Cidade das Texturas” revela-se, ao contrário de outras paragens que não são mais que naturezas mortas.







2 replies on “Percorrendo a Muralha”
Eu sei que é coisa feia Amigo, mas começo a ficar com inveja dessas paisagem que tu andas a documentar 🙂
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Não é nada feio Amigo! Feio é não ficares com inveja! 😉
Grande Abraço!
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